Arquivo da categoria: História dos Clubes Nacionais

GERMÂNIA Football Club

O Germânia foi fundado por dissidentes do SC Victorioso (ex-Carioca) em 1909, de acordo com Rosino J. Silva para o jornal O Paiz. Começou a aparecer na imprensa em agosto de 1910 (através do JB e JC).
Sede original: Estrada Dona Castorina no Jd. Botânico.

Esses dissidentes eram, em sua maioria, funcionários de origem alemã da fábrica de tecidos Carioca, por isso o nome Germânia.
Fundadores: Brum de Lacerda, Cândido P. Rosa, C. Catulo, C. Silva, E. Calvert, João Ferreira, J. Calvert, J. Sant’Anna, J. Silva, Pedro de Oliveira e Sebastião Sant’Anna.

O clube não era de origem alemã. Algumas escalações que só constam em maioria jogadores brasileiros, apenas um com o sobrenome alemão (Krauss), em 1916.

Em 14/06/1917, o Germânia FC uniu-se ao Jardim Football Club (fundado em 08/09/1907), ambos do Jardim Botânico-Gávea. Desta fusão, o nome que permaneceu foi o do Jardim FC.

Fontes: O Paiz, O Imparcial (23/06/1917 pg 8)

A Fusão dos São Cristóvão!!!!

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O idealizador principal da Fusão dos dois São Cristóvão, não resta dúvida foi o Sr. Rodolpho Maggioli que conseguiu em 13 de fevereiro de 1943 o sonho de todo o Bairro Imperial. Apesar dos insistentes apelos para reunir o outro, o Clube de São Cristóvão Imperial também, não logrou êxito.
Coincidência ou não, os irmãos Maggioli dominavam a Presidência dos Dois São Cristóvão: o Rodopho no SCAC e o Henrique no CRSC. O 1° Presidente do novo Clube: São Cristóvão de Futebol e Regatas, ficou, é claro, sendo com toda razão, o Rodolpho.

Na realidade a 1° Reunião dos Conselheiros dos 2 Clubes foi a 23 de janeiro de 1943 em sessão presidida pelo Sr. Luiz Aranha. Na ocasião foi formada uma comissão para tratar do Estatuto da Fusão. O Conselheiro Bernadino Veloso (do C.R.) solicitou a palavra e disse que nada poderia ser feito sem consulta aos quadros de Associados de ambos. A proposta foi rejeitada por unanimidade e marcou-se uma futura reunião. Tal, acon¬teceu em data já citada (13-02) e precisamente às 22 horas e 10 minutos nascia o Clube que resiste a tudo até os nossos dias.

Curiosamente a equipe de Futebol se encontrava em excursão no estado de Minas, e, em 15 de fevereiro venceria por 5×3 o Cruzeiro (novo nome do Palestra Itália) em Belo Horizonte, sendo uma estréia auspiciosa para o São Cristóvão de Futebol e Regatas.
As vibrações eram por demais positivas e logo no Primeiro Torneio oficial com o nome de São Cristóvão de Futebol e Regatas, que foi no “Torneio Municipal” fomos Campeões. Foram 9 jogos com 7V lE 1D, sendo os resultados:

4-04 2×0 Bonsucesso (Gols: Alfredo e Caxambu)
18-04 2×0 Vasco (Gols: Nestor e Magalhães)
25 e 29-04 4×3 Bangu (Gols: Alfredo(2) Caxambu e Nestor)
02-05 4×0 Madureira (Gois: Caxambu (2) Santo Cristo e Alfredo)
09-05 2×5 Botafogo (Gols: Nestor (2)
16-05 4xl Flamengo (Gols: João Pinto (2) – Nestor (2)
23-05 4×2 Fluminense (Gols: Nestor (2) – Santo Cristo – Alfredo)
06-06 6×6 Canto do Rio (Gols: Santo Cristo (3) – João Pinto (2) e Alfredo)

Fonte:Chuva de Glórias, Raymundo Quadros

A. A. Mackenzie College , o primeiro clube brasileiro e para brasileiros!!!

O primeiro clube brasileiro e para brasileiros fundado afim de se dedicar ao futebol “associatiation” foi a Associação Atletica Mackenzie College de São Paulo. Naturalmente, seus alunos já tinham conhecimento do jogo que os ingleses estavam praticando no São Paulo Athletic. Possivelmente, alguns deles como convidados ou curiosos, tinham visto, ou participado de treinos ou jogos improvizados na Chocara Dulley em 1895 e 96, daí o seu gosto e a sua iniciativa de praticar o futebol no recreio do colegio.

Os antecedentes da fundação da A. A. M. C. foram estes:

Em 1896, regressava dos Estados Unidos o sr. Augusto Shaw, professor do Mackenzie College, que passou a desenvolver grande propaganda da Bola ao Cesto e do futebol “Rugby”.
Muito se interessaram por esses divertimentos os alunos José Sampaio, Mario Eppiugaux, Carlos da Silveira. Alicio de Carvalho, Belfort Duarte, Roberto Shalders e outros, que então fundaram a Associação Atletica do Mackenzie College.

Alguns alunos, por não se terem adaptado perfeitamente ao “Rugby” e achando a Bola ao Cesto menos interessante do que o jogo que já algumas vezes haviam assistido entre os ingleses, resolveram dedicar-se ao futebol associação que inicialmente se praticou em varios quadros do Colegio.
A data orla da fundação do Mackenzie, como clube de futebol ficou sendo a de 18 de agosto de 1898 e foram seus fundadores: Augusto Shaw, José Sampaio, Mar io Gppingaux, Carlos da Silveira, Alicio de Carvalho, Belfort Duarte, Roberto Shalders.
O futebol substituiu o basquetebol. Formara-se o “tearn”. Escolhera-se o uniforme uma camisa vermelha e gravata branca, e calção desta cor. A flamula losango branco sobre vermelho, tendo naquele, as iniciais A. A. M. C.

Alem dos fundadores, o Mackenzie propagou o futebol naquela época por intermédio de mais os seguintes alunos: Reinaldo Ribeiro, Alexandre Ora cchia, J. Ferraz. A. Rodrigues Alves, Oscar Weinckenck, Mac Knight, A. Winter. A esses alunos se juntaram em 1897 E. Ramalho Rodrigues, Jesse David, René e Henrique Vanorden, Daniel Stuart Chamberlain, Horacio Nogueira, O. Pyles, H. Ceropello, Manoel Ericksen e Oscar Loefren.
O campo foi marcado no terreno do recreio do colégio, entre duas linhas paralelas marcadas a cal, equidistantes cerca de 50 metros.
Foi assim que surgiu a A. A. M. C., o primeiro grémio de futebol de brasileiros e para brasileiros.

Fonte:A Historia do Futebol no Brasil,Tomas Mazzoni

ASSOCIAÇÃO DESPORTIVA CONFIANÇA,“O DRAGÃO DO BAIRRO INDUSTRIAL”

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PRIMÓRDIOS DA HISTÓRIA DE UM GIGANTE-OPERÁRIO

“Tarde tranquila… Outubro de 1935… Encerra-se um prélio de Voleibol entre o Cotinguiba x Aracaju, no bairro Industrial.Dois atletas, jovens idealistas, saem conversando e surge, de um deles, o memorável convite-desafio: “Vamos fundar um clube de basquete e voleibol?” O outro aceita e, juntos, procuram o futuro patrono que também abraça a idéia.

Joaquim Sabino Ribeiro Chaves, Isnard Cantalice, o moço do convite, e Epaminondas Vital, somados e unidos, fundam então uma das mais poderosas forças do esporte nordestino, grande desde o berço, pelo idealismo dos que o criaram, pelas vitórias que se têm sucedido desde sua fundação oficial a 1º de maio de 1936, basquete e voleibol, primeiro de maio de 1949, futebol, e, graças ao denodo com que tem atravessado as mais violentas crises.


FUTEBOL NO CONFIANÇA SURGIU COMO MAIS UM DESAFIO

1949, inesquecível ano das Olimpíadas Operárias. Sergipe tivera papel destacado, fôra representado em Basquete e Voleibol por excelente elenco de craques, quase todos pertencentes à ADC. Terminada a maratona, as Fábricas locais idealizaram disputas regionais.
O Dr. Carlos Cruz, da Sergipe Industrial, ao ser convidado para aderir ao movimento desportivo, disse que o faria de bom grado mas, com o Confiança, só jogaria se fosse futebol.Ora, o Dragão do Bairro era Campeoníssimo no jogo de cestinha e vôlei,mas, futebol, contava, apenas, com times inexpressivos de operários da Fábrica.

Joaquim Ribeiro, Epaminondas Vital, Enock Alves e outros toparam a parada fundando oficialmente, o Departamento de Futebol, em primeiro de maio de 1949, formando um cartel de grandes atletas que, ainda hoje, nos deixa saudades. Ei-lo com os seus titulares e reservas, notável alicerce para a porvindoura e gloriosa carreira do GIGANTE-OPERÁRIO:

ENOCK,
EDILBERTO, PEDRO BABU, BIDU, JOSÉ ANTONIO, SILVIO, SANDOVAL,DÃO, MERGULHO, ROMUALDO.
ANASTÁCIO – Roupeiro – PEDRINHO, BIA, JOÃO DE BELO ANIZA, TIÃO,GILBERTO.

Apresentando esta equipe onde não existiam titulares nem reservas, o Confiança aceita o convite do saudoso Dr. CARLOS CRUZ.Ela é responsável pela conquista de memoráveis triunfos para as cores
AZUL e BRANCA do Bairro Industrial”.

ESTÁDIO PROLETÁRIO

Graças ao esforço e abnegação do Presidente Figueiredo e de EPAMINONDAS VITAL, contando sempre com o apoio decisivo do Dr.JOAQUIM SABINO RIBEIRO CHAVES, o Confiança ganhou o Estádio Proletário “Sabino Ribeiro”.Suas instalações foram inauguradas em 1º de maio de 1955.
São “Confiança”de “altíssima periculosidade”: FLÁVIO PRIMO,RUBENSCHAVES, JOSÉ FIGUEIREDO MONTE, JOUBERT UCHÕA DE MENDONÇA,RAIMUNDO VALQUÍRIO LIMA, MARCELO MACIEL, MATIAS PAULINO DA
SILVA, ADÍLIO CÉSAR ABOIM, LUCIANO BARRETO, MARCO AURÉLIOPRADO DIAS, JOÃO ALVES, HERCILIO CRUZ, LISES ALVES CAMPOS,ALBERTO MENESES e LYSES LIMA CAMPOS, ARISTOTELINO CRUZ…

A Revista ALVORADA, edição especial de dezembro de 1970, em homenagem ao “NOVO CONFIANÇA” trouxe várias mensagens especiais, destacando-se as de WALDIR SANTOS BRITO – Prefeito Municipal de
Aracaju.
MAS, CLUBE SEM BRIGA AINDA VAI NASCER.. lembram-se?

Decidia-se o Campeonato de 1955. O Confiança, no Estádio de Aracaju,vencera o C. S. Sergipe, seu tradicional adversário.Pela ata, a segunda partida seria disputada no Estádio Proletário “Sabino
Ribeiro”.Começou então a guerra de bastidores. O Sergipe objetou jogar no Proletário. O Confiança citou a ata que lhe assegurava o direito de preliar em seu campo.
O Presidente Moura Filho marcou o segundo prélio para o Adolfo Rollemberg, prejudicando o Dragão do Bairro Industrial, que lá não compareceu. O Sergipe foi então proclamado Campeão do Ano e do
Centenário.

Deu-se então a retirada da A. D. CONFIANÇA da FSD.Os torcedores proletários, porém, jamais se conformaram. Lutaram. Foram às ruas. Fizeram passeatas. Apelaram para o Patrono Joaquim Ribeiro.
Todas as campanhas foram dirigidas pelo espírito moço e vibrante do Dep.Antônio Torres Junior, a quem prestamos nossas justas homenagens,coadjuvado por um punhado de verdadeiros desportistas.
E o Confiança voltou…

Fonte: Livro CALEIDOSCÓPIO de Alencar Filho

O Flamengo de 81, um time de machos também!!!

Foi mais do que suar a camisa. Para ganhar seu primeiro título da Copa Libertadores, em 1981, os jogadores do Flamengo tiveram que dar literalmente o sangue para superar coteveladas, altitude e catimba dos rivais. A primeira fase foi dura, em um Grupo 3 que tinha Atlético Mineiro e os paraguaios Olímpia e Cerro Porteno. A classificação só veio no último jogo contra o Atlético.

Na segunda fase, o Rubro-negro eliminou fácil o boliviano Jorge Wilstermann e o colombiano Deportivo Cali. Contra o Cobreloa, do Chile, na final, os cariocas eram favoritos. O adversário não poderia usar a principal arma: o Estádio Municipal de Calama, junto ao deserto de Atacama, onde cabiam só 12 000 torcedores.
Fora de seu habitat, o Cobreloa apelou para o antijogo.
A primeira partida foi no Maracanã e o Flamengo ganhou por 2 x 1. Na segunda, no Estádio Nacional de Santiago, o capitão chileno Mario Soto quase cegou Lico e tirou sangue de Adílio com cotoveladas que o juiz uruguaio Ramón Barreto não viu. O time de Zico perdeu por 1 x 0, forçando o terceiro jogo, no Estádio Centenário, de Montevidéu.

Apesar de estar sem Lico, com derrame na vista, e Figueiredo, o Flamengo parecia preparado para a última batalha. Zico fez 1 x 0, logo aos 17 minutos. E, no segundo tempo, o Galinho, com magistral cobrança de falta, selou a vitória, aos 21 minutos.
Para o técnico Carpegiani, o serviço não estava completo. A 2 minutos do fim, tirou Nunes e pôs Anselmo, com uma instrução muito clara: “Vai lá e dá um soco naquele cara! “, ordenou, apontando Mario Soto. Na primeira chance que teve, Anselmo acertou um direto bem no meio do rosto do chileno, que caiu estatelado. Na confusão, Anselmo, Giménez e até o agredido Mario Soto acabaram expulsos. A vingança estava completa.

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Fonte:Placar Grandes Clubes

PARANAVAÍ, o vermelhinho do Fim da Linha

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O famoso ACEPÊ,ou Vermelhinho do fim da linha, por ser na época o último clube de futebol profissional na região Noroeste do Estado, deixou saudades de sua época de ouro, quando era praticamente imbatível em seus domínios.

Fundado em 14 de março de 1946, passou a maior parte de sua história na Segunda Divisão estadual, ou mesmo licenciado, acabando substituído por outros clubes da cidade.
Quando disputou campeonatos, a equipe foi campeã da Segunda Divisão em 1967, 1983 e 1992, vice em 2003 e campeã em 2007.

O Paranavaí desfruta de um dos principais patrimônios no interior do Estado: o estádio Waldomiro Vagner – o Felipão, em homenagem ao antigo prefeito Rubens Felipe saudoso desportista que foi um dos baluartes da história do querido clube, de propriedade do município e com capacidade para 25 mil pessoas. A arquitetura do estádio é uma réplica do Coliseum, de Los Angeles, e foi inaugurado pela Seleção Brasileira, em 1992, quando o Brasil derrotou a Costa Rica por 4 a 2.

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Em 1960, a equipe que se destacou foi; Viraci, Polaco, Periquito, João Preto, Ferreira, Osmar e Alemão; Danúbio, Paraná, Padreco, Reis e Pedrinho. Destaques: O goleiro Viraci, considerado um dos melhores do Estado, atuou pelo Grêmio de Maringá, São Paulo de Londrina, Apucarana FC e outras equipes do interior.

Periquito, um dos melhores zagueiros da história, assim como João Preto. Danúbio, ponta-direita, atuou no Grêmio de Maringá. Padreco jogou no Operário de Ponta Grossa, no Ferroviário de Curitiba e em diversas equipes do Paraná. Reis jogou no Coritiba FC, tendo sido campeão paranaense em 1968/69.

Outros destaques foram as equipes de 1961 Mangaba, Polaco, Américo, Ayala, Reis e Vitor; Danúbio, Ramom, Paraná, Pelezinho. De 1962; Veludo, Polaco, João Preto, Américo, Ditinho e Vitor. Maninho, Tião Medonho, Ranulfo e Laurinho. De 1963; Mangaba, Eraldo, João Preto, Polaco, Ditinho e Tatu. Damoriê, Tião, Bahia, Osvaldinho e Jurandir. E de 1964 com Fernando, Periquito, Polaco, Vitor, Alduino, João Preto, Memê, Ditinho, Tião Medonho, Ranulfo e Laurinho.

Em 2003, o time fez jus à grandeza do estádio. Com um time que teve como base jogadores rodados no interior paranaense, como o meia Júlio e os atacantes Neizinho e Aléssio, o ACP foi o vice-campeão paranaense, perdendo apenas um jogo durante toda a campanha: o último, por 2 x 0, para o Coritiba, no Couto Pereira. No dia seguinte à derrota na capital, Paranavaí recebeu o Vermelhinho como se a equipe tivesse erguido o troféu, como reconhecimento pela heróica campanha.

Em 2007, conquistou o 1º título estadual da Primeira Divisão, sem perder uma única partida no campeonato jogando contra os times da capital, após empatar sem gols com o Paraná Clube, na Vila Capanema.

Esse título foi o primeiro de uma equipe do interior do estado sobre uma equipe da capital desde que o extinto Grêmio Maringá sagrou-se campeão, em 1977, sobre o Coritiba.

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FONTE: Site Oficial e Interior Bom de Bola

O futebol de Apucarana

O futebol de Apucarana teve início em 1940, quando os jogos eram realizados na área central do povoado, na atual Praça Rui Barbosa. Segundo a história, foram os moradores de origem japonesa que construíram um campo para a prática do beisebol.
Com a chegada de inúmeras famílias, o esporte principal passou a ser o futebol e, daí, para a colocação das traves e iniciar a prática tão apreciada foi um pulo, ou um chute na bola. A primeira equipe, o Clube de Futebol Apucaranense foi fundado pelos senhores José Maria Verdasca, João Raduy, Atalíbio Schneider, Jonas Matulaits, Manoel Sardinha Pereira, Arlindo Pereira, José Simonati, Manoel Luis Vieira e José de Oliveira Rosa. Em 1942, em reunião realizada na residência de Manoel Sardinha Pereira, foi oficialmente formada a diretoria que ficou assim constituída: Pedro Pereira de Araújo (presidente), Atílio Carleto (vice), Djalma Oliveira Chueiri (secretário), José de Almeida (segundo secretário), José Gomes (tesoureiro), Paulo Pinheiro (segundo tesoureiro) e diretor esportivo: José Maria Massareto. Conselho Fiscal: José Maria Verdasca, Manoel Pereira dos Reis, Manoel Pereira Sardinha.

No início da década de 50 foi construído o Estádio Bom Jesus da Lapa, onde a então equipe denominada G.E.R.A-Grêmio Esportivo Recreativo de Apucarana passou a realizar partidas amistosas e do certame regional. O GERA foi fundado em 06 de dezembro de 1942, tendo como presidente José Ribeiro de Souza. A primeira conquista do GERA foi o título de campeão regional em 1955. A equipe contava com os seguintes jogadores: Costinha ou Barbosa (goleiros), Soares, Décio de Santis, Café, Elcio, Nelson Bispo, Líneo Carleto, Jipe, Gauchinho, Jango, Arlindo, Baltazar. O jogador Gauchinho, revelado pela equipe de Araruva (atual Mariiândia do Sul), destacou-se como artilheiro, sendo negociado com o Nacional de Rolândia e deste para o Londrina F.R., sendo o maior ídolo da história do futebol londrinense.

Em 1956, o GERA conquista o bicampeonato regional com a seguinte formação: Joãozinho, Neco, Décio de Santis, Miltom, Líneo Carleto e Abílio. Batata, Junji Tanaka, Jipe, Arlindo e Braguinha. Outros bons jogadores que defenderam com muito amor a camisa do GERA: BemHur, Maracaí, Edson (goleiros), Gorgó, Degala, Arcanjo, Joel, Catarina, Corupá, Ananias, Valter, que foi mais tarde artilheiro no Coritiba e no Atlético. Rubinho, irmão de Valter, Edson Lambreta, Osvaldinho, Jorge, o famoso compadre Jorge. Em 1960, o GERA tinha a seguinte formação: Martins, Zé Carlos, Quarenta e Gino Sachelli, o Pai da Bola, Bambu; Arlindo, Orlandinho; Botelhinho, Áureo Caixote e Faissal.

A partir de 1961 passou a ter a denominação de Apucarana F.C. e formou boas equipes, ficando sempre entre os primeiros cinco colocados na classificação final. Dirigentes que deram o máximo de si para a manutenção do futebol em Apucarana: Dr. Egídio Genaro Tucci (advogado), Dr. Dilermando Ribeiro dos Santos (médico), Augusto Moreira Duarte (contabilista), Azor Ferreira Braga, o Braguinha (cerealista) e Carlos Ramos, o Carlinhos agrimensor. A boa equipe de 1961: Mantovani, Pedrão, Nelson, Fernando, Zé Maria e Neri; Valter, Jorge, Aroldo, Joel, Áureo e Rubinho. Jogavam ainda: Milton, Aramís, Alaor, Miltinho, China, Morruga. 0 goleiro Mantovani, filho da tradicional família de pioneiros jogou no Atlético Paranaense e outras equipes da capital. Deixou o futebol para seguir carreira no Judiciário. O lateral-equerdo Néri, jogou no esquadrão do Mandaguari e no Grêmio de Maringá.

0 ESQUADRÃO DE 1962

Em 1962 o Apucarana F.C. formou um esquadrão praticamente imbatível, com certeza, melhor time de sua história. A decisão do título a primeira partida entre o Apucarana e o Londrina, foi realizada em Apucarana com o empate por 1 a 1. Na segunda partida, em Londrina, o Londrina foi o vencedor por 3 x 2. Ambas as equipes ficaram com 3 pontos, o que obrigou a realização da quarta partida, também em Curitiba, com o Londrina sagrando-se campeão vencendo por 2 x 1.0 ESQUADRÃO DO APUCARANA: Celso, Miltom e Tó, Fernando, Queirolo e Gil; Haroldo, Tantos, Miriporã, Santana e Martins. Atuaram ainda: Vasconcelos, Tião (goleiro), Gilbertinho, Áureo Caixote, Gaúcho, Vitinho.

De 1962 a 1965, o Apucarana FC não conseguiu o mesmo sucesso dos anos anteriores, mas mesmo assim formou boas equipes. Jogadores que se destacaram: Tião, Santo, Vermelho, Jofre (goleiros), Zé Roberto, Azulão, Benedito Julião, Zeola, Grego, Jarbas, Careca, Gilbertinho, Arapiraca, Mané, Lóca, China, Foguete, Jarbas, Reis, Quintiliano, Castelo e outros.

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Fonte:Interior Bom de Bola

Grêmio Atlético Osoriense

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O Grêmio Atlético Osoriense – GAO foi fundado em Osório, RS em 18 de setembro de 1953 para ser uma agremiação social e desportiva, com ênfase para o futebol amadoristico. Segundo Nage Mamed, o GAO foi fundado para ser um clube desportivo que pudesse nao só competir com as equipes municipais, mas também enfrentar equipes de outros municípios de modo a bem representar o município de Osório. As cores vermelha e branca do clube foram escolhidas pelos fundadores para ganhar a simpatia dos torcedores do Esporte Clube União, do Porto Lacustre, cujas cores eram as mesmas.

Inicialmente o GAO arrendou do Sr. Timoteo Martins, um terreno localizado na rua Sete de Setembro. Nesse terreno havia muitas árvores chamadas “capororocas” . Por isso o local foi chamado “Campo das Capororocas”, visto que o seu rival, o Gremio Esportivo Sul Brasileiro – GESB, tinha o seu “Campo dos Taquarais ou da Taquareiras”. O terreno do campo de futebol do GAO inicialmente nao era murado ou cercado. Em volta do gramado, havia apenas um parapeito para os expectadores se apoiarem, para assistir assim as partidas em pé. Em alguns pontos, embaixo das capororocas, havia alguns poucos bancos de madeira para os assistentes se sentarem. Posteriormente, todo o terreno foi cercado com tábuas e depois construída uma arquibancada de madeira em um dos lados do gramado para dar maior conforto aos torcedores. Foi construido também um alambrado em volta do gramado de modo a oferecer maior proteção aos jogadores. O pórtico de entrada e a bilheteria ficava na rua Sete de Setembro.
Conforme Nage Mamed, o GAO ali necessitava construir a sua própria praça de esportes. Compreensiva a isso, nos anos 60 a Prefeitura Municipal cedeu um terreno de sua propriedade na rua Voluntários da Pátria. Porém, a Prefeitura concedeu um prazo para o GAO executar a obra. Como esse prazo nao foi cumprido, a Prefeitura retomou o terreno no qual, em 1974, foi construido a Escola Polivalente de Osório (atual Escola Estadual de 1o. Grau Maria Tereza V. Castilhos).

Fundado em 1953, já em 1954 o GAO disputou o campeonato municipal, enfrentando o Grêmio Esportivo Sul Brasileiro – GESB e o Clube Atlético União. Todos os jogos foram disputados no “Campo dos Taquarais”, do GESB, visto que o GAO ainda não tinha o seu gramado. A equipe do GAO era formada por atletas locais e jogadores oriundos de cidades vizinhas, principalmente de Porto Alegre. Esses atletas nao residiam em Osório, eles aqui vinham apenas para treinar e jogar; às vezes, chegavam no dia do jogo (domingo) apenas para jogar. O campeão desse ano foi o Grêmio Esportivo Sul Brasileiro – GESB que possuia uma equipe muito mais entrosada que também contava com atletas de outras localidades.
1955 – Nesse ano, a equipe do GAO veio mais fortalecida. Na disputa de jogos com a equipe do GESB e com o União, o GAO conquistou o seu 1º campeonato.
1956 – Nesse ano, o GAO sagrou-se novamente campeão.
1957 – Era o ano do Centenário de Osório (1857 – 1957). O GAO sagrou-se novamente campeão.
1958 – Novamente o GAO foi o campeão. O jogo final contra o GESB foi disputado no campo do GAO na mesma data em que a seleção brasileira sagrava-se campeã do mundo na Suécia (29/06/1958). O jogo Brasil x Suécia se desenrolou no final de manhã (no Brasil) e a partida GAO x GESB foi à tarde. Nota: Nesse ano, a equipe do GAO foi jogar na localidade de Igrejinha contra o time local.
1959 – Conforme depoimento de Nage Mamed, neste ano o GAO foi representado por uma equipe formada por atletas de Capão da Canoa. O campeão municipal desse ano foi o Grêmio Esportivo Sul Brasileiro – GESB.

TRICAMPEÃO MUNICIPAL (1960-1961-1962):
Nos anos de 1960, 1961 e 1962 o GAO atingiu o seu maior momento desportivo desse período quando além de conquistar o tricampeonato municipal, representou Osório no regional de amadores.

CAMPEONATOS ESTADUAIS (1960-1961):
1960 – Em 1960, o GAO, como campeão municipal, participou do Campeonato Estadual de Amadores, promovido pela Federação Rio-Grandense de Futebol (FRGF), antigo nome da Federação Gaúcha de Futebol (FGF). Representando o município de Osório, o GAO enfrentou as equipes do Jaú (Santo Antônio da Patrulha), Alvi-Rubro (Gravataí) e Igrejinha (Taquara). O GAO foi o vencedor desse Grupo. Na fase seguinte teve que enfrentar a equipe do 15 de Novembro (Campo Bom). Após 2 jogos, um em Campo Bom e outro em Osório, a equipe do GAO foi eliminada da competição.

1961 – No ano seguinte (1961), novamente como campeão municipal, representando o município de Osório, o GAO enfrentou o Alvi-Rubro (Gravataí) pela Chave 3, Série Branca. Como nos dois cotejos disputados, um em Gravataí e outro em Osório, ocorreram dois empates, houve necessidade de uma terceira partida que foi realizada em Santo Antônio da Patrulha, quando então a equipe de Gravataí levou a melhor, alijando o GAO de prosseguir na disputa.

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Fonte:Nage Mamed,pesquisador do GAO