Arquivo da categoria: História dos Clubes Nacionais

Sport Club Santa Cruz – Juiz de Fora, MG

O Santa Cruz foi um clube de Juiz de Fora, um dos precursores do Campeonato daquela cidade. O Alviverde foi Fundado em 3 de maio de 1919, começou a disputá-lo em 1920. Venceu dois Torneio Início.

Abaixo, uma nota do jornal “O Pharol” sobre o quarto aniversário do clube:

FOOT-BALL

O grande festival organizado pelo Sport Club Santa Cruz em commemoração ao seu 4º anniversario. – Surgindo em 3 de maio de 1919, amparado por um grupo de ardorosos associados, á frente dos quaes se encontravam Jacob Willig, Antonio Justiniano Bastos, Eduardo Lott Filho, Angelo Falci, Francisco Maia e outros, o Santa Cruz com altivez e energia soube impôr-se ao conceito dos outros clubs.

É um club dos mais novos pertencentes á Sub-Liga, porém contando muitos louros.

É elle duas vezes detentor do titulo de campeão do torneio Intium, sendo a primeira em 1921 e a segunda este anno (1923), aliás com grande brilho, conquistando duas ricas taças; e tambem Vice-Campeão do torneio realizado em 1922.

Possue o Santa Cruz grande numero de trophéos, taes como: medalhas, bronzes e taças.

O seu actual quadro é o seguinte:

Carvalho – Paulo, Luiz – Neca, Oscar, Nogueira – José Gomes, João Alves, Adalberto, Wentan e Evilazio.

A actual directoria do Santa Cruz, da qual se encontra á frente o acatado desportista dr. José André Bastos, é a seguinte:

Presidente, dr. José André Bastos; vice-presidente, Francisco Maia; 1º secretario, Antonio Justiniano Bastos, 2º secretario Octaviano Caputti, thesoureiro, Salvador de Moura Fontes; procurador, Luiz Nascimento. Registrando a passagem da data de hoje saudamos ao joven grmio e fazemos votos para que em seu seio seja sempre feito sport por sport.

Salve Santa Cruz !

Para commomorar tão grande data será levado a effeito na vasta praça de sports do valoroso Tupy, sito á avenida Francisco Bernardino, o lindo festival do Sport Santa Cruz.

Seráo disputadas diversas partidas entre os clubs que carinhosamente acceitaram o convite do club anniversariante.

A primeira prova, Santa Cruz:

Tupynambás x Santa Cruz, segundos teams.

Ao vencedor será offerecida uma medalha de prata.

Segunda prova: Pedro Vaz Caminha, primeiros teams.

Tupy F.C. x Renato Dias.

Terceira prova: Pedro Alvares Cabral, primeiros teams.

Sport Club Juiz de Fora x Sport Club Santa Cruz.

Aos vencedores dessas duas provas serão offerecidos dois riquissimos bronzes.

Nota do dia 5 de maio:

FOOT-BALL

Promovido pelo Sport Club Santa Cruz, teve logar ante-hontem no campo do Tupy, o festival commemorativo a passagem de mais um anniversario da fundação do Club.

Apesar da chuva, as provas que correram na melhor ordem tiveram o seguinte resultado:

Primeira prova – Santa Cruz – segundos teams.

Tupynambás x Santa Cruz – vencedor Tupynambás por 3 x 1 juiz Albino Amaral.

Segunda prova-  Pedro Vaz Caminha – primeiros teams.

Renato Dias x Tupy – vencedor Tupy, por 1×0, juiz Joaquim Carvalho.

Terceira prova – Pedro Alvares Cabral – primeiros teams.

Sport Club Juiz de Fora – Santa Cruz – vencedor Sport Club por 2×1, juiz Jayme Motta.

Aos vencedores foram entregues ricos premios que estavam ezposios nas vitrines da Casa Açucena.

Fonte: Jornal “O Pharol”, 3 de abril de 1923 e 5 de abril de 1923.

Consultando o amigo André Oliveira, analisamos a possível existência de um diferente Sport Club Santa Cruz, fundado a 18 de julho de 1958 e sediado no bairro de mesmo nome, às margens da BR-040. Creio mesmo se tratar de outro clube, uma vez que este bairro Santa Cruz me parece um bairro mais recente, que talvez não existisse à época da fundação do primeiro Santa Cruz.

OPERÁRIO-MT: TRÊS CLUBES EM UM

A história do Operário de Várzea Grande-MT é muito confusa e alguns nem sabem. Através de minhas revistas e algumas informações da internet fiz o levantamento abaixo. Por favor, me corrijam ou acrescente algo se necessário.

CLUBE ESPORTIVO OPERÁRIO VÁRZEA-GRANDENSE

O Clube Esportivo Operário Várzea-Grandense foi fundado em 01/05/1949. Foi um dos clubes mais importantes do Estado do Mato Grosso. Ganhou 09 títulos Estaduais (1964, 1967, 1968, 1972, 1973, 1983, 1985, 1986, 1987).  Após alguns anos de altos e baixos em 1994 a equipe se encontrava falida e para fugir das dívidas seus dirigentes pediram o licenciamento junto a federação e fundaram o Esporte Clube Operário.

Contudo, em 2009 um grupo de pessoas da cidade reativaram a equipe, mesmo existindo outro Operário na cidade. Assim neste ano o operário F.C. LTDA jogou a 1° divisão e o C.E.O.V. a 2° divisão.

Escudo antigo

ESPORTE CLUBE OPERÁRIO

O Esporte Clube Operário foi fundado em 06/03/1994. Herdou toda a fama e história do C.E.O.V.. Como não possuía dívidas a equipe nasceu forte e conquistou um bi-campeonato logo de cara. Conquistou o Bi em 1994/95 e o título de 1997. Contudo da mesma forma que seu antecessor teve altos e baixos, culminando com a desistência de disputar o campeonato de 2001. Voltou em 2002 e conquistou o título.

 

OPERÁRIO FUTEBOL CLUBE LTDA..

O operário Futebol Clube LTDA surgiu em 01/05/2002 substituindo o E.C.O. que havia ficado parado por um ano. No campeonato de 2002 a equipe iniciou a competição ainda com a nomenclatura antiga (campeonato começou em 17/02), porém a partir das semi-finais com o novo nome. Ganhou a Copa Governador de 2005 e o Estadual de 2006. Em 2011 fez péssima campanha no Estadual e acabou rebaixado  à 2ª divisão de 2012.

primeira versão

FONTES:

http://www.fmfmt.com.br/index.php

http://pt.wikipedia.org/wiki/Oper%C3%A1rio_Futebol_Clube_Ltda.#T.C3.ADtulos

http://www.rsssfbrasil.com/historicco.htm#mt

http://operariomt.com.br/

http://umtimepordia.blogspot.com.br/2008/11/operrio-futebol-clube-ltda.html

Revistas Placar de 1994 a 2012.

ESPORTE CLUBE PROGRESSO – FRANCISCO MORATO (SP)

 

Assim nasceu o Esporte Clube Progresso

Em 1922 é formada a Companhia Fazenda Belém, nas terras que haviam sido compradas pela Companhia S.P.R . do Barão de Mauá, e que eram constituídas das Fazendas Cachoeira e Borda da Mata.
Somente em 1932 é que foram iniciadas as vendas de lotes aos ferroviários, por preços módicos, como estava estabelecido nos contratos da companhia em Londres.
Em 1935, Adail Jarbas Duelos, Antonio Calvo e outros amigos fundam em São Paulo, mais precisamente na Estação da Luz, a revista Revista Ferrovia, que começa a circular mensalmente, tomando-se o grande elo de ligação entre todos aqueles que trabalhavam na estrada de ferro.
A pequena localidade de Belém da Serra, hoje Francisco Morato, começa nessa ocasião a conhecer sua primeira fase de progresso, com a formação de sua escola primária para abrigar um grande número de crianças que precisavam ser alfabetizadas.
Faltava no pequeno lugarejo um local onde os trabalhadores pudessem divertir-se nos fins de semana. É formada uma comissão de trabalhadores braçais da estrada de ferro. Que procuram o senhor Adail Jarbas Duelos que ouviu a proposta daqueles operários, que eram em sua grande maioria da turma da “Sóca”, quer dizer, eram pessoas que trabalhavam nas tarefas mais difíceis como: colocação de dormentes, pedras, remoção de terra, etc.
Após falar com o senhor Adail, todos foram encaminhados ao chefe Baltazar Fidelis, que prontamente acatou a idéia da formação de um clube dos ferroviários em Belém, recebendo o nome de Sociedade Recreativa e Musical Belém. A partir daquela ocasião passasse a realizar bailes abrilhantados pelo “Jazz Band de Campo Limpo Paulista”, de Jundiaí, Lapa, até a formação do próprio “Belém Jazz Band”.
Estávamos em Maio de 1936, o clube localizava-se nas proximidades, onde hoje está o Supermercado dos Italianos e a Loja Don Paco. Conforme o estatuto pode-se perceber que não havia futebol:

ESTATUTO DO CLUBE PROGRESSO
CAPÍTULO 1°
DA SOCIEDADE E SEUS FINS

Art. 1° – O Clube Progresso, fundado em 13 de maio de 1936, no Distrito de Francisco Morato, município de Franco da Rocha, é constituído de número ilimitado de sócios, sem distinção de sexo, crença, profissão ou nacionalidade.

Art. 2° – Seus fins são os seguintes:
a) proporcionar aos associados e suas famílias, todas as diversões ao seu alcance, instituindo e dirigindo seções esportivas e recreativas e outras julgadas consentâneas com o desenvolvimento da localidade;
b) criar e manter uma biblioteca e
c) na medida de suas possibilidades, criar escolas de ensino primário e de música, aos seus associados e seus filhos.

Sociedade Recreativa e Musical Progresso
Por ocasião do incêndio na Estação da Luz, em novembro de 1946, entre os documentos que foram queimados estavam incluídos os primeiros livros de atas da “Sociedade Recreativa e Musical Progresso”, fundada em 13 de maio de 1936 e que depois passou a chamar-se Clube Progresso de Francisco Morato.
Abaixo, um relato da Revista Ferrovia de outubro de 1937.

“A sociedade recreativa e musical “Progresso”, de Belém, que congrega em seu seio os empregados da Cia. Fazenda Belém e da S.P.R, acaba de lançar à público a seguinte circular, que tem por fim a angariação de donativos para a construção de sua sede social.

“Prezado Sr.:
Este clube, composto inteiramente de empregados da “São Paulo Railway” e da “Companhia Fazenda Belém”, sua filiada, trata, no momento do assunto mais importante de sua vida, representado no levantamento de uma sede a ser construída na Estação de Belém, concorrendo assim, para o progresso da classe a que pertence, além de unir os seus associados e suas famílias, bem como os funcionários das duas companhias que futuramente entrarem para o seu quadro social, de meios recreativos e esportivos, indispensáveis a todos nós.
Desejando, pois, essa diretoria dar inicio às obras da referida sede, resolveu levantar uma campanha para aquisição de donativos de qualquer espécie, materiais, etc. Esperando que os amigos do pessoal da “São Paulo Railway” e da “Companhia Fazenda Belém”, não se negarão a cooperar nesse sentido.
Por isso servimo-nos deste meio para apelar a todos aqueles que simpatizam pelo progresso do esporte e recreação do pessoal, que dispense a sua boa vontade à nossa iniciativa.
Qualquer material será útil, mesmo que não possa ser usado diretamente nas obras, trará beneficio monetário ao clube.
Assim, pedimos o obséquio de remeter qualquer material que nos possa ser oferecido por intermédio da “Estação do Pari”, que nos despachará. Para qualquer donativo em dinheiro pedimos o obsequio de dar aviso à diretoria, a fim de ser procurado mediante recibo oficial.
Certo de que este apelo merecerá da parte de V.S., para que nossa iniciativa seja coberta de êxito”.

A Revista Ferrovia tinha se transformado em um grande sucesso literário, era conhecida por todos ferroviários, desde Santos até Jundiaí, por esse motivo seus proprietários passaram a receber toda atenção dos mais altos dirigentes da “São Paulo Railway”, criando com isso uma amizade muito grande entre o superintendente Baltazar Fidelis e a população ordeira de Vila Belém.
Adail, que naquela época já residia na Vila, consegue trazer grandes melhorias para o local.
Assim, no dia 13 de maio de 1936, havia surgido a “Sociedade Recreativa e Musical Belém”. Através de uma sugestão do senhor Francisco Nunes, que na ocasião era presidente do Nacional da Água Branca, a referida sociedade transformou-se em clube de futebol, recebendo o nome de “Esporte Clube Progresso”, que um pouco mais tarde teve o seu campo construído pela turma da “Sóca”, no mesmo local onde se localizava o clube de baile. Era o ano de 1941.
Recebeu o campo, o sugestivo nome de Estádio Baltazar Fidelis.
A partir dessa ocasião, o futebol de Vila Belém passa a ser respeitado em toda a região, fazendo parte de suas equipes grandes futebolistas, grandes dirigentes, além de uma sensacional torcida.
Infelizmente, nunca pudemos localizar a ata de fundação, com os nomes dos ferroviários pioneiros.
Em 1952, num ato de bondade, a filha do Dr. Francisco Morato, dona Cinira Morato Leme e seu esposo, Dr. Celso Leme, doam uma área de terra de 9.500 metros quadrados, onde hoje está construído o conjunto esportivo.
Em 1954, a Vila Belém recebe o nome de Francisco Morato, e é eleito seu primeiro prefeito Cassiano Gonçalves Passos.
Parabéns aos dirigentes, atletas, funcionários e todos aqueles que aprenderam a gostar e respeitar o Esporte Clube Progresso, que nasceu graças à vontade de homens, que apesar das dificuldades da vida, sabiam e tinham coragem de lutar pela realização de seus ideais.

Fonte: Revista “Gralha Azul”, suplemente cultural N° 1, Abril/Maio de 2006. Distribuição: Franco da Rocha, Caieiras e Francisco Morato.

OBS: ESCUDO VETORIZADO PELO SÉRGIO MELLO

Clube Esportivo Guarani no futebol profissional


Até o ano de 1973, o Guarani participava somente de competições municipais e intercâmbios intermunicipais ou regionais, até porque não havia liga de futebol em São Miguel do Oeste. Até 1973, o Guarani pertencia à Liga de Futebol de São José do Cedro.

Em 1974, foi criada a Liga Esportiva Fronteirista, e neste mesmo ano foi realizado o Primeiro Campeonato Regional, do qual o CE Guarani sagrou-se campeão. Dessa forma, tomou-se a decisão de participar do Campeonato Catarinense de Futebol Profissional, pela primeira vez na história do Extremo-Oeste. O CE Guarani disputou então a Primeira Divisão do Campeonato Catarinense nos anos de 1974, 1975, 1976 e 1977, na administração do Sr. Waldir João Fedrizzi.

Em 1977, mais especificamente em outubro daquele ano, houve o pedido de licenciamento do clube junto à Federação Catarinense. No entanto, formou-se uma comissão em prol da continuidade do CE Guarani no futebol profissional. Esta comissão assumiu o Clube por procuração e contrato de responsabilidade mútua. Assinaram o contrato: Clari Vareschini (in memorian), Romildo Schleder (in memorian), Avelino Neis (hoje residente em Porto Alegre), Waldir João Fedrizzi (hoje residente em Florianópolis), Sérgio Volpi (ainda residente em São Miguel do Oeste) e Orlando Mafinski (ainda residente em São Miguel do Oeste). Este contrato foi assinado no dia 1º de novembro de 1977, perdurando até o dia 28 de fevereiro de 1978. Deste modo, o Guarani participou do Torneio Incentivo da Federação Catarinense de Futebol.

O Torneio Incentivo, promovido pela Federação Catarinense de Futebol (FCF), tinha como objetivo manter em atividade os clubes filiados da Divisão Especial, evitando uma pausa completa de jogos oficiais. Isso porque desde o final da Terceira Fase do Estadual, no dia 28 de agosto, os clubes eliminados ficariam inativos até o ano seguinte. O Torneio Incentivo de 1977 só terminou em 1978. A competição ficou paralisada desde o dia 18 de dezembro de 1977 e só reiniciou em fevereiro de 1978, devido às férias dos jogadores. A Chapecoense ficou com o título da competição. Joinville e Avaí não disputaram o torneio, pois estavam representando Santa Catarina no Campeonato Nacional. A fase final (em 1978) teve: Internacional (Lages), Figueirense, Carlos Renaux (Brusque), Joaçaba, Comerciário (Criciúma) e Chapecoense.

Destaque-se que o Guarani já tinha aparecido por três (03) vezes nos jogos na Loteria Esportiva Federal da época. Na oportunidade, o Guarani ficou 14 (quatorze) partidas invicto. Foram os quatro últimos jogos da Segunda Fase e todos os dez jogos da Terceira Fase do Estadual de 1977 sem derrotas. Essas duas fases eram regionalizadas (Planalto Serrano e Oeste Catarinense). Com oito vitórias e dois empates na segunda fase, o Guarani sagrou-se campeão do “Troféu Adolfo Camili”, único título de uma equipe do Extremo-Oeste no futebol profissional em toda a história.

Valendo ainda lembrar que neste mesmo período estiveram fazendo jogos amistosos em São Miguel do Oeste o Grêmio Fott Ball Porto-Alegrense e o Sport Club Internacional, de Porto Alegre. No dia 30 de agosto de 1976, o Guarani jogou contra a equipe do Milionários, de São Paulo e venceu pelo placar de  4-3. A equipe dos Milionários era composta por ex-jogadores da Seleção Brasileira como: Mané Garrincha, Fio Maravilha, Barbozinha, Humberto Monteiro, Tarciso, Minuca, Gilberto, Oreco, Paulo Borges, Cezar e Robson. No banco, jogadores como Tonho e Osvaldo. O Guarani tinha jogadores como Joãozinho, Lambari, Antonio Carlos, Valmir, Gessi, Paulo Renato, Clari, Alberto, Claudiomiro e Cezar. O técnico foi o Lindomar. O jogo foi arbitrado por Atílio Mallmann, com Simão de Oliveira e Hugo Simm na bandeira.

Em 05 de maio de 1978, houve uma Assembleia, tendo como local o CTG Porteira Aberta, para a formação da Associação São Miguel de Futebol. Este assunto ficou somente como um sonho, tanto do Guarani como do Clube Atlético Montese, mas nunca saiu do papel. Posteriormente, o Guarani licenciou-se das atividades profissionais no futebol.

CLUBES DE BRASÍLIA: CSU

 


O Clube dos Servidores da Universidade foi fundado em 6 de abril de 1966 por funcionários, servidores e alunos da Universidade de Brasília (UnB). Teve como seu primeiro presidente Carlos Augusto Vilalva Negreiros Falcão.
As cores do clube eram azul, verde e branco.
Naquele ano (1966), a Federação Desportiva de Brasília tinha campeonatos de futebol em três categorias: profissionais, amadores e Departamento Autônomo. O CSU optou por este último em seu primeiro ano de vida.
No dia 5 de junho de 1966, estreou no Torneio Início do Departamento Autônomo com derrota de 2 x 1 para a Civilsan.
O campeonato do Departamento Autônomo daquele ano foi dividido em três seções: Taguatinga, Plano Piloto e Sobradinho.
O CSU classificou-se em primeiro lugar na Seção Plano Piloto, superando outros oito times. Juntamente com a A.E.B., passou para a Fase Final (chamada de Supercampeonato), disputada pelos dois primeiros classificados de cada seção. Desconhecemos o resultado final dessa competição.
No dia 11 de dezembro de 1966 disputou um amistoso com o Rabello, perdendo por 2 x 1.
No ano seguinte, 1967, o CSU foi um dos clubes amadores que chegaram a realizar uma reunião para a elaboração de um campeonato com as agremiações dessa categoria. O campeonato acabou não vingando.
A mesma coisa aconteceu em 1968. Foram dois anos sem disputar nenhuma competição oficial da Federação Desportiva de Brasília.
No dia 10 de março de 1969, aconteceu a Assembléia Geral Extraordinária da qual tomaram parte os presidentes e representantes de todos os clubes filiados a F.D.B.
A Federação, então, criou um torneio chamado de “Taça Brasília”, podendo concorrer ao mesmo, todos os clubes filiados, quer profissionais, amadores ou componentes do Departamento Autônomo, todos em igualdade de condições, havendo partidas de amadores com profissionais.
Inscreveram-se 24 equipes. O torneio foi em dois turnos, sendo que para o segundo só se classificariam os seis primeiros colocados de cada grupo.
O CSU fez sua estréia no dia 19 de abril de 1969, no Estádio Ciro Machado do Espírito Santo (do Defelê), empatando em 1 x 1 com o Jaguar.
Na primeira fase ficou em 4º lugar no Grupo A. Foram dez jogos, com cinco vitórias, três empates e duas derrotas. Marcou 24 gols e sofreu 18.
Na Fase Final, ficou com a nona colocação entre os 12 clubes participantes. Nos onze jogos que disputou, conseguiu vencer três, empatar outros três e foi derrotado em cinco oportunidades. Marcou dezoito gols e sofreu vinte e dois.
Dois foram os artilheiros do torneio, com 11 gols, sendo que um deles, Paulinho (Paulo Rogério Ferreira Campos), pertencia ao CSU.
Eis os nomes de alguns jogadores que defenderam o CSU na Taça Brasília de 1969: Goleiros: Neniomar e Pena; Defensores: Zeca, Cesar, Monteiro, Walfrido, Roque, Nilo, Isnard e Wilson; Atacantes: Cacá, Cleuber, Júlio, Walter, Sabará, Paulinho e Totó.
No ano de 1970 voltou a ficar de fora das competições amadoras promovidas pela Federação Desportiva de Brasília.
Retornou em 1971, disputando o Torneio “Governador do Distrito Federal”, juntamente com outras dez equipes.
O torneio foi marcado por muitos WO, pois muitos clubes estavam irregulares (débito com a Tesouraria da F.D.B.) e suspensos de suas obrigações.
O CSU desistiu de continuar na competição bem antes do seu encerramento.
Em 13 de agosto de 1971 foi realizada a Assembléia que desfiliou seis clubes da F.D.B., entre eles o CSU.
Somente no ano de 1975, quando ainda era amador o futebol de Brasília, o CSU volta a participar de competições promovidas pela então Federação Metropolitana de Futebol.
Primeiramente, participando, de 19 de março a 25 de maio de 1975, da I Copa Arizona de Futebol Amador, evento que reuniu 64 equipes amadoras de todo o Distrito Federal. Não conseguiu ficar entre os oito finalistas que decidiram a Copa.
Em 12 de setembro de 1975 aconteceu a A.G.E. que aprovou uma nova filiação do CSU para a categoria de futebol amador.
Assim, inscreveu-se no campeonato amador de 1975, com mais sete equipes.
Venceu o primeiro turno de forma invicta, com cinco vitórias e dois empates. Foram 15 gols a favor e cinco contra. Com isso, qualificou-se para decidir o campeonato com a Campineira, vencedora do segundo também de forma invicta, numa
série “melhor-de-três”.
O final do ano mais as férias do mês de janeiro foram alguns fatos que atrasaram bastante o início da disputa. Assim, somente em 28 de março de 1976, aconteceu a primeira partida da melhor-de-três da decisão do Campeonato de 1975, no Estádio Pelezão.
A Campineira venceu por 2 x 1.
No dia 21 de abril de 1976, também no Pelezão, o CSU empatou a série ao vencer a segunda partida por 1 x 0.
A terceira e decisiva partida foi disputada no dia 1º de maio de 1976, novamente no Pelezão. Sob a arbitragem de Roberto Noronha, a Campineira marcou 2 x 0 e ficou com o título de campeã de 1975.
Dentre os jogadores que defenderam o CSU no campeonato de 1975 o destaque ficou com um jogador que mais tarde viria a brilhar em outras equipes do futebol de Brasília: o zagueiro Kidão.
Não demorou muito para seu presidente Álvaro da Silva Neves encaminhar o ofício CSU-06/76, de 17 de maio de 1976, solicitando licença do quadro de filiados da Federação Metropolitana de Futebol por um período de dez meses. Nunca mais voltou!

Inter-RS de todos os tempos em quatro versões

A paixão do torcedor é algo que nem Sigmund Freud conseguiria explicar com exatidão. O site Arquibancada Colorada fez uma matéria sobre a “Seleção” do Internacional de Porto Alegre de todos os tempos. Nessa ânsia, montaram quatro escalações. Veja abaixo a narrativa genuinamente colorada!

 Que Tesourinha, Falcão e Fernandão foram craques ninguém discute. E quem não gostaria de tê-los visto jogar juntos. No plano físico e material impossível tal conjugação, simplesmente por que atuaram em épocas distintas, com décadas de diferença. Mas esta possibilidade passa a se concretizar quando tratada no campo da imaginação. E partindo desse princípio imaginativo volta e meia vê-se divulgado o INTER DOS SONHOS, constituído pelos melhores jogadores de várias épocas.

 

Inter dos sonhos nº 1

A primeira ideia do gênero que vi estampada no papel foi através da Revista Placar, em princípio dos anos 80, conforme desenho exposto que compõe a figura ao lado (nº1). Nele pode ser vista uma seleção de jogadores que atuaram entre as décadas 40 e 70: Manga, Paulinho, Figueroa, Nena e Oreco – Salvador, Carpeggiani e Falcão – Tesourinha, Larry e Carlitos.  Afora os jogadores da última década referida (de Manga, Figueroa, Carpeggiani e Falcão) ainda tive o privilégio de acompanhar pelo rádio quando guri: Larry e Oreco. O 1° pude ver ainda em imagens preto e branco (TV Piratini) que eram enviadas ao interior do Estado, ao passo que o 2º pelas transmissões de rádio, nas vozes de Leonel Silveira, Euclides Prado e Mendes Ribeiro e depois vim a vê-lo já como jogador do Corinthians e pela Seleção Brasileira. Craques na verdadeira acepção da palavra.

 Inter dos sonhos nº 2

O outro quadro caricaturado é o que compõe a imagem nº2, cuja cópia foi extraída da Sala Consular do Estádio Beira-Rio, basicamente constitui uma reprise do anterior, abrangendo jogadores até os anos 90, com apenas duas modificações no elenco: Gamarra no lugar de Nena e Claudiomiro no de Carlitos.

 Inter dos sonhos nº 3

Mais recentemente, por ocasião do Centenário do S.C. INTERNACIONAL compilei mais duas novas montagens, a da Revista GOOL, que constitui o desenho nº3 e traz em seu bojo a inclusão de Cláudio Duarte na lateral direita no lugar de Paulinho, ingressando Valdomiro com a saída de Salvador e no lugar de Larry aparece como centroavante o nome de Fernandão, o grande ídolo participante das grandes e recentes conquistas do Mundial FIFA, 1º Libertadores, 1ª Recopa e Copa Dubai.

 Inter dos sonhos nº 4

E, por fim, o Time dos Sonhos apresentado pela Revista do INTER, em edição especial do Centenário, conforme a demonstração de nº 4. Eis o timaço: Manga, Paulinho, Figueroa, Gamarra, Oreco e Salvador – Tesourinha, Carpeggiani, Falcão, Valdomiro e Fernandão.

 É evidente, pois, que para colocar tantos craques juntos nem sempre foi possível considerar a posição original de cada um, a exemplo de Valdomiro e Tesourinha, eis que ambos foram ponteiros-direitos de ofício. Não resta dúvida, inclusive, que a seleção apresentada foi constituída por jogadores até o Centenário do Clube e no futuro teremos prováveis alterações pelo surgimento de novos craques.

 Para o meu time dos sonos, formado por jogadores que vi jogar ou pelo menos acompanhei pelo rádio, mas que não me esqueci de suas atuações, apenas substituiria Paulinho por Cláudio Duarte; retiraria Tesourinha e Salvador, com o respectivo ingresso de Nilmar no ataque e de Batista na composição do meio de campo. E como Técnico escolheria Rubens Minelli ou Enio Andrade.

 Mais uma vez enfatizo que minha escolha é de jogadores que vi jogar ou, pelo menos, acompanhei pelo rádio, sempre respeitando a escolha original que está estampada na revista. Meu pai, se ainda estivesse vivo, certamente não aceitaria a retirada de Paulinho, Salvador e Tesourinha. Tampouco de Nena, contida no 1º anexo.

 Na tentativa de apresentar outro (s) INTER (espécie de B), dada tamanha dificuldade em selecionar tantos craques ou bons jogadores e carregadores de piano que acompanhei em décadas (especialmente na era Beira-Rio), vestindo a gloriosa camisa Colorada, optei em colocar diversas alternativas. Minha sugestão recai para os seguintes nomes (excluídos os anteriormente citados, integrantes das seleções apresentadas):

 Goleiros: Benitez e Clemer (*);

Laterais direitos: Ceará, Luis Carlos Winck e Laurício;

Zagueiros: Scala, Célio Silva, Pontes, Pinga, Aloísio, Marinho Peres, Índio, Lúcio e Mauro Galvão;

Laterais esquerdos: Vacaria, Cláudio Mineiro, Kléber, Sadi, Jorge Andrade, Jorge Wagner e Rodrigues Neto;

Volantes: Caçapava, Carbone, Edinho, Tovar, Tinga, Guiñazu, Sandro e Ademir Kaeffer;

Meias (atacantes): Dorinho, Bráulio, Mário Sérgio, Rubem Paz, Jair e D’Alessandro;

Atacantes (**): Escurinho, Rafael Sóbis, Maurício, Fabiano, Lula, Alex, Iarley, Silvinho, Edu Lima e Alexandre Pato;

Centroavantes: Flávio Minuano, Dario, Geraldão, Gerson, Nilson e Christian (***).

Vejam bem, só ali estão relacionados 52 (cinquenta e dois) jogadores (****). É provável e possível que não tenha lembrado todos os grandes nomes que assisti jogar com a gloriosa camiseta Colorada, especialmente na era Beira-Rio. Além do mais, a análise tem o enfoque particularizado que, para alguns, não tiveram tanto destaque assim ou outros nomes deveriam estar inclusos e foram omitidos no rol supracitado.

 

Fonte: Arquibancada Colorada

Foto montagem: Revista Placar / Revista GOOL

CLUBES DE BRASÍLIA: C. F. R. ALVORADA

Em 1960, a ENACO – Engenharia, Arquitetura e Construção Ltda. era uma construtora com sede no Edifício Ceará, Projeção 8, Sala 1.105 e que tinha como Presidente Valnor de Aguiar.
Como desportista que era, Valnor criou um clube de futebol para disputar torneios contra times de outras construtoras da cidade que começava a crescer. Assim, surgiu o ENACO Esporte Clube.
Sua primeira oportunidade foi o Torneio “Danton Jobim”, em homenagem ao DC-Brasília e aos jornalistas brasileiros, competição disputada por 12 empresas de construção ou ligadas a elas.
O ENACO ficou na Chave B, juntamente com Expansão, Rabello e Nacional. Os jogos foram realizados nos dias 3, 10 e 17 de julho de 1960. No primeiro jogo, venceu o Expansão por 4 x 2. No dia 10, passou pelo Nacional, por 3 x 1. No terceiro e último jogo, apesar da derrota de 4 x 3 para o Rabello, ficou com a vaga de primeiro lugar do grupo, classificando-se para o triangular final.
Perdeu os dois jogos, para Ribeiro e Planalto, ficando com o terceiro lugar.
Com os bons resultados colhidos, Valnor de Aguiar resolveu criar, em 29 de julho de 1960, o Clube de Futebol e Regatas Alvorada, nascido da fusão dos clubes ENACO e Brasília Palace.
No mesmo dia, entregou ofício solicitando filiação à Federação Desportiva de Brasília. Valnor de Aguiar foi seu primeiro Presidente a Arisberto José Gaspar de Oliveira o representante do clube junto a FDB.
Conforme constava dos seus estatutos, as cores do clube eram vermelha, branca e preta.
A estréia do novo clube aconteceu no amistoso de 28 de agosto de 1960, com derrota para o Consispa, por 5 x 3.
Uma semana depois, em 4 de setembro de 1960, participou de sua primeira competição oficial, o Torneio Início (que levou o nome de Taça “Governador Roberto Silveira”). Além do Alvorada, solicitaram inscrição outros 15 clubes.
Os jogos foram realizados no Estádio Israel Pinheiro, do Guará. No sorteio, o Alvorada não deu muita sorte, cabendo enfrentar no sétimo jogo do dia, a forte equipe do Rabello (que viria a ser campeão do torneio). Perdeu por 1 x 0.
Por decisão da Assembléia Geral realizada no dia 14 de setembro de 1960 e em virtude do elevado número de clubes inscritos (16), a Federação Desportiva de Brasília resolveu fazer um torneio para determinar as oito equipes que disputariam o campeonato da Primeira Divisão e as oito que comporiam a Segunda.
Os 16 clubes foram divididos em 4 grupos. O Alvorada ficou no Grupo D, com jogos no campo do Rabello, juntamente com Nacional, Rabello e Real.
Na primeira rodada do torneio classificatório, no dia 18 de setembro de 1960, empatou em 1 x 1 com o Real.
Na segunda, em 25.09.1960, perdeu para o Nacional por 1 x 0 e, na terceira, em 09.10.1960, foi goleado pelo Rabello, por 5 x 2. Ficou em último lugar do grupo.
Quando todos já achavam que iriam disputar a Segunda Divisão, em 13 de outubro de 1960, a A. E. Edilson Mota (um dos qualificados para disputar a Primeira Divisão) encaminhou ofício a F.D.B. comunicando a sua extinção.
Para preencher a vaga na Primeira Divisão, a FDB promoveu um torneio eliminatório entre os clubes da Segunda, iniciado em 30 de outubro de 1960.
O primeiro adversário do Alvorada foi o Sobradinho, no campo do Grêmio. Aconteceu empate em 2 x 2, resultado que tornou obrigatória a realização de uma nova partida entre ambos. Esse jogo aconteceu no dia 6 de novembro de 1960 e o Alvorada venceu por 2 x 1, passando para a fase seguinte, quando enfrentou e venceu, no dia 13 de novembro, ao Guanabara. Com essa vitória, decidiria a vaga para a Primeira Divisão com o Defelê.
Foi aí que aconteceu outro fato que mudaria toda a história. Outro clube qualificado para a Primeira Divisão, o Consispa, resolveu desfiliar-se. Em virtude dessa desfiliação, a Federação então resolveu não mais realizar a partida entre Defelê e Alvorada, prevista para 20 de novembro de 1960, elevando a ambos para a Primeira Divisão.
A estréia na Primeira Divisão não foi nada agradável: no dia 27 de novembro de 1960, sofreu um tremenda goleada de 7 x 0 diante do Guará. Era o prenúncio de que o clube não estava preparado para encarar esse desafio. Outras goleadas vieram e o Alvorada ficou com a sexta colocação, com duas vitórias e cinco derrotas. Marcou doze gols e sofreu 32. Atrás do Alvorada ainda ficaram Nacional e Pederneiras.
Eis alguns jogadores que defenderam o Alvorada em 1960: Goleiro: Zequinha; Defensores: Zózimo, Rodrigues, Lindcelso, Tininho e Orlando; Atacantes: Zeca, Lazinho, Erivan, Bolacha, Zezinho, Dondão e Carioca.
No torneio de aspirantes, o Alvorada foi o último colocado.
Em 1961, as coisas não melhoraram para o lado do Alvorada. No Torneio Início disputado no dia 9 de julho de 1961, no Estádio “Israel Pinheiro”, do Guará, foi desclassificado pelo Nacional.
No campeonato, ficou em 7º lugar, só não ficando com a última colocação por que o Sobradinho resolveu não disputar o campeonato até o seu final. Nos 13 jogos que disputou, venceu apenas um, empatou três e perdeu nove. Marcou 17 gols e
sofreu 33.
O goleiro Pena, os defensores Ibê, Roberto, Fontenelle, Venino, Loureiro e Zeca e os atacantes Cícero, Sílvio, Gilberto, Jason, Valquir, Chico, Élcio, Luizinho e Zé Carlos foram alguns dos jogadores que vestiram a camisa do Alvorada em 1961.
Em 1962, nos dias 30 de maio e 3 de junho, promoveu o Torneio “Antônio Carlos Barbosa”, quadrangular que ainda reuniu Presidência, Guanabara e Cruzeiro do Sul. Foi uma festa sem a menor graça para o Alvorada, que perdeu o primeiro jogo para o Cruzeiro do Sul por 6 x 1 e o segundo para o Guanabara (2 x 1).
Recuperou-se uma semana depois (10 de junho), quando foi realizado o Torneio Início, no Estádio “Ciro Machado do Espírito Santo”. Venceu por 1 x 0 o Presidência; depois ficou no 0 x 0 com o Grêmio, conquistando a vitória nos pênaltis (2 x 1).
Na final, contra o Guanabara, no tempo normal de jogo empate em 2 x 2; na decisão por pênaltis, vitória do Guanabara por 6 x 5.
O Campeonato da Primeira Divisão de 1962 foi dividido em duas zonas: Norte e Sul. O Alvorada pertencia a Zona Norte, com Nacional, Rabello, Defelê e Guanabara.
Disputou os quatro jogos do 1º turno e perdeu todos. Antes de ser iniciado o segundo turno, o Alvorada encaminhou ofício à Federação Desportiva de Brasília solicitando dispensa do restante do campeonato, no que foi atendido.
Voltou em 1963, novamente realizando uma boa campanha no Torneio Início realizado em 12 de maio, no campo do Grêmio, Estádio “Vasco Viana de Andrade”. Venceu o Nacional (1 x 0) e empatou com o Colombo (0 x 0), perdendo a chance de passar para a final nos pênaltis: 3 x 2 a favor do Colombo.
No campeonato de 1963, disputado por nove equipes, novamente ficou em último lugar. Disputou 16 jogos e só venceu um, empatando quatro e perdendo onze. Marcou apenas nove gols e sofreu 38. Com isso, foi obrigado a disputar, nos dias 27 de outubro e 3 de novembro, uma melhor-de-três contra o Dínamo (campeão da Segunda Divisão), para ver quem ficaria com a vaga na Primeira Divisão em 1964. Foi a única vez que aconteceu esse tipo de disputa.
No dia 27 de outubro, vitória do Alvorada, por 1 x 0, gol de Azulinho, cobrando pênalti. No dia 3 de novembro, goleada do Alvorada para cima do Dínamo, por 4 x 1 Dínamo, gols de Moacir (2) e Morato (2) para o Alvorada e Baiano para o Dínamo.
Com esses resultados, o Alvorada permaneceu na Primeira Divisão. Jogaram mais vezes durante o ano: Goleiros – Toninho e Roberto; Defensores – Ibê, Brun, Veludo, Marujo, Cardoso, Cremonês, Josias e Tomazinho; Atacantes – Batista, Hélcio, Azulinho, Moacir, Zeca, Almir, Baiano, Morato, Delém, Dias, Terêncio e Alemão.
Em 25 de fevereiro de 1964 ocorreu a Assembléia Geral que aprovou a reforma nos estatutos da Federação. As categorias passaram a ser: Divisão de Futebol Profissional, Primeira Divisão de Futebol Amador, Segunda Divisão de Futebol
Amador, Departamento Autônomo e Divisão de Juvenis. O Alvorada não se inscreveu em nenhuma delas.
Em 5 de dezembro de 1965, o Alvorada foi desfiliado da Federação Desportiva de Brasília.
Em 30 de julho de 1967, aconteceu reunião para se conhecer a nova diretoria do clube, que ficou assim composta: Presidente – Valnor de Aguiar; Vice-Presidente Social – João Monteiro; Vice-Presidente Esportivo – José Medeiros Teixeira e
Vice-Presidente Financeiro – Moacyr Antônio Machado da Silva.
Somente em 1968, o Alvorada resolveu filiar-se novamente a FDB, na categoria de amadores. Como não houve campeonato amador nesse ano, o clube ficou sem atividades.
Em 1969, tendo em vista a necessidade de movimentar o futebol de Brasília, a Federação Desportiva de Brasília resolveu instituir um torneio oficial, ao qual poderiam concorrer todos os clubes filiados, quer profissionais, amador ou componentes do Departamento Autônomo, todos em igualdade de condições, havendo partidas de amadores com profissionais. Inscreveram-se 24 equipes.
Assim foi o retorno do Alvorada às competições oficiais. Mas, em relação às más campanhas anteriores, nada mudou. Integrando o Grupo A, com onze equipes, o Alvorada foi, de novo, o ultimo colocado. Nos dez jogos que disputou, venceu apenas um e sofreu oito derrotas. Marcou apenas cinco gols e sofreu 27. Um retorno nada agradável!
Não disputou nenhuma competição no ano de 1970 e, em 22 de junho de 1971, aconteceu a Assembléia Geral que aprovou a sua desfiliação definitiva.

Números do São Paulo Internacional

O São Paulo Futebol Clube realizou 536 jogos de caráter internacional, no período de 1930 a 2011, incluindo-se nesse levantamento os dois amistosos contra clubes estrangeiros realizados pelo São Paulo da Floresta.

O tricolor do Morumbi venceu 262 jogos, empatou 142 e perdeu 132. Ganhou praticamente metade deles, dividindo mais ou menos em um quarto os empates e também em um quarto as derrotas.

Aproximando-se dos mil gols nessas partidas, o SPFC consignou 975 tentos, sofrendo 639 e livrando um expressivo saldo de 336.

Desse total de jogos, 445 foram contra clubes do exterior e os restantes 91 contra clubes do Brasil.

Tendo os estrangeiros como rivais, são 230 vitórias contra 108 derrotas; enfrentando os brasileiros, 32 vitórias contra 24 derrotas.

O clube do exterior com o qual o São Paulo mais cruzou foi o Boca Juniors, 20 vezes.

Os adversários brasileiros mais frequentes do tricolor, em jogos internacionais, foram Grêmio e Cruzeiro, com 10 encontros cada.

Mas é contra o Palmeiras, adversário do tricolor em quatro edições da Libertadores, que os torcedores das três cores mais se entusiasmam, pois o seu time jamais perdeu, eliminando o clube esmeraldino em todas as ocasiões e mantendo-se invicto (6 vitórias e 2 empates). A vantagem do Verdão em jogos internacionais contra o São Paulo aconteceu somente em um jogo do Ramón de Carranza, em 1993.

Na única vez que são-paulinos e corintianos mediram forças em competição internacional de caráter oficial, em 1994, o São Paulo levou a melhor numa disputa que chegou aos pênaltis depois de uma vitória para cada lado. Na ocasião, o expressinho tricolor, comandado por Muricy Ramalho, passou pelo alvinegro nas semifinais e superou o Peñarol na final, levantando o título da Copa Conmebol.

Mais relevantes, porém, foram as cinco conquistas de títulos do SPFC em competições internacionais oficiais, com finais brasileiras. Eis os feitos do tricolor paulista sobre seus rivais brasileiros:
Uma Libertadores em cima do Atlético-PR;
Uma Supercopa Libertadores sobre o Flamengo;
Uma Copa Master Conmebol em cima do Atlético-MG;
Uma Recopa Sul-Americana sobre o Cruzeiro; e
Uma Recopa Sul-Americana sobre o Botafogo-RJ.

Fonte: São Paulo Internacional, Vicente Henrique Baroffaldi, Pontes/2012

Nota – Aos colegas são-paulinos do blog “História do Futebol”: os interessados em receber, de presente, o livro “São Paulo Internacional”, podem escrever para vicente.baroffaldi@gmail.com, passando o nome completo e o endereço idem.