Arquivo da categoria: Rio de Janeiro (antigo Estado do RJ)

Sport Club Rio Branco – Petrópolis (RJ): escudo diferente, no amistoso diante do Flamengo, em 1937

O Sport Club Rio Branco foi uma agremiação da cidade de Petrópolis (RJ). O Alvinegro foi Fundado na quinta-feira, do dia 23 de Abril de 1925, na residência particular do distinto sportman Manoel José Gonçalves.

Sem especificar os cargos, a 1ª Diretoria foi constituída pelos seguintes membros: Manoel José Gonçalves, José Ansero Fecher, João Ernesto Schussler e Mario Ficher.

A sua elegante Sede está situada na Rua Montecaseros, s/n, no Centro de Petrópolis. Já a sua Praça de Esportes ficava no Bairro do Bingers. Além do futebol, o clube também contava com uma bem cuidada seção de ginástica.

Ainda em 1925, o Rio Branco se filiou a Associação Petropolitana de Sports (APS) e, logo, na sua primeira temporada, após 12 jogos, terminou com o vice-campeonato Petropolitano.

Em 1926, com apenas uma derrota e um empate, levantou a taça de campeão do Campeonato Petropolitano, tanto no Primeiro quanto no Segundos Quadros.

Em 1927, outra bela campanha, ao terminar o Campeonato Citadino na 3ª colocação, obtendo no “Torneio de Caridade” o título de campeão. Em 1928, se manteve entre os primeiros. Fechou o Campeonato Citadino e o “Torneio de Caridade“, ambos na 2ª colocação.

Em 1929, o Sport Club Rio Branco se ausentou do Campeonato Petropolitano, por motivos de ordem interna. Em 1932, foi vice-campeão do Torneio Início de Petrópolis.

Rio Branco foi goleado pelo rubro-negro carioca

Um amistoso estadual, entre o Sport Club Rio Branco, de Petrópolis e o Clube de Regatas Flamengo, foi realizado na tarde de domingo, às 16 horas, do dia 25 de abril de 1937, na região serrana do estado do Rio de Janeiro. A delegação partiu no dia do jogo, às 13 e 30 minutos.

No final, o rubro-negro goleou o Rio Branco pelo placar de 7 a 1. O destaque da partida foi Leônidas da Silva, o “Diamante Negro” autor de cinco gols. Jarbas marcou os outros dois gols do rubro-negro carioca.

No primeiro tempo, terminou três a um. Todos os tentos de Leônidas da Silva para o Flamengo, enquanto Ferreira fez o gol do Rio Branco. Na etapa final, Leônidas da Silva e Jarbas assinalaram dois tentos cada, dando números finais a peleja.

O presidente do Flamengo, Sr. Bastos Padilha (que dá nome hoje, do Estádio da Gávea), esteve presente na peleja. O árbitro da partida foi o Sr. Roberto Porto, que atuou com imparcialidade.

Rio Branco: Waldemar; Jaldino e Rodolpho; Miguel, Orlando (Zezinho) e Eduardo; Tampinha, Vital (Djalma), Leonel, Mano (Optal) e Ferreira.

Flamengo: Talladas; Natal e Cesar Machado (Barbosa); Caldeira (Luiz Orlando depois Mario Ramos), Engel e Barbosa; Sá, Luiz Orlando (Caldeira), Leônidas da Silva, Carlinhos e Jarbas.   

FONTES: A Noite (RJ) – Jornal dos Sports – Diário de Notícias (RJ)

Inédito!! Paysandu Foot-Ball Club – Rio de Janeiro (RJ): Fundado em 1915

O Paysandu Foot-Ball Club foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). Fundado no domingo, do dia 30 de Maio de 1915, por um grupo de rapazes desportistas. A escolha do nome foi uma homenagem ao time homônimo campeão Carioca em 1912.

Após fundar o novo clube, foi definido a composição da 1ª Diretoria, constituída da seguinte forma:

Presidente – Dr. Henrique de Vasconcellos;

Vice-Presidente – Henrique Nunes Pereira;

1º Secretário – Adolpho Rodrigues;

2º Secretário – Luiz do Rego Pontes;

Tesoureiro – Luiz Bandeira de Mello;

Fiscal de Campo e Comitê – Fernando Carneiro.

A sua Sede provisória ficava na Ladeira do Leme, nº 27. Posteriormente se transferiu para Rua D. Polyxena, nº 66, no bairro de Botafogo, na Zona Sul do Rio (RJ). O seu Ground de treinos ficava na Rua Alpha (entre os números 5 e 6, no Cais do Porto), s/n, no bairro de Santo Cristo, na Zona Central do Rio. Já a sua Praça de Esportes estava situado no belo e bem tratado Velódromo, na Praia Vermelha, no bairro da Urca

O Paysandu disputou o Campeonato da Liga Sportiva Carioca (LSC), de 1918, que contou com a participação de oito equipes:

Foto de 1921

Aymoré Football Club (Sede: bairro das Laranjeiras/Catete, fundado em 03-07-1914, por funcionários da Western Telegraph);

Benjamin Constant Football Club (Sede: bairro da Glória);

Combinado Humaytá (Sede: bairro do Humaitá);

Sport Club Curupaity (Sede: bairro do Catete, fundado em 13-06-1914);

Sport Club Emulação (Sede: bairro do Flamengo-Catete);

Leme Athletico Club (Sede: bairro do Leme, fundado em 1905);

Pedro Ivo Football Club (Sede: Bairro de São Cristóvão).

A competição seria disputada com as equipes do 1º, 2º e 3º Quadros. No entanto, o Humaytá e o Aymoré foram a base da Liga, que infelizmente deixou de existir, devido a politicagem, acabou obrigando que os clubes a abandonarem, o que, no final, gerou a falência da mesma.

Time-base de 1915: Oscar; Castro e Waldemar; Manuel, Máximo e Curió; Seraphim, Octavio, Bahiano, Macau e Joaquim.

Time-base de 1918: Toledo; Alvim e Annibal; Macedo (Cap.), Drummond e Abaeté; Vallim, Rubens, Carlos, Menezes e Gastão. Reservas: Mattos, Level, Mauro e Sete.

FONTES: RSSSF Brasil – Gazeta de Notícias (RJ) – O Tico-Tico (RJ) – O Imparcial (RJ)

Foto Rara de 1970: Madureira Atlético Clube (RJ)

O Madureira Atlético Clube, sob o comando de Jair da Rosa Pinto, disputou o Campeonato Carioca da 1ª Divisão, em 1970, onde terminou na 7ª colocação no geral, com 11 pontos, em 18 jogos; três vitórias, cinco empates e dez derrotas; marcando 13 gols, sofrendo 30 e um saldo negativo de 17.

Fazendo um Raio X do Madureira, no Estadual de 1970, os atacantes Luís Carlos Feijão e Alcino foram os artilheiros da equipe com cinco gols, cada. Outro atacante, Diogo assinalou três tentos.

O time só teve um atleta expulso: o lateral-direito Danilo que recebeu o vermelho contra o Vasco da Gama. No campeonato aconteceram nove gols contra, mas nenhum de responsabilidade de algum jogador do Madureira.

Um gol antológico: de goleiro para goleiro

Um curiosidade aconteceu na última rodada do Carioca – no sábado, do dia 18 de Setembro de 1970 – na derrota do Madureira para o Flamengo, por 2 a 0, no Estádio Luso-Brasileiro, na Ilha do Governador. Com uma Renda de Cr$ 5.745,00 e um pequeno público de 1.075 pagantes.

Com o gramado num estado ruim, somado a uma partida tecnicamente fraca, não parecia que algo incomum fosse ocorrer. Aos 39 minutos, do primeiro tempo, Rodrigues Neto penetrou pelo lado esquerdo e o zagueiro Leléu dividiu a jogada dentro da área. O árbitro José Mário Vinhas marcou pênalti. Zanata cobrou com firmeza para abrir o placar. E assim, terminou a etapa inicial, sem nenhum entusiasmo.

No 2º tempo, o jogo seguiu morno sem grandes emoções. No entanto, aos 26 minutos, o lateral Onça recuou a bola para o goleiro Ubirajara, que imediatamente deu um chutão para o atacante Nei. Contando com a ajuda do vento, viajou até dentro da área.

A bola quicou no campo duro e acabou encobrindo o goleiro Paulo Roberto! Assim, Ubirajara se tornou o 1º goleiro do Flamengo a marcar um gol em jogos oficiais.            

Na foto posada (acima) do Madureira, no Estádio Mario Filho, o Maracanã, a formação é a seguinte:

EM PÉ (esquerda para a direita): Ivan, Silva, Edmar, Paulo Roberto, Pitico e Leléu;

AGACHADOS (esquerda para a direita): Cléber, Luiz Carlos Feijão, Osni, Teles e Diogo.

Dos 18 jogos realizados, essa formação citada acima, jogou em sete oportunidades, sendo que em seis foram partidas no Maracanã. O 1º jogo com esses 11 jogadores, aconteceu na 8ª rodada do 1º Turno, na terça-feira, do dia 28 de Julho de 1970, na derrota para o Botafogo por 2 a 0, no Estádio de General Severiano.

Os demais jogos, foram realizados no Maracanã, válidos pelo returno:

1ª Rodada (23/08/70) – América 1 x 1 Madureira;

2ª Rodada (29/08/70) – Fluminense 5 x 1 Madureira;

3ª Rodada (05/09/70) – Vasco da Gama 2 x 0 Madureira;

4ª Rodada (09/09/70) – Botafogo 0 x 1 Madureira;

5ª Rodada (13/09/70) – Olaria 3 x 1 Madureira;

6ª Rodada (17/09/70) – Campo Grande 2 x 0 Madureira.


Alguns pitacos:

No Madura, Pitico, Osni e Luiz Carlos Feijão vieram do Santos e Diogo e Leléu, do futebol paulista. 

O lateral Ivan foi para o América, do Rio Grande do Norte, onde foi ídolo e considerado o melhor lateral da história da equipe rubra.

Em 1971, o treinador do Olaria, Jair da Rosa Pinto, levou para a Rua Bariri, Osni, Luiz Carlos Feijão e Leléu, que participaram da grande campanha naquele ano.

FOTO: Acervo de José Leôncio Carvalho

FONTES: Jornal dos Sports – Arquivo pessoal

Escudo raro de 1934: Itatiaya Athletico Club – Campos dos Goytacazes (RJ)

Itatiaya Athetico Club foi uma agremiação da cidade de Campos dos Goytacazes (RJ). O ‘Clube da Serra’ foi Fundado na quinta-feira, do dia 29 de Janeiro de 1931, um grupo liderados pelos irmãos Bacelar da Silva após de sério desentendimento ocorrido no Clube Esportivo Rio Branco.

Do Rio Branco saíram para fundar o Itatiaia, Hélvio Bacelar, Valdir Nascife, Herval Bacelar, Chaquib Bichara, Ângelo Queiroz, Luís Reis Nunes e João Laurindo. De início, muitas dificuldades, mas depois a coisa melhorou, a ponto de o Itatiaia ter tido sua Praça de Esportes e a Sede, na Rua dos Goytacazes, nº 136 a 142, no bairro Turf Club, e sido o pioneiro do basquete campista.

O ‘Clube da Serra’ teve a glória de contar com grandes jogadores como Bragode e Cliveraldo, este chegando a titular da ponta esquerda do Clube de Regatas Flamengo, na cidade do Rio de Janeiro.

Do Itatiaia sabe-se, ainda, que adotou as cores vermelho, branco e azul, e foi campeão do Torneio Início da temporada de 1937, disputado no campo do Industrial.

Foi chamado de o ‘Clube da Serra’ por causa do nome, teve sede no prédio do antigo Doze Bilhares, na Rua Direita, hoje Bulevar Francisco de Paula Carneiro.

Seu último jogo foi contra o Americano, pelo Campeonato Campista, quando perdeu de 17 a 0. Somado a isso, um incêndio na sede onde promovia bailes na antiga Rua da Direita, hoje, Boulevard Francisco de Paula Carneiro, acabou acarretando a extinção precoce do Itatiaya.

Colaborou: Santiago

FOTO (papel timbrado): site Alberto Lopes Leiloeiro

FONTES: Blog Relíquias do Futebol – Wikipédia – Diário da Noite

Inédito!! Unidos de Ricardo Futebol Clube – Rio de Janeiro (RJ): disputou o D.A. na década de 50

O Unidos de Ricardo Futebol Clube foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). O “Tricolor Ricardense” teve três Sedes, todas localizadas no bairro Ricardo de Albuquerque, na zona norte do Rio de Janeiro (RJ). A , ficava na Rua Guanandy, s/n. Em 1948, o então Prefeito do Distrito Federal, Ângelo Mendes de Morais, sancionou o Projeto nº 130, da Câmara dos Vereadores para a desapropriação do terreno do Unidos de Ricardo.     

Na década de 50, o clube conseguiu uma nova sede, situado na Rua Coronel Alencastro, nº 2.361; e, por fim, se transferiu para a Rua Jaboticabal, nº 44 (Foto abaixo). As suas cores eram o vermelho, amarelo e verde.

Foto de 1967

Num sexta-feira, do dia 25 de Abril de 1941, foi Fundado por um grupo de desportistas comandados por Joaquim Domingues da Costa e Aladyr Dutra, que se reuniram no Café e Bar São Bernardo, então localizado à Rua Pereira da Rocha, nº 143, de propriedade de Júlio de Paiva.

O que restou da Sede do Unidos de Ricardo, situado na Rua Jaboticabal, nº 44.

O 1º nome escolhido foi Onze Unidos de Ricardo Futebol Clube, posteriormente adotou a nomenclatura atual. A escolha das suas cores (vermelho, amarelo e verde), talvez tenha sido inspirado na equipe maranhense do Sampaio Corrêa Futebol Clube.

A partir daí, os membros do Unidos de Ricardo se reuniam todas as segundas-feiras, a fim de traçar as novas metas e analisar o desempenho do time, que demonstrava ter um futuro promissor.

O primeiro tópico foi conseguir um campo para realizar os treinos e jogos. Calhou que o seu rival de Ricardo de Albuquerque, o Anagé Sport Clubdeu um tempo” nas competições. Então, o presidente Joaquim Domingues da Costa articulou negociações e conseguiu a Praça de Esportes do Anagé, que ficava situado no terreno do cemitério.  

Seguindo empenhado em melhorar o patrimônio do clube, a diretoria conseguiu construir um campo, onde está instalado, hoje, o Colégio Alexandre Farah. Ao lado havia uma lagoa, que ficou famosa como Lagoa do Unidos, onde a garotada ricardense da década de 40, tomava seus banhos escondidos de seus pais.

EM PÉ (esquerda para a direita): Didi (técnico), Pinheiro, Água Quente, Rubens, Mozar, Ninico e Gilson;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Tião, Hamilton, Guininho, Calunga e Leleco.

Fábrica de Craques

O Unidos de Ricardo montou grandes esquadrões, e uma das “fontes“, onde piçavam jóias era o time do Tira-Teima, composto por garotos que brincavam em um campo na Rua Pereira da Rocha, esquina com Rua Guanandy. Dessa equipe surgiram muitos craques que vestiram a camisa de grandes clubes brasileiros e até no estrangeiro.

Alguns nomes, como Ubiratan Gomes dos Santos (nascimento: 06 de janeiro de 1941), conhecido como Foguete, que jogou na Portuguesa, Bangu, Flamengo (jogou entre 1963 a 1965) e Oro (México). Birajatino, o Bira Pé Redondo, atuou pelo Madureira (RJ), Apucarana (PR), e Deportivo Itália (Venezuela). O saudoso volante Wescley Vieira Calixto, ou simplesmente Wescley, que se consagrou no Botafogo (anos 80), Fortaleza (CE).

Infelizmente, Wescley teve um triste fim. Em 10 de abril de 2013, seus familiares comunicaram seu desaparecimento à Polícia do Rio de Janeiro, e no dia seguinte três corpos foram encontrados boiando no rio Sarapuí, um deles, era Wescley, que teria sido confundido com policiais por traficantes na comunidade Jardim Gramacho, em Duque de Caxias.

Títulos

Em 1951, o Unidos de Ricardo debutou no Departamento Autônomo. Dois anos depois, se sagrou campeão de Aspirantes da “Série Manoel Antunes Batista“, em 1953; e vencedor da “Taça Disciplina” de 1955.

No domingo, do dia 07 de Abril de 1970, o Unidos de Ricardo ficou com o vice, no Quadrangular Carlos Lincoln. O Atlético Clube Nacional (Ricardo de Albuquerque) foi o campeão. Saldanha da Gama e Anchieta fizeram parte do torneio, realizado em Camboatá.

Curiosidades

Em 1967, o Unidos de Ricardo, possuiam 50 sócios proprietários, 200 contribuintes. Naquele momento a mensalidade custava NCr$ 1,00 (um cruzeiro novo). O clube não possuia campo, apenas a sua Sede, avaliada em NCr$ 100,00 (cem cruzeiros novos).

O Sócio número 1 foi o Sr. Valmir Forto Fernandes, que naquele ano era o presidente do clube. O jogador Foguete, revelado pelo clube, jogou na Associação Atlética Portuguesa e Clube de Regatas Flamengo.

Três partidas no estádio do Maracanã

Entre as suas proezas, o clube chegou a disputar três jogos no Estádio Mario Filho, o Maracanã. No sábado, do dia 15 de Março de 1952, jogou na preliminar da vitória do Palmeiras em cima do Botafogo, por 1 a 0 (gol de Ponce de Leon), válido pelo Torneio Rio-São Paulo. Nesse dia, o Unidos de Ricardo goleou o Ruy Barbosa Futebol Clube, do Centro do Rio, pelo placar de 6 a 1. A Renda foi de Cr$ 214.933,00.

No sábado, do dia 16 de Maio de 1953, Vasco e Botafogo empataram em 0 a 0, pelo Torneio Rio-São Paulo. Na preliminar, o Unidos de Ricardo acabou derrotado pelo Filhos de Iguaçu Futebol Clube, de Nova Iguaçu, por 2 a 1. A Renda foi de Cr$ 623.774,10. Teve ainda outra partida. Unidos de Ricardo e Atlético Futebol Clube (Atlético da Alegria), do bairro de São Cristóvão, empataram em 4 a 4, no maior estádio do mundo.

Declínio

Na sexta-feira, do dia 19 de Junho de 1970, o clube foi fechado por tempo indeterminado, em razão de documentação irregular. A partir, o futebol foi deixado de lado.

O clube ainda “respirou” até a década de 80, onde sobrevivia, sobretudo, por meio dos eventos sociais, como os bailes de carnaval e festas até ser deixada definitivamente pelos associados e ser invadida, transformando-se em moradia.

Colaborou: André Luiz Pereira Nunes

FONTES: O Jornal (RJ) – A Luta Democrática (RJ) – Diário de Notícias (RJ) – Gazeta de Notícias (RJ) – Jornal dos Sports (RJ) – Google Maps

Escudo Inédito de 1939: Rio Cricket e Associação Atlética – Niterói (RJ)

O Rio Cricket e Associação Atlética é uma agremiação da cidade de Niterói (RJ). A sua Sede fica localizada  na Rua Fagundes Varela, nº 637, no bairro do Ingá, em Niterói. As cores oficiais do clube são o verde e o amarelo, homenagem dos seus fundadores ingleses e descendentes ao Brasil.

Foi no domingo, do dia 15 de Agosto de 1897, por um grupo de jovens ingleses apaixonados pela prática de esportes fundaram uma agremiação chamada Rio Cricket Club, que funcionava informalmente desde 1870, num terreno alugado na Rua Berquó (atual General Polidoro), em Botafogo no Rio de Janeiro, para a prática do cricket, esporte amplamente difundido na Inglaterra.

Após alguns atos de discordância dentro da agremiação, um grupo de fundadores decidiram montar uma outra agremiação na cidade de Niterói, com o clube que ficara sediado da cidade do Rio de Janeiro recebendo posteriormente a denominação de Paissandu Atlético Clube, assim nascendo uma grande rivalidade clubística entre os dois clubes da colônia britânica. Em algumas fontes antigas as partidas entre os dois clubes, nos mais variados esportes, era chamada de Clássico dos Ingleses.

Em 1897, o novo clube, fundado por ingleses e descendentes dissidentes do clube carioca, liderados por George Emmanuel Cox e Basil Freeland, também e provavelmente não por acaso no dia 15 de agosto, ganhou a denominação de Rio Cricket e Associação Atlética, no bairro de Icaraí, na cidade de Niterói, sendo este o 3º clube mais antigo destinado á prática de esportes na cidade, atrás apenas do Grupo de Regatas Gragoatá e do Clube de Regatas Icaraí, ambos fundados em 1895.

No dia 16 de novembro de 1897, foi lavrada a escritura de compra do terreno onde se instalaria o Rio Cricket e Associação Atlética. Em 1978, Carlos Ary Vieira torna-se o 1º presidente de origem luso-brasileira a dirigir o Rio Cricket. Antes dele, todos os quarenta e três presidentes do clube eram de origem britânica.

Futebol bretão

No domingo, do dia 22 de Setembro de 1901, ocorreu a 1ª partida de futebol oficialmente realizada no Estado do Rio de Janeiro, no campo do Rio Cricket. Neste dia, Oscar Alfredo Cox, que viria posteriormente a ser fundador e presidente do Fluminense Football Club, atravessou a Baía de Guanabara para enfrentar os praticantes de críquete e tênis do clube inglês. Ainda cerca de quinze observadores assistiram o jogo que terminou empatado em 1 a 1, causando espanto a crônica da época, não habituada a relatar embates finalizados sem vencedores.

Em 1906, o clube participou do 1º Campeonato Carioca de Futebol, ficando com a 3ª colocação. Foi no campo do Rio Cricket que foi definido o primeiro campeonato carioca de futebol.

Em 1916, ao contrário do que algumas fontes sugerem, o Rio Cricket jamais abandonou a prática do futebol, teve que se licenciar do Campeonato Carioca (do qual era convidado especial, já que na época pertencia a outro estado) apenas por conta da I Guerra Mundial, quando muitos de seus jogadores foram defender a Inglaterra.

Em 1920, o clube retomou as atividades futebolísticas, as quais mantém até hoje. O clube, no entanto, nunca se profissionalizou, mantendo-se amador como o futebol era em seu princípio. Em 1927, se sagrou campeão do Torneio Início de Niterói, organizado pela Liga Sportiva de Amadores (LSA).

Em 2006, o clube voltou a disputar uma partida de futebol contra o Paissandu Atlético Clube após quase 92 anos, nos jogos comemorativos dos 105 anos do futebol no estado do Rio de Janeiro (realizados na sede do Rio Cricket). O Rio Cricket foi derrotado por 2 a 1.

O clube participou das primeiras edições do Campeonato Carioca em: 1906, 1908, 1911, 1912, 1913, 1914 e 1915 e do campeonato niteroiense em 1925, 1926, 1927, 1928 e 1929.

FONTES: livroRio Cricket e Associação Atlética, Mais de um século de paixão pelo esporte”, de autoria de Patrícia Iorio e Vítor Iorio – Sport Illustrado (RJ)

Escudo raro de 1961: Seleção de Itaguaí (RJ)

A Liga Desportiva de Itaguaí (LDI) foi Fundada no sábado, do dia 30 de Maio de 1953. Compareceram na assembléia as seguintes seis associações: 

Itaguaí Atlético Clube;

Itacurussá Futebol Clube;

Coroa Grande Futebol Clube;

Atlético Clube Ecologia (Universidade Rural);

Grêmio Olímpico Mangaratiba;

Seropédica Futebol Clube.

A reunião foi dirigida pelo presidente Ramos de Freitas e contou com a presença de figuras de destaque no Município de Itaguaí, notando-se a presença do Dr. Fabio Horta de Araújo, ex-presidente do America do Rio de Janeiro (entre os anos de 1949 a 51 e 1960), que tomou parte ativa nos trabalhos.

Foi eleita uma comissão composta de presidentes, tendo como dirigente o Dr. Hermano Naegele, com a incumbência de elaborar os estatutos e tomar todas as medidas necessárias para a instalação da novel Liga Desportiva.

O grande feito da entidade máxima de Itaguaí, além das realizações das competições citadinas, foi o vice-campeonato Fluminense de Seleções Municipais, em 1960 (Nova Friburgo ficou com o título).

No entanto, na década de 60, a Liga Desportiva de Itaguaí entrou em crise e acabou paralisando as suas atividades. Anos mais tarde, quando sentindo o impulso do então presidente da República, Médici deu ao desporto nacional, os dirigentes do desporto fluminense, apoiados por políticos fizeram com que ressurgisse Liga Desportiva de Itaguaí no sábado, do dia 15 de Julho de 1972.

FONTES: A Manhã (RJ) – Jornal dos Sports – Diário de Notícias – A Luta Democrática – Última Hora

No túnel do tempo: Porto Alegre vence o Flamengo, na Taça Guanabara de 1987

Equipes estrearam com o “pé direito”

Na estreia da Taça Guanabara, o Flamengo venceu o Bangu por 1 a 0, no Maracanã. O gol da vitória foi do estreante Renato Gaúcho aos 10 minutos da etapa inicial. Já o Porto Alegre Futebol Clube, que subiu para a elite do futebol carioca, após ficar o vice-campeonato da Segunda Divisão do Rio de 1986, debutou com vitória, em casa, em cima do Olaria Atlético Clube, pelo placar de 1 a 0. O gol foi assinalado pelo meia Áureo aos 18 minutos da etapa final.  

Sem acordo, jogo  não teve televisionamento

Os dirigentes do Flamengo não chegaram a um acordo com as televisões do Rio de Janeiro para a transmissão do contra o Porto Alegre, amanhã (quarta-feira, do dia 11 de março de 1987). Por isso, a partida está mantida para as 16 horas, em Itaperuna (RJ).

O acerto para a transmissão da partida (o jogo seria adiado para a noite) não aconteceu em função de problemas técnicos das tevês, pois daria enorme trabalho para a geração das imagens.     

Bebeto não renova e foi desfalque

O meia Bebeto (que depois passou a jogar como atacante) estava ameaçado de não jogar, em virtude da pendência de renovar ou não o contrato. O jogador insistiu na proposta de Cz$ 2 milhões de luvas e salários mensais de Cz$ 150 mil. Já o rubro-negro concordava com o valor dos salários, mas não passa da quantia de Cz$ 1 milhão e 600 mil de luvas, dividida em quatro vezes. No final, o jogador acabou ficando de fora e o técnico Sebastião Lazaroni escalou Adílio no seu lugar.

PORTO ALEGRE F.C. (RJ)       2          x          0          C.R. FLAMENGO (RJ)

LOCALEstádio Jair Siqueira Bittencourt, em Itaperuna (RJ)
DATAQuarta-feira, do dia 11 de Março de 1987
CARÁTER2ª rodada da Taça Guanabara de 1987
HORÁRIO16 horas
RENDACz$ 626.700 (seiscentos e vinte e seis mil e setecentos cruzados)
PÚBLICO10.445 pagantes
ÁRBITROAluísio Viug (FERJ)
AUXILIARESVander de Carvalho (FERJ) e Adauto Cunha (FERJ)
CARTÃO AMARELOLeandro e Aílton (Flamengo); Júlio e Nelson (Porto Alegre)
PORTO ALEGREAlmir; Luis Gusta­vo, Zé Carlos, Déo e Júlio; Nélson, Áureo e Biro-Biro; Cid (Cacaio), Ale­xandre e Adãozinho (Peu). Técnico: Gildo Rodrigues
FLAMENGOZé Carlos; Jorginho, Leandro, Mozer e Aírton; Andrade, Aílton e Adilio (Sócrates); Renato Gaúcho, Kita e Zinho (Marquinho). Técnico: Sebastião Lazaroni
GOLSAle­xandre aos 23 minutos (Porto Alegre), no 1º tempo. Adãozinho aos 12 minutos (Porto Alegre), no 2º tempo.

FONTES: arquivo pessoal – Jornal dos Sports