Arquivo da categoria: Curiosidades

Trio Futebol Clube – Coronel Fabriciano (MG)

O Trio Futebol Clube é uma agremiação da cidade de Coronel Fabriciano (MG). O ‘Gavião de Aço’ foi Fundado em 10 de outubro de 2012, sendo um dos responsáveis pelo surgimento da equipe Marcelo Vieira, que já havia fundado, em 2008, o Fabriciano Futebol Clube, no mesmo município.

A sua Sede na Rua José Francisco Domingos, 463, Distrito Industrial, em Coronel Fabriciano. A equipe manda os seus jogos no Estádio Louis Ensch, com capacidade para 2.290 pessoas (que pertence ao Social Futebol Clube, clube profissional de futebol da mesma cidade, que atualmente disputa o Módulo II da Primeira Divisão).

Debutou no futebol profissional em 2013, disputando o Campeonato Mineiro da Segunda Divisão (Na verdade equivale a Terceirona). Contudo, o Trio precisou mandar parte de seus jogos no Estádio Israel Pinheiro, em Itabira, devido ao vencimento do laudo de engenharia do Estádio Louis Ensch e à impossibilidade de utilizar o Estádio Municipal João Lamego Netto, em Ipatinga, que também não contava com os laudos necessários.

Após a liberação do estádio, o Trio terminou sua primeira participação no futebol profissional jogando novamente no Estádio Louis Ensch, onde perdeu para o Valeriodoce de Itabira, por 2 a 1. A equipe ficou em penúltimo lugar no seu grupo e, conseqüentemente, não avançou para a próxima fase.

Em 2014, o Trio ficou no Grupo B, do o Campeonato Mineiro da Segunda Divisão, com Nacional de Muriaé, Valério de Itabira e Novo Esporte Clube de Ipatinga. Porém, a campanha foi aquém e o Trio terminou em último sem nenhum pontinho conquistado. Neste ano, o clube se licenciou, mas prometeu retornar mais forte na próxima temporada.

Time-base de 2014: Igor; Matheus, Renan Lima, Alex, Daniel(Marquinho), Renan Vieira, Léo Mineiro, Alessandro (Híndian), Taffarel, Sérgio e Geovane. Técnico: Rodrigo Posso.

 

FONTES: Wikipédia – Federação Mineira de Futebol – Site do Clube 

Foto Histórica: Esporte Clube Bahia campeão da Taça Brasil de 1959

Um título nacional, que tornou o Bahia o primeiro clube brasileiro a disputar a Libertadores da América e corou uma das mais vitoriosas gerações de atletas do Esquadrão de Aço, já que este mesmo grupo que conquistou a Taça Brasil de 59 ainda foi pentacampeão baiano (1958, 1959, 1960, 1961 e 1962), três vezes campeão do Norte-Nordeste (1959, 1961 e 1963) e Campeão da Taça da Amizade (Uruguai – 1959).

Os gols da grande final foram marcados por Vicente, Alencar e Léo. Nesta histórica partida, o Tricolor baiano atuou com: Nadinho, Nenzinho, Henrique e Beto; Flávio e Vicente; Marito, Alencar, Léo, Mário e Biriba. Um fato curioso da campanha do Bahia, nesta Taça Brasil é Efigênio Bahiense, o Geninho, foi o treinador durante toda a competição e após a derrota na Fonte Nova, por 2 x 0, o treinador que conduziu o time, na final no Maracanã, foi o argentino Carlos Volante.

Ao chegar em Salvador, este grupo foi saudado por uma multidão, que saiu em carreata pela cidade, ovacionados pela população soteropolitana e pela Nação Tricolor. A Taça Brasil foi o primeiro grande torneio nacional, reunindo os 15 principais campeões estaduais. Além do Bahia, Santos, São Paulo, Vasco da Gama, Atlético/PR, Atlético/MG, Grêmio, Sport/PE, Rio Branco/ES, Hercílio Luz/SC, Auto Esporte/PB, ABC/RN, Ceará/CE, CSA e Tuna Luso, disputaram esta competição.

Na campanha de 1959, em jogos de ida e volta, o Bahia eliminou CSA, Ceará, Sport, Vasco e Santos. O Esquadrão de Aço disputou 14 jogos, venceu 09, empatou 02 e perdeu 03, marcou 25 gols e sofreu 18. Léo ainda foi artilheiro da competição, com 08 gols marcados.

 

E.C. BAHIA (BA)    3    x    1    SANTOS F.C. (SP)

LOCAL: Estádio Mario Filho, Maracanã

DATA: Domingo, 29 de Março de 1960

CARÁTER: Final da Taça Brasil de 1959

RENDA: Cr$ 642.703,00

PÚBLICO: cerca de 20 mil pessoas

ÁRBITRO: Frederico Lopes

AUXILIARES: Wilson Lopes de Souza e Ailton Vieira de Moraes

CARTÕES VERMELHOS: Getúlio, Formiga e Dorval (Santos)

BAHIA: Nadinho, Beto, Henrique, Flávio e Nenzinho; Vicente e Mário; Marito, Alencar, Léo e Biriba. Técnico: Carlos Volante

SANTOS: Lalá, Getúlio, Mauro, Formiga e Zé Carlos; Zito e Mário, Dorval, Pagão, depois Tite, Coutinho e Pepe. Técnico: Lula

GOLS: Coutinho aos 27 minutos (Santos);  Vicente  aos 37 minutos do 1º tempo. Léo aos 47 segundos (Bahia); Alencar  aos 31 minutos do 2º tempo.

 

CAMPANHA:

Bahia 5 x 0 CSA

Bahia 2 x 0 CSA

Bahia 0 x 0 Ceará

Bahia 2 x 2 Ceará

Bahia 2 x 1 Ceará

Bahia 3 x 2 Sport

Bahia 0 x 6 Sport

Bahia 2 x 0 Sport

Bahia 1 x 0 Vasco

Bahia 1 x 2 Vasco

Bahia 1 x 0 Vasco

Bahia 3 x 2 Santos

Bahia 1 x 2 Santos

Bahia 3 x 1 Santos  (Final)

 

FONTE & FOTO: Site do E.C. Bahia – Acervo de Nelson José Xavier da Silva

Foto Histórica: Fluminense Football Club (Juvenil) de 1950

Em 1950, uma foto bacana do time juvenil do Tricolor das Laranjeiras. O time acabara de se sagrar Tetracampeão Carioca da categoria. Entre os jogadores aparecem Telê Santana, Batatais, entre outros. Abaixo a foto posada do time, com a seguinte formação! EM PÉ: Milton, Nicola, Telê Santana, Jorge Henrique e Quincas. AGACHADOS: Getúlio, Adalberto, Batatais, Odir, Emilson e Chiquinho.

FONTE: Acervo de Nelson José Xavier da Silva

Smart Futebol Clube – Itajubá (MG): Fundado em 1928

O Smart Futebol Clube é uma agremiação da cidade de Itajubá (MG). Fundado no dia 28 de Junho de 1928, tem a sua Sede e o Estádio Ambrosio Pinto localizados na Rua Cordilheira dos Andes, nº 240, no Distrito Industrial, em Itajubá. O Smart participou do Campeonato Mineiro da 3ª Divisão nos anos de  1986, 1987, 1988 e 1989.

FONTES & FOTO: Página do clube no Facebook – Google Maps – Rsssf Brasil

Social Futebol Clube – Oliveira (MG): Participou da Segundona Mineira de 1965

O Social Futebol Clube é uma agremiação do Município da Oliveira (MG). O ‘Glorioso’ foi Fundado no dia 20 de Janeiro de 1934, tem a sua Sede localizada na Rua Aparecida, s/n, no Centro da cidade.  No ano de 1956, enfrentou grandes clubes do futebol brasileiro, como Atlético Mineiro, Botafogo e Vasco. Em 1983, encarou o Cruzeiro, todos em amistosos. Atualmente, filiado a Federação Mineira de Futebol (FMF), o Social disputa o Campeonato Mineiro Sub-20.

Na esfera profissional, o Social participou do Campeonato Mineiro da Segunda Divisão de 1965, terminando na 5ª posição no seu Grupo (oito pontos, em nove jogos: três vitórias, dois empates e  quatro derrotas; 13 gols pró e 11 contra).

FONTES: Página do Clube no Facebook – Site do clube – Federação Mineira de Futebol

Torneio Seletivo de 1977 (Pernambucano da 2ª Divisão): Maguary é campeão invicto

Torneio Seletivo de 1977

O Torneio Governador Moura Cavalcanti, o Seletivo que a Federação Pernambucana de Futebol (FPF), organizou para a interiorização ou extensão do Campeonato Pernambucano de 1977, servindo como teste para avaliar os clubes em condições de participar da elite do futebol pernambucano na próxima temporada.

A competição foi disputado em turno único (num total de nove rodadas), teve início no domingo, do dia 28 de agosto e terminou em 16 de outubro de 1977, em sete cidades (Arcoverde, Barreiros, Bonito, Garanhuns, Goiana, Pesqueira e Recife), envolvendo um total de 10 clubes, sendo sete agremiações do interior:

Associação Atlética Maguary, de Bonito;

AGA – Associação Garanhuense de Atletismo, de Garanhuns;

Associação Esportiva Central Barreiros, de Barreiros;

DR-5, de Goiana;

Flamengo Sport Club, de Arcoverde;

Independente Atlético Clube, de Garanhuns;

União Peixe Esporte Clube, de Pesqueira.  

E as três restantes da capital:

Associação Atlética Santo Amaro;

Clube Ferroviário;

Íbis Sport Club.

 

Abaixo, todos os jogos, que  tiveram início para as 15 horas.

 

1ª Rodada (28-08-1977)

Independente AC(Garanhuns)    0          x          3          AGA (Garanhuns)

Maguary (Bonito)                            3          x          2          Flamengo (Arcoverde)  

DR-5 (Goiana)                                 1          x          0          Santo Amaro (Recife)

União Peixe (Pesqueira)               3          x          2          Íbis S.C. (Recife)

Central Barreiros                             0          x          1          Ferroviário (Recife)

 

2ª Rodada (04-09-1977)

União Peixe (Pesqueira)               1          x          1          Maguary (Bonito)   

DR-5 (Goiana)                                 1          x          2          Ferroviário (Recife)

Central Barreiros                             1          x          3          Íbis S.C. (Recife)

Flamengo (Arcoverde)                   0          x          1          AGA (Garanhuns)

Independente (Garanhuns)         2          x          0          Santo Amaro (Recife)

 

3ª Rodada (07-09-1977)

Central Barreiros                            0          x          4          Maguary (Bonito)

DR-5 (Goiana)                                 1          x          1          Íbis S.C. (Recife)

AGA (Garanhuns)                          0          x          1          União Peixe (Pesqueira)  

Flamengo (Arcoverde)                   3          x          0          Independente (Garanhuns)

Santo Amaro (Recife)                    0          x          2          Ferroviário (Recife)

 

4ª Rodada (10-09-1977)

Ferroviário (Recife)                        2         x          0          Íbis S.C. (Recife)

4ª Rodada (11-09-1977)

Flamengo (Arcoverde)                   0          x          0          Santo Amaro (Recife)

Maguary (Bonito)                            2          x          0          DR-5 (Goiana)        

AGA (Garanhuns)                          7          x          1          Central Barreiros                

União Peixe (Pesqueira)               2          x          1          Independente (Garanhuns)

                       

5ª Rodada (17-09-1977)

Santo Amaro (Recife)                    0          x          0          Íbis S.C. (Recife)

5ª Rodada (18-09-1977)

DR-5 (Goiana)                                 2          x          0          AGA (Garanhuns)

Independente (Garanhuns)            3          x          1          Central Barreiros

União Peixe (Pesqueira)               1          x          1          Flamengo (Arcoverde)

Maguary (Bonito)                            2          x          0          Ferroviário (Recife)

 

6ª Rodada (25-09-1977)

DR-5 (Goiana)                                 2          x          0          Independente (Garanhuns)

Central Barreiros                            2          x          2          Flamengo (Arcoverde)

União Peixe (Pesqueira)               2          x          2          Santo Amaro (Recife)

AGA (Garanhuns)                          0          x          1          Ferroviário (Recife)

Maguary (Bonito)                            3          x          2          Íbis S.C. (Recife)

 

7ª Rodada (02-10-1977)

DR-5 (Goiana)                                 1          x          3          Flamengo (Arcoverde)

Maguary (Bonito)                            1          x          1          Santo Amaro (Recife)

Independente (Garanhuns)               0          x          0          Ferroviário (Recife)

AGA (Garanhuns)                           2          x          1          Íbis S.C. (Recife)

Central Barreiros                             2          x          3          União Peixe (Pesqueira)

 

8ª Rodada (09-10-1977)

DR-5 (Goiana)                                 0          x          2          União Peixe (Pesqueira)

Central Barreiros                             1          x          4          Santo Amaro (Recife)

Flamengo (Arcoverde)                   0          x          2          Ferroviário (Recife)

Independente (Garanhuns)               1          x          1          Íbis S.C. (Recife)

Maguary (Bonito)                            1          x          0          AGA (Garanhuns)

 

9ª Rodada (16-10-1977)

DR-5 (Goiana)                                 1          x          0          Central Barreiros

AGA (Garanhuns)                          0          x          2          Santo Amaro (Recife)

União Peixe (Pesqueira)               1          x          1          Ferroviário (Recife)

Flamengo (Arcoverde)                   2          x          2          Íbis S.C. (Recife)

Maguary (Bonito)                            3          x          1          Independente (Garanhuns)        

      

                                   CLASSIFICAÇÃO FINAL

CLUBES

PG

J

V

E

D

GP

GC

SG

Maguary

16

09

7

2

0

20

07

13

Ferroviário

14

09

6

2

1

11

04

07

União Peixe

14

09

5

4

0

16

10

06

DR-5

09

09

4

1

4

09

10

-1

AGA

08

09

4

0

5

13

09

04

Flamengo

08

09

2

4

3

13

12

01

Santo Amaro

08

09

2

4

3

09

09

0

Independente

06

09

2

2

5

08

15

-7

Íbis

06

09

1

4

4

12

15

-3

10º

Central Barreiros

01

09

0

1

8

08

28

-20

FONTE: Diário de Pernambuco 

Copa Governador Eraldo Gueiros (Copa do Interior) de 1973: AGA, de Garanhuns é campeão

Copa Governador Eraldo Gueiros (Copa do Interior) de 1973

A competição organizada pela Federação Pernambucana de Futebol (FPF), contou com a participação de 35 clubes, divididos em sete grupos de cinco times cada. Teve início no domingo, do dia 27 de maio e terminou no dia 10 de fevereiro de 1974. O regulamento era bem simples. As equipes se enfrentavam na mesma chave, em turno e returno, classificando-se os dois primeiros de cada grupo, para o turno-extra, que apontará o campeão do interior.

Após oito meses, chegaram na grade final, AGA de Garanhuns e Santa Cruz de Carpina. De forma contundente o AGA goleou por 5 a 2, no Estádio do Arruda, no Recife e ficou com o título.   

Os grupos ficaram distribuídos da seguinte forma:

GRUPO 1: Clube Atlético de Salgueiro (Salgueiro) – IAC (Garanhuns) – Comercial E.C. (Serra Talhada) – Eutrópio Freire F.C. (Arcoverde) – União Esporte Clube de Pesqueira (Pesqueira).

GRUPO 2: América E.C. (Sertânia) – Comercial E.C. (Pesqueira) – Sete de Setembro E.C. (Garanhuns) – Democrático E.C. (Arcoverde) – Unidos da Vila F.C. (Caruaru).

GRUPO 3: Portuguesa de Desportos Caruaruense (Caruaru) – Cruzeiro F.C. (Pesqueira) – AGA – Associação Garanhuense de Atletismo (Garanhuns) – Livramento (Vitória de Santo Antão) – Estudantes (Sertânia).

GRUPO 4: A.E. Central de Barreiros (Barreiros) – Destilaria E.C. (Cabo de Santo Agostinho) – Vila Rica (Jaboatão) – Dez de Novembro (Olinda) – Cruzeiro E.C. (Paudalho).

GRUPO 5: Botafogo S.C. (Recife) – Estrada Nova (Jaboatão) – Estudantes S.C. (Timbaúba) – Palmeiras A.C. (Paudalho) – Santa Cruz F.C. (Carpina).

GRUPO 6: Vera Cruz (Paulista) – Condor F.C. (Olinda) – Asfa (Igarassu) – JET – Juventude Esportiva Timbaubense (Timbaúba) – Santa Cruz (Goiana).

GRUPO 7: DR 5 (Goiana) – Palmeiras (Paulista) – Caxangá A.C. (Recife) – Monte Castelo E.C. (Itambé) – Locomoção E.C. (Jaboatão).

AGA DE GARANHUNS     5          X         2          SANTA CRUZ DE CARPINA

LOCAL: Estádio do Arruda, no Recife (PE)

DATA: Domingo, dia 10 de Fevereiro de 1974

CARÁTER: Decisão da Copa Governador Eraldo Gueiros de 1973

PÚBLICO E RENDA: Não divulgados

ÁRBITRO: Roberto e Kaúla (FPF)

AGA: Zezé; Piñaes, Tuta, Bujão e Tomás; Rodrigues e Juarez; Água Branca (Didi), Romildo, João Carinha e Alcindo (Armando).

SANTA CRUZ: Ozéas; Edvaldo, Zeca, Dindo e Edvilson; Fia e Mimi (Malaquias); Arlindo (Expedito), Wilson, Fernando e Djalma.

GOLS: Romildo (duas vezes), Água Branca, João Carinha e Armando para o AGA. Fernando (dois) para o Santa Cruz de Carpina. 

FONTE: Diário de Pernambuco 

Santos de Tereré, um abnegado participante do Campeonato Paraibano

O Santos Futebol Clube, de João Pessoa, foi fundado em 9/11/1949 e em 1954 disputou pela primeira vez o Campeonato Paraibano, na época chamado de “Misto”, por ter times profissionais e semiprofissionais. Ao longo de cinco décadas, o clube estabeleceu um recorde: participou ininterruptamente de 39 edições do Campeonato Paraibano, aproveitando-se de crises políticas e financeiras que acometeram os quatro grandes campeões do Estado ainda na ativa – Botafogo, Campinense, Treze e Auto Esporte -, que deixaram de jogar um ou outro campeonato.

O recorde do Santos de Tereré só foi batido por um desses quatro em 2013, quando o Botafogo alcançou a marca de 40 edições consecutivas jogando o campeonato.

Ao longo dos tempos, o Santos quase sempre foi figurante no campeonato, fazendo-se presente na parte de baixo da tabela, na companhia de times como Nacional de Cabedelo e Santa Cruz de Santa Rita. Contudo, ano sim ano também o Santos estava lá.

A partir dos anos 2000, o clube preferiu manter apenas categorias de base e abandonou o futebol profissional. O campo que o clube possui hoje situa-se no bairro Ernesto Geisel, em João Pessoa, podendo ser visto aqui, no Google Street View.

Recentemente, o clube foi lembrado em uma crônica no site Esporte São José do Sabugi pelo colunista Francisco Serpa, cuja reprodução autorizada segue abaixo:

Crônicas do Serpa: O Santos de Tereré

O mundo possuía o Santos de Pelé e companhia, um time que ganhava todos os campeonatos que disputava, aqui e em alhures; João Pessoa desfrutava do Santos de Tereré, um time que não ganhava campeonatos mas jogava com bastante raça e formava e ainda forma jovens para a vida.

Três desportistas sonhadores, Jonatas Figueiredo de Souza, Renato Queiroz Fernandes e José Walter Marinho Marsicano, no dia nove de setembro de 1949, sentados em uma Praça localizada na Rua Odon Bezerra, Tambiá, em frente ao atual prédio da Federação Paraibana de Futebol fundaram o Santos Futebol Clube de João Pessoa. Não resta dúvida que a escolha do nome foi uma singela homenagem ao time paulista.

Por muitos anos o Santos Futebol Clube disputou a primeira divisão do campeonato paraibano de futebol com equipes modestas, utilizando jogadores jovens e prata da casa. Era um misto de juvenil com amador com garra e vontade competindo com os profissionais. Onde faltava recursos e meios, sobrava improvisação e disposição.

O seu eterno presidente José Walter Marsicano, que era conhecido por Tereré, dedicou-se tanto ao clube que o seu apelido foi incorporado pelo time, quando passou a ser carinhosamente denominado pelo torcedor e pela imprensa como o “Santos de Tereré”. Ele presidiu a agremiação por mais de trinta anos e nutriu no seio de sua família o amor pela agremiação, deixando o seu filho Leonardo Menezes Marsicano e o neto Leonardo Filho comandando a agremiação e não deixando o sonho acabar.

Vários jovens foram revelados nos quadros da base do Santos Futebol Clube e que posteriormente vestiram a camisa de times considerados grandes no estado e em centros maiores. Quem não se lembra do atacante “Zito Camburão”, do ponta esquerda “Vandinho”, do goleiro “Ademar”, do centroavante “Ary”, de “Marcos do Boi “ e tantos outros que a memória não recorda?

Em 1998 a agremiação resolveu suspender as suas atividades do departamento de futebol profissional, e dedicar-se exclusivamente as categorias de base que funcionam no seu centro de treinamento localizado no Bairro do Geisel, disputando anualmente todas as competições oficiais: desde fraudinha aos juniores.

Entre os títulos conquistados no futebol pelo Santos Futebol Clube, dois são bastante lembrados por seus dirigentes, o primeiro foi o título invicto do campeonato amador, quando seu treinador era o comentarista esportivo Ivan Bezerra Cavalcante, o segundo foi a conquista da segunda divisão do campeonato paraibano.

Como não poderia deixar de ser o Santos enfrentou várias crises durante a sua existência, em uma delas o time foi derrotado por 10 x 0 pelo Treze Futebol Clube, em Campina Grande. Nesse dia ninguém se entendeu, nem dentro nem fora de campo, e a discussão foi tão grande que no retorno esqueceram de trazer o material de jogo, que ficou na Rainha da Borborema.

Mesmo reconhecendo as dificuldades e a falta de políticas públicas destinadas aos clubes de futebol, em particular, aos pequenos, o sonho dos herdeiros de Walter Marinho Marsicano, o “Tereré”, é reativar o departamento de futebol profissional do Santos e voltar a disputar a primeira divisão, como nos bons e saudosos tempos.

Francisco Di Lorenzo Serpa
Membro da API, UBE e APP
falserpa@oi.com.br

O post original pode ser acessado aqui. Vale a pena visitar as outras colunas do Serpa, com várias histórias do futebol da Paraíba.

Assim como o caso do Floresta de Rio Branco/AC, o Santos de Tereré é mais um caso de clube que se confundiu com seu quase eterno mantenedor, e certamente há milhares de casos parecidos Brasil afora.