Foi mais do que suar a camisa. Para ganhar seu primeiro título da Copa Libertadores, em 1981, os jogadores do Flamengo tiveram que dar literalmente o sangue para superar coteveladas, altitude e catimba dos rivais. A primeira fase foi dura, em um Grupo 3 que tinha Atlético Mineiro e os paraguaios Olímpia e Cerro Porteno. A classificação só veio no último jogo contra o Atlético.
Na segunda fase, o Rubro-negro eliminou fácil o boliviano Jorge Wilstermann e o colombiano Deportivo Cali. Contra o Cobreloa, do Chile, na final, os cariocas eram favoritos. O adversário não poderia usar a principal arma: o Estádio Municipal de Calama, junto ao deserto de Atacama, onde cabiam só 12 000 torcedores.
Fora de seu habitat, o Cobreloa apelou para o antijogo.
A primeira partida foi no Maracanã e o Flamengo ganhou por 2 x 1. Na segunda, no Estádio Nacional de Santiago, o capitão chileno Mario Soto quase cegou Lico e tirou sangue de Adílio com cotoveladas que o juiz uruguaio Ramón Barreto não viu. O time de Zico perdeu por 1 x 0, forçando o terceiro jogo, no Estádio Centenário, de Montevidéu.
Apesar de estar sem Lico, com derrame na vista, e Figueiredo, o Flamengo parecia preparado para a última batalha. Zico fez 1 x 0, logo aos 17 minutos. E, no segundo tempo, o Galinho, com magistral cobrança de falta, selou a vitória, aos 21 minutos.
Para o técnico Carpegiani, o serviço não estava completo. A 2 minutos do fim, tirou Nunes e pôs Anselmo, com uma instrução muito clara: “Vai lá e dá um soco naquele cara! “, ordenou, apontando Mario Soto. Na primeira chance que teve, Anselmo acertou um direto bem no meio do rosto do chileno, que caiu estatelado. Na confusão, Anselmo, Giménez e até o agredido Mario Soto acabaram expulsos. A vingança estava completa.
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Fonte:Placar Grandes Clubes
Realmente Edu o Estádio do Cobreloa na cidade de Calama que fica no Deserto de Atacama é um alçapão, mais o Flamengo não teve o prazer de conheçe-lo pois o Cobreloa mandou os jogos nas finais que disputou da Libertadores em 1981 contra o Flamengo e 1982 contra o Peñarol no Estádio Nacional em Santiago, agora o jogo foi uma batalhasem precedentes e fatos heroicos e marcantes como a pedra na mão do zagueiro Mario Soto.
Só para acrescentar eu conheci este estádio do Cobreloa em 1999,até inseri a foto no blog bem no início, é um alçapão mesmo.