Arquivo da categoria: São Paulo

Associação Atlética Ranchariense – Rancharia (SP): Oito participações na Terceirona Paulista

A Associação Atlética Ranchariense é uma agremiação do Município de Rancharia, interior do Estado de São Paulo. A Margosa foi Fundado na quarta-feira, do dia 20 de Janeiro de 1943. A sua Sede e o Estádio Francisco Franco (Capacidade 4.644 pessoas), está situado na Rua Dr. Adhemar de Barros, nº 750, no Bairro da Vila Guaçu, em Rancharia.

A mascote da Associação Atlética Ranchariense só poderia ser mesmo um “Rancheiro”. O nome do clube homenageia a cidade que nasceu quando da fundação de um povoado nos idos de 1916.  Naquela época, a Estrada de Ferro Sorocabana, desbravadora dos sertões paulistas, construiu um acampamento de rancho para os trabalhadores que executavam as obras de ampliação das linhas na região.

Esse local acabou sendo conhecido como “Rancharia”. Ao longo do tempo, a designação tomou corpo e oficializou-se como nome da cidade e depois do município. O futebol teve grande impulso na cidade na década de 1940, quando surgem a Ranchariense e a Associação Atlética Matarazzo. Em 1944, ambas disputavam o Campeonato Paulista do interior, organizado pela da Federação Paulista de Futebol (FPF).

Mas foi apenas em 1978 que a equipe da Ranchariense se profissionalizou e, desde então, foi a única equipe a representar a cidade no Campeonato Paulista de Futebol. No total, foram 20 participações na competição. Em 2016, o clube participou da 1ª Taça Paulista, organizada pela Liga de Futebol Paulista, retornando às suas atividades profissionais. Ao final da competição, a equipe sagrou-se campeã estadual.

Sua primeira participação em competições profissionais da Federação Paulista de Futebol foi justamente em 1978, no Campeonato Paulista da Quinta Divisão, onde permaneceu até 1991, sem conseguir nenhuma conquista. Entre 1992 e 1995, o clube esteve afastado dos gramados, retornando em 1996, no Campeonato Paulista da Série B1.

Esta participação foi a última da equipe na década de 1990, já que mais uma vez permaneceu fora dos torneios profissionais. Retornou no ano 2000, no Campeonato Paulista da Série B3, competição que disputou até 2003, ano em que ficou em décimo lugar entre 12 equipes.  Em 2004, 2005 e 2006 passou por alguns problemas e novamente se licenciou das competições e, em 2007, voltou no Campeonato Paulista da Segunda Divisão.

Em resumo, foram oito participações no Campeonato Paulista da 3ª Divisão: 1980, 1981, 1982, 1983, 1984, 1985, 1986 e 1987; seis edições no Campeonato Paulista da 4ª Divisão: 1988, 1989, 1990, 1991, 2007 e 2008; quatro presenças no Campeonato Paulista da 5ª Divisão: 1978, 1979, 1995 e 2000; e duas no Campeonato Paulista da 6ª Divisão: 2002 e 2003.

 

FONTES: Wikipédia – Rancharia.Net

Associação Atlética Assistência – Araçatuba (SP): Uma participação na 4ª Divisão Paulista

A Associação Atlética Assistência foi uma agremiação da cidade de Araçatuba (SP). Fundado na segunda-feira, do dia 08 de outubro de 1945. Esta equipe de futebol foi a mais antiga da cidade de Araçatuba que tentou o profissionalismo.

O clube ostentava as cores do município o azul e branco, o uniforme era camiseta branca com golas e calções azuis, ainda lembrado saudosamente pelos mais antigos araçatubenses. A AA Assistência participou do Campeonato Paulista da Quarta Divisão da 1964. Atualmente encontra-se extinto.

FONTES: Site Folha da Região – Blog A.E. Araçatuba 

Foto Rara, de 1974: Saad Esporte Clube – São Caetano do Sul (SP)

O Saad Esporte Clube foi uma agremiação da cidade de São Caetano do Sul (SP). Posteriormente o clube mudou-se para Campo Grande (MS) e atualmente também está sediado em Água de Lindoia, onde disputa campeonatos de futebol feminino. Fundado pelo empresário Felício José Saad em 28 de Abril de 1961, suas cores são azul e branco.

Há várias décadas, o município de São Caetano do Sul manifestava grande pujança através das grandes empresas que lá se estabeleceram. Prevaleciam por lá os clubes sociais e varzeanos. Em uma viagem que fez à cidade de Campinas, o senhor Felício voltou impressionado com o interesse e a paixão clubística dos torcedores campineiros pela Associação Atlética Ponte Preta e pelo Guarani Futebol Clube. Ele achou que faltava à população do grande ABC a alegria de poder se mobilizar em torno de um time profissional de futebol.

Havia em São Caetano do Sul uma equipe que participara por quatro anos seguidos da Primeira Divisão do Campeonato Paulista de Futebol, era a Associação Atlética São Bento, oriunda da fusão do São Caetano Esporte Clube com o Comercial Futebol Clube de São Paulo. Todos encerraram suas atividades, embora o São Caetano EC tenha se tornado um clube social de grande êxito. Assim, ao ser visitado pelo então Prefeito de São Caetano do Sul, Walter Braido, o senhor Felício fez a promessa de implantar em São Caetano do Sul uma equipe profissional de Futebol, promessa que cumpriu com grande êxito.

A partir de 1966, o Saad Esporte Clube inicia sua jornada profissional, chegando rapidamente à Primeira Divisão do futebol paulista, em 1974. Em 1985, o time abriu as portas para o futebol feminino quando sofreu o preconceito do futebol para mulheres. Em 1989, o Saad Esporte Clube fechou as portas para o futebol profissional masculino. No mesmo ano foi fundado a Associação Desportiva São Caetano.

A partir do final dos anos 1990, o Saad Esporte Clube desenvolveu um projeto bastante audacioso, implantando uma equipe brasileira de futebol na liga profissional feminina dos Estados Unidos, a WUSA. A viabilidade dessa ousadia só foi possível através de um convênio com a National American University (NAU), que cedeu suas instalações para os treinamentos e hospedagem da equipe na bela cidade de Rapid City. Lá, o Saad manteve equipes femininas em três modalidades distintas de competição: futebol de campo, futebol indoor e futebol de campo “Co-ed”, que reúne homens e mulheres lado a lado no mesmo time.

O futebol feminino do Saad está aberto até hoje, sediado em Mato Grosso do Sul, sob o nome de MS/Saad, sendo campeão da Copa do Brasil de Futebol Feminino de 2007. O time de futebol profissional masculino disputou em 2009 a segunda divisão do Campeonato Sul-Mato-Grossense,[1] e em 2010 foi promovido para a primeira divisão do estadual de Mato Grosso do Sul.

Títulos

FONTE: Wikipédia – site do clube – Terceiro Tempo  Milton Neves

Clube Atlético Ferroviário – Araçatuba (SP): Campeão da Quarta Divisão Paulista de 1966

O Clube Atlético Ferroviário  foi uma agremiação efêmera da cidade de Araçatuba (SP). O Ferrinho foi Fundado no domingo, do dia 27 de Janeiro de 1957, nas cores em vermelho e branco.

O time amador recebeu o apoio financeiro da Prefeitura de Araçatuba entrou no profissionalismo em 1964. O ápice aconteceu em 1968 quando se sagrou Campeão do Campeonato Paulista da Quarta Divisão

Contando com o apoio da Prefeitura local, o nome foi alterado em 1968, passando a se chamar Araçatuba Futebol Clube. No início da década de 70, trocou as cores: saindo o alvirrubro e entrando o amarelo e preto, tendo a mascote: Tigre.  

FONTE: André Martins – DOE(SP) de 21/08/1969 (Caderno Ineditoriais, pag 48)  – Blog A.E. Araçatuba   

Sport Club Itapira – Itapira (SP): Fundado em 1919

O Sport Club Itapira foi uma agremiação da cidade de Itapira (SP). Fundado no Domingo, do dia 07 de Setembro de 1919, por um grupo de jovens desportistas da cidade, na sala de leitura do Club XV de Novembro. A reunião foi presidida pelo Dr. Mario Fonseca que, em breve palavras, expôs os seus fins, enumerando as vantagens da cultura física.

Por deliberação dos presentes ficou definitivamente fundada a associação, com a denominação de Itapira Sport Club. A primeira diretoria ficou constituída:

Presidente – Dr. Mario Fonseca;

Vice-presidente – João Galvão Filho;

Secretário – Francisco Rocha;

Tesoureiro – José Santiago;

Diretor Esportivo – Carlos Marella.

Após fundar o Itapira, a diretoria filiou a agremiação na Associação Paulista de Sports Athleticos (APSA), com o intuito de participar do Campeonato do Interior de 1920.

Em dezembro de 1920, foi constituída a seguinte diretoria:

Presidente – Dr. Mario Fonseca;

Vice-presidente – Dr. Gilberto Ratto;

Secretário – Francisco Rocha;

Tesoureiro – Durval S. da Cruz;

Diretor Esportivo – Coronel Francisco Vieira.

Em junho de 1923, Francisco Vieira assumiu a presidência do clube. A vice-presidência ficou com Américo Pereira Netto; 1º secretário foi o professor Juvenal de Campos; 2º Secretário Mario Fonseca Filho; Tesoureiro foi Sarkis João; 1º Diretor Esportivo era Francisco Rocha; 2º Diretor Esportivo ficou com Antonio Mello.

No domingo, no dia 08 de julho de 1923, foi até Itajubá (MG), para a disputa da Taça Wenceslau Braz. No final, o Sport Club Itapira derrotou o Itajubense Football Club pelo placar de 1 a 0, e ficou com o caneco.

No domingo, do dia 11 de outubro de 1925, foi realizado um amistoso, em Itapira. No final, num jogo de 11 gols, o Sport Club Itapira bateu o Paulista de Jundiahy por 6 a 5.

No dia seguinte, na segunda-feira, do dia 12 de outubro de 1925, as duas agremiações voltaram a campo para outro jogo amistoso, em Itapira. Dessa vez, a peleja terminou empatada em 3 a 3, entre o Sport Club Itapira e o Paulista de Jundiahy. Nos dois jogos as equipes atuaram com a seguinte escalação:

S.C. Itapira – Bertini; Abelardo e Sau; Didi, Cerillo e Thomaz; Augusto, Mellinho e Octavio.

Paulista de Jundiahy – Dica; Paulino e Villela; Candó, Euclydes e Lamanella II; Batata, Durval, Camargo, Lamanella e Minguta.

Participou do Campeonato Paulista do Interior de 1927 e 1928, conquistando bons resultados, como a goleada, em casa (domingo, dia 19/06/1927), diante da Associação Athletica Pinhelense, pelo marcador de 4 tentos a 1.

FONTE: Correio Paulistano

Distintivo: Livro “Os Esquecidos – Arquivos do Futebol Paulista, de Rodolfo Kussarev

Sociedade Esportiva Palmeiras, da Usina Furlan – Santa Bárbara d’Oeste (SP)

Tendo abandonado em 1945 os campeonatos da Federação Paulista de Futebol, mas seguindo com os amistosos e jogando os campeonatos varzeanos de Santa Bárbara, mandatários da Usina Açucareira Furlan resolvem construir um novo estádio e fazer retornar oficialmente o seu clube na “Cidade Doçura“, como em certo período foi chamada Santa Bárbara d’Oeste (atual “Pérola Açucareira”).

Em 21 de fevereiro de 1960, a família Furlan, todos palestrinos, fundou definitivamente a Sociedade Esportiva Palmeiras, da Usina Furlan. Era, portanto, um segundo período de futebol oficial daquela localidade barbarense.

Conforme afirma o sr. Batista Furlan, o novo estádio recebeu denominação de “João Batista Furlan”, em homenagem ao vovô, o patriarca da família. O novo clube, alvi-verde como o Palmeiras, da capital, teve como presidente inicial Batista Furlan, ele que foi escolhido pela imprensa como o “Esportista do Ano” em 1960.

Os demais diretores eram: Ademar, Eduardo, Florizo, Sebastião, Hermes e Dante (todos Furlan) e também Bento Aparecido Barbosa e Antonio Rosa.  Sem o Cillos F.C., a S.E. Palmeiras-Usina Furlan passou a ser o “caçula” barbarense. Veio para figurar como 5.º clube na ordem cronológica dos registros junto à Federação Paulista de Futebol, como União Agrícola fundado em 1914; o C.A. Usina Santa Bárbara em 1936; a A.E. Internacional em 1947; o E.C. Paulista em 1956; e o Palmeiras em 1960, todos eles, ainda, como clubes amadores.

O Palmeiras, bi-campeão de seu grupo na 3.ª Divisão (64-65) - em pé: João Furlan, já um veterano goleiro, Nicola, Ado Jongo, Ari Mutti, Juca de Campos, Tati, Romeu Mutti, outro goleiro Casteleti e Paulo Calvino (técnico); agachados estão: Jacaré (ex-goleiro e agora como massagista), Cláudio Bignotto, Miúdo, Saulo Fornazin, Aurélio Domingues, Nílson Furlan e Pedrinho Mutti.

Em 27 de março de 1960 o Palmeiras inaugurou seu estádio recebendo festivamente a equipe dos Cadetes do Palmeiras, de São Paulo, que venceu por 4×3. O quadro da Usina Furlan em seu reaparecimento foi este: João Furlan, Nicola e Romeu Mutti; Didão Furlan (depois Izael Pavan), Rubinho e Mica; Saulo Fornazin (depois Bêni Gálter), Miúdo, Aleoni, Nelsinho Furlan e Nêne Juliato. Também integraram o elenco: Negota, Percides, Pedrinho Mutti e Aparecido.

No ano de 1960 a Liga Barbarense de Futebol não promoveu a edição da “Taça Cidade“, que estava na sede do bi-campeão 58-59, o C.A.U.S.B. Desta forma, os 5 representantes de Santa Bárbara d’OesteUnião, C.A.U.S.B., Internacional, Paulista e Palmeiras – foram a campo nas disputas do Campeonato Amador do Interior, sempre regionalizado, com o patrocínio da F.P.F. (a Usina Ester foi a campeã).

E o Palmeiras, da Usina Furlan, começou assustando a todos, sendo o vice-campeão do Setor. No finalzinho de seu primeiro ano de atividades, o “verdão” usineiro confirmou suas boas qualidades, ao ganhar a taça do triangular denominado “Cidade Doçura”, enfrentando a Internacional e o E.C. Paulista.

Devido a transferência de praticamente todos os atletas do Paulista para o Palmeiras – eram amadores – pensou-se na época que o tricolor da cidade seria extinguido, porém, sua diretoria, liderada por Neco Wiezel, Nivaldo Batagin e Virgínio Matarazzo, conseguiu armar um novo time. Uma de suas novas formações era esta em 1960: Milton, Tupi I e Zinhão; Jair, Nivaldo e Tupi II; Leôncio Amaral, Zeca latarolla, Tito, Perdigão e Osmair Sachetto.

Era simples trocar-se de clube. Sendo assim, alguns jogadores chegaram a vestir as camisas de praticamente todas as agremiações locais. O E.C. Paulista ainda contou para a mesma temporada de 60 com os atletas Tébo, Cunha, Cido, Zú, Ivajar e Colé.  Nas demais equipes barbarenses, seus respectivos elencos eram os seguintes em 1960  –  C.A.U.S.B.: Gilberto Muniz, Arze, Galo Claus, Pote, Natal Prando, Vetão, Nélson Carboni, Neguinho, Mosquito, Lau Mathias, Chiquito de Lima, Lelé, Toinho, Pedro Lima, Zail Cardoso, Chama Bellani, Dilermando e Fornaia. União: Gilberto Ometto, Diamante, Wanderley, Nivaldo Surge, Roberto Silva, Zé Maria Araújo, Aníbal, Rubens Giacomelli, Válter Forti, Ditinho Guedes, Nílson Furlan, Juca, João Caetano, Petrini-Peixinho, Barba Azul, Algodão e Fio. Inter: Casteleti, Nego, Cascão, Cabrito, Osório Ganéo, Tuta, Ovaguir Martorini, Leite, João Barbosa, Quibao, Ataliba Penachione, Póla, Tatu, Sidney, Alcindo Bagarollo, Claudinho Bignotto e Gazeta.

FONTES: Livro “A Memória do Futebol Barbarense… Até os dias de Hoje”, de autoria de J.J. Bellani – Waldomiro Junho

Esporte Clube Paulista – Santa Bárbara d’Oeste (SP)

Antes mesmo do clube registrar-se na Federação Paulista de Futebol, o Paulistinha participava dos campeonatos varzeanos de Santa Bárbara, tendo em seu comando Geraldo Matarazzo. A partir de 1956, o caçula oficial da cidade passou a ser o Esporte Clube Paulista, outro tricolor, das cores preta, vermelha e branca. O Paulista, o 5.º  time de futebol de Santa Bárbara d’Oeste, também teve autorização para utilização da praça de esportes da Rua Santa Bárbara. Portanto, naquele local aconteciam tanto os jogos do novo tricolor como os da Internacional.

Ordival Wiezel-Necão, Nivaldo Batagin e Virgínio Matarazzo eram tidos como os “donos da bola” neste clube recém-oficializado. O E.C. Paulista tem em seus registros como diretores fundadores os senhores Ordival Wiezel (1º presidente), Alceu Calori, Nivaldo Batagin, Dercy Giubbina, Virgínio Matarazzo, Orlando Mariano, Ismael Batagin, José Lando Sobrinho, Geraldo Matarazzo e Mílton de Oliveira.

O Paulista competiu como estreiante em dois triangulares no ano de 56, ocasião em que o União Barbarense e o Cillos obtiveram licença junto à Federação Paulista. Sendo assim, o Paulista enfrentou o C.A.U.S.B. e a Internacional pela “Taça Cidade” e pelo “Campeonato Citadino do Interior“.  Nas duas fotos a seguir, poderemos ver um dos times do E.C. Paulista, quando ainda era apenas da várzea barbarense, no início da década 50, e outro após o registro oficial junto à Liga Barbarense e Federação Paulista de Futebol.

 

O E.C. Paulista e uma de suas formações de 56 com Mílton de Oliveira (diretor), Toninho Cunha, Nivaldo Batagin, o goleiro João Furlan, Nei, Avelino Agnese, Waldemar Vital e Virgínio Matarazzo (diretor); agachados: os dois ponteiros são os irmãos gêmeos Femando e Orlando Sachetto, mais Wilson Garrido, Suzana (com a bola) e Amendoim.

FONTES: Livro “A Memória do Futebol Barbarense… Até os dias de Hoje”, de autoria de J.J. Bellani – Waldomiro Junho