Arquivo da categoria: História dos Clubes Nacionais

CLUBES DO MATO GROSSO DO SUL – ASSOCIAÇÃO ESPORTIVA COLORADO

NOME: ASSOCIAÇÃO ESPORTIVA COLORADO

CIDADE: Caarapó / MS

FUNDAÇÃO: 1978

CORES: vermelho / branco

HISTÓRICO: A equipe mais tradicional que já existiu no futebol amador de Caarapó, estaria comemorando 30 anos de fundação em 2008. O clube que foi criado pelo ex-vereador Joaquim Lins no ano de 1978 e logo se tornou a principal equipe de futebol da cidade de Caarapó, deixou de existir no ano de 1990, mas até hoje é lembrada com carinho por ex-jogadores, torcedores e desportistas da cidade.
O Colorado figurava como um clube formador de atletas para o cenário do futebol sul-mato-grossense e até brasileiro. A equipe sagrou-se inúmeras vezes campeã amadora na cidade e passou a ser a referência do município em competições regionais. No ano de 1981 o Colorado viveu um de seus grandes momentos inesquecíveis, quando enfrentou na inauguração do Estádio Municipal “Carecão”, a equipe profissional do Operário, que recentemente havia ficado entre as 3 (três) melhores do futebol brasileiro. “Nesse dia a cidade parou para acompanhar esse jogo”, relembra Antonio Carlos Cavanha, o Cridão (39), que na época atuava pela equipe juvenil do Colorado.
O resultado final dessa partida acabou em 7 a 1 para a equipe da capital, “mas o Colorado encantou os torcedores que se fizeram presente no estádio e também olheiros do Operário que acabaram levando alguns jogadores nosso para Campo Grande”, diz Juarez Camargo (65), que foi jogador e treinador do clube.
“Tínhamos uma equipe que fez história no futebol caarapoense e também na região; Marcão, Amaral, Jamel, Zé Maria, Osmar, Ci Mateu, Brecha, Rica, Raimundo, Naito e Amarildo. A equipe ainda contava com jogadores como Dirceu, Tampinha, Gauchinho, Orion, Luis Bariane, Piolho, Paulinho Preto, depois mais para frente Deda, Cridão, Zé Castor, Xavier, Luizinho entre tantos outros que me falham a memória agora”, diz Juarez.
A equipe caarapoense ainda realizou outras grandes partidas contra o CAD, Comercial, Seleção Brasileira de Máster e até contra a equipe juvenil do São Paulo FC.
Um dos jogadores que passou pelo Colorado e que mais se destacou no cenário futebolístico, foi João Baratela Cavanha, o Deda. Em amistoso realizado contra a equipe profissional do Ubiratan, a então jovem promessa do AEC acabou sendo convidada a defender a equipe de Dourados no campeonato estadual, logo depois, Deda despertou interesse de grandes clubes do futebol brasileiro e atuou em equipes como Internacional, Fluminense, Santa Cruz, Figueirense e outras mais.
Em 15 de abril de 1983, já sem Joaquim Lins a frente do comando da equipe, foi fundada oficialmente a Associação Atlética Esportiva Colorado que através de votação elegeu Jair Franco de Carvalho como presidente e Luis José Bariane como vice.
Porém, sem o apoio de Joaquim Lins e do ex-prefeito da época, Nilson Lima, o AEC não conseguiu mais ter os mesmos desempenho de antes. Em 12 de maio de 1990 o clube encerrou suas atividades oficialmente, deixando um vazio nos amantes do futebol na cidade de Caarapó. De lá pra cá, nenhuma outra equipe emplacou ou empolgou a população caarapoense como o Colorado, que mesmo tendo sido extinto a mais de 18 anos, é lembrado com carinho até os dias de hoje por todos que viveram a fase de ouro do futebol no Vale da Esperança.

Agradecimento ao José Farah pelo redesenho do eacudo e ao site Caaraponews

aec_caarapo

Goleadas de “dois dígitos” do Santos FC

A goleada de 10×0 do Santos em cima do Naviraiense, pela Copa do Brasil, foi a 24ª que o time da Vila Belmiro marcou 10 gols ou mais na sua gloriosa história. Mesmo assim, a última vez que isso aconteceu foi em 1970, 40 anos atrás. E na sua casa, a equipe não fazia uma goleada com “dois dígitos” desde o longínquo 21 de novembro de 1964, quando humilhou o Botafogo-RP por 11×0. As outras 23 vezes em que o ataque santista fez “dois dígitos” de gols são as seguintes:

23/12/1917: Santos 10-3 SC Internacional de São Paulo (Amistoso)
28/07/1918: Santos 10-0 Americana de Santos (Amistoso)
09/03/1919: Santos 10-0 SPR (Santos) (Amistoso)
09/04/1919: Santos 10-0 SPR (Santos) (Amistoso)
02/01/1927: Santos 11-1 C A Ypiranga (Amistoso)
03/05/1927: Santos 12-1 C A Ypiranga (Paulista)
13/05/1927: Santos 10-2 República FC (Paulista)
05/06/1927: Santos 11-2 Barra Funda (Paulista)
03/07/1927: Santos 11-3 Americano (ex-Auto Audax) (Paulista)
21/08/1927: Santos 10-1 Guarani de Campinas (Paulista)
16/09/1928: Santos 10-0 Portuguesa de Desportos (Paulista)
14/04/1935: Santos 10-1 Hespanha FC (Amistoso)
20/05/1941: Santos 10-3 Coritiba (Amistoso)
07/06/1942: Santos 10-2 Comercial da Capital (Paulista)
29/12/1957: Santos 10-3 Nitro-Química (Amistoso)
11/09/1958: Santos 10-0 Nacional da Capital (Paulista)
19/11/1959: Santos 12-1 Ponte Preta (Paulista)
31/05/1960: Santos 10-1 Royal Beerschot (Amistoso)
10/01/1961: Santos 10-2 Guarani (Amistoso)
06/09/1961: Santos 10-1 Juventus (Paulista)
21/11/1964: Santos 11-0 Botafogo-RP (Paulista)
16/05/1965: Santos 11-1 Grêmio Maringá (Amistoso)
14/06/1970: Santos 10-0 Benfica de Hudson (Amistoso)

Fonte: Site oficial do Santos FC

Prainha Futebol Clube – Miracatu (SP): Fundado em 1929

O Prainha Futebol Clube é uma agremiação do município de Miracatu que fica a 129 km da capital do Estado de São Paulo e conta com uma população de 19 mil habitantes, segundo o Censo do IBGE/2009.

O vilarejo se emancipou no dia 30 de novembro de 1938, tendo seu nome original, Prainha, substituído seis anos depois (1944), pelo nome atual: Miracatu.

O clube Auriverde foi Fundado na quarta-feira, do dia 13 de Março de 1929, por Manuel Nunes, que escolheu o nome do Vilarejo (Prainha) para o time, sendo batizado por Prainha Football Club, aportuguesando o nome no começo da década de 40.

FONTE E FOTO: Blog do Futebol Varzeano, por Laerte de Camargo Araújo

ARTIGO DA SEMANA N°2/2010 Clube Ferroviário do Recife – Homenagem

AA GREAT WESTERN – CLUBE FERROVIÁRIO DO RECIFE

O atual Clube Ferroviário do Recife nasceu em 17/03/1928 com o nome de Associação Atlética Great Western de cores verde, vermelho e branco.

Disputou seu 1º Campeonato Pernambucano de futebol em 1932 na Série Branca com a seguinte campanha:

1ºturno:

17/04 – 2 x 3 Fluminense do Recife

08/05 – 1 x 5 Santa Cruz

05/06 – 6 x 2 Israelita

03/07 – 2 x 9 América

24/07 – 3 x 4 Flamengo

2º turno:

28/08 – 5 x 3 Fluminense do Recife

11/09 – 3 x 4 Santa Cruz

02/10 – 3 x 1 Israelita

09/10 – 3 x 4 Flamengo

23/10 – 2 x 2 América

Ficando na 7ª colocação com 07 pontos ganhos , conquistando 03 vitórias, 1 empate e 06 derrotas, seu ataque marcou 30 gols e a defesa sofreu 37 gols.

Em 19/07/1936 o campeão Tramways aplica uma sonora goleada de 13 x 1 no time que retornava ao campeonato após não disputar o mesmo em 1934 e 1935.

Segue abaixo as suas primeiras vitórias contra os “grandes” do futebol da terra do frevo:

30/05/1937 – 4 x 2 Sport Recife

14/08/1938 – 4 x 1 Tramways

18/08/1940 – 3 x 1 Naútico

06/03/1941 – 3 x 1 América

03/07/1941 – 5 x 2 Santa Cruz

Como AA Great Western, o clube participou de 16 campeonatos Pernambucanos em sua divisão principal com o seguinte desempenho:

16 Campeonatos disputados

122 pontos ganhos

51 vitórias, 20 empates e 132 derrotas

Gols pró 324     Gols contra 675

Em 1955 alterou seu nome para Clube Ferroviário do Recife e até 1994 quando foi rebaixado para a 2ª divisão estadual, disputou 39 campeonatos com o seguinte desempenho:

39 Campeonatos disputados

442 pontos ganhos

154 vitórias, 134 empates e 420 derrotas

Gols pró 697    Gols contra 1458

Apesar do clube estar fora da 1ª divisão a tanto tempo; no ranking do futebol pernambucano só fica atrás dos quatro grandes ( América, Sport, Naútico e Santa Cruz) e do Central de Caruaru, força emergente do interior.

Esperamos poder ver novamente um dia a esquadra ferroviária de volta à 1ª divisão do estadual e no momento fica  a torcida para seu retorno ao menos na 2ª divisão, fato este que não aconteceu em 2009 por falta de estádio, onde mandaria seus jogos.

Segue imagens de um clube pequeno, mas que tem site na rede: visitem: http://www.cfr.com.br/ e que luta valentemente para manter acessa a chama ferroviária de seus idealizadores no lonquínquo 1928:

ferro8ferro3ferrin012ferrin005ferrin008ferrin017 Fonte: Site do clube e histórias do futebol pernambucano

Esporte Clube Mogiana (Ribeirão Preto-SP)

Esporte Clube Mogiana (Ribeirão Preto-SP)

 

A Fundação

Os empregados da Companhia de Estradas de Ferro Mogiana, de Ribeirão Preto, há muito tempo disputavam campeonatos varzeanos de futebol, e a falta de um clube onde pudessem treinar, e um campo próprio para mandar seus jogos, atrapalhavam o desenvolvimento do time. Além do mais, faltava para eles, e seus familiares, uma área de lazer e recreação. E por isso, tanto a construção de um campo de futebol, quanto a organização de um clube recreativo, eram na verdade, um antigo sonho de mais de 800 ferroviários, que, na ocasião, eram liderados pelo engenheiro Antônio da Costa Coelho. Desse sonho, viria nascer o Esporte Clube Mogiana.

Em 27 de julho de 1938, o sonho dos empregados da Cia. de Ferro tornava-se realidade, pois nascia o Esporte Clube Mogiana, um clube recreativo destinado ao lazer dos ferroviários e seus familiares, que abrigaria também um campo de futebol, para o time dos ferroviários.

Na hora de escolher o primeiro presidente, ficou provado que não havia ninguém melhor do que o próprio líder dos idealizadores do clube para comandar a agremiação, e Antônio da Costa Coelho, foi eleito o primeiro presidente do Mogiana.

As primeiras obras e o Campo da Mogiana

Quando foi fundado, o Mogiana tinha em seu amplo terreno, de mais de 13.000m², que fora doado pela Cia. Mogiana, e que ficava localizado entre a Avenida 1º de Maio e a Rua Guatapará, no antigo Bairro da República (hoje Vila Virginia), apenas a piscina, cuja construção havia sido iniciada em 1937. Mas o sonho de construir um campo de futebol ainda estava vivo.

A intenção do Mogiana de construir um campo de futebol, acabou se tornando notícia por toda Ribeirão Preto. Nos jornais, noticiavam-se que a Cia. Mogiana estava intencionada a construir um estádio em Ribeirão, com moldes iguiais aos de que ajudava a construir em Campinas, para que sua equipe pudesse se desenvolver.

Com o passar do tempo, foram feitas as outras áreas do clube, e logo depois, o tão sonhado campo de futebol foi elaborado, e que mesmo sem nome, ganhou o apelido de “Campo da Mogiana”.

O “Campo da Mogiana” era simples, e nem arquibancadas possuía, porém, era um grande avanço para equipe amadora, já que o EC Mogiana há muito tempo disputava campeonatos varzeanos, e a falta de um campo próprio atrapalhava o desenvolvimento do time. De 1938 a 1954 o campo foi utilizada para jogos dos campeonatos amadores.

 Anos 40

Durante os anos 40 o clube foi aos poucos se desenvolvendo. Mas, a maioria de seus freqüentadores eram ferroviários de Ribeirão Preto.

 Anos 50: a criação e o auge do Estádio Costa Coelho

Quando o Comercial reorganizou-se, em 1954, logo precisava de um local para mandar seus jogos, e como, de todos os locais vistos, o mais apropriado era o “Campo da Mogiana”, a diretoria comercialina arrendou o local. O Comercial, então, instalou no campo arquibancadas de madeira, deixando-o com capacidade para 12.000 pessoas. Nascia assim o Estádio Antônio da Costa Coelho.

O nome do estádio era uma homenagem ao engenheiro Antônio da Costa Coelho, primeiro presidente do EC Mogiana, que foi eleito para o cargo porque era o líder dos mais de 800 ferroviários que um dia sonharam em formar um clube.

Naquele pequeno estádio, o Comercial começou a reconstruir sua história.

E foi graças as boas campanhas que o Comercial viveu nos anos 50, que o Costa Coelho viveu o auge de sua história, recebendo jogos importantes, como as partidas dos Campeonatos Paulistas da 1ª e 2ª divisão, bem como acabou ficando conhecido no estado de São Paulo. Isso foi bom para o Mogiana, já que o estádio pertencia a ele, e o campo ficava dentro de suas dependências.

Com o Costa Coelho, os times chamados “grandes”, agora, jogavam em Ribeirão Preto sem nenhum problema, exemplos como Palmeiras, Corinthians, São Paulo, Portuguesa, Guarani, Ponte Preta, e até mesmo o, mais que famoso, Santos de Pelé e Coutinho, que certa vez, venceu com um placar de 3 a 1 o Comercial, em pleno Costa Coelho.

Dentro do Costa Coelho, o Leão do Norte conseguiu ainda, vários feitos e muitas conquistas, como o vice no Campeonato Paulista da 2ª divisão, em 1954, e o título de campeão do Campeonato Paulista da 2ª divisão, em 1958.

Ao longo dos anos, foram disputados, também, 11 Come-Fogos dentro do Costa Coelho.

O Comercial utilizaria o Costa Coelho até 1964.

 Anos 50: o futebol amador

Enquanto o Comercial levava o nome do Estádio Costa Coelho para a história, a equipe amadora do próprio EC Mogiana disputava o futebol amador, e tinha como principal adversário, dentro da Liga Ribeirãopretana, o Sertãozinho.

 A desativação do estádio

O Comercial, “oficialmente”, deixou de utilizar o Costa Coelho no dia 14 de outubro de 1964, quando inaugurou seu estádio próprio, o Palma Travassos.

Como o Comercial não mais usava o Costa Coelho, a diretoria do Mogiana também deixou de utilizar o estádio, e assim ele foi desativado, mas não por completo. Alguns anos depois, suas arquibancadas, que agora eram desnecessárias, foram desmontadas, dando espaço as canchas de bocha e malha.

O gramado, porém, não deixou de existir, porque, mesmo após o Comercial parar de utilizar o Costa Coelho, o campo não deixou de receber jogos de futebol. Mas, desde então, as partidas realizadas no campo voltaram a ser das várias ligas amadoras de Ribeirão Preto.

 Anos 60 e 70

Durante os anos 60 e 70 o amadorismo no futebol tornou o clube mais recreativo, deixando de lado um pouco do espírito de agremiação desportiva.

Mas, em 1972, a Companhia de Estradas de Ferro Mogiana, acabou sendo transformada em FEPASA, e os investimentos no clube caíram quase a zero. A mudança de Cia. traria grandes problemas para o Mogiana no futuro.

No final dos anos 70, começaram os problemas devido a troca da Cia. Mogiana pela FEPASA.

Anos 80

No início dos anos 80, o Mogiana correu sério risco de ter seu terreno vendido, e de até mesmo, ter que fechar as portas. Tudo aconteceu por causa da FEPASA, que não queria mais manter o terreno e o clube, como fazia a Cia. Mogiana. O impasse durou mais de 6 anos, e só foi resolvido em 1986 quando sócios do clube se uniram, e em sistema de cotas, compraram ações da FEPASA, num valor suficiente para separar o clube da empresa.

Enquanto o impasse não terminava, em específico, no ano de 1985, o técnico Tomé dava início a um dos primeiros projetos sociais envolvendo jovens atletas e o futebol dentro do Mogiana. O trabalho com a garotada seria continuado pelo ex-jornalista de esportes Márcio Moraes.

Em 1988, Gildo Faustino da Silva, atual presidente do Mogiana, assumiu o cargo que ocupa até hoje.

 1986-1994: O auge do Mogiana

Com o fim dos problemas com a FEPASA, em 1986, o EC Mogiana passou a viver seu auge como clube recreativo de Ribeirão Preto. A época de ouro do Mogiana duraria até 1994.

14 de maio de 1994

No dia 14 de maio de 1994, um forte vendaval passou por Ribeirão Preto, deixando a cidade assolada. Casas, postos de gasolinas, prédios, salões, enfim, quase tudo foi destruído pelo forte vento, e no EC Mogiana não foi diferente.

Passado o vendaval, a diretoria do clube avaliou os danos, e constatou que o saldo era mais negativo do que imaginavam. Foram destruídos o telhado do Salão de Festas e das Quadras, além da lanchonete e da Malha. Era o fim da era de Ouro do Mogiana.

Anos 90 e 2000

Após o vendaval, os lucros do clube caíram, e o Mogiana entrou numa crise financeira.

A recuperação foi lenta, mas quase tudo que foi destruído em 1994, acabou reconstruído, exceto o Salão de Festas, que por coincidência, era o que mais rendia dinheiro para o clube.

2007: parceria com o Sertãozinho

No fim de 2007, o Mogiana fez uma inédita parceria com o Sertãozinho, para criação de um CT e das escolinhas de base do “Touro dos Canaviais”.

No acordo feito, o Touro de Sertãozinho fez um expressivo investimento na sede do Mogiana, reformando-a, para que em troca possa receber do clube ribeirão-pretano novos talentos que possam descobertos no CT ou nas escolinhas do clube.

Fonte: Wikipédia

EC Vila Mariana/SP

EC Vila Mariana

Localizado em uma área construída de 2.149m2 , o clube guarda a rica história de uma grande família: descendentes de italianos que aqui chegaram no final do século 19. Sua história teve início em 1908, com os times de várzea espalhados pelos campos das ruas Humberto I, França Pinto, Áurea e Major Maragliano – este último, de acordo com as memórias de antigos moradores, o primeiro campo do Palestra Itália (hoje, Palmeiras). Os jogadores das ruas vizinhas, em sua maioria “rapazes de 15, 16, 17 anos”, incentivaram a comunidade a fundar, em 01/09/1914, o Esporte Clube Humberto I e assim, incorporados em um só time, oficializaram o clube de futebol da Vila Mariana.

Com sede social à rua França Pinto, nº 32 – onde hoje é a loja de instrumento musicais Vitale – sobrenomes como Nastari, Rossi, Sabatino, Perrone, Gallucci, de Mauro, entre outros, começaram a participar dos campeonatos paulistas na 2ª divisão em 1932,1933 e 1934 e na 1ª divisão em 1935 e 1936, conquistando inúmeros troféus e ampliando a torcida e os sócios do Clube. No Humberto I – nome do monarca italiano repressor, assassinado em 1900 – também eram promovidas festas de casamentos, bailes de carnaval e as jogatinas que varavam a noite.De 1924 a 1927, a sede permaneceu fechada devido a Revolução e com a 2ª Guerra Mundial, o clube foi obrigado a trocar de nome. No dia 30 de outubro de 1942, foi rebatizado como Esporte Clube Vila Mariana.

A sede própria começou a ser construída na Domingos de Morais e, em 1945, na gestão do “presidente da esperança”, Humberto Torre Nastari, foi inaugurada em meados de cinquenta, ostentando a bandeira nas cores vermelho e branco. Durante décadas a sede foi palco de campeonatos, concursos, shows, bailes e espetáculos. Os sócios recebiam famosos convidados em uma intensa vida social.
Hino do Esporte Clube Vila Mariana, criado em 9 de junho de 1952, por Domingos Antonio e cujo refrão exclama: “Salve o Vila Mariana / Clube de tradições / Que nos campos da luta / Só nos deu satisfação / Nosso presente é uma lista / De invejáveis conquistas / Dos setores esportivo e social / E o Vila Mariana leal e brioso / Possui um futuro grandioso / Pois em tudo é maioral”.

(texto baseado na reportagem de denise delfim editora responsável pelo jornal pedaço da vila).

O Saad EC deixa o Estado de São Paulo

QUINZE ANOS DEPOIS, O SAAD DEIXA SÃO PAULO VOLTA AO FUTEBOL PROFISSIONAL NO MATO GROSSO DO SUL

Quinze anos após se licenciar das disputas do futebol profissional masculino e focar os investimentos no futebol feminino, modalidade que rendeu ao clube seis títulos brasileiros, incluída neste número a conquista da I Copa do Brasil em 2007, o Saad Esporte Clube retoma sua trajetória no profissionalismo neste domingo (26/10/2008), a partir das 17:00 horas (18:00 horas de Brasília), quando estréia na Série B do Campeonato do Mato Grosso do Sul enfrentando a equipe de Itaporã, atual Campeã da Série C, no Estádio Municipal de Itaporã.
Idealizado no final de década de 50 pelo empresário Felício José Saad, o clube que levou seu nome foi um dos pioneiros no incentivo ao futebol profissional no Grande ABC Paulista, e chegou à primeira divisão na década de 70, quando ficou conhecido por reunir craques como Coutinho, Joel Camargo, Leonetti e Arlindo; sempre comandados por treinadores que marcaram época no nosso futebol, como Baltazar, o “Cabecinha de Ouro”, Filpo Nunes, o “Grande Mestre” da inesquecível “Academia” do Palmeiras; e Zé Duarte, que tantos talentos revelou para o nosso futebol e figura de destaque especial para o futebol de Campinas.
Esta combinação entre craques talentosos e comandantes brilhantes, proporcionou vitórias históricas para o Saad, que venceu os inesquecíveis times do São Paulo de Pedro Rocha, o Santos de Pelé e o Palmeiras de Ademir da Guia entre os anos de 74 e 75. Uma média de público superior a nove mil torcedores fez do Saad um dos líderes em arrecadação do futebol paulista, e colocou o então Estádio Lauro Gomes de Almeida (hoje rebatizado de Anacleto Campanella), como um dos principais palcos do futebol bandeirante.
A nova equipe do Saad Esporte Clube deixou São Caetano do Sul e o estado de São Paulo para ser sediada em Campo Grande, a bela Capital do Mato Grosso do Sul, e mandará seus jogos no Estádio Morenão, com capacidade para 45 mil torcedores. Em homenagem à nova sede o clube adotou a sigla MS SAAD como marca.

Fonte : Site Oficial do Clube