Arquivo da categoria: 04. Eduardo Cacella

A rivalidade Real Madrid e Barcelona,começou fora dos campos!!!

A fascinação do futebol e suas imbricações políticas não seriam encaminhadas de forma tão diferente na Espanha. Como ocorreu em praticamente todas as partes do mundo, foram também os ingleses que levaram o futebol para a Espanha. No final do século XIX, engenheiros britânicos que trabalhavam nas minas de pirita de Rio Tinto organizaram as primeiras partidas de futebol no território espanhol. Na virada do século, boa parte dos clubes que fariam história no futebol espanhol já havia sido fundada: Bilbao e Atlético de Bilbao, em 1898; Barcelona, em 1899; Espanol, em 1900, Real Madri, em 1902, e Atlético de Madri, em 1903.

Lançadas as bases do esporte, a Copa da Espanha foi inaugurada ainda em 1902, junto com a coroação do Rei Alfonso XIII, sendo vencida pelo time de Viscaya, um combinado dos melhores jogadores de Bilbao. Em 1913, foi fundada a Real Federação Espanhola, uma clara demonstração da importância que o esporte vinha assumindo no país. Nos Jogos Olímpicos da Antuérpia, em 1920, a seleção espanhola sagrou-se vice-campeã. Remonta a este momento a denominação “Furia”, criação do técnico Paco Bru, que utilizou a expressão diante da imprensa espanhola. visando caracterizar o espírito de seus jogadores diante da possibilidade de ganhar a medalha de ouro.

Apesar da unidade propiciada pela formação de uma competitiva seleção nacional, a trajetória futebolística de Espanha não seria desvinculada das identidades regionais, da tendência ao centralismo ou da luta pela autonomia em relação ao governo central uma das questões mais importantes da trajetória da Espanha moderna. Diversos clubes do país haviam nascido com uma clara identificação com o governo central, ou mesmo recebendo a chancela real após alguns anos. Em 1920, na capital, o Madri FC recebeu o selo de honra da coroa, passando a ser chamado a partir de então de Real Madri, denominação que caiu em desuso durante a experiência republicana que precedeu a Guerra Civil, com o time sendo chamado simplesmente de El Madri, mas voltou a ser utilizada com a chegada de Franco ao poder. Na Catalunha, era o Espanyol que possuía uma ligação expressiva com o Rei Alfonso XIII. Apesar de não obter uma projeção de tanto destaque quanto outros famosos clubes do país na década de 1920, esta equipe contou com um dos maiores goleiros espanhóis de todos os tempos: Ricardo Zamora. Corre uma história no clube de que quando chegou ao Kremlin a informação de que o governo espanhol passara às mãos de Alcalá-Zamora, o próprio Stálin teria indagado: “Zamora é o jogador de futebol, não é?”

Entre os clubes que representaram historicamente a oposição ao centralismo de Madri, nenhum deles atingiu a projeção que alcançaria o FC Barcelona. Na verdade, à época da fundação, poucos podiam acreditar que um clube de futebol atingisse uma transcendência capaz de representar de forma tão acabada os anseios e a projeção política e sociais criando uma identidade coletiva. O Barça – como os torcedores acostumaram-se a chamá-lo – desde cedo aproximou-se da identidade catalã, misturando-a com seus signos enquanto clube de futebol, como denota um dos gritos de guerra da equipe: isca el FC Barcelona! mosca Catalunya! (Vida Longa ao FC Barcelona, Vida Longa à Calatunha!), ou mesmo o hino do clube:

O estádio não é mais que um grito:
Nós somos Ia gente blaugrana… Pouco importa de onde viemos,
Do Norte ou do Sul,
Em um ponto nós estamos de acordo:
Uma bandeira nos torna irmãos,
Blaugrana no vento… Um grito de bravura
Faz conhecer nosso nome no mundo inteiro:
Barça, Barça, Barça!

Durante a ditadura de Primo de Rivera (1923-1930), o Barça enfrentaria momentos muito difíceis. Um dos primeiros atos do novo governo, que chegou ao poder através de um golpe de estado em 13 de setembro, foi multar o clube catalão em 10.000 pesetas por sua participação na comemoração do Dia Nacional, festejada dois dias antes. Nos anos seguintes, sob a vigilância das autoridades, o clube sofreu constantemente todo tipo de ameaças, inclusive de fechamento do seu estádio. Em muitas das manifestações políticas contra o governo de Madri, a bandeira catalã, la Senyera, foi substituída pelo estandarte do Barça. Este apresenta a inconfundível combinação do azul e do grená (blaugrana), segundo a mitologia catalã, as únicas cores disponíveis no ateliê do suíço Hans Gramper, fundador do clube, quando desenhou o uniforme dos jogadores. Recentemente, Jeff King no livro FC Barcelona: Tales from the Nou Camp (Contos de Nou Camp) retomou uma velha história em relação às cores do Barça, depois de analisar algumas cartas arquivadas pela família Gamper. Segundo ele, é bem possível que as cores do clube tivessem sido inspiradas nas cores do cantão suíço de onde veio Gamper ou de um time inglês denominado Waterloo Rugby Football Club. A última hipótese não seria nada improvável, uma vez que esta se tornara uma prática muito comum nos tempos de afirmação do esporte. O próprio Real Madri, para alguns a perfeita representação da antítese ao Barcelona, teria suas cores baseadas em um dos mais famosos clubes ingleses de sua época, o Corinthians.
Em meio à radicalização política em que o país se encontrava, viria um dos momentos mais críticos de toda a história da Espanha, a Guerra Civil (1936-1939). Neste momento, o Barcelona assumiria importante papel como um dos baluartes da resistência republicana.

Fonte:Vencer ou Morrer de Gilberto Agostino

PS:O que eu vi!!!

Amigos acrescento ao artigo uma experiência própria de vida,como um relato para agregar ao mesmo e corroborar em tudo que foi colocado acima, porque não temos a menor noção de como é de fato na prática este problema.Morei alguns meses na Espanha em 1999, mas precisamente em Madrid.Tinha amigos madrilenhos, mas como estive um tempo em Barcelona também possuía amigos catalões.Na verdade nada se compara a rivalidade que temos regionais,RJ e SP,etc…A população em geral parece que ignora a existência destas cidades,em Madrid não se fala de Barcelona e em Barcelona se ignora Madrid, as ruas da cidade de Barcelona tem seus nomes em ambas as línguas, por uma decisão governamental e só, ou seja por obrigação, a população fala o catalão normalmente, língua aliás complicadíssima.Agora de todas as rivalidades a que mais me impressionou e não sei como um clube de Madrid consegue jogar lá, são os Bascos, do País Basco, mas conhecido por nós pelo Atletico de Bilbao e Real Sociedad.Tinha um amigo Basco que conheci em Santiago de Compostela, ele tinha um ódio mortal e falo mortal porque assim ele me passava pelos madrilenhos a ponto dele me falar que se cruzasse com algum em plena rua provavelmente iriam brigar e a vontade era de morte mesmo.Eu confesso que fiquei impressionado e jamais imaginei que fosse algo assim, só vendo ao vivo mesmo para entender.

Torre,campeão pernambucano de 1926!!

[img:TORRE.jpg,full,centralizado]

O ambiente esportivo voltou a ficar agitado no inicio de 1926. Os presidentes do Sport, América e Peres, respectivamente, Roberto Rabello, José Fernandes Filho e João Duarte Dias,comunicam “ao público desportivo brasileiro”, em manifesto divulgado pela imprensa, haverem se desfiliado da Liga Pernambucana de Desportos Terrestres e fundado a “Associação Pernambucana dos Esportes Atléticos”.

No documento, os dissidentes denunciavam a existência de um plano entre Santa Cruz, Náutico, Flamengo e Torre, com a participação do presidente da LPDT, Cícero Brasileiro de Meio(recentemente eleito), para colocá-los à margem da política interna da entidade, o que ficara provado nas eleições, “pois enquanto os quatro clubes denunciados tiveram, cada um, dois diretores na composição da nova diretoria, nós tivemos apenas umrepresentante cada, e o Peres nem isso mesmo tivera”.

Pelo Jornal do Commercio (10.1.1926), a Liga publicou nota oficial, dando sua versão sobre a cisão havida. Explicava a nota que tudo fora feito para evitar a crise, conseqüência funesta, dizia, da paixão extremada do clubismo e do desejo infortunado da preponderância de certos elementos no seio de uma coletividade determinante.
Acrescentava ainda que Sport e América, depois de haverem lançado mão de todos os processos para obterem maioria no novo corpo dirigente, “processos Invios e, às vezes nefastos”, declararam, solenemente, no dia da eleição, conforme constava de ata, que seus clubes não aceitariam nenhum cargo eletivo de modo peremptório.

Quanto ao Peres, dizia a LPDT: “é um clube em situação irregularíssima, sem sede, sem time, tecnicamente incapaz, que não sofreu admoestação da Liga em sua agonia lenta de dois anos, cujo sopro de vida apenas no Conselho existia, mercê do oxigênio que lhe soprava o Sport para dar-se ao luxo de ter representante em duplicata”.

Apesar da interferência de várias figuras de projeção, inclusive do Governo, na tentativa de uma solução para a crise, nenhuma das partes se afastou da decisão tomada. Maior a nau,maior tormenta ,comentavam. Paralelamente aos jogos programados pela LPDT, a Associação Pernambucana dos Esportes Atléticos também programou seus jogos, dividindo o público.

Quando terminou a “briga”, que durou 6 meses, o campeonato já estava no turno final, mas mesmo assim América e Sport dele participaram, embora soubessem não haver mais chances para a conquista do título.
Fiel à causa, o Peres não voltou e seu presidente, Duarte Dias, declarou pelos jornais que tinha sido traído.Quem terminou se beneficiando com a ausência dos rubronegros e alviverdes foi o Torre.
O chamado “madeira rubra” terminou conquistando o título de 1926, o primeiro na sua vida esportiva, a 2 de janeiro de 1927, nos Aflitos, derrotando o América por 2×0, gois de Péricles e Piaba. 0 árbitro foi o dirigente tricolor, Carlos Rios, arranjado de última hora, uma vez que o escalado, Renato Silveira, também dirigente, não pisou no campo.

O Torre jogou com Valença; Aquino e Pedro Barreto; Arnaldo, Hermes e Dantas; Osvaldo, Piaba, Péricles, Policarpo e Gaivão.
O “madeira rubra”, fundado a 13 de maio de 1909, interrompia desta forma um predomínio de 10 anos de Sport e América, únicos campeões no futebol pernambucano desde 1916. Embora se dissesse que o Torre não teve grandes méritos na conquista do título, verdade é que o clube de José da Silva Loyo armara um bom time.
Seu primeiro grande passo foi tirar o perigoso Péricles do Sport.

Fonte:A História do Futebol em Pernambuco

Valdemar de Brito,o bailarino do futebol.

Valdemar de Brito nasceu em São Paulo, em 1913, e, aos 17 anos, jogava no clube Sírio ao lado do irmão Petronilho (que era fera); o primeiro negro a integrar em uma equipe da divisão principal do futebol paulista.

Em 1933, De Brito transferiu-se para o São Paulo e, embora não tenha conseguido o título de artilheiro do campeonato com 33 gols, foi convocado para a seleção do seu Estado para disputar o primeiro campeonato brasileiro no regime profissional organizado pela Federação Brasileira. São Paulo ganhou o campeonato com: Jurandir, Neves e Junqueira. Dunga, Zarzur e Tuffi. Luizinho, Gabardo, Romeu, De Brito e Hércules. Valdemar de Brito estreou na Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1934 na Itália, onde foram eliminados pela Espanha.

[img:valdemar.jpg,full,centralizado]

De Brito teve uma passagem rápida pelo Botafogo mas sua grande paixão era Buenos Aires, não sei se era pelas portenhas ou pelo tango que ele cantava maravilhosamente bem. Foi para o San Lorenzo de Almagro. Em 1936, regressou ao Brasil contratado pelo Flamengo, onde se reuniram os quatro negros geniais do futebol carioca, sobre o comando do Sr. Dori Krueschner. Em 1939, De Brito voltou ao San Lorenzo e no final deste mesmo ano joguei a minha segunda partida como titular no Flamengo.

De Brito voltou ao Brasil, encerrou sua carreira de jogador na Portuguesa e os zagueiros ficaram muito felizes. Foi dirigir o Bauru. Terminou a caçada em cima daquele que conduzindo uma bola, parecia estar flutuando como um bailarino de alta classe.

Um dia De Brito voltou a Bauru, trouxe um menino de 15 anos e levou ao Santos, mandou um recado para os zagueiros:

– Agora é que vocês vão começar a pagar os seus pecados! (O menino era o Pelé).

Autor:Mestre Ziza

Amistosos Nacionais

AMISTOSOS NACIONAIS DO SÃO PAULO PARTE 1

SÃO PAULO X INTER-RS

19/3/1941 Porto Alegre 2X3
19/2/1959 Porto Alegre 0X0
9/6/1966 Porto Alegre 0X0
13/2/1980 São Paulo 1X3
26/9/1985 São Paulo 1X0

SÃO PAULO X AMÉRICA-SP

18/04/1948 São José do Rio Preto 3X0
16/07/1957 São José do Rio Preto 1X1

SÃO PAULO X ATLÉTICO MINEIRO

4/3/1934 Belo Horizonte 3X1
25/9/1940 São Paulo 3X3
1/10/1940 São Paulo 4X3
28/2/1943 Belo Horizonte 0X1
4/5/1944 São Paulo 2X2
22/1/1947 Belo Horizonte 1X3
27/5/1947 São Paulo 1X1
3/6/1947 São Paulo 1X4
27/5/1948 Belo Horizonte 0X3
25/3/1953 Belo Horizonte 3X0
29/3/1953 Belo Horizonte 1X0
26/1/1956 Belo Horizonte 2X1
28/4/1956 Franca-SP 1X3
12/1/1969 Belo Horizonte 3X1
28/3/1970 São Paulo 0X0
5/4/1970 Belo Horizonte 2X2
25/1/1972 São Paulo 2X0
3/2/1980 Belo Horizonte 1X1
9/2/1980 São Paulo 2X0

SÃO PAULO X ATLÉTICO PR

10/10/1937 Curitiba-PR 2X1
16/5/1952 São Paulo 3X0
22/2/1968 São Paulo 3X3

SÃO PAULO X BOTAFOGO RJ

15/11/1940 São Paulo 2X5
7/11/1942 São Paulo 3X3
1/11/1944 São Paulo 2X2
10/7/1947 São Paulo 3X4
30/1/1949 São Paulo 2X1
15/11/1950 São Paulo 5X1
21/2/1954 Volta Redona-RJ 2X4

SÃO PAULO X BRAGANTINO

5/8/1956 Bragança Paulista-SP 2X1
20/4/1985 Bragança Paulista-SP 3X4

SÃO PAULO X CRUZEIRO

25/2/1943 Belo Horizonte-MG 5X0
2/8/1961 Belo Horizonte-MG 1X0
25/1/1967 Belo Horizonte-MG 1X2

SÃO PAULO X FLAMENGO

1/7/1933 São Paulo-SP 7X3
8/8/1933 Rio de Janeiro-RJ 1X1
13/11/1934 Rio de Janeiro-RJ 1X1
6/12/1934 São Paulo-SP 2X0
8/12/1938 São Paulo-SP 2X4
19/3/1939 Rio de Janeiro-RJ 4X1
14/5/1940 São Paulo-SP 0X2
17/5/1940 São Paulo-SP 0X2
8/4/1941 São Paulo-SP 1X0
23/12/1941 São Paulo-SP 2X2
28/10/1942 São Paulo-SP 3X3
20/7/1943 São Paulo-SP 3X2
17/4/1946 São Paulo-SP 7X1
1/5/1947 Rio de Janeiro-RJ 2X2
3/8/1952 São Paulo-SP 4X1
7/1/1961 Rio de Janeiro-RJ 2X3
17/8/1965 Salvador-BA 1X0
26/1/1980 São Paulo-SP 0X0
14/1/1981 São Paulo-SP 0X2

SÃO PAULO X FLUMINENSE

13/4/1939 São Paulo-SP 5X1
17/8/1939 São Paulo-SP 0X2
21/12/1941 São Paulo-SP 3X7
25/3/1942 São Paulo-SP 1X1
31/10/1942 Rio de Janeiro-RJ 1X3
21/4/1943 Rio de Janeiro-RJ 1X3
8/7/1943 Rio de Janeiro-RJ 2X3
12/2/1944 São Paulo-SP 2X0
9/8/1944 São Paulo-SP 2X0
8/2/1945 São Paulo-SP 3X2
18/3/1945 Rio de Janeiro-RJ 1X2
23/4/1946 São Paulo-SP 1X2
29/12/1946 São Paulo-SP 3X1
7/4/1948 São Paulo-SP 3X0
7/10/1948 São Paulo-SP 1X2
23/1/1949 São Paulo-SP 3X2
8/12/1949 São Paulo-SP 2X4
23/7/1950 São Paulo-SP 5X1
27/7/1950 São Paulo-SP 2X2
6/5/1954 Uberaba-MG 1X0
26/1/1958 Fortaleza-CE 0X1
14/11/1970 Maceió-AL 0X3
30/6/1971 São Paulo-SP 0X1

Fonte:Arquivo Tricolor

Hino do Boavista de Portugal

Boavista, Boavista, É do Porto muito amado
Tem distintivo bairrista
Preto e branco axadrezado.
E no est&aacutedio a multid&atildeo,
Quando ele entra na pista,
Rompe nesta saudaç&atildeo:
Boavista! Boavista!

Luta sempre com vigor,
É brioso e é leal
No pr&eacutelio p&otildee todo o ardor
De princ&iacutepio até final
!i pi!sifgd d
No seu vibrar sempre amigo,
No seu porte sem igual,
Ama o estandarte querido,
Prest&iacutegio de Portugal!

Vamos em frente
Pela bandeira
V&ecirc-la fulgente
E altaneira,
Ser desportista
Puro Ideal,
P’ lo Boavista!
Arraial, arraial, arraial!

CURIOSIDADES DOS MUNDIAIS

Em 1930, o Mundial do Uruguai foi o único disputado em uma só cidade, Montevidéu. O de 1966, na Inglaterra, foi o único em que a seleção anfitriã jogou suas 6 partidas em casa, no Wembley.

O primeiro jogador expulso em uma Copa do Mundo foi o peruano Plácido Galindo, quando a sua equipe perdeu para a Romênia de 3 a 1, em 1930, no Uruguai. Após a aparição dos cartões vermelho e amarelo na Copa do Mundo de 1970, no México, o primeiro a ser expulso foi o chileno Carlos Caszely, no Mundial da Alemanha, em 1974.

Só na Copa do Mundo de 1954, na Suíça, apareceram os números estampados nas camisas dos jogadores.

No Mundial de 1954, pela primeira vez dois irmãos ganharam uma Copa do Mundo: os alemães Fritz e Ottmar Walter. Isso só se repetiria com Bobby e Jacky Charlton, na Inglaterra, em 1966.

Na Copa do Mundo do Chile, em 1962, a Espanha se apresentou com quatro jogadores de diferentes nacionalidades : Alfredo Di Stéfano (argentino), Eulogio Martínez (paraguaio) Ferenc Puskas (húngaro) e José Emilio Santamaría (uruguaio).

Em outro estilo, no Mundial de 1934, a Itália de Mussolini pôs a nacionalização política a serviço da vitória e da propaganda fascista com uns muitos bons jogadores argentinos : Luis Monti, Raimundo Orsi, Enrique Guaita e Atilio Demaría, os primeiros atletas do mundo a competir por uma seleção estrangeira graças à “técnica legal” do “oriundi” (filhos ou netos de italiano) – uma estratégia muito comum hoje em dia no futebol europeu, em busca de talentos ultramarinos.

Fonte:indefinido

07 de Agosto de 1936!!O dia que o futebol tornou-se um símbolo de liberdade!!!

Os jogos de Berlim em 1936 constituem a mais emblemática manifestação midiática de massas, seguindo o modelo já inaugurado pelo fascismo e pelo nazismo nas grandes manifestações públicas. Não por acaso, a televisão entrou em cena e o cinema marcou com firmeza a sua posição através das lentes de Leni Riefensthal. Estavam reunidos os componentes marcantes da cultura de massas no século XX. Como afirmou o historiador Peter Reichel, as Olimpíadas de 1936 aparecem, assim, como uma espécie de obra-de-arte total fascista, mistura de consagração nacional com ópera wagneriana, fenômeno quase religioso em sua concepção, que transformava uma competição pacífica entre nações em uma explosão de violência secreta, de terror de Estado e de preparação de corações e mentes para a guerra.

Para a seleção alemã, a competição acabou nas semifinais, ao ser derrotada por 2X0 pela Noruega do técnico Asbojorn Halvorsen, de origem judaica. Pior ainda, o jogador que fez os dois gols noruegueses possuía um nome tipicamente judeu – Isaaksen -, o que irritou ainda mais os dirigentes nazistas.
Corria o dia 7 de agosto, data que ficaria marcada para os dois lados.

Um Hitler “furioso”, segundo o relato de Goebbels, percebendo que os alemães seriam inevitavelmente eliminados, deixou o estádio poucos minutos antes de a partida terminar, estratégia utilizada mais de uma vez diante de um revés olímpico. Ao final da competição, a Itália levou o ouro, para a satisfação de Mussolini, convencido da supremacia dos valores esportivos italianos, marcados pelo racismo e pelo culto da força. Para os alemães, entretanto, pairava a decepção. Na verdade, os nazistas nunca compreenderam, ou aceitaram, a idéia de que o fascínio do futebol estivesse também em sua imprevisibilidade, nos caprichos que subvertiam qualquer plano mais cartesiano. E como em tantas vezes, nestas horas, é necessário encontrar um culpado, os nazistas não demoraram a fazê-lo: o técnico Otto Nerz foi demitido, ainda no vestiário.

Mesmo em meio ao turbilhão em que vivia a Europa, as lembranças do jogo Noruega X Alemanha continuaram presentes. No início da II Guerra Mundial, quando as forças de Hitler começaram a impor uma nova ordem européia, antigos adversários esportivos foram chamados para o acerto de contas com o nazismo. Chegara a hora de Asbojorn Halvorsen ser transportado do campo de concentração em Alsace para Neuengamme, nas proximidades de Hamburgo. A esta altura, aquele que havia sido não só treinador, como um dos maiores jogadores de sua época, pesava apenas quarenta quilos, acometido de tifo, disenteria e desnutrição.

Na Noruega, a vitória contra os nazistas continua a ser lembrada até hoje. O 7 de agosto é celebrado como um dos momentos em que o futebol tornou-se um símbolo de liberdade, representando a soberania da nação diante do inimigo.

Fonte:Vencer ou Morrer,Gilberto Agostino