Arquivo da categoria: Carências

Categoria criada a fim de listarmos aquilo que nos falta informações. E assim, quem sabe; finalmente conseguirmos eliminá-los de nossa lista!

Esporte Clube Fabrício – Uberaba (MG): Fundado em 1943

O Esporte Clube Fabrício é uma agremiação da cidade de Uberaba (MG). A sua Sede fica localizada na Rua Portugal, s/n, no bairro Fabrício, em Uberaba. A história começou em 1941, com a fundação do Juventus Futebol Clube, que tinha como líderes os senhores Glayer Leite, seu irmão Iago Leite, Rogério Fernandes, Olavo Castanheira e outros.

Os treinamentos de época eram no campo de São José, onde atualmente esta a São Judas Ta, e cujo bairro era denominado de Alto do Cachide de futebol, tendo seu próprio campo de futebol. Os líderes da Juventus, acompanhados do Sr. Inderbugo Alves procurando o Prefeito Municipal Dr. Carlos Martins e além de solicitar uma área de trabalho direcionada a Uberabense.

Assim, o Vulcão foi Fundado na segunda-feira, do dia 17 de Maio de 1943, em reunião formal realizada à Rua Álvares Cabral com a Rua Santa Terezinha, no Bairro Fabrício. Dois anos depois, que o Grená conheceu seu 1º presidente: João Felix Fraga, que comandou o clube por um bom período.

Iniciando as atividades o clube construiu na área doada, o Estádio Getulio Vargas; foi constatada uma rivalidade entre os dirigentes do clube, na qual se formou o time Esporte Clube Fabrício 1ª Divisão, dirigido pelo Sr. Felix e Esporte Clube Fabricinho, dirigido pelo Sr. Vicente de Araujo. Em 1950, o Presidente da época Sr. Ouvidio de Vito e sua diretoria conseguiu acabar com a rivalidade e unir os dois times.

O 1º título do E. C. Fabrício foi conquistado em 1952, jogando no Estádio Antônio Dal Secchi (Campo do Independente), contra o time do Nacional do Esporte Público, vencendo o Esporte Clube Fabrício por 2 a 0, com gols de Zé Vieira e Zé de Freitas.

Em 1954, na administração do presidente da época, Sr. Agostinho Araujo o nome do estádio mudou para o Estádio Glayer Leite. Em 1964, o Fabrício conquistou o primeiro título Infantil da LUF (Liga Uberabense de Futebol). Em 1969, por meio de uma parceria conseguida pelo diretor Ismael Bocate com a Fábrica Óleo Ceres.

foto de 1944

O Estádio Glayer Leite foi cedido para que o time Ceres Futebol Clube mandasse seus jogos no Campeonato Uberabense da 2ª Divisão e em contra partida a fabrica se prontificou a colocar o gramado no campo.

Celeiro de craques

Em campo, os trabalhos de Lula, Caetano Blancado e Naldão deram a vida pelo clube e cuidaram da base com maestria revelou vários jogadores para o futebol brasileiro: Pirilo, Arquimedes, Zé do Quelé, Ticrila, foram importantes na vida do clube. Mas não podemos nos esquecer o atacante Tchainha, foi um monstro em matéria de gols.

Sete vezes campeão Citadino

O Fabrício tem no seu currículo sete conquistas no Campeonato Citadino de Uberaba da 1ª Divisão, organizado pela LUF: 1952, 1960, 1967, 1981, 1982, 1988 e 2000. Na Taça de Uberaba foram dois canecos: 1988 e 1990. No Campeonato Citadino de Uberaba Sub-20, faturou quatro títulos: 1981, 1984, 1986 e 1989. No Campeonato Citadino de Uberaba Sub-17, foi tricampeão: 1981, 1985 e 1991. No Campeonato Citadino de Uberaba da Sub-15, há registros de duas taças: 1962 e 1972.

Meta é disputar o Mineiro Sub-20  

Atualmente, o Esporte Clube Fabrício continua atuando como amador disputando todas as categorias do futebol: Pré-mirim, Mirim, Infantil, Juvenil, Junior, Amador, Mestre e Sênior, dando-se destaque ao trabalho social proporcionado a mais de 500 crianças cadastradas, que com a no esporte participação contribui para a melhoria da saúde e educação auxiliando assim na boa formação de cidadãos ordeiros. O clube projeta para o futuro, construir uma arquibancada e jogar o Sub 20 do Mineiro.

FONTES E FOTOS: Página do clube no Facebook – Lavoura e Commercio (MG) – No Bico da Chuteira, de Carlos Roberto Moura da Jmoline

Amistoso estadual de 1965: Entrerriense F.C. (RJ) 1 x 8 Botafogo F.R. (RJ)

Por: Sérgio Mello

Aproveitando o feriado nacional, do Dia da Independência do Brasil, na tarde de terça-feira, do dia 07 de Setembro de 1965, o Botafogo foi até o município de Três Rios/RJ para enfrentar, em amistoso, o Entrerriense Futebol Clube, no Estádio Odair Gama.

O clube da Estrela Solitária que recebeu a cota de Cr$ 5 milhões, livre de despesas – se apresentou com todos os seus titulares. A Delegação Alvinegra foi composta pelo vice-presidente do Glorioso, Brandão Filho, que foi quem chefiou; o diretor João Citro; o médico Lídio Toledo; o técnico Daniel Pinto; o massagista Bento Mariano; o roupeiro Aloísio Araújo e mais 18 jogadores: Manga, Joel Martins, Zé Carlos, Gerson, Rildo, Garrincha, Sucupira, Jairzinho, Othon Valentim, Paulistinha, Aírton, Roberto, Hélio, Zé Maria, Dimas, Marcos, Bianchini e Roberto II.

Os preços cobrados foram inéditos na região sul-fluminense. Uma cadeira numerada custou Cr$ 6 mil, a arquibancada coberta Cr$ 4.500,00, arquibancada descoberta Cr$ 4 mil. O diretor de esportes do Entrerriense, Sr. Remo Richi, informou que após a partida seria sorteado um carro zero quilometro, entre os torcedores presentes.

EM PÉ (esquerda para a direita): Adilson, Joel Martins, Delvaux, Manga, Violeta, Marcos, Mido, Zé Carlos, Joãozinho, Gerson, Gil, Zé Soquete, Paulo, Paulistinha, Joãozinho II e Barra Mansa;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Samuca, Rildo, Batista, Mané Garrincha, Roberto Pequeri, Sucupira, Vitorino, Jairzinho, Mesquita, Othon Valentim e Abílio (convidado do Entrerriense).

Fogão irresistível!

Sobre a partida, o Botafogo goleou o Entrerriense pelo placar de 8 a 1. Destaque para Jairzinho, autor de três gols; Sucupira e Gerson, marcaram dois tentos cada e Bianchini que completou para os alvinegros. A renda quebrou todos os recordes da região com mais de Cr$ 15 milhões de cruzeiros arrecadados.

Com uma atuação de alta qualidade técnica, o Botafogo foi para o intervalo goleando por 5 a 1. Na etapa final, o técnico Daniel Pinto fez sete alterações de uma vez. Mesmo assim, o Alvinegro carioca não perdeu o pique e marcou mais três vezes, fechando o placar. Logo após o jogo, a delegação regressou ao Rio, chegando por volta das 22 horas.

ENTRERRIENSE F.C. (RJ)         1          X         8          BOTAFOGO F.R. (RJ)

LOCALEstádio Odair Gama, na Rua Carlos Ribas, nº 89, no Centro de Três Rios (RJ)  
CARÁTERAmistoso Estadual
DATA3ª-feira, do dia 07 de Setembro de 1965
RENDACerca de Cr$ 15 milhões de cruzeiros
ÁRBITRONivaldo Santos (Federação Carioca de Futebol)
ENTRERRIENSEPaulo (Delvaux), Mido (Samuca depois Tibúrcio), Gil, Zé Soquete e Adílson; Joãozinho e Batista (Odir); Vitorino (Joãozinho II), Abílio (Violeta), Roberto Pequeri e Mesquita.
BOTAFOGOManga (Hélio); Joel Martins, Zé Carlos (Zé Maria), Paulistinha e Rildo (Dimas); Marcos (Aírton) e Gerson; Garrincha (Roberto), Jairzinho (Bianchini), Sucupira e Othon Valentim (Roberto II). Técnico: Daniel Pinto.
GOLSJairzinho aos 6, 25 e 41 minutos (Botafogo); Gerson aos 15 minutos (Botafogo); Sucupira aos 30 minutos (Botafogo); Abílio aos 44 minutos (Entrerriense), no 1º Tempo. Gerson aos 18 minutos (Botafogo); Bianchini aos 25 minutos (Botafogo); Sucupira aos 42 minutos (Botafogo), no 2º Tempo.
Estádio Odair Gama (Capacidade para 10 mil pessoas)

Desenhos dos escudos e uniformes, pesquisa e texto: Sérgio Mello

FOTOS: Página no Facebook “Futebol Arte”Foursquare “Entrerriense Futebol Clube”

FONTES: Jornal dos Sports – O Fluminense (RJ) – O Jornal (RJ)

Associação Esportiva Merceana – Uberaba (MG): escudo dos anos 50

A Associação Esportiva Merceana é uma agremiação da cidade de Uberaba (uma população de 340.277 habitantes, segundo o censo do IBGE/2021), localizado no Triângulo Mineiro, a 481 km a oeste da capital (Belo Horizonte) do estado de Minas Gerais.

O Periquito Verde foi Fundado na quinta-feira, do dia 20 de Fevereiro de 1941. A sua Sede está localizada na Rua Ricardo Pizzi Júnior, nº 242, no bairro Mercês, em Uberaba (MG).

No Campeonato Citadino de Uberaba da 1ª Divisão, organizado pela LUF (Liga Uberabense de Futebol), o Merceana faturou o título três vezes: 1943, 1945, 1956. Na Segundona, uma conquista em 1996. E na Taça Uberaba, levando a taça em 1963. O Merceana também esteve presente no Torneio Regional do Triângulo, em duas oportunidades: 1953 e 1954.  

FONTES: página do clube no Facebook – Liga Uberabense de Futebol (LUF) – jornal Lavoura e Commercio (MG)

Associação Esportiva Guarda Civil de São Paulo (SP): Fundado em 1940, enfrentou o São Paulo F.C.

A Associação Esportiva Guarda Civil de São Paulo foi uma agremiação da cidade de São Paulo (SP).  A sua Sede ficava localizada na Rua Brigadeiro Tobias, nº 110, no Centro de São Paulo (SP). Nos anos 50, a sua Sede passou a ser na Avenida da Luz, nº 464/3º andar.

Fundado na sexta-feira, do dia 21 de Junho de 1940, por iniciativa do coronel Christiano Klingelhoefer e do capitão Oswaldo P. Trindade, respectivamente diretor e sub-diretor da Guarda Civil.

A agremiação foi destinada para a prática de diversas modalidades esportivas como: futebol, pugilismo e lutas, esgrima, motociclismo, esportes aquáticos, gymnastica, voleibol, atletismo, xadrez, bola ao cesto (basquete) e remo

No início do mês de julho em conformidade com os artigos 25º e 37º dos Estatutos do clube, foram feitas as seguintes nomeações para o preenchimento dos vários cargos de administração e esportes, ou seja, a 1ª Diretoria:

Presidente – 1º Tenente Cazuza de Barros;

Secretário Geral – Tenente Arminio M. Gaia Filho;

1º Secretário – Amaury da Graça Martins;

1º Thesoureiro – Dr. Alarico de Toledo Piza;

2º Thesoureiro – Inspetor-chefe, João Odulio Teixeira;

Director Geral de Esportes – Inspetor-chefe, Alfredo Mainardi;

Director de Futebol – Rodrigo Soares de Oliveira;

Director de Pugilismo e Lutas – Inspetor Court Edgard Knoepfel;

Director de Bola ao Cesto e Voleibol – Sr. Amadeu Ribeiro;

Director de Esgrima – Inspetor Francisco de Paula Ferreira;

Director de Motocyclismo e Cyclismo – Inspetor-chefe, Rufino Lomba;

Director de Esportes Aquáticos – Inspetor-chefe, Oscar Muller;

Director de Gymnastica e Athletismo – Sub-inspetor Ernesto Debeus.

Campeão da Divisão dos Funcionários Públicos

No mesmo ano, o time da Guarda Civil se filiou na Liga de Futebol do Estado de São Paulo (LFESP). Em 1942, o clube se sagrou campeão da Divisão dos Funcionários Públicos.

Pelo Torneio dos Campeões de 1942, enfrentou o São Paulo F.C.

A conquista lhe rendeu vaga para participar do Torneio dos Campeões de 1942, organizado pela Federação Paulista de Futebol (FPF). A competição reunia os campeões amadores, em jogos eliminatórios para definir o campeão da cidade de São Paulo.

O vencedor garantia vaga para decidir contra o campeão do Interior o título do estado de São Paulo. Na tarde de sábado, às 15 horas, do dia 14 de novembro de 1942, no estádio do Pacaembu, a Associação Esportiva Guarda Civil estreou diante do São Paulo Futebol Clube (amadores), que levantaram o título da Divisão Extra.  

No final, melhor para o Tricolor Paulista que venceu por 1 a 0. Segundo o Correio Paulistano, a partida foi equilibrada e que o empate seria o resultado mais justo.

A partida teve um bom público, que viu o único gol da partida ser assinada aos 25 minutos do segundo tempo, por intermédio do zagueiro Moacir. O árbitro da peleja foi o Sr. Vitor Carratú, que teve boa atuação.  

Guarda Civil: Lazaro; Orestes e Antoninho; Medina, Navarro e Carlito; Mainardi, Carrara, Jaime, Almirat e Alves.

São Paulo F.C.: Faganelo; Alfredo e Moacir; Batista, Ari e Luiz; Ministro, Lima, Cirano, Caramurú e Rodrigues.

A equipe foi mencionada em diversos jogo amistosos até os anos 50. A partir daí, até a década de 70, o Guarda Civil era mencionado em eventos relacionados no pugilismo. A última nota encontrada foi no início dos anos 80. A partir daí nada mais foi encontrado.

Algumas formações:

Time base de 1941: Luchesi; Orestes e Antoninho (Ambrosio); Medina, Navarro e Carlito; Luiz, Carrara, Jaime, Almirat e Alves.

Time base de 1942: Lazaro; Orestes e Antoninho; Medina, Navarro e Carlito; Mainardi, Carrara, Jaime, Almirat e Alves.

Time base de 1955: Abílio (Veludo); Silva (Piquini) e Juba (Carlos Gomes); Rubens, Alaor e Carmo; Gomes (Gazeta), Wilson (Moreno), Gonçalo, Miro e Carlito.

Time base de 1956: Julio; Negrinho (Pacco) e Bino (Carlos Gomes); Silva (Amadeu), Juba (Maurinho) e Carmo (Gazeta); Tulão (José), Gilberto (Lima), Gonçalo (Brandão), Miro (Rosa) e Carlito (Doze).

Time base de 1957: Julio (Spineli); Negrinho (Valdomiro) e Bino (Carlos Gomes); Mineiro (Silva), Juba e Carmo; Gazeta (Pila), Lima, Gonçalo (Novo), Miro e Carlito.

Desenho, uniforme e texto: Sérgio Mello

FOTOS: Acervo da Guarda Civil do Estado de São Paulo – Acervo de Marco Antonio Auricchio

FONTES: Correio Paulistano (SP) – A Gazeta Esportiva (SP)         

Associação Atlética Real – Colíder (MT): disputou o Campeonato Estadual da 1ª Divisão, em 1990

A Associação Atlética Real foi uma agremiação da cidade de Colíder (MT). A sua Sede administrativa ficava na Rua Xigu, s/n, no Centro de Colíder, que fica a 650km da capital mato-grossense: Cuiabá.

Os irmãos Max e Suel, donos da Gráfica Real, Fundado em 1983, a Associação Atlética Gráfica Real. A ideia inicial era dar aos funcionários um espaço de lazer.    

Quatro anos depois, a diretoria resolveu dar um passo ousado e se profissionalizou, se filiando na Federação Mato-grossense de Futebol (FMF), com o nome de: Associação Atlética Real

Em 1988, a convite do então presidente FMF, e somado com ajuda do Prefeito de Colíder, Dr. Edvaldo Jorge Leite que bancou parte das despesas, o Real de Colíder se inscreveu e disputou o Campeonato Mato-grossense da Segunda Divisão daquele ano.

Após duas participações na Segundona, em 1988 e 1989, e a e única participação na Elite do Futebol de Mato Grosso de 1990, quando terminou em 12º lugar, a diretoria resolveu colocar um ponto final na história efêmera da Associação Atlética Real.    

FONTES E FOTOS: Yuri Casari – Wikipédia

América Football Club – Recife (PE): escudo inédito encontrado de 1938, quando o time era alvirrubro!

POR:  Sérgio Mello

À esquerda o uniforme do goleiro e a direita dos jogadores

O “a ponta solta” na história do América Futebol Clube, ou simplesmente América do Recife, era o fato de a agremiação ter usado ou não a cor vermelha no seu uniforme em 1938. Após encontrar as provas que comprovam que o clube trocou o verde e branco pelo alvirrubro, a questão que restava era saber se o escudo foi alterado?

E, de fato, nessa história do América, essa indagação foi dissipada! E a descoberta foi, de certo fato, surpreendente: o escudo adotado em 1938, é nada mais e nada menos do que uma cópia exata do homônimo carioca: escudo e uniforme igual ao America Football Club, do Rio de Janeiro/RJ.

Um breve resumo da história

Fundado no dia 12 de Abril de 1914, com o nome de João de Barros Football Club (esse escudo já foi postado de forma inédita aqui, no História do Futebol), por ter surgido numa casa situada na avenida do mesmo nome. Quase foi o primeiro pentacampeão do futebol pernambucano.

É considerado o quarto clube mais vitorioso do estado. Atualmente manda suas partidas na cidade de Paulista, usando o Estádio Ademir Cunha para realização de seus jogos. A sede fica localizada na Estrada do Arraial, no bairro de Casa Amarela, zona norte da cidade.

Sua torcida era composta por grandes famílias aristocratas do Recife e também era querido pela Colônia Portuguesa Recifense, sem contar os outros torcedores espalhados pelo Recife, especialmente nos bairros de Casa Amarela, Casa Forte, Apipucos e Caxangá.

Em 22 de agosto de 1915 passou a ter a denominação atual a pedido do desportista Belfort Duarte, ligado ao América do Rio de Janeiro, que viera ao Recife buscar apoio para a fundação da Federação Nacional de Esportes, antecessora da antiga CBD.

Em visita a Pernambuco em agosto de 1915, Belfort Duarte, um dos símbolos do futebol brasileiro, recebeu uma homenagem do JBFCNa noite de 22 de agosto, Belfort Duarte foi distinguido como capitão honorário do clube e mudou o nome do clube para América Futebol Clube, em homenagem ao seu clube de coração: o América Football Club do Rio de Janeiro.

Comunico-vos que em Assembléia Geral do João de Barros Futebol Clube, reunida no dia 22 de agosto de 1915 deliberou a mudança de nome daquela sociedade que ficou denominada “América Futebol Clube”, convicto que esta deliberação em nada mudará as atenções dispensadas ao nosso antigo JBFC e espero a continuação das mesmas ao América Futebol Clube“, carta de  Belfort Duarte enviada a imprensa.

Maior virada do futebol brasileiro

Aconteceu em 1915 pelo Campeonato Pernambucano daquele ano onde o América vencia o Santa Cruz por 5 a 1 até os 30 minutos do segundo tempo, e em 15 minutos o Santa Cruz marcou seis gols numa incrível seqüência e venceu o jogo por 7 x 5. Essa partida foi a maior virada do futebol profissional brasileiro. A bola do jogo se encontra na sede do Santa Cruz no bairro do Arruda, no Recife.

Em 1918, o América sagrava-se campeão estadual, com a seguinte escalação: Jorge, Ayres e Alecxi; Rômulo,Bermudes e Soares; Siza, Angêlo Perez, Zé Tasso, Juju e Lapa.

Campeão do Centenário da Independência em 1922

Em 1922, o América sagrava-se bicampeão pernambucano, mas o grito que ecoava no Recife era o de Campeão do Centenário, pois nesse ano o Brasil comemorava 100 anos de independência a Portugal. A Campanha vitoriosa foi a seguinte:

07.05 América 2 x 1 Sport

21.05 América 4 x 0 Peres

04.06 América 2 x 1 Náutico

23.07 América 3 x 1 Equador

06.08 Torre 1 x 0 América

22.10 América 2 x 1 Santa Cruz

05.11 América 4 x 2 Flamengo

Jogos interrompidos pelos mais diversos motivos, principalmente pelo fato de o campo ter ficado escuro, como o clássico América x Sport da primeira rodada, que terminaria decidindo o campeonato; jogos anulados, como o que envolveu o Torre e o novato Equador; entrega de pontos – EquadorSanta Cruz ao Sport, e Peres ao Náutico; jogo não realizado, devido ao desinteresse dos dois clubes – Flamengo e Santa Cruz – após adiamento provocado pelas chuvas, que caíram intensamente, tudo isso marcou o Campeonato Pernambucano de 1922, disputado sob intensa época chuvosa e frio.

O campeonato foi disputado em turno único. Assim, houve apenas os jogos de ida. Mais uma vez, Sport e América surgiam como candidatos ao título de campeão. Os rubro-negros pretendiam interromper a marcha de seu maior rival, que buscava o segundo bicampeonato.

Liga já tinha instituído o sistema de dois ou mais jogos por rodada. Logo de saída, Náutico x Centro Peres deixou de ser disputado por causa do mau tempo. Tendo sido marcada para outra data, a partida terminou não sendo realizada porque o Peres entregou os pontos.

Vitória do Náutico, portanto, por WO. No mesmo dia, 7 de maio, o América derrotava o Sport pela contagem de 2 a 1, tendo sido o encontro suspenso por falta de iluminação. Na época invernosa, como ainda acontece hoje, escurece mais cedo nessa região, e os campos ainda não tinham iluminação artificial.

A direção da Liga determinou que os oito minutos restantes fossem disputados em data posterior, depois do cumprimento da tabela. Assim, rubro-negros e alviverdes voltaram a campo em 19 de novembro. Loca, Jaqueira, chamado de América Parque, onde a partida estava sendo disputada ao ser interrompida. Embora estivessem programados apenas alguns poucos jogos, um grande público compareceu. É que estava em cena o pomposo título de Campeão do Centenário.

América, que sofrera uma derrota em meio à sua jornada, ao perder para o Torre por 1 a 0, chegava àquele momento, com 10 pontos ganhos, enquanto o Sport tinha 11, sem incluir, é claro, os pontos daquela partida, que os americanos estavam ganhando por 2 a 1.
Foram instantes dramáticos. O Sport lançou-se furiosamente ao ataque. Se conseguisse pelo menos empatar o jogo, ficaria com 12 pontos, e deixaria o gramado festejando a conquista de mais um título. Já o América se defendia com unhas e dentes, uma vez que se o placar fosse mantido, passaria a somar 12 pontos e levantaria a taça, pois o Sport permaneceria com 11. E foi o que ocorreu. Fim de jogo, vitória do América por 2 a 1. A torcida alviverde fez muito barulho na comemoração da conquista que ainda é lembrada, quando a imprensa se refere ao clube como o Campeão do Centenário.

Escudo de 1938 e 1939

O 1° campeão nordestino

Enquanto no sul se organizava a Copa dos Campeões e o Torneio Rio-São Paulo, em Alagoas foi organizada uma competição diferente: a Taça Nordeste (o primeiro torneio inter-estadual da região Nordeste de que se tem notícias).

Time-base campeão: Nozinho; Rômulo e Cunha Lima; Lindolpho, Licor e Faustino; Meirinha,Fabinho, Zé Tasso, Juju e Matuto.

A competição ocorreu para festejar o Dia do Trabalhador, em Maceió. Foram convocadas oito das melhores equipes do Nordeste: Botafogo e Vitória (Bahia), Cabo Branco e América (Paraíba), CRB e CSA (Alagoas) e Sport e América (Pernambuco).

Mequinha passou às semifinais ao lado do Botafogo-BA e enfrentaria mais uma vez o Sport fazendo uma reprise da final de 1922, e dessa vez aplicando 6 a 2 no Leão, que era até então devastador.

O todo poderoso América ficaria conhecido em todo Nordeste e faria uma final histórica contra o CSA de Alagoas, que havia vencido o Botafogo da Bahia, o campeão baiano da época.

Na final um dos jogos mais eletrizantes da história, com uma vitória para ambas equipes. Como o América detinha a vantagem, sagrou-se o primeiro campeão nordestino de que se tem notícias.

O primeiro jogo foi realizado no dia 4 de fevereiro e o América venceu o CSA por 2 a 1, mostrando todo poderio de uma equipe que era famosa em todo Nordeste. O CSA abriu a contagem através de Nelcino. Zé Tarso e Juju deram a vitória ao clube pernambucano.

No dia 6, ocorreu a segunda partida. O CSA a venceu por 4 a 3. Foi uma das mais eletrizantes partidas de futebol da história do América. Juju fez 1 a 0 para o América. Nelcino empatou e Bráulio fez 2 a 1 para o CSA. Zé Tarso empatou outra vez, daí Odulfo fez 3 a 2 e 4 a 2 para os alagoanos.

Juju voltou a marcar para o América, fechando o placar. Foi uma vitória consagradora no torneio e que repercutiu nos grandes jornais do Recife. Americanos e azulinos jogaram as duas partidas com os mesmos jogadores. O América tornava-se a primeira potência do futebol nordestino.

CSA formou com Mendes, Osvaldo e Hilário; Campelo, Mimi e Geraldino; Bráulio; Alírio; Odulfo; Murilo e Nelcino.

América atuou com Nezinho, Romulo e Faustino; Lyndolfo; Moreira e Zizi; Lapinho; Leça; Zé Tarso; Juju e Araújo.

Tal título seria para alguns a maior conquista do clube alviverde até hoje, por ser uma conquista além dos domínios pernambucanos.

1938: América troca o verde pelo vermelho

O declínio do Torre Sport Club, que tinha informado a Federação Pernambucana de Desportos (FPD) que não participaria do certame de 1938, foi a oportunidade que o América esperava para mudar as cores alviverde para a alvirrubra.

Diante do quadro, a entidade máxima do futebol pernambucano de o aval ao América para utilizar as cores vermelha e branca. A estreia com as novas cores aconteceu no domingo, no dia 27 de março de 1938, na fase preliminar do Torneio Início da FPD.

O ex-diretor do TorreFrancis E. Hulder no dia seguinte, enviou uma carta de protesto ao, no dia 28 de março de 1938Jornal Pequeno, manifestando o seu descontentamento com a ação da FPD:

Tendo lido o despacho que a presidência da FPD de a um oficio do América, e tendo procurado me interar do mesmo, vim  saber que se tratava da mudança de cores do mesmo para o Torre, ou seja, camisetas encarnadas, sob alegação de que o América dos outros estados são todos desse uniforme.

Como ex-diretor do Torre e como admirador que ainda sou do mesmo, que se acha afastado da Federação por negação ao apoio da mesma Federação, lanço por este meio o meu protesto à pretensão do América, não somente por acha-se o Torre afastado simplesmente sob licença, como também, por haver outro clube que assiste maior direito de usar as referidas cores por serem iguais alvirrubras“.

Apesar da reclamação, a FPD manteve a decisão e o América foi para final do Torneio Início com a ‘camisa encarnada’, na quarta-feira, no dia 30 de março de 1938,. E o resultado não poderia ter sido melhor. Na final, o América goleou o Sport Recife por 3 a 0, faturando o título do Torneio Início de 1938.

Parecia que a cor vermelha tinha vindo para ficar. Porém, bastou o América não ir bem no Estadual de 1938 para a oposição no clube exigir a volta da cor verde. Após uma briga interna, a direção do clube decidiu no início de 1939 voltar ao alviverde, colocando um ponto final na camisa encarnada.


1944: O Último e heróico

Zezinho, Capuco, Julinho, Djalma, Edgard, Oseás, Pedrinho, Barbosa, Leça, Galego e Rubens. Essa é a formação da Equipe Esmeraldina que foi Campeã pernambucana pela ultima vez. Foi o título mais sofrido e heróico do América. Vejam os resultados dessa final acirrada contra o Náutico: 28/01 Náutico 1 x 1 América, 04/02 Náutico 2 x 3 América, 09/02 Náutico 0 x 2 América, 18/02 América 3 x 0 Náutico.

Vejam o que foi dito em uma matéria esportiva do Diário de Pernambuco de 20 de fevereiro de 1945:

O Recife viveu horas de grande vibração esportiva, vibração espontânea e justificada do povo, à tarde e durante a noite de anteontem, quando o glorioso América Futebol Clube sagrou-se, mais uma vez, campeão pernambucano de futebol [ganhou do Náutico, com um placar de 3×0]. Aquela grande assistência que lotava parte das dependências do estádio da Ilha do Retiro recebeu com verdadeiro júbilo o triunfo do esquadrão americano, numa disputa leal, onde vencidos e vencedores foram dignos dos mais francos aplausos. O triunfo do América, não o triunfo de domingo, mas o triunfo do campeonato foi justo e merecido. Depois de 17 anos de trabalho, 17 anos de sonhos, o campeão do Centenário, honrando as suas tradições de baluarte dos desportos pernambucanos, conquista mais um custoso laurel para a sua história.”
A festa do Título durou muito tempo, Casa Amarela em peso festejava a conquista houve comemorações no Antigo Bar Savoy e no Clube Português do Recife, pois na época ainda não possuía a Sede da Estrada do Arraial.

Após a conquista do campeonato de 1944 pelo América, somente os outros três grandes times da capital pernambucana levantaram o caneco.

João Cabral de Melo Neto, um americano

O reconhecido escritor pernambucano foi um grande torcedor americano e sempre que podia ia ver os jogos do seu clube de coração. Além de poeta, João Cabral chegou a ocupar posição de center-half, ou, como se diz hoje, volante, e foi uma promessa do futebol pernambucano. Nele, disposição física e apuro intelectual conviveram sem crises ou antagonismos. Na adolescência, jogou pelos times do América e do Santa Cruz. Em 1935, aos 15 anos, foi campeão juvenil pelo Santa Cruz.

Dentre suas grandes obras destaca-se “Morte e Vida Severina“, de 1955. Foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras em 15 de agosto de 1968, tomando posse de sua cadeira em 6 de maio de 1969.

No final da década de 80, descobriu que sofria de uma doença degenerativa incurável, a qual lhe impunha fortes e constantes dores de cabeça, o que causaria, aos poucos, a perda de sua visão, fazendo-o parar de escrever e ficar depressivo, e a vontade de falar (“Não tenho muito o que dizer”, argumentava).

Morreu no dia 9 de outubro de 1999, no Rio de Janeiro, aos 79 anos, encoberto com a bandeira do América e com a tristeza de não rever o Campeão do Centenário forte como antes, em sua juventude. Um dos momentos marcantes de seu velório foi o discurso proferido Arnaldo Niskier, no “Salão dos Poetas Românticos”, na Academia Brasileira de Letras, onde foi velado seu corpo:

Fecham-se os olhos cansados do poeta João e não conseguimos realizar o sonho que agora desvendo: ver o América Futebol Clube voltar aos seus dias de glória. Nem o daqui do Rio, nem aquele que era a sua verdadeira paixão: o América do Recife.”

Anos de jejum e Taça Recife

Após o Glorioso e heróico título pernambucano de 1944, o América ainda conseguiu um vice-campeonato em 1952, perdendo para o Náutico. Os anos seguintes foram de jejum e, aos poucos, durante o final da década de 1950 e as décadas de 1960 e 1970, o América foi perdendo espaço no cenário esportivo do estado por nunca mais ter conquistado um título.

Prevalecia ainda sua “fiel torcida da Velha-Guarda Americana” sempre quando o América ia jogar, e ainda possuindo a simpatia do público do bairro de Casa Amarela.

Em 1975, enfim o América fazia ecoar o grito de campeão. Venceu o Náutico na final da Taça Recife, desbancando até o Santa Cruz que na época era a maior potência local.

A imprensa recifense dava uma certa atenção ao time do América, tanto pelas polêmicas dos dirigentes, como pelos jogadores contratados, e também na tentativa de soerguer o clube, que já vinha numa descendente no futebol. O clube era carinhosamente chamado de Verdão 75.

Nos seus jogos sempre havia a presença de uma torcida, mesmo pequena, mas com charanga e bandeiras alviverdes. O artilheiro daquela edição da Taça Recife foi Edu Montes, com 7 gols.

Classificação para a Série D

Liderado por Carlinhos Bala o América conseguiu uma classificação inédita a Série D 2016 ,e por pouco não chegou as semifinal do Campeonato Pernambucano lutando até a última rodada por ela.

Texto, desenho do escudo e uniforme: Sérgio Mello

FONTES:  Wikipédia – Jornal Pequeno – Diário de Pernambuco – Diário da Manhã (PE)

Sport Club Botafogo – Rio de Janeiro (RJ): campeão da Liga Carioca de Desportos, em 1921

O Sport Club Botafogo foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). A sua 1ª Sede (provisória), ficava na situado na Rua Humaitá, nº 95, no bairro de Botafogo, na Zona Sul do Rio. Fundado na terça-feira, do dia 09 de Setembro de 1919, por um punhado de destemidos desportistas, sendo os fundadores os senhores:

Octavio Capella, João G. Bandeira, Luiz A. Ferreira, Augusto Fernandes Junior, Milton Pereira da Fonseca, Francisco Tavares, Ariostaldo Soares Barbosa, Adolpho Lazoski, Antenor Miranda, Eduardo Miranda, Jayme Fernandes, José Lagoski, Américo da Silva, Vicente Scardené, Isaac Ribeiro Moraes e Antonio da Silva

A sua 1ª Diretoria foi composta pelos seguintes membros:

Presidente – Octavio Capella;

Vice-Presidente – João G. Bandeira;

1º Secretário – Luiz A. Ferreira;

2º Secretário – Milton Pereira da Fonseca;

1º Thesoureiro – Augusto Fernandes Junior;

2º Thesoureiro – Francisco Tavares;

Capitão – Ariostaldo Soares Barbosa.

Sede inaugurada em 1922

O Botafogo inaugurou a sua nova Sede, na noite de domingo, às 20h30min., do dia 19 de Novembro de 1922, situado na Rua Humaitá, nº 150, no bairro de Botafogo, na Zona Sul do Rio. Nessa data, foi apresentada a fotografia do time campeão do Campeonato da Liga Carioca de Desportos de 1921.

Além do futebol, o clube também contava com outras modalidades esportivas: Ping-Pong (tênis de mesa). A equipe possuía o seu campo na Rua Humaytá, porém pelas dimensões reduzidas, nas partidas mais relevantes, mandava os seus jogos na Praça de Esportes (propriedade do Carioca Football Club), situado na Estrada D. Castorina, no bairro Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio.

Primeiros Troféus

Na quarta-feira, do dia 31 de dezembro de 1919, o Sport Club Botafogo venceu o Club de Regatas Piraquê por 1 a 0, faturando a sua primeira taça. No domingo, do dia 12 de setembro de 1920, o S.C. Botafogo goleou o Sport Club Lorena por 5 a 2, levantando o seu segundo troféu.

Na quinta-feira, do dia 03 de março de 1921, o S.C. Botafogo bateu o Sport Club Vasco da Gama por 2 a 1, conquistando a sua terceira taça. No domingo, do dia 10 de abril de 1921, o S.C. Botafogo voltou a enfrentar o Sport Club Vasco da Gama (sua Sede ficava na Rua da Relação, nº 45, no Centro do Rio) e novamente venceu por 4 a 1, levantando o 4º troféu. Até o final de 1923, o clube possuía na sua Sala de Troféus 15 taças.

Clube se filia a Liga Carioca e se sagra campeão em 1921

A Liga Carioca de Desportos (LCD), foi Fundada na segunda-feira, do dia 22 de Março de 1920, na Sede do Ubá S.C. na Rua Barão de Ubá, nº 132, no bairro Praça da Bandeiras. A sua 1ª Sede: Rua Sete de Setembro, nº 183/ 2º andar, no Centro do Rio.

O Ubá Sport Club foi o 1º Campeão do Torneio Início, enquanto o Sport Club Ypiranga (sediado na Rua Theodoro da Silva, nº 325, em Vila Isabel) foi o 1º campeão do Campeonato da LCD (O Ubá foi o vice-campeão)!

Na terça-feira, do dia 08 de março de 1921, o clube alvinegro se filiou a LCD, onde faturou, no mesmo ano, o inédito título do campeonato. A competição contou com a participação de nove equipes:

Ubá Sport Club (Praça da Bandeira  – campo: Barão de Iguatemy), Sport Club Ypiranga (Vila Isabel), Palestrino Football Club (Rua Bambina, nº 135, em Botafogo), Frontin Football Club, Paulistano Football Club (Botafogo), Mignon Football Club (rubro-negro – Rua Dr. Ferreira Pontos, s/n, no Andaraí), Ibéria Football Club, Alliança Football Club e o Sport Club Botafogo

No Torneio Início de 1921, no domingo, do dia 1º de maio, no campo do Confiança Athletico Club, o Botafogo acabou caindo na estreia para o Sport Club Ypiranga, que avançou até a final diante do Ibéria Football Club, e, ficou com o título.

Na estreia do Campeonato da LCD, no domingo, do dia 22 de Maio e 1921, no campo do Jardim Botânico, o Botafogo ficou no empate com o Ypiranga em 2 a 2. Os gols do Alvinegro foram assinalados pelos irmãos Arlindo Silva e João Silva.

O campeonato foi marcado por abandonos de alguns clubes como o Ubá e o Ypiranga, vários W.O. No final, na quinta-feira, do dia 08 de dezembro de 1921, a Liga Carioca de Desportos (LCD), proclamou o Sport Club Botafogo como o grande campeão da temporada. 

O time base formou assim: José Alves (Adolpho Lagoski); José Cardoso Curvello (Rufino Alves) e Antonio F. de Couto Filho (Oscar Silva); Victorio Ferreira (Álvaro Ferreira), Barnabé Garcia e Francisco Guilherme Machado; Jayme Fernandes (Gabriel Amorim), Augusto M. Ferreira, Arnaldo Miranda (João Silva), Antonio Fernandes Pinho (Arlindo Silva) e Oswaldo Ramos (Antenor Miranda).

Excursão à Barra do Piraí

Na madrugada da quinta-feira, do dia 14 de Julho de 1927, o Sport Club Botafogo seguiu para Barra do Piraí, a fim de enfrentar, em amistoso, o Sport Club Royal. A delegação se reuniu às 3 horas da manhã e seguiu para a Central, onde embarcaram no trem em direção a região Sul Fluminense do Rio.

No domingo, do dia 21 de Julho de 1929, o clube alvinegro voltou a enfrentar o Royal, em Barra do Piraí. A delegação pegou o trem das 4h50min., da manhã, a fim de jogar nos primeiro e segundo quadros

Alvinegro largou a LCD

No final da temporada de 1921, o Botafogo abandonou a Liga Carioca de Desportos (LCD). Até 1923, se limitou a jogar partidas amistosas. Em 1925, estava na Sub-Liga Brasileira. Em 1926, o clube estava filiado na Associação Municipal de Esportes Athleticos (AMEA – instalada no bairro de Botafogo).

Time base de 1920: Luiz; Oscar e Lazoski; Oswaldo, Barnabé e Machado; Jayme, Augusto, Arnaldo, Antenor e Antoninho.

Time base de 1921: José Alves (Adolpho Lagoski); José Cardoso Curvello (Rufino Alves) e Antonio F. de Couto Filho (Oscar Silva); Victorio Ferreira (Álvaro Ferreira), Barnabé Garcia e Francisco Guilherme Machado; Jayme Fernandes (Gabriel Amorim), Augusto M. Ferreira, Arnaldo Miranda (João Silva), Antonio Fernandes Pinho (Arlindo Silva) e Oswaldo Ramos (Antenor Miranda).

Time base de 1922: Raul; Mineiro e Curvello; Satyro, Silva e Barnabé; Jayme, Antenor, Octavio, Arnaldo e Machado. Reservas: Martins, Aprígio e Chequé.

Time base de 1923: Adolpho Lagoski; Suriquinha e Curvello; Satyro, Capão e Machado; Jayme, Chequé, Octavio, Antoninho e Martins. Reservas: Aprigio, Oswaldo, Victorino, Simas e Alberto II.

Time base de 1924: Gomes; Lolô (Suriquinha) e Martins; Victorino, Albano e Bernardino; Walgueiredo, Chequé, Antenor, Plácido e Mena (César).

Time base de 1925: Gomes; Curvello  e Suriquinha; Victorino (Albano), Martins e Saroco; Botafogo, Mena (China), Antenor (Chequé), Walgueiredo e César.

Time base de 1926: Soares; Baptista (Mattos) e Curvello; Luciano (Baptista), Bernardino e Sacoro; Floriano (Juciano), Chequé (Jayme), Augusto (Walgueiredo), Mena (Torres) e Botafogo (Arnaldo).

Time base de 1927: Amaury; Baptista e Saroco; Albano, Paulista e Monteiro; Manoel, Bonitinho, Fortunato, Zezinho e China. 

Time base de 1928: Soares (Cap.); Martins e Antoninho (Baptista); Floriano (Antonio), Barnabé e Henrique (Santos); Coronel (Coelho), Oswaldinho (Manoelzinho), Matheus (Augusto), Alípio (Gentil) e Jayme (China). 

Time base de 1929: Soares; Baptista e Curvello (Constantino); Santos (Mattos), Barnabé e Alberto Santos; Coronel, Walgueiredo, Alfredo, Macedo e Arthur. Reservas: Bernardino, Joaquim, Heroltides, Pedro, Matheus e Luciano

FONTES: A Esquerda (RJ) – A Manhã (RJ) – A Noite (RJ) – Beira-Mar (RJ) – Correio da Manhã (RJ) – Jornal do Commercio (RJ) – O Brasil (RJ) – O Imparcial (RJ) – O Jornal (RJ) – O Paiz (RJ)

Damanhã Sport Club – Recife (PE): Fundado em 1936

O Damanhã Sport Club foi uma agremiação da cidade do Recife (PE). Fundado na segunda-feira, do dia 06 de Abril de 1936, por auxiliares graphicos da Empresa “Diário da Manhã” S.A.

A Diretoria provisória ficou assim: Presidente – Domingos Lima; Vice-presidente – Augusto Continho; Director – Luiz Medeiros; Thesoureiro – Anthenor Coutinho e Secretário – Euclides Cavalcanti.

O 1º treino do time de futebol, aconteceu às 6 horas da manhã, no domingo, do dia 19 de Abril daquele ano, no campo do Sport Recife. O treino contou com a presença de 21 jogadores:

Luciano, Euclides, Expedito, Campos, Medeiros, Ismael, Waldú, Lourival, Florival, Alberico, Augusto, Anthenor, Cavalcanti, Domingos, Manoel, Athayde, Jonathan, Barbosa, Baptista, Chiquinho e Burity.

Na Assembléia geral, ocorrido na quinta-feira, do dia 23 de Abril de 1936, aclamou a 1ª Diretoria da nova agremiação:

Presidente – Renato Carneiro Cunha;

Vice-presidente – deputado Carlos Rios;

1º Secretário – Mario de Assumpção Lima;

2º Secretário – Benevenuto Telles Filho;

Diretor – Ivo Augusto;

Thesoureiro – Waldemar Angelim;

Orador – jornalista Jorge Campello.

No domingo, do dia 31 de Maio de 1936, foi realizado o 1º jogo amistoso, diante dos Estudantes Football Club, no campo do Pina. O 1º Quadros formou assim: Souza; Augusto e Heitor; Lourival, Medeiros e Encarnadinho; Expedito, Campos, Burity, Oswaldo e Ismael.

O 2º Quadros jogou da seguinte forma: Euclides; Louro e Costa; Jonathan, Oliveira e Comelão; Luciano, Cruz, Flory, Chico e Sargento.

No domingo, do dia 15 de Novembro de 1936, o time fez a 1ª excursão para o município de Moreno, localizado a 28 km da capital de Pernambuco. Às 12 horas, a delegação seguiu em automóveis, sob a presidência do desportista Antonio Marrocos, tendo auxiliares os senhores: Antonio Nogueira (orador), Djalma Silva (secretário) e Luiz Medeiros (técnico). Além dos seguintes atletas:

1º Quadros: Martins; Toinho e Portuguez; Rubens, Pinto e Meleiro; Genésio, Zizi, Joaquim, Zé Dias e Bubú.

2º Quadros: Souza; Virgilio e Medeiros; Nino, Severino e Ismael; Victor, Bernardes, Oswaldo, Chico e Bubú II.

A viagem durou uma hora e meia, sendo recebidos pelos diretores do Societé e torcedoras locais. Em seguida, percorreram pelos principais pontos da cidade. A partida dos segundos quadros, teve início às 14h30min., sendo bastante disputado, terminando com a vitória do Societé Sport Club por 3 a 2.

No jogo de fundo, entre os primeiros quadros, começou às 16h05min., sob as ordens do Sr. João Carneiro. No final, desfalcado de quatro jogadores, o resultado não foi o esperado, e o Damanhã foi goleado impiedosamente pelo Societé Sport Club pelo placar de 9 a 1.

O time jogou assim: Martins (Nino); Shostenes e Dionezio; Nery, Rubem, Meleiro; Romão, Cahú, Sinésio, Toinho (Burity) e Bubú. Após a peleja, a delegação retornou a Recife às 20 horas.

Na tarde de domingo, no dia 28 de Novembro de 1936, o Damanhã enfrentou o São Paulo Foot-Ball Club, do bairro de Água Fria.

Na tarde de domingo, no dia 27 de Dezembro de 1936, o Damanhã realizou o seu 1º jogo nacional. A delegação viajou a João Pessoa, na Paraíba, a fim de enfrentar o Team Negro Sport Club.

Na tarde de domingo, no dia 06 de Fevereiro de 1938, o Damanhã venceu o Odeon Foot-Ball Club por 1 a 0, no bairro de Afogados. O gol da vitória foi assinalado por Toinho, na etapa complementar. O time vencedor: Hygino; José e Pet; Manu, Toco e Meleiro; Elias, Bibi, Bado, Pinto e Toinho.

Em 1939, os “Patativas Recifenses” estava filiado a Associação Suburbana dos Desportos Terrestres (ASDT).

FONTES: Diário da Manhã (PE) – Diário de Pernambuco (PE)