Arquivo da categoria: Escudos

Corinthians Jundiayense Football Club – Jundiaí (SP): Campeão do Interior de 1920

O Corinthians Jundiayense Football Club foi uma agremiação da cidade de Jundiaí (SP). Fundado na terça-feira, do dia 16 de Setembro de 1913. A sua Sede ficava localizado na Rua General Carneiro, nº 105, no Bairro Vila Arens Il, em Jundiaí, na área onde hoje está localizado o Colégio Divino Salvador. Nessa Sede era  utilizado para bailes, jogos de salão, e outras atividades sociais.

Segundo trecho da reportagem da “A Gazeta”, de 21 de fevereiro de 1921, a sede era situada num “Bello palacete de dois andares, está situada a sede social. É um dos melhores clubs sportivos que conhecemos. No primeiro andar há um bom salão para bailes, bilhares, bar, etc..No segundo andar estão as salas da diretoria, secretaria, ping-pong e várias outras para jogos lícitos        “.

Nos primeiros anos do século passado, o Corinthians Jundiayense possuía um estádio na área hoje ocupada pelas indústrias Dubar, nos altos de Vila Arens. Com capacidade para cerca de 10 mil pessoas, era enorme para os padrões da época, e nele se realizou a primeira partida entre o time Corinthians Jundiayense versus o SC Corinthians Paulista, campeão paulista de 1914, no dia 05 de setembro de 1915.

No final, mesmo para o Timão, que goleou pelo placar de 5 a 0,  tendo contado nessa partida com Neco, um dos maiores ídolos dos primórdios do futebol brasileiro. Outras fontes dão essa data como 22 de fevereiro de 1921, quando o Corinthians jogou contra o Club Athletico Ypiranga, perdendo por 5 a 1. Talvez essa última data refira-se à inauguração das arquibancadas.

Em realidade, o estádio pertencia à Cia. Tecelagem Japy, cujo presidente, Isaias Blumer, era fanático pelo clube. A empresa entrou em crise e foi obrigada em meados doas anos 1920 a vender o estádio, que acabou adquirido pela empresa Rappa & Cia. (Dubar) por 70 contos de réis.
Nos anos 1950, o clube adquiriu um terreno e começou a construir outro estádio, tendo sido feita a terraplanagem e construído os muros – faltou fôlego, e a área ficou com a Associação Primavera de Esportes, que ali construiu seu estádio. O time jundiaiense enfrentou também o Paulistano, à época o principal clube do futebol paulista: em 17 de abril de 1922, empatou em  2 a 2, com o lendário Friedenreich tendo feito os dois gols do Paulistano.

Mas a maior glória do Corinthians Jundiayense foi o título de Campeão do Campeonato do Interior, organizado pela APEA (Associação Paulista de Esportes Athletico), de 1920. Nessa época, o campeão do interior disputava a “Taça Competência” com o campeão paulista (o campeonato paulista era disputado apenas entre times da capital); o Corinthians Jundiayense venceu o Palestra Itália (atual Palmeiras) por 3 a 1, mas não levou a taça:  a APEA  considerou a partida  “amistosa” devido à inclusão de Pedro Grané na equipe de Jundiaí e deu a taça ao Palestra Itália.

 

Corinthians Campeão da Taça A Gazeta Esportiva Juvenil de 1955

 

FONTES: Blog Jundiahy Antiga – A Gazeta – A Gazeta Esportiva – Livro “Os Esquecidos – Arquivos do Futebol Paulista”, do autor Rodolfo Kussarev – Waldomiro Junho 

Associação Athletica Maranhão – São Paulo (SP): Duas participações na Elite Paulista

A Associação Athletica Maranhão foi uma agremiação da cidade de São Paulo (SP). Fundado em 1915, participou duas vezes do Campeonato Paulista da 1ª Divisão: 1915 e 1916. Depois esteve presente no Campeonato Municipal Paulista de 1922 e 1923, organizado pela APEA (Associação Paulista de Esportes Athletica).

Time de 1922: Amadeu; Achilles e Zé Macaco; Oscar, José e Horácio; Torrão, Mingo, Anastácio, Carapicho e Algemiro.

 

FONTES: O Combate – A Gazeta – Correio Paulistano – Waldomiro Junho – Livro “Os Esquecidos – Arquivos do Futebol Paulista”, do autor Rodolfo Kussarev

Payssandu Football Club – São Paulo (SP): Participou da Elite do Futebol Paulista de 1916

O Payssandu Football Club foi uma agremiação da cidade de São Paulo (SP). Fundado na quinta-feira, do dia 1º de Janeiro de 1914, por um grupo de desportistas, entre eles: Arthur Freidenreich, o grande craque brasileiro da época. A sua Sede ficava na Rua (atual: Avenida) Domingos de Morais, s/n – Villa Marianna, em São Paulo. O Campo ficava situado na Rua Santa Ifigênia, nº 37/ 3º Andar / Sala 311 – Bairro Santa Ifigênia, em São Paulo.

O Payssandu disputou o Campeonato Paulista da 1ª Divisão de 1916, organizado pela APSA (Associação Paulista de Sports Athleticos), terminando na 7ª colocação. No ano seguinte esteve presente no o Campeonato Paulista da 2ª Divisão de 1917.

 

FONTES: O Combate – Almanaque do Futebol Paulista de 2001

Bragança Football Club – Bragança Paulista (SP): Existiu entre 1916 a 1948

O Bragança Football Club foi uma agremiação da cidade de Bragança Paulista (SP). A sua Sede e o campo ficavam localizados no Bairro Lavapés, em Bragança Paulista. O Alvinegro Bragantino foi Fundado no mês de Julho de 1916, pelo Major Fernando de Assis Valle (nasceu no dia 30/11/1875 e faleceu em 20/08/1954 em Bragança Paulista).

Na Assembléia realizada, no dia 30 de Julho de 1916, foi definido a 1ª Diretoria do Bragança Football Club:

Presidente – capitão Alfredo de Brito;

Vice-presidente – Raphael Scaglioni;

1º Secretário – Nicanor Augusto Fernandes de Castro;

2º Secretário – Onofre Guimarães;

Thesoureiro – Garibaldi Ferreira Machado;

Vice-thesoureiro – Ezequiel Alves Teixeira;

Procurador – João Marques do Prado;

Orador – João de Mattos Pereira Godinho Júnior;

Commisão Fiscal – João Martins, Domingos Braz Machado e José Asprino;

Capitain – Manuel Pierotti;

Vice-Capitain – Aldo Colli.

 

Fundador do time que atravessou fronteiras levando e engrandecendo o nome de Bragança pelos quatro cantos do Estado; seu nome foi ovacionado por inúmeros amigos e desportistas quando o Professor Luiz de Vasconcellos Nardy declarou:

Eu não vos trago flores olorosas para depor na ara sacratíssima do grandioso esforço que tendes tão proficientemente, despendido em benefício da Banda 15, do Tiro 464 e do Bragança Futebol Clube que é a glória da nossa cidade, da nossa zona toda, que ao impulso da vossa mão valorosa e ao sopro da vossa vontade inquebrantável, atingiu a altura belíssima…”.

Sempre à frente dos destinos do Bragança FC, em pouco menos de dois anos de existência (1918) a agremiação alvinegra já possuía um Ground para seus jogos no Lavapés. Filiou o alvinegro na APEA e passou a representar Bragança na Zona SPR nos Campeonatos do Interior de Futebol, organizado pela Associação Paulista de Sports Athleticos (APSA).

Seu maior rival na cidade era o FC São José do bairro do Taboão, do qual o Major tinha o maior respeito por seus feitos contra adversários de outras localidades.

Revista A famosa revista ATHENÉA, periódico semanal publicado normalmente aos domingos e órgão oficial do Bragança Futebol Clube durante muitos anos levou ao leitor informações diversas de futebol, arte e cultura da nossa cidade e região.

O Major Fernando de Assis Valle durante boa parte da existência da mesma esteve no comando da revista. Na contra capa da revista o significado e o que ela representava para o BFC: ATHENÉA foi a deusa tutelar dos gregos, simbolizando ao mesmo tempo, o prestígio da inteligência e da força.

Inspirado por sua imagem, o poeta romano Juvenal compôs o seu verso: Mens sana in corpore sano… Campo da Biquinha O Major Fernando de Assis Valle participou ativamente da construção do campo da Biquinha que era chamado na década de 20 de campo da Floresta.

Na inauguração o campo teve a benção do padre Alfredo Meca e ponta pé inicial dado pelo presidente da Câmara Municipal, o Sr. Raul A. Leme. A taça em disputa levou o nome de Bragança – Jornal. Em 1928 foi nomeado Presidente honorário do Gymne Club e em 1931 do CA Bragantino.

Em 23/6/1938 sofreu duro golpe com a morte do seu filho João Batista Valle, defensor do CA Bragantino em acidente de automóvel no Tanque do Moinho aos 25 anos.

 

 O Hino do Bragança FC tem letra de sua autoria e um estribilho cheio de emoção:

“Viva a nossa sociedade

Viva o alvinegro pendão

Desfraldado com carinho

Ao sopro da vibração”.

O Major Fernando de Assis Valle pode contemplar com felicidades em meio as tristezas pelo fim do Bragança Football Club no ano de 1948, um feito do “Mais Querido” que foi derrotar o CA Bragantino por 4×3 no Estádio Dr. José de Aguiar Leme. Seu nome está perpetuado como um dos patronos da Associação de Escritores de Bragança Paulista.

 

FONTES: Correio Paulistano – BJD (Bragança Jornal Diário)

Ítalo Football Club – Salto (SP): Participou do Campeonato Paulista do Interior de 1921

O Ítalo Football Club foi uma agremiação da cidade de Salto (SP). Participou do Campeonato Paulista do Interior, da Zona Sorocabana, da APSA (Associação Paulista de Sports Athleticos) de 1921. Time de 1923: Brunelli; Almeida e Monari; Villa I, Amadeu e Zeca; Giordano, Romualdo, Garcia, Biruta e Villa II.

FONTES: Correio Paulistano – A Gazeta   livro “Os Esquecidos – Arquivos do Futebol Paulista”, do autor Rodolfo Kussarev

Fotos Raras, de 1929: América Football Club – São Roque (SP)

O América Football Club foi uma agremiação da cidade de São Roque (SP). Fundado em 1914, o clube Alvinegro participou do Campeonato do Interior, da APEA (Associação Paulista de Esportes Athleticos),  de 1921, 1922 e 1923, sempre na chave da Zona Sorocabana. Em 1923 foi Campeão da Zona Sorocabana. 

Time de 1929: Incau; Paulino e Chalone; Moraes, Eduardo e Palmeira; Mario, Romeu, Adolpho, Adão e Churi.

 

FONTES: Correio Paulistano – A Gazeta livro “Os Esquecidos – Arquivos do Futebol Paulista”, do autor Rodolfo Kussarev

Sport Club Maranhão – Itu (SP): Existiu entre 1919 a 1926

O Sport Club Maranhão foi uma agremiação da cidade de Itu, que fica localizado no Interior Paulista. O Alvirrubro, foi Fundado em 1919, por um grupo de desportistas da cidade, como João Baptista da Rocha Sobrinho (Rochinha), Carlito Prado, Marcos Fried, Néco, Heitor, Palamone, Lais, Formiga, entre outros. A criação da nova agremiação era preencher a lacuna deixada pelo Club Athletico Ituano. Já as cores (vermelho e branco) foi inspirado no Club Athletico Paulistano, da capital.

A 1ª formação do SC Maranhão foi a seguinte: Lazainho; Santa Maria e Galvão; Rochinha, Aprizio e Biloso; Flávio, Cice, Plácido e Tista e Norberto. Em seguida, se filiou na Liga Ituana de Football (LIF).

 

No Domingo, do dia 30 de maio de 1920, o SC Maranhão reinaugurou o seu ground. Após as reformas o campo ganhou novas arquibancadas. Nesta data, o Maranhão enfrentou amistosamente a Associação Athletica Mackenzie, da capital paulista.

Em 1921, o Maranhão fez a sua primeira e única participou do Campeonato do Interior, organizado pela APEA (Associação Paulista de Esportes Athleticos). O Alvirrubro terminou a 1ª fase da Zona Sorocabana, em 2º lugar, com uma vitória, cinco empates e uma derrota, só atrás do líder XV de Piracicaba, que posteriormente viria a conquistar o campeonato. O clube existiu até 1926, quando fechou às portas.

 Time de 1923: Leitão; Pichinin e Brasileiro; Rochinha, Maxa e Oswaldo; Tidoca, Tista, Cice, Nabor e Flávio.

FONTES: Correio Paulistano – A Gazeta – O Combate 

Escudo: livro “Os Esquecidos – Arquivos do Futebol Paulista”, do autor Rodolfo Kussarev – Waldomiro Junho