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Bangu Sport Club – Recife (PE): “Rubro-Negro Suburbano”

O Bangu Sport Club foi uma agremiação da cidade do Recife (PE). Devido as limitações em encontrar a história completa desta equipe, podemos mencionar três fases. Na década de 10, existia o alviverdeBangu Foot-Ball Club“, que ficava no bairro do Giquiá” (atual Jiquiá). Em 1916, participou da Liga Sportiva Pernambucana.

Nos anos 20, apareceu o Sport Club Bangu, que foi fundado em 12 de Julho, pelo desportista Waldemar Vianna. A sua Sede ficava na Estrada dos Remédios, em Afogados, em Recife. Depois se transferiu para a Rua Bartolomeu Gusmão, nº 71 depois 191, no bairro Madalena, em Recife.

O time mandava os seus jogos no Campo do Sport Club Flamengo, também no bairro Madalena. Em 1927, teve como Presidente: Severino Wenceslau. Entre 1930, 1931, 1932 e 1933, disputou as competições organizadas pela Associação Suburbana dos Desportos Terrestres (ASDT).

A modesta agremiação sofreu um baque na quinta-feira, do dia 27 de Abril de 1933, quando a Secretaria da Segurança Pública do Recife, interditou o clube em razão do mesmo não estar regularizado.

Coincidência ou não, o clube sumiu do mapa e no ano seguinte surgiu outro homônimo: Bangu Sport Club, que foi Fundado no sábado, do dia 29 de Dezembro de 1934. A sua alcunha era: “Rubro-negro Boavistano e/ou “Rubro-negro Suburbano“.

O Bangu realizou algumas mudanças de Sedes Sociais, mas em comum, sempre no mesmo bairro: Boa Vista, no Recife: Rua Aurora, nº 63; Rua do Hospício, nº 394; Rua Gervásio Pires, nº 356; Travessa Veras, nº 83; Rua Velha, nº 307.

O “Rubro-negro Suburbano” possuíam várias modalidades esportivas: ciclismo, corridas, natação, boxe, ping-pong, futebol e voleibol. Além disso, em 1936, foi criado um grêmio carnavalesco “Chupa Pedra“.   

Time base de 1935: Luiz; Hans e Mario; Garcia, Jamerson (Cap.) e João; Gilberto, Vilmar, Tobias, Gallo e Engraxador.

FONTES: Diário de Pernambuco (PE) – Diário da Manhã (PE) – Pequeno Jornal (PE) – Jornal de Recife (PE) – A Província (PE)

1º Escudo de 1934: Tramways Sport Club – Recife (PE)

O Bicampeão Pernambucano de 1936-37, o O Tramways Sport Club foi uma agremiação da cidade de Recife (PE). O Tramwiano ou Transviário foi Fundado na quinta-feira, do dia 24 de Maio de 1934, após a fusão de três equipes internos da empresa Pernambuco Tramways & Power Com-pany Limited: Aurora Sport Club (Escritório), Tuiuty Força  Sport Club (Oficinas  e  Setor de Eletricidade)  e  Trafégo Sport Club (Trafégo).   Essa adesão ocorreu no  bairro da Torre e teve como primeiro presidente Conrad Riebsch.

O Tramways possuía uma estrutura de grande clube, como o Estádio Parque da Jaqueira, com capacidade para 3 mil pessoas, que foi arrendado entre 1934 a 1943, localizado na Avenida Rui Barbosa, nº 1820 – Bairro da Jaqueira. Além de uma bela sede com quadras de tênis, vôlei, basquete, todas com refletores. Possuíam equipes de vôlei, basquete e futebol, e todas com categorias de base.

Na elite do futebol pernambucano, o Tramways SC participou sete vezes: 1935, 1936, 1937, 1938, 1939, 1940, 1941. Logo na sua primeira participação o time Transviário mostrou que seria uma ‘pedra na chuteira’ dos adversários. Após terminar o Estadual empatado com o Santa Cruz (22 pontos), e no primeiro jogo um empate em 4 a 4, o Tramways só foi cair no último e derradeira partida, ao perder por 5 a 2.

Se bateu na trave em 1935, na temporada seguinte o Tramways foi implacável e conquistou o inédito título de 1936 com folga. Sete pontos de vantagem para o segundo colocado (24 contra 17 pontos do Santa Cruz), com melhor ataque (69 gols e melhor defesa (24 gols).

A soberania do Tramways no futebol pernambucano prosseguiu em 1937. O Bicampeonato veio de forma incontestável com oito pontos de diferença para o vice (30 contra 22 pontos do Santa Cruz), e, novamente melhor ataque (64 gols) e defesa (16 tentos).

Em 1938, enfim, a hegemonia do o Tramways foi interrompida pelo Sport Recife que arrancou o título no 3º Turno, deixando para trás Santa Cruz (vice) e a equipe Transviária (3º lugar).

No Campeonato Pernambucano de 1939, o time até começou bem, terminando o 1º turno em terceiro lugar, mas no returno o Tramways acabou de produção e acabou na quinta colocação.

Em 1940, aquele time brilhante e assustador não mais existia. Os resultados expressivos sumiram, e acabou na 6ª e última posição. Veio o Estadual de 1941, e com ele um Tramways debilitado e sem forças para reagir. No final, o sexto lugar (só na frente do SC Flamengo, também na descendente) foi o estopim para a sua retirada.

Contudo, o seu início avassalador com dois títulos e um vice nos três primeiros estaduais do Tramways merece ficar guardado na história. Não apenas do futebol pernambucano, mas se estendendo para o futebol brasileiro.

Time-base de 1934: Raymundo; Zezinho e Maia; Ipisllone, Simonette e Nadú; Waldemar, Carioca, Mario II, Leonel e Cruz.

Time-base de 1935: Ruben; Domingos e Moacyr; Zezé, Julinho e Faustino; Maturano, Bermudes (Cap.), Salvio, Ralph e José Lopes.

FONTES: Diário de Pernambuco – A Província – Jornal de Recife (PE) – Diário da Manhã (PE)

Motocolombó Esporte Clube – Recife (PE): Existiu entre 1940 a 1960

O Motocolombó Esporte Clube foi uma agremiação da cidade do Recife (PE). A sua Sede social foi inaugurada no sábado, do dia 12 de fevereiro de 1944, localizada na Rua Motocolombó, nº 91 depois passou para o nº 131, na Praça do Largo da Paz, em Afogados, no Recife (PE). As suas cores eram o vermelho e branco.

Os “Alvirrubros de Afogados” ou “Clube do Largo da Paz” foi Fundado no sábado, do dia 1º de Junho de 1940, com o nome de Motocolombó Sport Club, por um grupo de jovens desportistas, entre os quais:

José Vitor da Silva; Wilson Barros; Pedro Moreira Dias Júnior; Dagoberto Pimentel; Mário Paiva; Jaime Lima; Manuel da Costa Júnior; Miguel Romeiro; Oscar Ribeiro; Djalma Marques; Wanildo Beltrão, entre outros.

O clube tinha como um dos propósitos, ser um ponto de entretenimento com a população do bairro Afogados. Para isso, a diretoria realizava diversos eventos sociais no decorrer do ano, como por exemplo, os concursos de fantasias, bailes de carnavais, Festa do Balão (junina), Jazz, Bingos, Festa da Primavera, entre outros.

1º jogo e primeira vitória

No domingo, do dia 07 de Julho de 1940, o “Clube do Largo da Paz” estreou no futebol. O Motocolombó começou “com o pé direito“, ao vencer o A.T.A., em amistoso, pelo placar de 3 a 1, no campo do Sancho. O time formou assim: Joel; Cesário e Neco; Doca, Dagoberto e Hélio; Vadinho, Bebé (Carmélio), Wilson, Genaro (Mário) e Jayme.     

Debutou no Torneio Início Infantil

Ainda no mês de julho de 1940, no domingo, do dia 21, o “Alvirrubros de Afogados” recebeu o convite especial para disputar o Torneio Início Infantil, no campo da Casa Amarella, promovido pela Liga Infantil dos Sports

Apesar de três prorrogações, o Motocolombó caiu na estreia, ao empatar sem gols e derrota por um escanteio a zero, para o Onze da Vila, composto por juvenis. Na final, o Great Western venceu por 1 a 0, o Onze da Vila, ficando com o título.   

No domingo, do dia 29 de Julho de 1940, o Motocolombó bateu o Volante por 2 a 0. O time formou: Joel; Harry e Neco; Doca, Dagoberto e Hélio; Vadinho, Bebé (Mário), Wilson, Rotandário e Jayme. As duas equipes eram filiadas a Associação Suburbana de Desportos Terrestres (ASDT).    

Olimpíada Interna de 1943

Em 1943, o clube realizou a Olimpíada Internas, que contou com a disputa de diversas modalidades esportivas, como o atletismo, voleibol, futebol, ping-pong (atual tênis de mesa), etc. Além do futebol e atletismo, o Motocolombó participou do Campeonato Pernambucano de voleibol e basquete, onde enfrentou o Santa Cruz, Náutico, Sport Recife, América como as principais forças da modalidade.

Excursão a Gravatá e Vitória de Santo Antão

Sob a presidência do Sr. Telmo da Rocha Barros (1942/43 e 1944/45), no domingo, do dia 30 de abril de 1944, excursionou até o município de Gravatá. Nesse dia, às 15h40min., enfrentou e venceu o Centro Esportivo Gravataense, por 2 a 1, na Praça de Esportes, na Rua do Prado. A partida foi arbitrada pelo sr. Benigno Soleiro.

Os gols foram assinalados por Menezes aos dois minutos, abrindo o placar para os donos da casa. Aos 25 minutos, após falha do zagueiro Chocolate, o atacante Vanildo aproveitou para deixar tudo igual. Na etapa final, os “alvirrubros de Afogados” voltou melhor e precisou marcar três vezes para valer um.  

Motocolombó: Odenat; Oliveira e Neto; Mota, Nelson e Toinho; Dinilton, Vanildo, Dagoberto, Walter e Jaime.

Gravataense: Joca; Chocolate e Everaldo; Bezerra, Menezes e Lupercio; Miliquio, Orlando, Valdinho, Nelson e Aleixo.

Na segunda-feira, do dia 1º de maio de 1944, a delegação rumou para o município de Vitória de Santo Antão, a fim de enfrentar o Esporte Clube Vitória. No final, os “alvirrubros de Afogados” venceram, de virada, por 2 a 1.

O Vitória abriu o placar aos 19 minutos por intermédio de Raminho. Logo depois, veio o empate com Dagoberto, após o goleiro Agenor “bater-roupa”. Na etapa final, logo no minuto inicial, novamente Dagoberto fez o gol que decretou o triunfo para o Motocolombó. A partida foi arbitrada por Geraldo Araujo e Valdemiro Fernandes, um em cada tempo. 

Motocolombó: Odenat; Oliveira e Neto; Mota, Nelson e Toinho; Dinilton, Vanildo, Dagoberto, Walter e Jaime.

Vitória: Agenor; Fernando e Antenor; Hugo, Rubem e Negrão; Zé Gomes, Nane, Milanês, Raminho e Erasmo.

Filiação a FPD, em 1946

Na segunda-feira, do dia 11 de fevereiro de 1946, a Federação Pernambucana de Desportos (FPD), filiou em caráter definitivo o Motocolombó.

Salão de dança

No sábado, do dia 16 de Julho de 1949, o clube inaugurou o dancing, todo de taco, com as localidades para colocação de mesas de mosaico, medindo 96 metros quadrados. O evento foi marcado pela orquestra do Bando Acadêmico, sob  regência  de Alcides Leão.   

Vice-campeão do Torneio Início de Futebol de Salão de 1957  

Nas noites de sábado e domingo, dos dias 24 e 25 de agosto de 1957, o Motocolombó ficou com o vice do Torneio Início do Campeonato de Futebol de Salão, organizado pela Federação Pernambucana de Desportos.

A competição foi realizada nas dependências do Atlético Clube de Amadores, que contou com a presença de um grande público. Na estreia o Motocolombó venceu o Reno por 2 a 0 (gols de Valois e Gilvan, contra).

Na sequência, novo triunfo. Dessa vez, a vítima foi o Prado, que tombou pelo placar de 1 a 0 (gol de Mircio). Nas semifinais, o Santa Cruz foi um difícil oponente. Após empate sem gols, a decisão foi para a disputa de pênaltis. Melhor para os “Alvirrubros de Afogados” que bateu a Cobra Coral por 1 a 0.

Na final, o Motocolombó perdeu para o Benfica Atlético Clube, de Madalena pelo placar de 1 a 0 (gol de Inaldo). A renda total foi de Cr$ 2.590,00. O Benfica jogou: Geraldo; José Rodrigues (Inaldo), Guilherme, Henrique e Gilson. Motocolombó: Everaldo; Valois, Arruda, Mircio e Pedrinho.   

Fim da linha

No início da década de 60, o Motocolombó Esporte Clube foi extinto, deixando uma lacuna para o bairro dos Afogados. Assim, os dirigentes do Motocolombó resolveram fundar na terça-feira, do dia 11 de Abril de 1961, a AAA (Associação Atlética dos Afogados), visando preencher o vazio deixando pela antiga agremiação. A AAA conquistou títulos estaduais no futsal, mas acabou desaparecendo no fim dos anos 70.   

Algumas formações

Time base de 1940: Joel; Cesário (Harry) e Neco; Doca, Dagoberto e Hélio; Vadinho, Bebé (Carmélio), Wilson (Mário), Genaro (Rotandário) e Jayme.    

Time base de 1941: Newton (Luiz); Neco (Carlos) e Oliveira; Dagoberto, Doca e Bebé; Tino, Vanildo (Rotandário), Antonio (Cancio), Mario (Pedro) e Jayme

Time base de 1943: Odi; Oliveira e Neco; Wilson Primo, Doca e Toinho; Tino, Raimundo, Dagoberto, Lauro e Jaime.

Time base de 1944: Odenat (Luiz); Oliveira e Neco; Mota (Antonio), Doca (Nelson) e Toinho; Dinilton, Vanildo (Raimundo), Dagoberto (Odinar), Walter (Gileno) e Jaime.

Time base de 1946: Luiz; Oliveira e Neco; Demóstenes, Doca (Hipólito) e Raimundo; Tino (Vanildo), Bebé, Dagoberto, Lauro e Jaime.

FONTES: Sport Illustrado (RJ) – Diário de Pernambuco (PE) – Jornal Pequeno (PE) – Última Hora (PE)

Centro Sportivo do Peres (Perez) – Recife (PE): Foto rara de 1921

O Centro Sportivo do Peres (Perez) foi uma agremiação da cidade de Recife (PE). O Viuvinha’ foi Fundado numa terça-feira, do dia 15 de Junho de 1909, com o nome de Tigipió Foot-ball Club, em homenagem ao bairro de Tigipió (atual Tejipió), onde nasceu o Perez. Em 1911, o clube adotou o Centro Sportivo do Peres (Perez).

Nos anos 10, a sua Sede ficava localizado na Rua, 58. Depois passou para o Largo (atual Rua) do Hospício, 779, no Recife. Em 1926, a sua Sede passou para a Rua do Livramento, 65-1. Em 1927, a Sede se transferiu para a Rua Imperatriz, 146/ 2º andar. Na década de 20, a equipe ‘Alvi-Violeta’ treinava no campo João de Barros ou no campo do Torre, no Bairro de Magdalena, na Zona Norte do Recife.

PEREZ AJUDA A FUNDAR A LPDT

Seis anos depois do seu surgimento, no dia 03 de Agosto de 1915, o Centro Sportivo do Peres (Perez) juntamente com o Sport Club Flamengo, João de Barros Foot-Ball Club, Coligação Sportiva Recifense, Santa Cruz Foot-Ball Club e Torre Sport Club, fundaram a Liga Pernambucana dos Desportos Terrestres (L.P.D.T.).

No mesmo ano, o Perez, juntamente com o Santa Cruz, Flamengo, Torre, América e Coligação S.R. entraram para a história ao participar do primeiro Campeonato Pernambucano da 1ª Divisão.

Ao todo, o clube ‘Alvi-violeta’ participou do Campeonato Pernambucano da 1ª Divisão em nove oportunidades: 1915 (4º lugar), 1916 (5º lugar), 1917 (5º lugar), 1919 (7º lugar), 1920 (7º lugar), 1921 (7º lugar), 1922 (8º lugar), 1923 (8º lugar) e 1924 (8º lugar).

EXCURSÕES

Na quarta-feira, do dia 07 de setembro de 1921, o Perez viajou até Maceió (AL), onde enfrentou o Clube de Regatas Brasil, conhecido popularmente por CRB. No final, empate em 1 a 1. No confronto dos Segundos Quadros outro empate sem gols.

Numa quarta-feira, do dia 15 de novembro de 1922, o Perez foi convidado para a partida inaugural do Estádio Gustavo PaivaMutange, de propriedade do CSA (Centro Sportivo Alagoano). No final, melhor para o CSA que venceu por 3 a 0, sendo o atacante Odulfo quem fez o primeiro gol no Mutange.

PEREZ ROMPE COM A LPDT

Em 1924, sob a presidência de João Duarte Dias, o Perez, insatisfeito com a LPDT, decidiu abandonar o Estadual daquele ano. Logo em seguida se licenciou. Em 1926, se desfilou da entidade para ingressar na Associação Pernambucana de Esportes Athleticos (APEA), juntamente com o Sport Recife (campeão Estadual pela LPDT em 1925), América Football Club, Palestra Itália Football Club e Israelita Club de Pernambuco. O Viuvinha’ participou da APEA tanto no Torneio Início quanto nas demais competições até desaparecer em definitivo.

Time-base de 1915: Misael; Abelardo e Carlos; Benedicto (capitão), Severino e José; Honório, Rogério, Amaury, Couceiro e Carlos II.

Time-base de 1917: Jacome; Guilherme e Epaminondas; Ferreira, Horácio e Bonine; Eliezer, Ariosto, Berger, Balthazer e Muca.

Time-base de 1918: Zé Macaco; Apolônio e Nilo II; Maxombomba, Cleto e Moreira; Manta, Joel, Jones, Amil (capitão) e Raphal.

Time-base de 1920: Eduardo; Euclydes e Nóbrega (Edesio); Sylcosta, Carneiro (Sá) e Almeida (Manta); Pimentel (Pinto), Mário, Freire (Ozório), Theodorico (Aldo) e Arnaldo.

Time-base de 1921: Costa; Euclydes e Ricardo; Deoclecio, Mario e Sylcosta; Matta, Theo, André, Ernani e Pinto.

Fontes: Jornal A Província – Rsssf BrasilO Feitozense

Inédito!!! Palmeiras Torre Football Club – Recife (PE): 1º Campeão da “Segunda Divisão” Recifense em 1916

O Palmeiras Torre Football Club foi uma agremiação de cidade do Recife (PE). A história deste simpático clube da Zona Norte do Recife, se destaca pelo fato de ter sido o 1º time campeão da Liga Sportiva Metropolitana em 1916. Essa entidade equivalia a Segunda Divisão, sendo criada em 1916, foi a primeira a ser criada, abaixo apenas da Primeira Divisão.      

O “Madeira Rubra” foi Fundado no início de Setembro de 1910. O Palmeiras Torre passou por algumas Sedes: Entre 1916 a 1919, sua Sede e o Campo, ficavam na Rua da Conceição, nº 1 (depois nº 9 e 87), no bairro da Torre, no Recife. Em 1919, se transferiu para a Rua Real, nº 9, no bairro da Torre, no Recife.

A partir de 1925, a sua Sede ficava na Rua D. Manoel da Costa, nº 9, no bairro da Torre, no Recife. Já em 1928, passou para a Rua Seis de Janeiro, s/n, no bairro da Torre, no Recife. A sua Sede em 1929, ficava na Rua Seis de Junho, nº 168, no bairro da Torre, no Recife.

Já os seus campos: entre 1916 a 1920, ficava na Rua da Conceição, nº 1 (depois nº 9 e 87), no bairro da Torre, no Recife. Em 1929, o Estádio ficava na Rua José Bonifácio, s/n, no bairro da Torre, no Recife.

Estrutura futebolística

O “Madeira Rubra” participava nas competições nos Primeiros, Segundos e Terceiros Quadros, além do time infantil. Desde a fundação até 1916, o Palmeiras Torre participou de diversos amistosos e festivais.

Palmeiras Torre ajudou a fundar a Liga Sportiva Metropolitana e Liga Sportiva Suburbana

No sábado, às 19 horas, do dia 27 de Maio de 1916, na do Palmeiras Torre, na Rua da Conceição, nº 1, no bairro da Torre, no Recife, se reuniram dirigentes do Eclair Sport Club, o Aquidaban Sport Club (calção branco, camisa branca e faixa encarnada), Ipyranga Foot-Ball Club e Espinheirense Foot-Ball Club, a fim de fundar a Liga Sportiva Metropolitana (LSM). A Sede e o campo próprio (Stadium Hyppodromo), ficam situados na Rua Nova Feitosa, nº 251, no bairro Feitoza, no Recife.

Após duas temporadas, a entidade realizou uma reunião e decidiu realizar uma reorganização, na noite de sexta-feira, às 19 horas, do dia 04 de Abril de 1918. Assim, o nome foi alterado, passando a se chamar: Liga Sportiva Suburbana (LSS). As cores definidas: amarelo e branco. A Sede e o campo próprio (Stadium Hyppodromo), seguiram os mesmos: Rua Nova Feitosa, nº 251, na Feitoza, no Recife. O 1º presidente foi o Major Carlos Borromeu. Os cinco clubes que se filiaram foram os seguintes (em ordem alfabética):

Eclair Sport Club (bairro do Feitoza);

Elite Football Club (bairro de Boa Vista – amarelo, branco e preto);

Equador Football Club (bairro do Arruda);

Modesto Football Club (bairro de Campo Grande);

Palmeiras Torre Football Club (bairro do Torre);

Royal Sport Club (bairro Recife – alvinegro).

A 1ª rodada, no dia 18 de agosto de 1918, tiveram três jogos: O Eclair venceu o Elite, nos Segundos Quadros, por 3 a 1, mas foi derrotado no 1º Quadros por 2 a 0. O Palmeiras Torre empatou sem gols com o Equador, nos Segundos Quadros, contudo venceu no 1º Quadros por 3 a 1. Porém, essa partida foi anulada pela Liga, pois o “Madeira Rubra” ter incluído um jogador de outra liga.

Por fim, a rodada foi completada na goleada do Modesto em cima do Royal Sport Club pelo placar de 9 a 2. Todos os jogos foram realizados no Stadium Hyppodromo.

No dia 8 de setembro, o Palmeiras Torre bateu o Eclair, duas vezes: nos Segundos Quadros, por 4 a 2, e no 1º Quadros por 7 a 0.

Tricampeão Suburbano

O Palmeiras Torre foi campeão Suburbano em 1916 (Primeiros e Segundos Quadros) e 1917, pela Liga Sportiva Metropolitana (LSM), e depois em 1918, já pela Liga Sportiva Suburbana (LSS). Sendo que esta última, o “Madeira Rubra” se sagrou campeão com apenas uma derrota nos Primeiros Quadros, e também levantou o caneco nos Segundos Quadros, de forma invicta.

Clube da Torre é rejeitado na LPDT

Em fevereiro 1921, solicitou filiação a Liga Pernambucana dos Desportos Terrestres (LPDT). No entanto, a entidade não aceitou, o que gerou desconforto por parte do “Madeira Rubra” que classificou como ‘Humilhação’.

Durante dias esse assunto foi abordado pelo Jornal Pequeno, onde o Palmeiras Torre enviou diversos ofícios pedido explicações a LPDT sobre o fato do clube não ter sido aceito. Porém, sem êxito.

Filiado na ASDT

Fundado em 1929, Associação Suburbana dos Desportos Terrestres (ASDT), o Palmeiras Torre se filiou. A sua 1ª participação aconteceu no Torneio Início, no domingo, às 10h30min., do dia 28 de abril de 1929, no Estádio do América.

Com a presença de 38 equipes, o evento foi dividido em duas datas: 28 e 30 de abril. Na sua estreia, o Palmeiras Torre passou pelo Modesto Football Club, por 2 escanteios.

Definidos os 19 times, aconteceu a segunda fase, na terça-feira, às 10 horas, do dia 30 de abril de 1929, no Estádio do América. Nessa fase, o Palmeiras Torre acabou caindo para o Nacional por um escanteio. Na final, o Atheniense empatou 1 a 1, mas bateu o Nacional, por um escanteio a zero. 

Palmeiras Torre é reorganizado em 1932

O clube disputou as competições organizadas pela ASDT, nos anos de 1929, 1930 e 1931. Os insucessos resultaram num desgaste na diretoria, o que gerou uma reorganização na terça-feira, do dia 1º de março de 1932.    

Após uma reunião de associados e admiradores, foi definida a nova diretoria, tendo Raphael Perruci como presidente; Antônio Leitão (secretário); João S. Dias (tesoureiro); Hibernon Borba (orador); Benedicto Costa (director-technico).

O Palmeiras Torre retornou as disputas futebolísticas, onde disputou o Campeonato da 2ª Divisão da Associação Suburbana dos Desportos Terrestres (ASDT), nos anos de 1932 e 1933. A partir daí, o clube desaparece dos noticiários, deixando um vazio no coração suburbano recifense.  

Algumas formações:

Time-base de 1913: Mario Cunha; João Lopes (Carlos Moraes) e H. Andrade (P. Pereira); José de Mattos, A. Souza, A. Portella (A. Reis) e G. Gusmão; A. Carvalho, J. Leal, J. Menor, P. Guimarães e A. Mello (P. Moreira).

Time-base de 1914: Mario Cunha; João Lopes e Antonio Rodrigues; José de Mattos (Augusto), Franco Correia e Carlos Moraes; Amaro, Luiz (Luiz Couto), Julio Leal, Amaro Carvalho (Lauriano Oliveira) e Severino de Mattos (Alfredo).

Time-base de 1915: Mario Cunha; João Lopes e Antonio Rodrigues; Carlos Moraes, A. Souza e José de Mattos (Lopes II); F. Correia (Leal II), Luiz Couto (Hermínio), Amaro Carvalho (Luiz Couto), Julio Leal (Joventino) e J. Menor (Miguel).

Time-base de 1916: Mario Cunha; Rodrigues e Wanderley; Mattos, Lopes e Souza; Ferreira, Couto, Julio (Cap.), Carvalho e J. Menor.

Time-base de 1917: Mario Cunha; José Ribeiro e J. Lopes; Daniel, L. Couto (Amaro Wanderley) e J. Mattos; J. Alves, Carvalho (Cap.), J. Lopes (A. Souza), M. Ferreira e A. Clotes.

Time-base de 1918: Mario Cunha (Nô); J. Ribeiro (Ayres) e Daniel (Geraldo); Wanderley, J. Lopes (Mattos) e Alfredinho (Souza); Portella (Annibal), J. Alves, Amaro Carvalho (Cap.), M. Ferreira, Filuca (Lulu) e Clotes (Thiago).

Time-base de 1919: Nô; José Ribeiro e João Constantino (Alves); Ivaldo (Alfredo), Pereira (Wanderley) e Tarquino (Mattos); Annibal (Portella), Carvalho (Cap.), Scarrone I (M. Ferreira), Scarrone II (Geraldo) e Filuca.

Time-base de 1920: Nô; José Ribeiro e João Constantino; Mattos, Filuca e Geraldo; Alves, Carvalho (Cap.), Henrique, M. Ferreira e Severiano.

Time-base de 1921: Nô; José Ribeiro e Bianco; João Constantino, Raphael e Filuca; J. Alves, Carvalho (Cap.), Henrique, M. Ferreira e Santos.

Escudo, bandeira e uniforme redesenhados: por Sérgio Mello

FONTES: Vida Sportiva – Diário de Pernambuco (PE) – A Província (PE) – Jornal Pequeno (PE) – Jornal de Recife (PE)Arquivo pessoal

Escudo inédito!! Tacaruna Futebol Clube – Recife (PE): Disputou a Segunda e Terceira Divisões na década de 40

O Tacaruna Futebol Clube foi uma agremiação da cidade de Recife (PE). O Tricolor (Vermelho, branco e preto) foi Fundado no dia 12 de Abril de 1931, por funcionários da Fábrica de Tecidos Tacaruna. A sua sede e o campo ficavam na Estrada de Belém, 1799, no bairro de Campo Grande (Sítio Novo), Zona Norte do Recife.

Três anos depois, no dia 06 de Março de 1934, se filiou a Associação Suburbana de Desportos Terrestres (ASDT). Na quinta-feira, do dia 05 de setembro de 1940, inaugurou o seu campo, Parque Esportivo da Estrada Velha ou, simplesmente Campo de Salgadinho’, localizado no Salgadinho (O distrito de Salgadinho era parte do território de Bom Jardim. Com a criação do município de João Alfredo, Salgadinho passou a ser distrito da nova cidade. Foi elevado à categoria de município com a denominação de Salgadinho, pela lei estadual, 4.974,de 20 de dezembro de 1963).

Já constituído com sede, campo e categorias de base, o Tacaruna se tornou uma força respeitável, na Segunda Divisão Pernambucana. Em 1941, se filiou a Federação Pernambucana de Desportos (FPD). No mesmo ano disputou o Campeonato da 3ª Divisão, sendo campeão da Zona Norte e depois da 3ª Divisão de 1943, vencendo na decisão o Guanabara (vencedor da Zona Sul), por 7 a 1.

Tricampeão do Campeonato da 3ª Divisão de 1941-42-43 (Segundos Quadros). Depois veio o título do Torneio Início da 2ª Divisão de 1944. Também se sagrou campeão do Campeonato da Zona Norte de 1953. Depois, decidiu o título contra o Locomoção (vencedor da Zona Sul) e conquistou o título da temporada ao vencer opor 2 a 0, com gols de Tará aos 25 minutos e Zequinha aos 35 minutos, ambos da fase final.

Na decisão do Segundos Quadros, foi a vez do Locomoção dar o troco e conquistar o caneco ao derrotar o Tacaruna por 3 a 1. Ao longo da sua existência, o Tacaruna realizou diversos amistosos estaduais, municipais e nacional. Alguns jogos pinçados:

Domingo, 02 de Novembro de 1941 – 15hs (amistoso) – Tacaruna 3  x 4 Santa Cruz

Domingo, 27 de Setembro de 1942 – 15hs (amistoso) – Tacaruna 1  x 3 Sport Recife

Quinta-feira, 08 de Junho de 1944 – 15hs (amistoso) – Tacaruna 1  x 3 Santa Cruz

A primeira crise do Tacaruna ocorreu na terça-feira, do dia 09 de setembro de 1952, quando teve uma assembleia geral para definir se o clube seria paralisado, extinto, licenciado ou modificar a administração do clube. A decisão foi a mudança da diretoria. Contudo, o Tacaruna passou a diminuir as suas participações até desaparecer na década de 60.

Time-base de 1940: Bude; Espicha (Lula) e Alcides (Camaleão); Roldão (Waldeck), Wilson e Robson; Braga (Mario), Folgazão, Baptista (Zé Pequeno), Euclydes e Leonel (Tarzan).

Time-base de 1942: Lula; Guaberão e Palito; Rato, Orlandino e Soares; Cancio,Castelar, Tonhão, Capuco e Bio.

Time-base de 1943: Eladio; Guaberão e Palito (Alcides); Espicha (Enedino), Wilson e Luiz Pretinha; Cancio (Sérgio), Itaguari (Castelar), Tonhão, Capuco e Lula (Nicinho). Técnico: Antonio Rodrigues de Oliveira

Time-base de 1953: Julião; Amaro e Zito; Lero, Pretinha e Louro; Zequinha, Tará, Tim e Adalberto.

FONTES: Jornal de Recife – A Província – Diário de Pernambuco – Manchete Esportiva – Acervo de Gabriel Santos

Data de Fundação da Associação Garanhuense de Atletismo(PE)

Em todos os sites a data de fundação da Associação Garanhuense de Atletismo é dada como 31 de agosto de 1930. Mas um recorte do Diário de Pernambuco de 01 de setembro de 1944, lança dúvidas sobre a verdadeira data de fundação. Segue abaixo o recorte do jornal com uma data bem diferente da divulgada pela internet: