A Associação Atlética Ponte Preta é uma agremiação da cidade de Campinas, interior do estado de São Paulo. A “Macaca” foi Fundada no sábado, do dia 11 de Agosto de 1900, por um grupo de estudantes do Colégio Culto à Ciência passava suas tardes jogando bola em campos improvisados de um bairro de nome curioso: Ponte Preta. Na época, a ferrovia municipal havia construído uma ponte de madeira naquela região e a obra, para que pudesse ser melhor conservada, foi tratada com piche.
Em 11 de agosto, aqueles jovens apaixonados por futebol se reuniram para fundar o que se tornaria a primeira equipe de futebol do Brasil em funcionamento ininterrupto, nascida pelas mãos (e pelos pés) do capitão João Vieira da Silva, de Theodor Kutter, de Hermenegildo Wadt e de Nicolau Burghi, patronos da instituição. As suas cores são preto e branco.
É o time mais antigo do estado de São Paulo e o 2º clube mais antigo do Brasil, sendo também um dos times pioneiros do futebol nacional a contar com jogadores negros em seu elenco, o que então destoava do elitismo do esporte em seus primórdios no Brasil.
Conhecido popularmente como “Macaca“, o time atua em seu próprio estádio, o Moisés Lucarelli, com capacidade para 17.728 espectadores. Seu maior rival é o Guarani, com quem faz o Dérbi Campineiro, uma das maiores rivalidades do futebol paulista e do futebol brasileiro.
A Ponte é uma das equipes mais tradicionais do futebol brasileiro e é o clube do interior paulista que mais cedeu jogadores para a Seleção Brasileira em Copas do Mundo. Revelou grandes craques como, Dicá, Oscar, Carlos, Polozzi, Juninho, Manfrini, Sabará, Ciasca, Nenê Santana, Chicão, Nelsinho Baptista, Waldir Peres, Fábio Luciano, André Cruz, Brigatti, Alexandre Negri, Luís Fabiano, Adrianinho, Aranha, entre outros.
O clube campineiro possui conquistas e grandes campanhas a níveis municipais, estaduais, nacionais e internacionais, como seus 10 títulos campineiros(1912, 1931, 1935, 1936, 1937, 1940, 1944, 1947, 1948, 1951), 6 títulos do Campeonato do Interior(1927, 1951, 2009, 2013, 2015, 2018), 1 Taça dos Invictos (1970), 7 vices do Campeonato Paulista(1929, 1970, 1977, 1979, 1981, 2008, 2017), 3° lugar no Campeonato Brasileiro (1981), 3° lugar na Copa do Brasil (2001) e vice-campeã da Copa Sul-Americana (2013), além do título na Divisão Especial de Acesso (1969) e 2 vices no Campeonato Brasileiro Série B (1997 e 2014).
Na “Era dos pontos corridos“, fórmula de disputa que entrou em vigor a partir de 2003, a Ponte é o clube do interior com melhores resultados sendo: participante em 9 temporadas, com a maior pontuação nas 9 edições acumuladas (432 pontos), melhor classificação ao final da competição (8º lugar em 2016), mais vitórias (114 no total) e o time interiorano que mais liderou a competição (9 rodadas).
No Ranking da CBF a “Macaca” ocupa a 21ª posição com 6.694 pontos, sendo o 5º clube paulista melhor colocado no Ranking Nacional de Clubes. De acordo com a empresa BDO, que avalia anualmente a marca dos clubes brasileiros, a Ponte possui a 20ª marca mais valiosa do país, avaliada em 50,4 milhões de reais.
FONTES: Wikipédia – Site da A.A. Ponte Preta
FOTOS: Acervo de Fernando Pereira da Silva – A Cigarra
O Caicó Esporte Clube é uma agremiação do município de Caicó, no Rio Grande do Norte. Localizado a 282 km da capital (Natal), a “Capital do Seridó” possui uma população de 68.343 habitantes, segundo o IBGE/2019.
Um de desportistas humildes, mas de grande visão e de muita influência entre os seus pares, encabeçados por José Linho, Pedro Sabino, Joaquim Fernandes, José Pereirae Zé Helinho, se reuniram para Fundar na terça-feira, do dia 10 de Outubro de 1933, a “Raposa do Seridó“.
A história das duas fundações, começou na década de 80, quando os dirigentes decidiram assinar uma fusão com o Iate clube de Caicó.
Além de se tornar um elenco vitorioso de futebol em toda região do Seridó, com as suas cores rubro-negras, ainda construiu a sua sede social própria, chamada de ‘Sede dos Morenos’, que ficava em frente ao hotel Regente, próximo ao centro da cidade.
Local onde os seus associados realizavam as suas festas, sem nada dever à camada social superior que dançava na Prefeitura Municipal, ironicamente, com canções executadas por excelentes profissionais músicos, sócios do Caicó Esporte Clube.
Patenteando a segregação racial, repentinamente, começaram a chamar a sede do Caicó Esporte Clube de “Sede dos Morenos”. Aliás, alcunha que, apesar de ser depreciativo, os próprios “morenos” gostavam de alardear com muito orgulho, tornando-se um nome usual, ou melhor, era honroso pertencer à Sede dos Morenos, ou, simplesmente, a Sede.
A sua antiga Sede ficava na Rua Joel Damasceno, nº 455, no Centro da cidade. A Sede atual está situada na Rua Júlio César, s/n, em Samanaú. O Caicó manda suas partidas no Estádio Senador Dinarte Mariz, o Marizão,(Capacidade: 7 mil pessoas), em Caicó.
A parceria que veio para sedimentar o rubro-negro caicoense, terminou quebrando o histórico time, que na época tinha a maior torcida da cidade e região. Os maiores bens do clube, no caso a sede e o estádio José Avelino da Silva se tornaram patrimônios do Iate clube. A perda dos imóveis ninguém sabe explicar ao certo como aconteceu, mas o que se sabe é que as portas se fecharam. Atendendo aos pedidos de torcedores e imprensa esportiva, um grupo de dirigentes decidiu se reunir para dar vida ao rubro-negro. Foi no ano de 1986, que Janduís Fernandes e José de Alencar Filho fundaram novamente o Caicó Esporte Clube. Tentando se reerguer, o clube já possui um Centro de Treinamento, único do Seridó e agora parte em busca de um antigo sonho, tornar-se campeão potiguar.
Por falta de estrutura e principalmente dinheiro, o clube precisou licenciar-se do futebol profissional potiguar em 1996, passando a disputar competições amadoras pela região do Seridó e torneios da cidade de Caicó.
Em Abril de 2010, havia chances de o Caicó disputar o Campeonato Potiguar da 2ª Divisão. No entanto, a inscrição da Raposa acabou não acontecendo, mas em 2011, disputou e foi campeão da Segundona com uma rodada de antecedência e com isso voltou a Primeira Divisão depois de sete anos de ausência.
FONTES: Futebol Nacional – Blog do Niltinho – Wikipédia – Blog Bar do Ferreirinha – Blog do Roberto Flávio – Acervo do Zé Ezelino
O Esporte Clube Marechal Rondon é uma agremiação do Município de Guajará-Mirim (RO). O “Alviverde Guajaramirense” foi Fundado na segunda-feira, do dia 10 de Março de 1958. A equipe mandava os seus jogos no Estádio Municipal João Saldanha (Capacidade para 3 mil pessoas), em Guajará-Mirim. O “Galo de Rondônia” é a mascote.
Curiosamente o estádio (que antes levava o nome de ’10 de Abril’) leva o nome de João Batista Saldanha Guerreiro – que não é o João Alves Jobin Saldanha, jornalista e treinador de futebol que classificou a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1970 -, mais conhecido como João Saldanha, foi jogador de futebol e vôlei, locutor esportivo, piloto de avião e prefeito por dois mandatos no município de Guajará-Mirim.
Filiado a Liga Desportiva de Guajará-Mirim(LDGM), o Marechal Rondon conquistou diversos títulos como o vice-campeonato em 1965 e 1970; o título de 1966 e 1968 e Tricampeonato citadino em 1972, 1973 e 1974.
Mané Garrincha jogou noMarechal Rondon
No sábado, do dia 03 de Março de 1973, a partida entre Marechal Rondon e Pérola do Mamoré contou com a presença do ídolo do Botafogo e da Seleção Brasileira, Mané Garrincha.
O ex-goleiro do time Marechal Rondon, Abrahim Chamma, 71 anos, relembra orgulhoso da partida de futebol e se emociona ao ‘voltar no tempo’: “Nunca tinha visto tanta gente naquele estádio. Nesse dia, mais de 5 mil torcedores compareceram para ver o clássico. Garrincha jogou um tempo em cada time. No primeiro tempo ele jogou no nosso time, o resultado ficou em 0 a 0. No segundo tempo, o placar terminou em 1 a 0 contra o time que o Garrincha estava jogando. Joguei e ganhei dele (risos)“, lembra o jogador que ainda tira onda:
“O Garrincha deu um drible no lateral esquerda do Pérola, que ficou tão frustrado, que quando o jogo terminou, pendurou a chuteira e não jogou mais. Todo mundo tirou sarro dele“.
Marechal Rondon bate o Botafogo e garante vaga para o Copão da Amazônia
Em 1974, o Marechal Rondon se sagrou Tricampeão municipal. Com isso, decidiu quem seria o melhor de Rondônia enfrentando o Botafogo Futebol Clube, então campeão do Campeonato Porto-Velhense de Futebol. No final, o “Alviverde Guajaramirense” bateu o Botafogo e garantiu a vaga para disputa do Copão da Amazônia.
Marechal Rondon supera o Ypiranga e assegura vaga nacional
Após se tornar campeão Estadual, o Moto Clube assegurou a vaga para jogar o II Torneio da Integração. A segunda e última vaga de Rondônia foi disputado pelo vice-campeãoYpiranga e o campeão de Guajará-Mirim: Esporte Clube Marechal Rondon.
A história começou no Estádio João Saldanha, realizado na tarde de domingo, do dia 25 de Abril de 1976, o Marechal Rondon venceu, em casa, o Ypiranga, de Porto Velho por 1 a 0, no jogo de ida da disputa do representante do Território no Copão. O gol da vitória saiu aos 10 minutos da etapa inicial por intermédio de Cascauva.
O árbitro da partida foi Ronaldo Brito, de Porto Velho, auxiliado por Roberto Franco e José Messias, de Guajará-Mirim. A Renda foi de Cr$ 9.814,00.
Marechal: Abrahim; Pantoja, Nélio, Nilson e Bic; Miro e Matos; Wilson (Jansen), De Souza, Cascauva e Janjão (Washington).
Ypiranga: Pinga; Reginaldo, Boró, Raimundão e Nequinho; Zezé (Brandão), Alcimar e Esquerdiha; Ronaldo, Caetano e Bento (Risomar).
No Estádio Aluizio Ferreira, em Porto Velho, realizado na tarde de domingo, do dia 02 de Maio de 1976, o jogo da volta. O Marechal Rondon arrancou um empate com o Ypiranga em 1 a 1, assegurando a vaga para disputar o II Torneio da Integração. O árbitro foi Wagner Cardoso (Federação Acreana), auxiliado por Ronaldo Brito e Augustinho Leandro. A Renda foi de Cr$ 13.640,00. Ao final da partida o Alviverde recebeu o Troféu ‘Copa Ministro Arnaldo Pietro’. Reginaldo do Leão Azulino foi expulso aos 43 minutos da etapa final.
Ypiranga: Pinga; Reginaldo, Boró, Nequinho e Raimundão; Zezé, Alcimar e Esquerdiha; Ronaldo (Mário Sérgio), Caetano e Bento (Risomar).
Marechal: Abrahim; Pantoja (Martins), Nélio, Nilson e Bic; Miro e Matos e De Souza; Wilson, Cascauva (Luisão) e Janjão (Washington).
II Torneio da Integração de 1976
O II Torneio da Integração contou com a participação dos campeões e vices:
Acre – Juventus e Rio Branco (campeão desta edição);
Roraima – Sampaio Esporte Clube e Roraima Esporte Clube;
Amapá – Amapá Esporte Clube e Macapá Esporte Clube;
Rondônia – Moto Clube e Marechal Rondon.
Nova sede
Em junho de 2015, a nova diretoria iniciou a realização de uma grande feijoada visando arrecadar fundos para a construção da Sede do clube que fica na Avenida Abrahão Azulay, entre as Avenidas Osvaldo Cruz e José Bonifácio, no Estrelinha, no bairro Santa Luzia, em Guajará-Mirim.
Time de 1965: Vulcão; Benino, Pimentel, Dácio e Gama; José Luiz e João Gomes; Alcântara (Lippo), Carlos Alberto, Nery e Sena.
O Pery Ferroviário Esporte Clube é uma agremiação do município de Mafra, que fica a 310 km da capital do estado de Santa Catarina. A localidade conta com uma população de 56.292 habitantes, segundo o IBGE/2019.
O “Leão da Fronteira” foi Fundado no Sábado, do dia 18 de Setembro de 1920, por funcionários da Viação Férrea, com o nome de Pery Sport Club. Essa nomenclatura perdurou até 1938, quando o nome foi alterado para “Pery Ferroviário Esporte Clube”, também conhecido como “Pery” ou “Pery Ferroviário” foi destaque até a década de 70. A sua Sede social está situada na Avenida Coronel José Severiano, nº 117, no Centro de Mafra (SC).
O Pery Ferroviário participou de 14 edições do Campeonato Catarinense da Primeira Divisão, alcançando o vice-campeonato em 1939. Sua torcida o batizou de Leão da Fronteira, já que Mafra localiza-se no norte catarinense, às margens do rio Negro e fazendo divisa com o Paraná.
Em 1936 o Pery Ferroviário ganhou a alcunha de Leão da Fronteira. O Pery atuava havia 17 anos, mas numa tarde qualquer de 1936, ao empatar em 5 gols contra o Rio Negrinho, é que a equipe de empregados da Viação Férrea caiu definitivamente no gosto dos fãs.
Até aos 25 minutos finais, o placar apontava 5 a 0 para os adversários. “O Pery Ferroviário sempre teve seus cobras e finos, como eram chamados os craques da época“, relembrou um emocionado Rivadávia Pereira, 66 anos, o Zagallo do Norte catarinense, que defendeu as cores verde e branco do time mafrense entre os anos 50 e 60.
Setenta anos após sua fundação, entretanto, o Pery Ferroviário praticamente se resume às lembranças de ex-jogadores e dirigentes, além das poucas fotos e troféus (de um total de 300 taças) que teimam em permanecer no que restou da cede, no Centro da cidade de Mafra.
No auge, a agremiação tinha centenas de sócios (uma mensalidade vinha descontada no salário dos ferroviários de SC e do PR), um bom gramado e uma piscina de ponta. “Até a Vera Fischer nadou aqui“, ilustra Pereira, hoje um pacato senhor que se comove imensamente ao relembrar antiguidades do time que aprendeu a admirar ainda criança, quando seu irmão Silvio integrava o elenco do Pery Ferroviário, que levou este nome em homenagem ao índio estilizado pelo escritor José de Alencar.
Infraestrutura satisfatória à parte, o Pery Ferroviário não era um clube rico. “Ao final do jogo, não sobrava para nós nem as camisetas, que eram reutilizadas“, disse Melchíades Rosa, o Kid, 55 anos, que garante ter defendido o clube mafrense em todas as posições possíveis, exceto no gol.
Agora, pouco há: a piscina está desativada, sócios são escassos (aproximadamente 40 em 2000) e o estádio Ildefonso Mello é só um arremedo do que já simbolizou – arquibancadas desmontadas, casamatas quebradas, vestiários alagados e gramado esburacado.
Eventualmente, alguma promoção social é organizada por obra do seu presidente, Orlando Reis. Para piorar tudo, resume Reis, uma dívida trabalhista de R$ 30 mil, a ser paga em 6 anos, minguou as possibilidades de reerguer naturalmente o Pery Ferroviário.
“Qualquer um que desejar investir no clube é bem-vindo“, arremata Reis, tentando levantar o Leão da Fronteira à base de colaboradores, a exemplo do que aconteceu na década de 20, quando 24 ferroviários, em suas horas de folga, derrubavam imbuías e guaviroveiras para dotar Mafra de um campo de futebol. Em 1937 as equipes do Operário, Pery Ferroviário, América e Rio Negro ambas de Mafra, Três Barras de Três Barras, Canoinhas de Canoinhas e Bandeirantes de São Bento do Sul fundam em Mafra a Liga Esportiva Catarinense(LEC).
Trajetória 1920 – O clube é fundado em Mafra, então um importante entroncamento ferroviário catarinense. Aos domingos, um grupo de funcionários da Viação Férrea começa a jogar num campo improvisado ao lado do galpão das locomotivas.
1925 – O time aplica 12 a 0 no Rio Negrinho.
1934 – Campeão da Taça Trabalho, ao derrotar o União, de União da Vitória (PR), por 3 a 1.
1936 – O clube é vice-campeão estadual. Em seguida, ao vencer o Grêmio, de Curitiba (PR), leva a Taça Alexandre Gutierrez.
1939 – O Pery sagra-se novamente vice-campeão de SC. Ganha o Torneio Festival da América, ao passar pelo América, de Joinville, por 4 a 2.
1940 – Ganha a Taça Pérola, ao vencer o Canoinhas, por 8 a 0, num jogo disputado em Mafra.
1957 – Campeão municipal invicto.
1969 – Campeão do Torneio Início da Liga Corupaense.
1970 – A partir desta data, com a lenta falência do sistema férreo, o Pery inicia sua queda.
2006 – Disputa o Campeonato Catarinense de Futebol Profissional da Divisão de Acesso, obtendo a 5ª colocação geral.
Colaborou: Cícero Urbanski
FONTES: Wikipédia – Google Maps – Correio de Corumbá – Clickriomafra.com.br
O Bicampeão Mineiro (1937 e 1964) é o Esporte Clube Siderúrgica uma agremiação do Município de Sabará, que fica a 15 km da capital (Belo Horizonte) do estado de Minas Gerais. Com uma população de 135.196 habitantes, segundo o IBGE/2016, o povo sabaraense tem como o seu maior orgulho o “Esquadrão de Ferro”, que foi Fundado no sábado, do dia31 de maio de 1930, pelos funcionários da Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira (criada em 11/12/1921), por isto o nome escolhido para o clube.
A equipe das cores azul e branco tem a sua Sede localizada na Rua da Ponte, s/n, no bairro de Siderúrgica, em Sabará (MG). Além do departamento de futebol, a meta era transformar o clube numa recreação esportiva para atender a toda família dos seus funcionários.
O Siderúrgica sempre se apoiou no apoio e patrocínio da Belgo-Mineira, e seu declínio está ligado ao fim de mesma. Seu Estádio Eli Seabra Filho, conhecido como “Praia do Ó” (capacidade para um mil pessoas), foi construído pela empresa siderúrgica em um terreno cedido pelo Recreio Club Siderúrgica, posteriormente inaugurado no domingo, do dia 26 de Agosto de 1934. A mascote escolhida foi a Tartaruga, desenhada pelo cartunista Mangabeira em 1943.
HISTÓRIA E GLÓRIAS
O clube disputou sua 1ª partida, ainda não como profissional, no domingo, do dia 17 de agosto de 1930, contra o Alves Nogueira Foot Ball Club. O jogo foi no campo do adversário e o Siderúrgica acabou derrotado.
Em 1931, se filiou a Liga Mineira de Desportes Terrestres (LMDT), e no ano seguinte, com o forte apoio da Belgo-Mineira, disputou e conquistou o Campeonato Mineiro da Segunda Divisão de 1932. Em 1933, se profissionalizou e venceu, logo na sua estreia, o poderoso Palestra Itália(atual Cruzeiro) pelo placar de 2 a 1.
TÍTULO INÉDITO DA ELITE DO FUTEBOL MINEIRO DE 1937
Em 1937, alcançou uma de suas mais importantes glórias: a conquista do Campeonato Mineiro da Primeira Divisão. Na decisão venceu o tradicional Villa Nova, em um jogo desempate, contando com a sorte também já que o rival perdeu um pênalti importantíssimo. Teve o artilheiro da competição, Arlindo com 10 gols.
O time base: Tonho, Rômulo Januzzi, Ferreira, Chico Preto, Mascote, Paulo Florêncio, Moraes,Geraldo Rebelo, Chiquinho, Arlindo e Princesa.
Nos anos seguintes manteve seu sucesso nos gramados mineiros, vencendo jogos importantes contra rivais tradicionais de Belo Horizonte e se sagrando vice-campeão do torneio regional em 1936,1938, 1941, 1950, 1952 e 1960. Em 1942, teve a honra de ceder à Seleção Brasileira, para disputa do Sul-americano, seu meio de campo e destaque do time Paulo Florêncio.
Manteve outras atividades além do futebol, tendo êxito nas modalidades de basquetebol, voleibol, tênis e futebol de salão. Este último sendo campeão estadual em 1960 e 1962.
BICAMPEÃO MINEIRO DE 1964
Em 1964, sagrou-se campeão mineiro pela 2ª vez e o último campeão mineiro antes da “Era Mineirão”. Durante a campanha deixou para trás rivais fortíssimos, como o Cruzeiro de Tostão, o decacampeãomineiroAmérica e o tradicional Atlético Mineiro. Na final, venceu o América fora de seus domínios por 3 a 1, no estádio Otacílio Negrão de Lima, o Alameda(estádio atualmente extinto).
O time campeão, comandado pelo lendário técnico Yustrich: Djair; Geraldinho, Chiquito, Zé Luiz e Dawson Laviolla; Edson e Paulista; Ernani, Silvestre, Noventa (Aldeir) e Tião Cavadinha.
Esta conquista rendeu uma simpática marchinha, entoada pelos torcedores: “(…) Não tem, não tem/ não tem Galo, nem Raposa e nem Leão/ esse ano o negócio só vai bem/ pra Tartaruga do Napoleão (…)”.
Um causo citado sobre essa conquista, que teria acontecido, contra o Atlético Mineiro, entre o técnico Yustrich e o atacante Noventa merece ser esclarecido! O jogador sofreu uma fratura no braço e mesmo com uma tipóia, foi obrigado pelo treinador a jogar. Esse caso de fato aconteceu, mas não na conquista do Bicampeonato, mas sim no Estadual de 1965, dia do Galo.
Como campeão mineiro de 1964, coube ao Siderúrgica representar o estado na Taça Brasil de 1965. Jogando no recém-inaugurado “Mineirão”, o clube recebeu e venceu o Atlético-GO por 3 a 1, seguindo na competição até ser derrotado pelo Grêmio (RS).
DECLÍNIO E ATUAL SITUAÇÃO
Assim como seu meteórico sucesso, o declínio do clube foi algo rápido e intimamente ligado a parceria com a Belgo-Mineira. Em 1966, o Siderúrgica terminou em penúltimo lugar no torneio regional, escapando do rebaixamento, pois apenas o último colocado acabou caindo para a Segundona Mineira(no caso, o Esporte Clube Renascença).
Em 1967, devido à revolução industrial no Brasil, a empresa siderúrgica cessou o apoio financeiro ao Siderúrgica, terminando uma parceria que durava 34 anos de sucesso. Sem condições de se manter, o “Esquadrão de Ferro” pediu licenciamento a Federação Mineira de Futebol (FMF) e depois acabou extinguindo o departamento de futebol profissional, assim como muitos clubes conhecidos da época.
Permaneceu desativado por 26 anos, e retornou, sem sucesso de outrora, mais três vezes no futebol profissional: 1993, 1997 e 2007. Em todos os casos, jogou o Campeonato Mineiro da Segunda Divisão e não teve êxito, sempre terminando nas últimas colocações.
Em 2011, o clube novamente ativou seu departamento de futebol profissional e se inscreveu para a disputa do Campeonato Mineiro da 2ª Divisão, organizado pela Federação Mineira de Futebol (FMF). No entanto, não obteve sucesso e foi eliminado ainda na primeira fase.
Em 2012, o Siderúrgica teve uma campanha fraca na Segundona Mineira, sendo eliminado ainda na 1ª fase e ficando na lanterna do grupo sem nenhuma vitória.
A falta de verbas do Siderúrgica impediram o retorno de uma equipe profissional para a Segunda Divisão em 2014, mantendo apenas seis equipes de base, nas categorias pré-mirim, mirim, infantil e juvenil. Como não podem usar o Estádio da Praia do Ó, treinam em uma escola estadual de Sabará.
O “Esquadrão de Ferro” retomou novamente as atividades em 2015, e para a disputa da Segunda Divisão, utilizou o Estádio Israel Pinheiro, em Itabira, para mando de suas partidas, o mesmo ocorrendo em 2016.
APÓS 31 ANOS, ENFIM, A VITÓRIA
A última partida que o Siderúrgica jogou ainda patrocinado pela Belgo-Mineira foi a vitória fora de casa contra o Renascença, em Belo Horizonte, na quinta-feira, do dia 08 de dezembro de 1966.
Como time profissional, a equipe sabarense voltou a campo apenas em 1993, com uma campanha pífia, aonde em sete jogos, a Tartarugaperdeu seis e empatou um jogo. Depois disso, o time só voltou a disputar um campeonato profissional em 1997, a Segunda Divisão do Campeonato Mineiro, aonde novamente fez uma campanha pífia, com oito jogos, perdeu 4, empatou 2 e venceu 2.
A primeira dessas duas vitórias aconteceu no domingo, do dia 20 de Julho de 1997, 2 a 1 para cima do Fabril, quase 31 anos depois da sua última vitória. A segunda vitória aconteceu no domingo, do dia 31 de agosto de 1997, 4 a 2 em cima do Esportivo de Passos.
NOVO JEJUM DE VITÓRIAS
Essa foi a última vitória até hoje a nível profissional do Siderúrgica, sendo que o último jogo de 1997 ele empatou em 1 a 1 com o Aciara em Ipatinga. O próximo campeonato profissional que a equipe disputou, o da Segunda Divisão do Campeonato Mineiro, foi em 2007 e depois jogou as edições de 2011, 2012, 2015 e 2016.
As campanhas foram as seguintes: 2007: 8 jogos, 4 empates e 4 derrotas; 2011: 6 jogos: 1 empate e 5 derrotas; 2012: 6 jogos: 1 empate e 5 derrotas; 2015: 8 jogos: 2 empates e 6 derrotas e em 2016: 8 jogos: 2 empates e 6 derrotas, o que dá um jejum de 19 anos sem vencer ou 37 jogos profissionais seguidos sem vencer, o que é o jejum mais longo da história do clube se for levado como consideração o número de partidas sem vencer.
HINO DO E.C. SIDERÚRGICA
Não tem, não tem Não tem pro Galo, Raposa, nem Leão Este ano o negócio só vai ser, Pra Tartaruga do Napoleão. Não tem, não tem Não tem pro Galo, nem Raposa, nem Leão Este ano o negócio só vai ser, Pra Tartaruga do Napoleão.
A tartaruga anda devagar, Mas neste passo comanda o pelotão, Ninguém consegue acompanhar. A Tartaruga do Napoleão. Não tem, não tem.
Não tem, não tem Não tem pro Galo, nem Raposa, nem Leão Este ano o negócio só vai ser, Pra Tartaruga do Napoleão.
Não tem, não tem Não tem pro Galo, nem Raposa, nem Leão Este ano o negócio só vai ser, Pra Tartaruga do Napoleão.
A tartaruga anda devagar, Mas neste passo comanda o pelotão, Ninguém consegue acompanhar. A Tartaruga do Napoleão. Não tem, não tem.
Essa postagem é um tributo ao jovem Mateus Gomes Rossi, geólogo formado na USP, mestrando da COPPE-UFRJ, e dono do blog “Do Capotão ao Couro”, que faleceu prematuramente em 22 de dezembro de 2016 aos 29 anos.
Um agradecimento especial ao pai do Mateus: Sr. Marcelo Rossi, que gentilmente enviou o primeiro trabalho de pesquisa: Esporte Clube Siderúrgica de Sabará.
FONTES: Wikipédia – O Estado de Minas – Mateus Gomes Rossi – Marcelo Rossi
FOTOS: Página do clube no Facebook – sabaranet.com – Acervo de Guilherme L. de Oliveira
O Náutico Capibaribe Esporte Clube foi uma agremiação da cidade de Manaus (AM). Fundado na década de 50, a sua Sede social ficava no Bairro Beco do Macedo, na capital manauara.
O Náutico Beco do Macedo esteve presente em 26 edições do Campeonato da Segunda Divisão entre os anos 50 a 70. Para ser preciso, na época em que a Federação Amazonense de Desportos Atléticos (FADA), foi a organizadora, o Náutico participou de 13 edições: 1954 – 1955 – 1956 – 1957 – 1958 – 1959 – 1960 – 1961 – 1962 – 1963 – 1964 – 1965 e 1966.
Fundada na segunda-feira, do dia 26 de setembro de 1966, a Federação Amazonense de Futebol (FAF). A partir daí a nomenclatura foi alterada para “Campeonato da Divisão de Amadores“, porém, no restante tudo permaneceu igual. Nesse período, o Náutico esteve presente em 13 edições: 1967 – 1968 – 1969 – 1970 – 1971 – 1972 – 1973 – 1974 – 1975 – 1976 – 1977 – 1978 – 1979.
Em 1956, participou do Campeonato Amazonense da 2ª Divisão, que contou com a presença de 13 clubes: Internacional Futebol Clube – Copacabana – Rio Branco Futebol Clube – Sociedade Cultural Esportiva Penarol – Liberdade Esporte Clube – Clímax – Náutico – Cachoeirinha Esporte Clube – Raiz – Atlético Clube Clipper – Manaus Harbour – Estrela do Norte – Atlético Guarany Clube.
Em janeiro de 56, aconteceu o Torneio Extra da 2ª Divisão, onde participaram os times do Aliados, Remo e Educandos Atlético Clube, juntamente com os demais citados acima. No entanto, não participaram nem do Torneio Início e muito menos da Segundona.
Em 1957, participou do Campeonato Amazonense da 2ª Divisão, que contou com a presença de 12 clubes: Internacional Futebol Clube (Sede: Boulevard Amazonas, 303 – Manaus) – Copacabana – Roraima – Rio Branco Futebol Clube – São Geraldo – Liberdade Esporte Clube – Clímax – Náutico – Raiz – Atlético Clube Clipper – Estrela do Norte – Atlético Guarany Clube.
Em 1958, a Segundona Amazonense contou com a participação de 10 clubes: Clímax, Estrela do Norte, Expressinho Futebol Clube (Bairro Educandos – Vice-campeão da Segundona Amazonense de 1960), Atlético Guarany Clube, Liberdade, Náutico Capibaribe Esporte Clube (Beco do Macedo), Roraima, Sociedade CulturalRaiz Esporte Clube (Rua Nova, nº 30, bairro da Raiz, Fundado em 29 de Março de 1953), Rio Branco Futebol Clube (Grêmio do Gorgonha) e Esporte Clube São Geraldo.
Em 1961, a Segundona Amazonense contou com a participação de 09 clubes: Copacabana – São Geraldo – Oberon Futebol Clube (bairro da Glória) – Liberdade Esporte Clube – Esporte Clube Riachuelo – Rio Branco Futebol Clube – Expressinho – Náutico – Atlético Guarany Clube.
Em 1963, a Segundona Manauara contou com a presença de nove equipes: Náutico – Tricolor – Oberon – Rio Branco Futebol Clube – Liberdade – Raiz – Rom Merino – Expressinho – Atlético Guarany Clube.
Em 1964, o Clímax venceu a Chave B, enquanto o Náutico foi vencedor da Chave A. Assim as duas equipes decidiram, numa melhor de quatro pontos, o título do Campeonato da Segunda Divisão da FADA, no domingo, do dia 29 de novembro de 1964, no Campo do Parque Amazonense. O árbitro foi Carlos Amato, auxiliado por Jaime Nunes de Oliveira e Euclides Serra.
Sabe-se que nos dois primeiros jogos, tivemos uma vitória do Náutico e um empate. No 3º jogo, na manhã, às 8h30min., de domingo, do dia 13 de dezembro de 1964, no Campo do Parque Amazonense. O árbitro foi Mario Santos, auxiliado por Jaime Nunes de Oliveira e Dorval Medeiros. Inexplicavelmente, o Jornal do Commercio não noticiou quem foi o campeão!
Em 1965, a Segundona contou com a participação de 10 clubes: Botafogo Esporte Clube – Smot – Raiz – Libermorro – Rom Merino – Liberdade – Náutico – Olaria – Rio Branco Futebol Clube – Tricolor.
No primeiro semestre de 1967, a Federação Amazonense de Desportos Atléticos (FADA), mudou o nome para Federação Amazonense de Futebol (FAF), a competição passou a se chamar “I Campeonato da Divisão de Amadores“, que contou com a participação de 10 equipes: Raiz Esporte Clube – MauésEsporte Clube – Associação Atlética Rodoviária do Amazonas – Juteira Lustosa Esporte Clube – Sociedade Cultural Esportiva Penarol – União – Smot Futebol Clube – Ferroviário Atlético Clube – Bariri – Clímax. O 1º Turno era eliminatório, avançando os seis primeiros colocados para a Fase Final.
No 2º semestre aconteceu outro “Campeonato da Divisão de Amadores“, com outra fórmula de disputa. Num total de 20 clubes, divididos em duas chaves de nove e oito equipes!
Na Chave A “Arnóbio Valente” (ex-presidente do Olímpico): Cachoeirinha Esporte Clube – União – Milan Esporte Clube – Sociedade Esportiva XV de Agosto – Maués Esporte Clube – Cometa – Bariri – Santa Cruz e Atlético Guarany Clube – Campinas.
Chave B “Antônio Edgar Lobão” (ex-presidente do Rio Negro): União Esportiva Palácio Rio Negro – Tricolor – Liberdade Esporte Clube – Comercial Esporte Clube – Grêmio Colatinense Futebol Clube – Cruzeiro Atlético Clube – Clímax – Cruzeiro Esporte Clube – Rio Branco Futebol Clube – Princesa Isabel Esporte Clube.
Em 1968, um ajuste na nomenclatura: “Campeonato da 1ª Divisão de Amadores“, que contou com os seguintes clubes (21 ao todo): Associação Atlética Rodoviária do Amazonas – Juteira Lustosa Esporte Clube – Smot – Princesa Izabel – Auto Esporte Clube – Expressinho – Santo Antonio – Sociedade Cultural Esportiva Penarol – Maués – Náutico – Raiz – Atlético Guarany Clube – Ferroviário – Sociedade Esportiva XV de Agosto – Rio Branco Futebol Clube – Santa Cruz – Cachoeirinha Esporte Clube – Grêmio Colinense Futebol Clube – ASA – Comercial Esporte Clube – União Esportiva Palácio Rio Negro.
Em 1971, o Campeonato da 1ª Categoria de Amadores, contou com a participação de 11 equipes: Parque Amazonense – União Popular – Penarol – Náutico – Maués – Suframa – Cruzeiro Esporte Clube – Auto Esporte – ASA – São Francisco – Princesa Isabel.
Em 1972, o Campeonato da 1ª Categoria de Amadores, contou com a participação de 26 clubes, divididos em dois grupos. Na Série A (12 equipes): Náutico (campeão da chave) – Cruzeiro Esporte Clube – Guarani – São Francisco – ASA – Suframa – Sociedade Esportiva XV de Agosto – Maués – Penarol – Princesa Isabel – Smot Futebol Clube – Auto Esporte.
Na Série B (14 times): Grêmio Matinha (campeão da chave) – Clipper – Imotrigo – Libermorro – Ferroviário – Grêmio Colinense – Rio Branco Futebol Clube – Comercial – Milan Esporte Clube – Independência – Palácio Rio Negro – Albatroz – Cheik Futebol Clube – Cachoeirinha.
Em 1972, na decisão, na melhor de três jogos (já em 1973), diante do Grêmio Matinha, o Náutico venceu o 1º jogo por 2 a 0. No segundo encontro, na tarde de sábado (16 horas), do dia 31 de Março de 1973, o Náutico empatou em 1 a 1, no Estádio General Osório do colégio Militar, alcançando o Tetracampeonato(1969, 1970, 1971 e 1972).
Após sair atrás no marcador, o Náutico chegou ao empate por intermédio do meia Válber, que entrou na vaga de Paulinho, na etapa final. O Náutico formou assim: Vasquinho; Perobinha, Maurílio, Zé Pretinho e Mário Jorge; Arlindo, Paulinho (Válber) e Valmir; Valdison, Afonso e Marcelo. Técnico:João Zaranga.
Em 1973, o Campeonato da 1ª Categoria de Amadores, contou com a participação de 21 clubes: Náutico – Princesa Izabel Esporte Clube – Milan Esporte Clube – Ferroviário Atlético Clube – Associação Atlética Imotrigo – Atlético Guarany Clube – Sociedade Esportiva XV de Agosto – ASA (Associação dos Sargentos Amazonenses) – Botafogo Esporte Clube – Auto Esporte Clube – Sociedade Cultural Esportiva Penarol – Grêmio Esportivo São Francisco – Cruzeiro Esporte Clube – Atlético Clipper Clube – Comercial Esporte Clube – Independência – Cheik Futebol Clube – Grêmio Recreativo Matinha – União Esportiva Palácio Rio Negro – Libermorro Futebol Clube – Rio Branco Futebol Clube – Associação Recreativa e Cultural da Suframa.
Em 1974, o Campeonato da 1ª Categoria de Amadores, contou com a participação de 24 equipes, distribuídos em dois grupos de 12 clubes cada:
Chave A:Náutico – Princesa Izabel Esporte Clube – Sociedade Cultural Esportiva Penarol – Atlético Guarany Clube (Sede: Av. Costa e Silva n.º 237, em Manaus) – Associação Atlética Imotrigo – Sociedade Esportiva XV de Agosto – Smot Futebol Clube – Cruzeiro Esporte Clube – Maués Esporte Clube – Botafogo Esporte Clube – Grêmio Esportivo São Francisco – ASA (Associação dos Sargentos Amazonenses).
Chave B:Grêmio Recreativo Matinha – Libermorro Futebol Clube – Milan Esporte Clube – Esporte ClubeTarumã – Grêmio Católico Juventus Esporte Clube – União Esportiva Portuguesa – Cheik Futebol Clube – Esporte Clube Albatroz – Ferroviário Atlético Clube – Grêmio Colinense Futebol Clube – União Esportiva Palácio Rio Negro – Comercial Esporte Clube.
Em 1977, a competição contou com a incrível participação de 27 equipes: Esporte ClubeTarumã – União Esportiva Portuguesa – Cheik Futebol Clube – Grêmio Colinense Futebol Clube – Sulanapo Esporte Clube – Náutico – Santos Futebol Clube – Sociedade Cultural Esportiva Penarol – União Esportiva Palácio Rio Negro – União Esportiva Popular – Grêmio Esportivo São Francisco – Milan Esporte Clube – Santos Esporte Clube – Maués Esporte Clube – Corintinas – Atlético Guarany Clube – XV de Novembro – Esporte Clube Albatroz – Cruzeiro Esporte Clube – Manchester – Princesa Izabel Esporte Clube – Sociedade Esportiva XV de Agosto – Grêmio Católico Juventus Esporte Clube – Comercial Esporte Clube – Libermorro Futebol Clube – Atlântico Esporte Clube – Associação Atlética Liberdade.
Títulos
Campeão do Campeonato da Segunda Categoria de 1969, vencendo na melhor de três o Smot Futebol Clube. Faturou o Torneio Início do Futebol Amador da Segunda Categoria de 1970, ao vencer na final, o Maués, nos pênaltis, e recebendo a Taça Dr. Flaviano Limongi.
Depois se sagrou campeão do Campeonato da Primeira Categoria de 1970, faturando a Taça Luís Antônio Travassos de Souza. No 1º jogo, na quarta-feira, do dia 22 de Abril de 1970, o Náutico goleou o SMOT pelo placar de 5 a 1, no Estádio Gilberto Mestrinho. A partida foi interrompida aos 35 minutos da etapa final porque o SMOT estava com um número insuficiente de atletas em campo. No 2º jogo, no sábado, do dia 25 de Abril de 1970, o Náutico voltou a vencer o SMOT, no Estádio Parque Amazonense, ficando com o título.
Chegou ao Tricampeonato da 1ª Categoria, organizado pela FAF(Federação Amazonense de Futebol) em 1971. E, em 1972, ao Tetracampeonato. Nas quatro conquistas(1969, 1970, 1971 e 1972), o treinador foi o mesmo: João Zaranga.
Em 1975, Náutico decidiu o título do Campeonato da Divisão de Amadores, diante do Maués, no Estádio Vivaldão. Infelizmente o jornal não mencionou depois quem foi o campeão!
O Ypiranga Futebol Clube é uma agremiação do município de Palmeira, situado na microrregião de Ponta Grossa, que fica a 70 km da capital de Curitiba, no estado do Paraná. No último dia 06, o clube alvirrubro completou 100 anos!
Fundação
O “Glorioso’’ foi Fundado na sexta-feira, no dia 6 de Agosto de 1920, depois de meses de conversas entre apaixonados por futebol da cidade que tiveram a ideia de criar um time. Um grupo com cerca de 53 pessoas fundaram o inicialmente Ipiranga Foot Ball Clube.
A 1ª ata de reunião entre os fundadores do clube está registrada no domingo, do dia 8 de agosto do mesmo ano. As reuniões ocorreram onde se encontra, nos dias atuais, o Hospital de Caridade, na Cidade Clima.
Sede
A mudança de local da equipe, aconteceu após a doação de um terreno do Prefeito Sr. Domingos Theodorico de Freitas. Este local foi na Rua Coronel Ottoni Ferreira Maciel, s/n, no Centro de Palmeira, onde, até os dias atuais, é o local da sede ypiranguista.
Mesmo com a ideia fundada, ainda faltava um time que disputasse as partidas de futebol. As discussões para arrumar o escrete foram longas, tanto que demoraram semanas para chegar em um consenso. Após tanta discussão para montar a equipe, apenas em dezembro de 1920 a decisão teve um desfecho.
Primeiro jogo
A 1ª partida do Ypiranga, em um amistoso contra a equipe do Porto Amazonas, realizada no Largo Ypiranga(onde hoje é o atual Estádio João Chede), o escrete ypiranguista foi a campo com: Ignácio Cupinski Bach; Pedro Schon, Orácio Teixeira, Alff Bach, José Vida; Henrique Margraf, João Pizzoni, Ephiphano Vida, Augusto Henrique, Germano Jenrich, Pedro Albuquerque e Alfredo Teixeira. Infelizmente não há registros do resultado da partida.
Um detalhe curioso desta partida foi a festa de inauguração proporcionada pelos diretores. A comemoração foi realizada graças a arrecadação dos diretores durante as semanas anteriores que saíram pela cidade em busca de dinheiro.
Foi então, que arrecadaram 90 mil réis e duas caixas de cerveja. Assim, foi feita a 1ª comemoração nos arredores do João Chede, primeira de muitas. No dia do amistoso foi apresentado oficialmente os primeiros uniformes da equipe. A tradicional camisa um, nas cores vermelha e branca, é mantida até hoje.
A curiosidade é o segundo uniforme, nas cores verde e branco. Cores que alguns anos depois viria a ser de um dos maiores rivais do Ypiranga, o extinto clube Nacional.
Estádio
As discussões para a mudança da terraplanagem do campo de futebol iniciaram-se em 1926. Neste mesmo período é colocado em pauta pelos diretores a construção de um pavilhão para que novos torcedores pudessem assistir aos jogos, além de um melhor espaço para realizar as reuniões da diretoria e sócios.
A ideia inicial da mudança, na praça esportiva, começou a ser fundamentada apenas dois anos depois. Em 1928, os dirigentes ypiranguistas discutem e aprovam a pauta que consolidaria o projeto. Assim, João Chede, presidente do clube, consegue idealizar o projeto do estádio e, por ser uma pessoa de grande influência, consegue um empréstimo junto aos bancos para a construção da sede social e pavilhão.
Apesar da facilidade em conseguir o dinheiro do empréstimo, a construção foi iniciada apenas em outubro de 1929. Neste período, foram construídos dois alicerces da arquibancada e uma parte da escada. Após isto, outro empréstimo precisou ser realizado, pois o dinheiro não foi suficiente para o todo.
A construção do pavilhão de madeira foi feita através de uma licitação e o vigamento utilizado havia sido adquirido pelo clube de empresas da cidade. O valor total da praça esportiva ficou no total de 10 conto e quinhentos mil réis, pago em duas parcelas.
Esta obra realizada é o que vemos até os dias atuais, construída totalmente de madeira, comportando, aproximadamente, 400 pessoas. A inauguração oficial da nova praça esportiva e casa dos ypiranguistas, aconteceu em abril de 1930. O convidado para o amistoso, realizado na estreia do novo complexo foi o Operário Ferroviário. O estádio leva o nome do idealizador do projeto, João Chede, um dos maiores nomes que passou na história do clube.
Conquistas
A história ypiranguista já tinha 36 anos de existência e evidentemente, títulos conquistados. Mas, conquistas em torneios de menor relevância dentro do cenário local e estadual. Pelo pouco desenvolvimento do futebol amador em Palmeira o clube optava por disputar a Liga de Futebol de Campo Largo, mas isto mudou em 1956.
Naquele ano, por iniciativa do Ypiranga foi criada a Liga de Futebol Regional de Palmeira. Consequentemente, as equipes da cidade foram chamadas para participar do campeonato. Em 1957 aconteceu o 1º campeonato da Liga de Palmeira e o 1º grande título da história alvirrubra.
As finais deste campeonato colocaram frente a frente dois grandes rivais, o Ypiranga e a equipe da Associação Atlética Palmeira. O Glorioso ganhou as duas partidas pelos placaras de 2 a 1 e 3 a 1, respectivamente. O esquadrão alvirrubro foi pentacampeão da Liga de Palmeira, no período de 1957 até 1961.
Durante estes anos, um dos grandes ídolos da torcida foi formado. João Hoffman, mais conhecido como João Grande, marcou mais de 100 gols durante este período, sendo titular em todos estes anos. Ao todo, o Ypiranga conquistou 17 títulos da Liga de Palmeira, consolidando-se como o maior vencedor do torneio. Atualmente, este campeonato não é mais realizado.
Em 1964, a Liga de Palmeira encerrava as atividades e o cenário do futebol em Palmeira acontecia apenas com amistosos. Dois anos depois, em 1966, aconteceu a retomada da Liga, sob uma nova direção. De 1961 até o ano de 1976, a equipe do Ypiranga passou por um jejum de títulos da Liga.
Foram 15 anos sem conquistar o torneio, mas isto mudou em 76. A rivalidade entre os clubes na Cidade Clima estava acirrada entre o alvirrubro, a equipe do Palmeira e o Nacional, e foi em um “YPINAL’’ que a seca ypiranguista acabou.
A decisão aconteceu na fórmula, popularmente conhecida, como “melhor de três’’. A primeira partida ficou no 0 a 0, a segunda com vitória ypiranguista por 2 a 1 e a decisão, novamente, um empate. Mas desta vez em 1 a 1. Após a partida, a festa da torcida tomou conta da cidade, em uma das maiores comemorações pela conquista da Liga.
Após ter conquistado o cenário local e ser uma equipe conhecida entre os clubes da região, faltava concretizar o nome entre os grandes clubes amadores do Paraná.
Essa pressão aumentou quando em 1992, um dos grandes rivais do Ypiranga, conquistou a Taça Paraná. A Associação Atlética Palmeira foi campeã e a rivalidade entre os dois aumentou. Três anos depois, a diretoria ypiranguista toma novas decisões sobre o comando técnico e Cláudio Kapp assume a presidência e a “prancheta’’ da equipe, montando o esquadrão ideal para a temporada.
Campeão inédito da Taça Paraná de 1995
Em 1995, o ano começou com mais um título da Liga de Palmeira e ali a base foi formada para um desafio maior, a disputa da Taça Paraná. Com um plantel recheado de crias ypiranguistas, a equipe foi unida dentro e fora de campo.
Na 1ª fase foi marcada pelos jogos contra o Scheifer de Ponta Grossa, Sociedade Esportiva Lagoa de Antônio Olinto e o Clube Atlético São Mateuense. Nesta fase inicial do certame, o esquadrão de Cláudio Kapp marcou 18 gols e sofreu apenas quatro, em seis partidas disputadas.
Na fase de mata-mata, o plantel estava entrosado para a disputa das partidas de oitavas-de-final. O adversário da vez era o Grêmio Madeirite de Guarapuava. A primeira partida terminou com o placar de 1 a 1 no João Chede e o jogo da volta, no centro-oeste do estado, ficou em 4 a 2 para a equipe alvirrubra, classificando-se para próxima fase.
Nas quartas-de-final o Glorioso passou pelo Califórnia, com o agregado de 4 a 1. Na sequência, o Ypiranga não se intimidou contra o Bocaiuvense. Em dois jogos repletos de gols, o Ypiranga passa no agregado com o placar de 7 a 3 e chega na sonhada final.
A equipe adversária nestes dois últimos jogos foi o Real, da cidade de Realeza. No 1º jogo, disputado fora de casa, o Ypiranga conheceu a primeira derrota no certame, quando sofreu o revés de 2 a 0. Assim, a equipe teria que vencer no João Chede, pelo placar que fosse, pois no regulamento não constava saldo de gols.
Para conquistar o título, a vitória era essencial para levar a partida para prorrogação. O lema estampado no pavilhão vermelho e branco precisava motivar os jogadores, e assim, o desanimo não venceu as dificuldades. Com 2 a 1 na etapa regulamentar, a partida foi para prorrogação e nos últimos 30 minutos que restavam, a história foi escrita.
Debaixo de uma chuva intensa, as duas equipes não diminuíam o ritmo de jogo, mesmo com a exaustão de todo o campeonato. Aproveitando o apoio da torcida e a facilidade em jogar na chuva, pois o certame todo a equipe disputou partidas, que por coincidência, estava chovendo.
O Ypiranga fez o gol do título com os pés do atacante Edson Breda, popularmente conhecido como “Kinn’’. A festa das arquibancadas tomou conta da cidade e a noite foi de festa nos arredores do João Chede, finalmente o alvirrubro era campeão da Taça Paraná.
Campeão da Copa Interclubes de 2000
Quinze anos depois de conquistar o estado, mais um grande título na história do clube estava por vir. Em janeiro de 2000, o Ypiranga recebe o convite da Federação Paranaense de Futebol para disputar a primeira Copa Interclubes. A diretoria aceitou o desafio e se propôs em fazer um bom trabalho. Ao todo, 16 equipes disputaram o certame, divididos em quatro grupos, classificando-se para a segunda fase os dois melhores de cada grupo. A equipe alvirrubra ficou no grupo 4 e classificou-se em 1º lugar com 16 pontos.
Na 2ª fase, a primeira derrota veio no jogo de ida das quartas-de-final, quando perdeu para o Urano pelo placar de 3 a 2. Na partida decisiva, dentro do João Chede, o placar terminou em 2 a 0 para o Glorioso e na prorrogação garantiu a classificação vencendo por 1 a 0.
Nas partidas de semifinal, o adversário era o Colombo. As partidas terminaram com o agregado de 3 a 1 para o plantel ypiranguista, conquistando a vaga para a final.
O União Capão Raso seria o adversário nas duas decisões, a 1ª partida foi disputada em Palmeira e o jogo decisivo em Curitiba. Com o Estádio João Chede lotado pelos torcedores alvirrubros, a festa de recebimento da equipe foi inesquecível.
A motivação das arquibancadas refletiu em campo e a partida terminou em 5 a 2 para o Glorioso. No dia 20 de maio de 2000, a equipe decidiu o campeonato na capital paranaense e garantiu o título com um empate de 1 a 1. O gol que assegurou o título assinalado por Júlio César Vida, mais conhecido como Duío.
A boa fase da equipe continuou nos dois anos seguintes, quando o clube foi campeão inédito e de forma consecutiva da Liga de Futebol de Campo Largo, nos anos de 2001 e 2002. Mesmo com toda a trajetória dentro do estado, a equipe ypiranguista manteve a gana por títulos, mas passou por uma fase sem conquistas relativas. O escrete alvirrubro voltou a conquistar um título importante em 2019, quando faturou o Campeonato Amador de Ponta Grossa de maneira invicta.
Colaborou:Rodrigo Oliveira
FONTES: Livro ‘’Ypiranga Futebol Clube: 80 anos de glórias’’, de Luiz Gastão Gummy – João Paulo Pacheco do DRAP (site “Do Rico Ao Pobre)
O Caramuru Esporte Clube foi uma agremiação do Município de Castro (PR). Às margens do Rio Iapó, foi fundado ocorreu em 19 de março de 1778, a localidade fica a 159 km da capital (Curitiba). A “Cidade do Leite” possui uma população de 71.484 habitantes (segundo o censo do IBGE/2019).
O “Leão do Iapó” foi Fundado na quinta-feira, do dia 19 de Abril de 1917, com o nome de Caramuru Sport Club.
Em outubro de 1957, instalou a sua sub-sede social na Rua XV de Novembro, nº 39, no Centro de Curitiba. Em 18 de Junho de 1960, a sua Sede estava situada na Rua Nunes Machado, nº 130, no bairro de Bom Jesus, em Curitiba.
A equipe mandava os seus jogos no Estádio Municipal Lulo Nunes (Capacidade: 5 mil pessoas), localizado na Rua Cel, Vital Martins de Oliveira, s/n, na Vila Rio Branco, em Castro. Após sofrer remodelações, como a colocação dos refletores, em 1981, o estádio ganhou o nome de Centenário.
O Caramuru disputou os torneios organizados pela Liga Amadora de Ponta Grossa. Na segunda-feira, do dia 11 de Abril de 1955, a Federação Paranaense de Futebol (FPF), aceitou e inscreveu o Caramuru para integrar a Divisão Extra de Profissionais do Paranaense, na vaga do S.E.F. Juventus, que se licenciou.
Disputou até 1965. A sua melhor posição aconteceu em 1959, quando terminou a primeira fase em 2º lugar (13 vitórias, dois empates e cinco derrotas) e a segunda fase em 4º lugar (duas vitórias, um empate e três derrotas), e 3º colocado no geral. Destaque para as vitórias sobre o Coritiba (2 a 1) e Athletico Paranaense (3 a 0), ambas em Curitiba!
Uma curiosidade dessa temporada memorável, foi que o Bellini, zagueiro e capitão da Seleção Brasileira na Copa de 1958, entregou o troféu, uma vez que ele estava de passagem com o Vasco da Gama em Curitiba.
O Leão do Iapó ainda disputou o Paranaense 1971, época em que participou da loteria esportiva e teve seu símbolo destacado pela revista Placar como time de botão. A agremiação foi reorganizado e Fundado na segunda-feira, do dia 26 de Junho de 1989, como: “Caramuru Futebol Clube“. Em 1991, retornou ao futebol profissional.
Em 1993, voltou a disputar a elite estadual, onde fez um primeiro turno irregular, mas recuperou-se no segundo, fazendo grande campanha. Destaque para os empates em casa com o Operário de Ponta Grossa(2 a 2, sofrendo gol de empate nos acréscimos, em incrível falha do goleiro, diante de 1.972 pagantes) e com o Coritiba(0 a 0, para 2.026 pagantes).
COLABORAÇÃO: Rodrigo Santana
Desenhos dos escudos e uniformes: Sérgio Mello
FONTES: O Dia (PR) – G1.Globo (Time de futebol de Castro faz 100 anos e relembra jogo histórico) – Central Palece Hotel/ Castro-PR – Diário da Tarde (PR) – Diário do Paraná
FOTOS: Acervo de José Pedro Naisser – Jornal de Castro