O PAÍS DO FUTEBOL.

O Bahia vence a Copa União, leva Bobô para a seleção e justifica o fanatismo de sua torcida. A temperatura em Salvador, na quarta-feira da semana passada, beirava os 35 graus, num dia de muito calor e céu azul. Ao contrario do que normalmente acontece nesta época do ano, não eram as praias que estavam superlotadas. Desde as 7 da manhã, milhares de baianos trocaram a praia e até o trabalho pelo aeroporto Dois de julho para recepcionar o time do Esporte Clube Bahia, que três dias antes de sagrar campeão brasileiro de futebol ao vencer e, em seguida, empatar com o Internacional, em Porto Alegre.

No começo da tarde, quando a equipe do Bahia desembarcou em Salvador, cerca de 25.000 pessoas lotavam o aeroporto, muitas delas passeando na pista de pouso, ao lado de dois trios elétricos que foram animar a festa. O corso vitorioso, que percorreu cerca de 30 quilômetros em mais de 5 horas foi acompanhado por multidões. Graças a uma medida do prefeito Fernando José, que inverteu o turno de trabalho do funcionalismo público – em Salvador, os funcionários trabalham à tarde, das 12 às 18 horas. Na quarta-feira Fernando José passou o turno para a parte da manhã e liberou a debandada geral, num clima de conquista de Copa do Mundo. “Mesmo que alguém faltasse ao trabalho pela manhã, não haveria problemas”, confirmou Fernando José. “O importante é a festa”.A alegria da torcida só foi abalada pela morte de Edileuza Ferreira da Silva, de 22 anos.

Ela foi atingida pela queda de um poste abalroado pelo trio elétrico de Dodô e Osmar – um dos mais tradicionais de Salvador. A conquista do Bahia incrementou ainda mais a paixão, pelo futebol, do torcedor baiano. Uma verdadeira avalanche de consumo tomou conta das lojas de material esportivo e de discos da capital baiana, à cata de camisas e de discos com hino do clube. A reação da torcida baiana, no entanto, não deve ser creditada apenas à motivação atípica da conquista de um título importante. A Bahia olha no olho dos grandes centros do sul do país quando o assunto é bola no pé.

Salvador hoje é país do futebol.

TIME DA TERRA

Para ser campeão brasileiro, o Bahia não precisou ir buscar nomes consagrados – ou nem tanto – em outros estados para formar o seu time, como muitas equipes do Nordeste fazem a cada nova competição que se inicia. Oito dos onze jogadores que venceram o Internacional nas finais do campeonato e também no primeiro jogo da Taça Libertadores da América foram formados nas divisões inferiores do próprio clube. Apenas três foram contratados especialmente para a Copa União, como o volante Paulo Rodrigues, que jogava no Botafogo de Ribeirão Preto, dono de um futebol vistoso e cadenciado, Rodrigues lembra em muito o toque do atacante Sócrates, que jogou na Seleção Brasileira e hoje defende o Santos. Ele é o termômetro do time. Mas na equipe há outros nomes que fazem do Bahia uma equipe homogênea. Ela tem um centroavante habilidoso, Charles, que, apesar de não marcar muitos gols (fez apenas quatro na Copa União), o que é um pecado para qualquer atacante que se preze, é importante no esquema tático de Evaristo de Macedo, abrindo espaços para seus companheiros. Mas o grande nome do Bahia é o meio campo Bobô.

O time campeão de 1988 não pesa nos cofres dos quais Paulo Maracajá, o presidente, cuida com vigor. Para manter seus 22 jogadores, o Bahia não gasta em sua folha de pagamentos mais que 6.000 cruzados novos – quase o mesmo que o salário mensal de um jogador famoso como Zico, do Flamengo, que recebe 5.000 cruzados novos.

Bobô é o maior salário do time, com 800 cruzados novos. Abaixo dele está o goleiro Ronaldo, que ganha 330 cruzados novos, e depois o resto do time, com salários que giram em pouco mais do que 100 cruzados novos.

Paulo Rodrigues tem vencimentos de apenas 50 cruzados novos mensais. Mas ninguém reclama. Só de premiações pela conquista do campeonato, o Bahia vai pagar a cada um de seus jogadores cerca de 4.000 cruzados novos.

“Talvez agora eu possa comprar um carro”, afirma o Ponta Zé Carlos, um dos ídolos do time, que tem um salário mensal de 100 cruzados novos.

Fonte: Revista Veja de 1989.

 

RFFSA Aliado Futebol Clube – Santa Maria (RS)

O R.F.F.S.A. (Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima) ALIADO Futebol Clube é uma agremiação da cidade gaúcha de Santa Maria. O Clube, que foi fundado numa segunda-feira, do dia 30 de novembro de 1942, tem no seu currículo quatro títulos do campeonato santa-mariense: 1955, 1959, 1960 e 1963.  

Trinta e quatro anos depois de seu surgimento, a Câmara de Vereadores de Santa Maria aprovou a lei em que o Aliado FC a partir de 17 de agosto de 1976 passava a se tornar ‘Utilidade Pública Municipal’. Leia na íntegra a Lei 1866/76:�
Lei nº 1866 de 17 de agosto de 1976 de Santa Maria

CONSIDERA DE UTILIDADE PÚBLICA O ALIADO FUTEBOL CLUBE, DE NOSSA CIDADE.

DR. ARTUR MARQUES PFEIFER, Prefeito Municipal de Santa Maria, Estado do Rio Grande do Sul. Faço Saber, na conformidade com o art. 84, inciso VI, da Lei Orgânica do Município, que a Câmara de Vereadores aprovou e Eu sanciono e promulgo a seguinte, LEI:

Art. 1º – Fica considerado de Utilidade Pública Municipal, o ALIADO FUTEBOL CLUBE, de nossa cidade.

Art. 2º – Esta Lei entra em vigor na data de sua promulgação.

Art. 3º – Revogam-se as disposições em contrário.

Gabinete do Prefeito Municipal, em Santa Maria, aos dezessete (17) dias do mês de agosto do ano de mil novecentos e setenta e seis (1976).

DR. ARTUR MARQUES PFEIFER

Prefeito Municipal

Grêmio Recreativo e Esportivo Reservense – São Lourenço do Sul (RS)

O Grêmio Recreativo e Esportivo Reservense é uma agremiação da cidade de São Lourenço do Sul (RS). O clube foi fundado no dia 10 de Janeiro de 1918, fica na Loc. São João da Reserva, s/n – 6º Subdistrito, em São Lourenço do Sul.

Abaixo, a foto do time posado mais antiga que se tem conhecimento do tradicional clube lourenciano, em 1928.

EM PÉ: Valdemar Prietch – Otto Schumag – Ernesto Brächer – Alfredo Kroll – Otacílio Hartemim;

AGACHADOS: Oscar Kroll – Guido Hammes – Valdemar Refham;

SENTADOS: Alexandre Matzenauer – Villi Brächer – Alexandre Neutzling.

Foto: http://reservense.blogspot.com.br/

Associação Atlética Portuguesa do Sacomã – São Paulo (SP): Existiu entre as décadas de 50 a 80.

Sacomã

Sacomã é um distrito situado na região sudeste do município de São Paulo, no estado de São Paulo. Do ponto de vista cultural e tradicional, o distrito do Sacomã é ligado ao distrito do Ipiranga. A região tradicionalmente chamada de Sacomã corresponde à área comercial localizada nas últimas quadras da Rua Silva Bueno, Rua Greenfeld, Rua Agostinho Gomes, Rua Manifesto e Rua Bom Pastor, onde se encontra o terminal de ônibus Sacomã (Ipiranga).

História

O nome original do distrito era Saccoman, em homenagem à família homônima de empreendedores franceses proprietária do “Estabelecimento Cerâmico Saccoman Frères“, 1ª grande fábrica de produtos cerâmicos, especialmente telhas, do Brasil. Parte da área antes ocupada pela fábrica é, hoje, a Favela Heliópolis, a maior da cidade de São Paulo. Região historicamente de ocupação proletária, com forte presença de imigrantes espanhóis e italianos no século XX, serviu como moradia para trabalhadores de indústrias do Ipiranga, da Mooca e do ABC Paulista. Desse distrito, parte a rodovia Anchieta, ponto de saída do município de São Paulo para o litoral de São Paulo. O distrito faz divisa com os distritos do Cursino e do Ipiranga e com os municípios de São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul.

ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA PORTUGUESA DO SACOMÃ

A Associação Atlética Portuguesa do Sacomã foi uma agremiação da cidade de São Paulo (SP). Fundado na sexta-feira, do dia 15 de Junho de 1951, por um grupo de cinco desportistas: Antônio Pedro da Silva, Jairo Messias, Joaquim Gomes Viera, Herotides Marçal de Lima e Ismael Barbosa.

A sua Sede social ficava localizada na Rua Visconde de Magé, nº 264, no bairro do Sacomã, em São Paulo/SP.

A “Portuguesinha do Sacomã” e/ou a “Dona do Morro” conquistou vários títulos, dentre os quais os campeonatos varzeanos de 1964, 1966 e 1968. Infelizmente essa simpática agremiação acabou sendo extinta nos anos 80, deixando saudades, sobretudo, pelos moradores do Sacomã.

Revelou diversos jogadores como Luizão, Tito, Julinho, Crispim, Neguiça, Coquinho, Zan, Castilho, Beliato, Rios, Botina, Somini e outros.

HELIÓPOLIS

Heliópolis é um bairro localizado no distrito do Sacomã, na Zona Sul de São Paulo. Composto por catorze glebas, possui mais de 100 mil habitantes em uma área de quase um milhão de metros quadrados, e é destacada por ser a maior favela da cidade.

De acordo com registros da prefeitura de São Paulo, os primeiros habitantes chegaram do município de Heliópolis (Bahia) no início de 1972, e assim o local passou a ser chamado de Heliópolis.

EM PÉ (esquerda para direita): Vilsinho, Topo Gigio, Kalú, Sergio Zangarini , Airton e Castilho;
AGACHADOS (esquerda para direita): Wilson, Dário, Baltazar, João Beliato e Luisinho.

A construção do Hospital Heliópolis se iniciou no ano de 1968 e terminou um ano depois. A área construída  abrangeu, aproximadamente, três campos de futebol ali existentes, inclusive aquele reservado para a prática de Beisebol.

No local, início da década de 60, existiam aproximadamente 34 campos de futebol, sendo que um deles,  era um campo de Beisebol, reservado para uma Comunidade Japonesa .

Esses eram os times de futebol existentes na localidade e seus respectivos campos:

Floresta FC de São João Climaco;

SBR Copa Rio de São João Clímaco;

GR Flor de São João Clímaco;

SC Milionários de São João Clímaco;

Flor do Pinhal do Sacomã;

Barcelona F. C. do Jardim Seckler ;

Flor da Vila F.C. do Jardim Seckler;

Flor da Esperança ;

Leão do Morro ;

Jumbinho do Jardim Seckler ;

Guanabara ;

Vila Natália ;

Sacomã F.C. ;

Vira Copo ;

Jardim Patente ;

Zum Zum do Ipiranga ;

Halteres do Ipiranga ;

Malharia Mundial do Ipiranga ;

União Mútua FC da Vila Carioca ;

Onze Primos FC da Vila Carioca ;

Cerâmica FC de São Caetano do Sul ;

Luzalitte;

Vila Arapuá FC;

Alencar Araripe FC;

A.A. Portuguesa do Sacomã ;

Juventude F.C. ;

Guarani ;

Tricolor de São João Clímaco ;

Vila Operária ;

Irmãos Metralha do Jardim Seckler ;

Corinthians da Vila Bandeirante ;

Bangu do Sacomã;

Flamengo de São João Clímaco ;

Time de Beisebol da Comunidade Japonesa.

Reunião realizada em 1972, para a criação do “Dente de Leite” da Lusa na sede, agora estabelecida na esquina da Frei Sampaio com a Alencar Araripe (nos fundos do Bar do Seu Manoel).

Os diversos campos de futebol existentes na região, aos poucos não mais puderam ser utilizados para a prática do esporte. Desta forma, na década de 80 a Portuguesinha, bem como algumas diversas outras entidades foram extintas.

ARTES: escudo e uniforme – Sérgio Mello

FONTES: Meu acervo – Página do clube no Facebook –  Jornal A Gazeta do Ipiranga (década de 90)