Arquivo da categoria: História dos Clubes Nacionais

Bandeira Paulista Futebol Clube – Vila Maria (SP)

O AMOR À PÁTRIA FUTEBOL CLUBE,  foi o primeiro time de várzea a surgir nas imediações da Rua Antonio Fonseca, no bairro de Vila Maria, tendo encerrado suas atividades por volta de 1943/1944.

Bandeirantes Futebol Clube

Foi então que, na data de 8 de março de 1944, membros das famílias Carvalho e Martins, muitos deles ex-jogadores do AMOR À PÁTRIA FUTEBOL CLUBE, fundaram o BANDEIRANTES FUTEBOL CLUBE que, mais tarde, no dia 15 de novembro de 1948, passou a se chamar BANDEIRA PAULISTA FUTEBOL CLUBE, carinhosamente conhecido por BANDEIRA.

O BANDEIRA revelou diversos craques, alguns deles que chegaram  a se profissionalizar e atuar por grandes times da capital e do interior, tais como BUCO (Antonio Baptista), CANHOTO (Uilson Ferreira da Silva), MURFA (José Augusto Lopes), CEREJEIRA (Antonio Carlos Pereira de Almeida) e o goleiro REIS (Reinaldo Barreto).

No ano de 1952, o Partido Social Progressista (PSP) da Vila Maria, organizou um campeonato envolvendo diversas equipes pertencentes a  Vila Maria Alta e Vila Maria Baixa, com jogos acontecendo nos períodos matutino e vespertino.

A semifinal envolveu dois times: Bandeira Paulista FC e Vila Elza. A partida aconteceu no campo do Vila Elza. Com dois gols de Hélio e um de Ceguinho, o Bandeira venceu por 3 x 1. Abílio anotou para o Vila Elza.

Bandeira Paulista e Flamengo da Vila Maria fizeram a final que apontou o campeão matutino da Vila Maria Baixa. O placar apontou 3 x 2 para o Bandeira,  que se sagrou campeão matutino da Vila Maria Baixa. Os gols foram marcados por Buco (2) e Hélio, ao passo que Leopoldo e Paulinho Mulata fizeram para o Flamengo.

Então aconteceu a partida que definiu o campeão matutino da Vila Maria, ou seja, Bandeira Paulista, campeão matutino da Vila Maria Baixa, contra o Flor da Mocidade, campeão matutino da Vila Maria Alta.

A partida foi realizada no campo do Ypiranguinha e terminou 5 x 0 para o Bandeira Paulista, que se sagrou o campeão. Os gols foram anotados por Nico, Ceguinho e Buco (três).

 

Os campeões de 1952: Em pé, da esquerda para a direita: Osvaldo Araca, Amândio, Arthurinho, Álvaro, Hélio, Toninho, Dinho, Orlando Hungarez e o técnico Anthero. Agachados: Raimundo, Nelson, Buco, Ceguinho e Nico.

Uniforme: camisas com listas pretas e brancas, gola vermelha,  calção branco e meias vermelhas.

Fonte: Bandeira Paulista Futebol Clube e meu acervo.

Búfalo Atlético Clube, da Vila Prudente – São Paulo (SP)

 

BÚFALO ATLÉTICO CLUBE

FUNDAÇÃO: 10 de junho de 1952

BAIRRO: Vila Prudente – Região Sudeste da Capital de São Paulo

“O GALO DA VÁRZEA PAULISTA”

 

O BÚFALO ATLÉTICO CLUBE  foi fundado na data de 10 de junho de 1952, pelos irmãos Sérgio e Vitorino Pizzo. Os dois eram diretores da Companhia Industrial Paulista de papel e papelão, uma empresa símbolo no bairro da Vila Prudente.  O BÚFALO tinha um grande atrativo em relação aos rivais da várzea:  um campo próprio, situado dentro do terreno da empresa, onde atualmente está localizada a estação de metrô Vila Prudente.

O BÚFALO ATLÉTICO CLUBE teve como seu primeiro dirigente Idílio Bertolassi. A torcida era a maior que havia no bairro, depois de encerradas as atividades do Capelifício Crespi F.C.

Sua sede social era na Rua Cavour esquina com a Rua Conde Barbielini (atual Rua Ettore Ximenes).

Em 1954, o clube conquistou o prêmio de Galo da Várzea e Galo de Ouro. Depois de acirrados jogos com diversos clubes varzeanos da Capital, o BÚFALO ATLÉTICO CLUBE sagrou-se campeão e o bairro de Vila Prudente tornou-se ainda mais conhecido depois daquela vitória.

A partir daí o BÚFALO ATLÉTICO CLUBE passou a ser conhecido  como o “Galo da Várzea Paulista”.

Teve como um de seus principais jogadores Manoel Barroso, popularmente conhecido como Nheque.

Além do goleiro Miguel Lopes Ruiz Filho que, no ano de 1969, trabalhava numa indústria de papelão que fabricava caixas para embalar produtos de barbearia e cabeleireira. Nos fins de semana jogava no gol do Búfalo.  Certo dia o ponta-direita Antoninho Minhoca, que atuava no Juventus, pediu para o técnico Pinga ver o garoto jogar. Após uma partida Miguel foi convidado a treinar no Juventus e ali se profissionalizou, tendo ficado até o ano de 1972, quando se transferiu para a Associação Portuguesa de Desportos.

Era conhecido como Miguel Cabeleira ou São Miguel, devido aos milagres feitos quando atuava no Clube Atlético Juventus. Faleceu  na data de 28 de maio de 2002, aos 54 anos de idade, vítima de um infarto.

No ano de 2012, quando completou 60 anos de sua fundação, o BÚFALO ATLÉTICO CLUBE ofereceu uma grande festa, onde foi exibido um vídeo cujo link se encontra abaixo.

 

Uma das antigas formações do Búfalo Atlético Clube

 

Fontes: Blog Moleque, Blog do Búfalo, meu acervo.

Associação Atlética Açucena, do Bairro do Limão – São Paulo (SP)

 

 


ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA AÇUCENA

BAIRRO DO LIMÃO – ZONA NORTE

FUNDAÇÃO – 08-08-1924

“O MAIS QUERIDO DA VÁRZEA”

 

Tinha sua sede localizada na Avenida Thomaz Edson, 2352, no Bairro do Limão.

 

O NOME DO CLUBE:

Na reunião que procedeu a fundação do clube, havia dúvidas sobre o nome a ser dado ao mesmo. Naquela época, existia o AÇUCENA CLUBE, agremiação carnavalesca do bairro vizinho da Barra Funda que, um mês antes, havia extinto suas funções. Sugeriu-se esse nome, que foi aceito com agrado geral.

O SIGNIFICADO DE AÇUCENA

É uma planta que pode corresponder ao gênero Amaryllis, Hippeastrum, Worsleya e Zephyranthes, da família das amarilidáceas. A flor desta planta originária da América do Sul também é conhecida como amarílis, flor-de-lis do Japão e flor-de-lis de São Tiago.

 

FUNDADORES

Foram fundadores da Associação Atlética Açucena, os senhores Antonio Carvalho Leite, Bruno Barbosa, Manoel Fernandes Balsero, Eugenio Cavalini,  Aparicio da Silva, Fernando Iacovantuono, Salvador Iacovantuono (primeiro presidente), José Fernandes Mourão, Antonio da Silva, José A. Luciano, Salustiano da Silva (Lilico), Tarquinio Belmonte e Domingos Rosa.

Primeiro jogo

A.A. Açucena 2×1 União Progresso da Casa Verde (conhecido por “Esmaga Sapo”).

Na estreia do uniforme, contra o Sete de Setembro da Freguesia do Ó, o resultado foi 1×1.

O Açucena jogou com Henrique, Fernando e Zé Bento. Bruno, Salvador e Medaglia. Aparício, Tarquínio,  Lilico, Tonico e Eugenio.

 Durantes os anos em que esteve em atividade, a Associação Atlética Açucena colecionou diversos títulos de campeã da 1ª Divisão de Amadores da Federação Paulista de Futebol.

FONTES: “A Gazeta Esportiva Ilustrada” e  foto “Futebol Total-Futebol Amador Varzeano”.

SCER Rio Branco de São Sebastião do Caí(RS)

No próximo dia 13 de maio, o Esporte Clube Rio Branco estará comemorando o seu centenário.

Fundado em 13 de maio de 1914, ele é o mais antigo clube futebolístico do Vale do Caí ainda em atividade.
Durante 72 anos ele mandou seus jogos em campo cedido, primeiro pela famíia Voges e, depois, por Adolfo Schenkel.

Adolfo Voges foi um dos fundadores e primeiro presidente. Junto dele, na diretoria, atuaram Manoel Joaquim Alves de Moraes, Guilherme Esteves, Hermano Olíbio Peters, Raymundo Peters e Lotário Batista Nunes Pinheiro. Uma salutar mescla de germânicos e lusos, um tanto difícil na época, mas que deu certo.

Do clube de futebol, surgiu a Sociedade Sportiva Rio Branco, criada em 1º de agosto de 1933 e, mais tarde a Sociedade Cultural Esportiva e Recreativa Rio Branco. Esta fundada em 26 de dezembro de 1984.

Esta é a atual denominação do clube, que tem por presidente Paulo Sérgio Nunes (Paulinho) e conta com 60 associados.

Isso mostra que o bairro Rio Branco teve, ao longo de um século inteiro, teve capacidade de associação e organização.

Com a união dos sócios, o Rio Branco conseguiu construir o seu Estádio Acyo Peters.

Esse centenário exercício da organização coletiva é, sem dúvida, a principal explicação da capacidade de união existente nesse bairro. O que faz com que o Rio Branco tenha, hoje, sua igreja, um salão comunitário, um ginásio de esportes, uma das mais antigas escolas infantis do município, uma casa mortuária, além de um pequeno posto de saúde, além das ruas asfaltadas e outros benefícios que poucos bairros caienses têm.

Para o próximo mês de maio estão sendo preparadas as festividades alusivas ao centenário.

Segundo Iraní Rudolfo Lösch, pesquisador da história do clube e do futebol regional, o Rio Branco é o mais antigo clube futebolístico da região dos vales do Sinos, Caí, Taquari e Paranhana que ainda permanece em atividade.

Fonte: http://www.fatonovo.com.br/cem-anos-de-glorias-do-esporte-clube-rio-branco-not-2473.php

 

Centroluz Esporte Clube – Conselheiro Lafaiete/MG

O Centroluz Esporte Clube é uma agremiação da cidade de Conselheiro Lafaiete, MG. Foi fundado em 24 de julho de 1988. Disputou o Campeonato Mineiro Infantil e Juvenil no ano de 2001.

Campo do Centroluz: http://goo.gl/maps/9ua0O

Fontes:

Clássicos do interior mineiro – MAMORÉ x URT

O segundo clássico municipal mais significativo do interior mineiro, em termos de divisão principal, é o Mamoré x URT, de Patos de Minas, que se consolidou na divisão principal nos anos 90. Apesar disso, desde 2005 o clássico não é reeditado no Módulo I do Campeonato Mineiro.

Este clássico é, com certeza, o mais vivo e equilibrado atualmente do interior de Minas Gerais. Infelizmente a discrepância entre Uberaba e Nacional impede que o clássico entre ambos tenha uma maior rivalidade, ainda que exista uma rivalidade acérrima entre Zebu e Elefante.

O Clássico do Milho, nome do dérbi patense, foi disputado algumas vezes na Primeira Divisão de Profissionais – nome da Divisão de Acesso mineira naqueles tempos – nos anos 60. Após a extinção da Lei de Acesso pelo CND no início da década de 70, o Mamoré saiu de cena por um longo período – na segunda metade dos anos 70 e por toda a década de 80 apenas a URT militou no futebol profissional, quase sempre na Segunda Divisão, pois jogou o Campeonato Mineiro apenas em 1976 e 1977, quando foi rebaixada num rebolo contra o Fluminense de Araguari.

Em 1990, o Mamoré retornou ao profissionalismo e conquistou a última edição da Terceira Divisão mineira, carimbando o passaporte para rever o velho rival em 1991. Naquele ano, o Mamoré continuou sua subida meteórica e foi campeão da Segunda Divisão, trazendo a reboque a Velha Mangueira, seu rival, vice-campeão daquela edição.

Ao todo, Mamoré e URT duelaram 44 vezes por diversos torneios oficiais da Federação Mineira de Futebol. Como não tenho informações dos demais confrontos entre as equipes, deixo aqui os resultados dos confrontos por torneios da FMF, que obtive até agora. Faltam apenas dois placares, dos anos de 1965 e 1966.

Campeonato Data Mandante G x G Visitante
Campeonato Mineiro Segunda Divisão 1961 16/07/1961 URT 1 x 2 Mamoré
Campeonato Mineiro Segunda Divisão 1961 08/10/1961 Mamoré 1 x 0 URT
Campeonato Mineiro Segunda Divisão 1965 19/09/1965 URT 4 x 1 Mamoré
Campeonato Mineiro Segunda Divisão 1966 16/10/1966 Mamoré 3 x 1 URT
Campeonato Mineiro Segunda Divisão 1967 13/08/1967 Mamoré 1 x 0 URT
Campeonato Mineiro Segunda Divisão 1967 24/09/1967 URT 1 x 0 Mamoré
Campeonato Mineiro Segunda Divisão 1968 19/05/1968 Mamoré 2 x 4 URT
Campeonato Mineiro Segunda Divisão 1968 21/07/1968 URT 4 x 0 Mamoré
Campeonato Mineiro Segunda Divisão 1991 01/09/1991 URT 1 x 0 Mamoré
Campeonato Mineiro Segunda Divisão 1991 29/09/1991 Mamoré 0 x 0 URT
Campeonato Mineiro Segunda Divisão 1991 24/11/1991 URT 0 x 1 Mamoré
Campeonato Mineiro Segunda Divisão 1991 08/12/1991 Mamoré 0 x 0 URT
Supercopa Minas Gerais 1992 05/04/1992 Mamoré 1 x 1 URT
Supercopa Minas Gerais 1992 26/04/1992 URT 3 x 2 Mamoré
Supercopa Minas Gerais 1992 07/06/1992 URT 0 x 0 Mamoré
Supercopa Minas Gerais 1992 21/06/1992 Mamoré 0 x 0 URT
Campeonato Mineiro 1992 02/08/1992 Mamoré 1 x 1 URT
Campeonato Mineiro 1992 13/09/1992 URT 0 x 0 Mamoré
Campeonato Mineiro 1993 07/02/1993 URT 1 x 0 Mamoré
Campeonato Mineiro 1993 07/03/1993 Mamoré 1 x 0 URT
Supercopa Minas Gerais 1993 08/08/1993 Mamoré 0 x 1 URT
Supercopa Minas Gerais 1993 23/10/1993 URT 0 x 0 Mamoré
Campeonato Mineiro 1995 05/03/1995 URT 1 x 1 Mamoré
Campeonato Mineiro 1995 23/04/1995 Mamoré 1 x 0 URT
Campeonato Mineiro 1996 16/03/1996 URT 0 x 1 Mamoré
Campeonato Mineiro 1996 05/05/1996 Mamoré 2 x 1 URT
Campeonato Mineiro Módulo II 1998 15/02/1998 Mamoré 0 x 0 URT
Campeonato Mineiro Módulo II 1998 22/03/1998 URT 3 x 1 Mamoré
Campeonato Mineiro Módulo II 1998 03/05/1998 URT 4 x 1 Mamoré
Campeonato Mineiro Módulo II 1998 31/05/1998 Mamoré 1 x 1 URT
Campeonato Mineiro 2001 11/02/2001 URT 1 x 0 Mamoré
Campeonato Mineiro 2003 26/01/2003 URT 3 x 0 Mamoré
Campeonato Mineiro 2004 24/03/2004 Mamoré 2 x 1 URT
Campeonato Mineiro 2005 20/02/2005 URT 2 x 1 Mamoré
Campeonato Mineiro Módulo II 2010 20/02/2010 Mamoré 1 x 1 URT
Campeonato Mineiro Módulo II 2010 28/03/2010 URT 1 x 0 Mamoré
Campeonato Mineiro Módulo II 2011 12/02/2011 Mamoré 0 x 2 URT
Campeonato Mineiro Módulo II 2011 20/03/2011 URT 4 x 2 Mamoré
Campeonato Mineiro Módulo II 2012 12/02/2012 URT 1 x 3 Mamoré
Campeonato Mineiro Módulo II 2012 14/04/2012 Mamoré 2 x 1 URT
Campeonato Mineiro Módulo II 2013 24/02/2013 Mamoré 3 x 0 URT
Campeonato Mineiro Módulo II 2013 31/03/2013 URT 1 x 1 Mamoré

Total:

  • 44 partidas
  • 16 vitórias da URT
  • 13 empates
  • 13 vitórias do Mamoré
  • 2 resultados desconhecidos
  • 51 gols pró URT
  • 35 gols pró Mamoré

Fontes: RSSSF Brasil, Revista Placar, pesquisas do autor em jornais de Belo Horizonte e interior de Minas Gerais

Cores de equipes antigas da Paraíba

Pesquisando na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional, em “O Jornal”, descrevem-se as seguintes cores das equipes que jogaram o Campeonato Paraibano de 1924

América Futebol Clube – rubro-negro
Esporte Clube Cabo Branco – alviceleste (hoje é alvirrubro)
Palmeiras Futebol Clube – alvinegro
Pythaguares Futebol Clube – alviverde
Clube do Remo – azulino

Além disso, há referências também sobre clubes homônimos a outros fundados mais tarde: Auto Esporte Clube (o atual é de 1936) e Guarabira Esporte Clube (houve um fundado nos anos 30).

Alguém teria mais informações sobre os referidos clubes?