Sicupira foi, sem dúvida, um dos maiores ídolos da história do Clube Atlético Paranaense. O ex-camisa 8 rubro-negro foi um dos principais destaques da equipe na conquista do estadual em 1970 (havia 12 anos que o Furacão estava na fila). Pelo Atlético Paranaense, Sicupira fez 154 gols.
Em 1972, Sicupira foi emprestado ao Corinthians. Ele jogou poucas partidas pelo alvinegro, mas elas foram suficientes para que ele ganhasse a simpatia da Fiel torcida.
Sicupira foi autor de um gol histórico do Corinthians. O time empatava por zero a zero com o Ceará, no lotado Pacaembu (68.695 torcedores estavam presentes), no dia 14 de dezembro de 1972. Só a vitória interessava ao Corinthians para que ele ficasse vivo no Brasileirão. Aos 45 minutos, após cruzamento de Nélson Lopes, Sicupira concluiu de primeira, o goleiro Hélio Show -até então destaque da partida- atrapalhou-se com a bola e ela entrou. Hélio Show ficou desesperado e começou a dar socos no gramado. Só estando lá para ver o sofrimento, a bola entrou pingando, de leve, nem chegou a tocar no fundo das redes. E isto aos 45 do segundo tempo. Foi uma festa inigualável.
Vocês conhecem um gol de angústia? Este foi um deles. Até hoje, quando lembro, fico nervoso.
Depois disto, faltou pouco para o Corinthians decidir o título do Brasileiro com o Palmeiras. Bastava um empate no Rio com o Botafogo. Neste jogo o Corinthians perdeu de 2 x 1.
Abaixo, as escalações das equipes de Corinthians e Ceará naquele histórico duelo em 1972:
CORINTHIANS – Ado; Zé Maria, Baldochi, Luís Carlos Gálter e Pedrinho; Tião e Rivellino; Paulo Borges (Vaguinho), Nélson Lopes (Mirandinha), Sicupira e Marco Antônio. Técnico: Duque.
CEARÁ – Hélio Show; Paulo Távares, Odélio, Mauro Calixto e Dimas; Edmar e Joãozinho; Nadio (Erandi), Samuel, Jorge Costa e Da Costa. Técnico: Ivonísio Mosca.
Sicupira começou no Ferroviário, atual Paraná Clube, e depois defendeu o Botafogo, o Botafogo de Ribeirão Preto, o Atlético Paranaense, o Corinthians (em 72) e de novo o Atlético Paranaense em 1976, quando encerrou a carreira.
Fontes: M.Neves
Almanaque Celso Unzelte
Presença no estádio no dia do gol chorado