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Doce Mel Esporte Clube de Ipiaú (BA)

 

Doce Mel Esporte Clube é uma agremiação do município de Ipiaú (BA). Fundado em 1984, o clube desenvolve um belo trabalho social, ajudando jovens e adolescentes por meio do futebol. A equipe trabalha apenas nas catogorias de base, disputando as competições estaduais.

O Município de Ipiaí, com cerca de 45 mil habitantes (Censo IBGE/2010), fica no Sul Baiano a 353 km de Salvador. Jequié, Jitaúna  Itagibá, Ibirataia, Barra do Rocha e Aiquara, são os municípios adjacentes à Ipiaú.

Bahia Esporte Clube Argoim – Argoim (BA)

O Bahia Esporte Clube Argoim é uma agremiação do Município de Argoim (BA). O Tricolor (vermelho, azul e branca) foi Fundado no dia 15 de Novembro de 1982, por Erenilton Bela Bispo, conhecido popularmente por Xon.

 Nesses quase três décadas, o clube revelou o meia Denguinha, que em 1994, foi direto para jogar no Vitória da Conquista. O seu maior feito aconteceu em 2003/04, quando foi vice-campeão da Copa da Bahia, perdendo na final para o Esporte Clube Nazaré das Farinhas.

Liga Bahiana de Desportos Terrestres e Liga Brasileira de Desportos: mais do que uma simples partida de futebol

O futebol chegou à Bahia através de jovens burgueses que estudavam em colégios da Inglaterra, país onde surgiu o futebol moderno. Contudo, o que seria uma mera nova prática esportiva ganhou ares de preconceito entre o branco e o negro.   

De 1901 a 1912, iniciou-se a formação de uma cultura futebolística burguesa através da criação da Liga Bahiana de Desportos Terrestres (LBDT), conhecida como a “Liga dos Brancos”.

E, essa “Liga dos Brancos” tinha um caráter excludente, uma vez que era proibida a participação dos negros. O campeonato encontra um período de existência entre 1905 a 1912.

Porém, Salvador também experimenta o surgimento de uma cultura do futebol popular, representada por práticas próprias, constituída por grupos subalternos.

Esta encontra maior expressividade de 1912 a 1920, período da existência da Liga Brasileira de Desportos (LBD), que, além de substituir a antiga Liga no futebol baiano, se constituía enquanto um espaço de prática do futebol pelos clubes subalternos, formados, na maioria, por negros, que ficou conhecida pejorativamente pelo nome de “Liga dos Pretinhos”.

 

 Fontes: Helenicus, Almanaque Esportivo da Bahia, 1944.

2º Torneio Interestadual de Salvador em 1961.

10/10/1961 1º jogo – Bahia 2 x 1 Canto do Rio 

Fonte Nova – Salvador/BA

Gols: Biriba e Ari (Bah); Domingos (Cnr)

Bahia: Nadinho, Hélio, Henrique, Pinguela, Vicente e Florisvaldo. Biriba, Matos, Reginaldo (Mário) , Ari e Marito.

Canto do Rio com Carlinhos, Pereira, Osvaldo, Ari, Jair, Nézio, Antonio Carlos, Uriel, Jorge (Domingos), Alfredo e Jairo.

10/10/1961 – 2º jogo – Vitória 0 x 0 Sport

Fonte Nova – Salvador/BA

Vitória  Zé Carlos, Hélio, Medrado, Boquinha, Carlos Alberto e Nelinho. Frank, Carlinhos, Léo, Artur Lima e Valdir.

Sport : Dirceu, Bria, Alemão, Nensinho, Falaxixa e Tomires. Djalma, Ivson, Osvaldo, Bitencourt e Alcir.

 

12/10/1961 – 1º jogo – Vitória 1 x 1 Canto do Rio

Fonte Nova – Salvador/BA

Gols: Gols: Arthur Lima (Vit); Alfredo (Vit).

Vitória com Zé Carlos, Hélio, Medrado, Boquinha, Carlos Alberto e Nelinho. Frank, Carlinhos, Artur Lima, Léo e Valdir.

 Canto do Rio: Carlinhos, Pereira, Osvaldo e Ari. José, Nézio, Antonio Carlos, Uriel, Jorge, Alfredo e Jairo.
12/10/1961 – 2º jogo – Bahia 1 x 0 Sport
Fonte Nova – Salvador/BA
Gol: Didico
Bahia: Nadinho, Hélio, Henrique, Pinguela, Vicente e Florisvaldo. Biriba, Matos, Reginaldo, Ari (Didico) e Marito.
Sport de Recife : Dirceu, Bria, Alemão, Falaxixa, Tomires e Nenzinho. Djalma, Osvaldo, Bitencourt, Xeninha e Alcir.
Com esse resultado o Bahia se sagrou campeão do 2º Torneio Interestadual de Salvador em 1961.
Fontes: Arquivos Galdino e Silva e Blog do Chiquitinha.

 

 

Torneio Inicio campeonato baiano de 1961.

01 jogo – Botafogo/BA 0 x 0 Guarany/BA (4 x 2) penaltes.

02 jogo – Fluminense de Feira 2 x 0 Ypiranga ( gols: Lio e Joice (c)).

03 jogo – Leônico 2 x 0 São Cristovão (gols: Cacau e Hamilton)

04 jogo – Vitória 3 x 0 Galícia (gols: Léo, Carlinhos e Silvio Mário)

05 jogo – Botafogo/BA 1 x 0 Bahia (gol: Coruja)

06 jogo – Fluminense de Feira 0 x 0 Leônico ( 5 x 4 ) penaltes

07 jogo – Vitória 5 x 4 Botafogo/BA ( 5 x 4 ) penaltes

08 jogo – Vitória 0 x 0 Fluminense/BA (Na prorrogação Vitória 2 x 0 Fluminense; gols: Touro e Léo).

O Vitória sagrou-se campeão com os jogadores: Ouri, Frank e Touro, Kleber, Carlos Alberto, Carlinhos, Reginaldo, Valdir Leoni e Léo. Silvio Mário, Roberto. O técnico foi Pinguela.    

O Fluminense foi vice-campeão com Mundinho, Colário e Zeca. Nequinha, Adilson e Val. Lino, Zé de Melo, Roliço, Carlinhos e Reinaldo.
Fontes: Arquivo de Frank Chagas ex-jogador do futebol baiano.

 

DECISÃO DO CAMPEONATO BAHIANO – 1920

Ao final do Campeonato Bahiano de 1920, três equipes estavam empatadas no primeiro lugar. Foram necessárias partidas eliminatórias para a decisão do título. No sorteio se enfrentaram Associação e Fluminense, com o vencedor decidindo o título com o Ypiranga. Abaixo os resultados destas partidas:

ASSOCIAÇÃO 1-1 FLUMINENSE
Data: 05 de dezembro de 1920
Local: Campo da Graça, em Salvador / BA
Juiz: Benjamin Bompet
Gols: Liberato / Joaquim
Associação: Aragão; Fiães e Santinho; Cordeiro, Seabra e Arruda; Costinha, Todd, Liberato, Zequinha e Revelação.
Fluminense: Demétrio; Brito e Carapicu; Neco, Anísio e Satú; Lulu, Mário, Popó, Joaquim e Natalino.

ASSOCIAÇÃO 2-1 FLUMINENSE
Data: 12 de dezembro de 1920
Local: Campo da Graça, em Salvador / BA
Juiz: Benjamin Bompet
Gols: Costinha e Liberato / Popó
Associação: Orlando; Fiães e Santinho; Cordeiro, Seabra e Arruda; Costinha, Todd, Liberato, Lopes e Prandy.
Fluminense: Demétrio; Chibata e Carapicu; Neco, Anísio e Brito; Lulu, Satú, Popó, Joaquim e Natalino.

YPIRANGA 1-0 ASSOCIAÇÃO
Data: 19 de dezembro de 1920
Local: Campo da Graça, em Salvador / BA
Juiz: Antonio F. Dias
Gol: Piedade
Ypiranga: Nova; Bahia e Péricles; Gregório, Artur e Bahia II; Piedade, Dois Lados, Oscar, Juvêncio e Fernando.
Associação: Orlando; Fiães e Santinho; Cordeiro, Seabra e Arruda; Costinha, Todd, Liberato, Lopes e Prandy.

Fonte: A Manhã / BA

O Rei Pelé já jogou no Bahia? Entenda essa história

Por: Hailton Andrade

Imagine Messi no Bahia. Se a notícia de que o argentino trocou o Barça pelo Tricolor fosse anunciada no principal programa esportivo do Estado, certamente a reação dos torcedores seria de incredulidade.

 Quais razões fariam o melhor jogador do mundo deixar a melhor equipe do mundo para desembarcar em solo soteropolitano e se arriscar nas pelejas pelo Baianão, Copa do Brasil e Brasileirão? Pois é.

O iBahia Esportes foi atrás e descobriu que, nos anos 70, isso aconteceu com o atleta do século XX. Pelé, ídolo do Santos e da Seleção Brasileira, foi “contratado” pelo Esquadrão de Aço e a galera botou fé. Essa é a história de uma mentira que aconteceu de verdade.

Tudo se passou na “Resenha do Meio-Dia”, programa de sucesso comandado por França Teixeira, atualmente conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), na Rádio Cultura da Bahia entre os anos 60 e 70.

O ex-radialista lembra bem do fato curioso, mas não vê nada demais. “Rapaz, muita gente me pergunta isso. Foi uma coisa que pintou do nada. Isso era xoxo, tinha coisa melhor”, afirmou em bate-papo com o iBahia Esportes, sem se recusar a contar o ‘causo’, vez ou outra lembrado nos bastidores da crônica esportiva pelos que estão há muito tempo trabalhando com a cobertura do futebol pela Bahia.

“Foi por telefone. Dizia que o Bahia ia contratar Pelé e tínhamos combinado com o negão, e o negão disse que tava já mantendo as negociações com o amigo dele Osório (Vilas Boas, ex-presidente do Bahia). A gente armou tudo com ele. Ele era ótimo. Era não, ele é ótimo”, recorda Teixeira, aos risos, equivocando-se apenas no nome do presidente da época.

O empresário carioca já falecido Alfredo Saad, amigo de Pelé, é que era o mandatário do Tricolor quando a brincadeira foi feita. Ele presidiu o clube de 1970 até o início de 1971, logo após a saída de Osório Vilas Boas. França Teixeira ainda fez mais para aumentar a “veracidade” da história. Colocou até Athiê Jorge Coury, presidente do Santos entre 1945 e 1971, para falar ao vivo.

Quem confirma a história é o próprio Rei do Futebol, tricampeão do mundo, que foi disputado por clubes europeus como Real Madrid e Juventus, mas só deixou o Santos para encerrar a carreira no Cosmos, dos Estado Unidos.

“Na verdade, foi uma brincadeira que nós fizemos, porque eu estava sempre na Bahia nessa época. Eu tinha um sócio que também foi presidente do Bahia, o Sr. Alfredo Saad, que já faleceu e até hoje a sua esposa Margarida é minha grande amiga e mora na Bahia. Eu amo a Bahia e tenho muitos amigos baianos e tenho mil histórias como esta para contar. Envie um abraço a todos os meus irmão baianos”, respondeu à reportagem do iBahia Esportes, por email, quando perguntado sobre a veracidade da mentira.

Segundo França Teixeira, a proximidade que ele tinha com Pelé também ajudou na hora de armar a história. “A gente ia para Ilhéus. Ele gostava muito de Ilhéus. Um detalhe que muita gente não pergunta. Ele gosta muito de Ilhéus. Ele achava assim um lugar agradável”, revela o conselheiro do TCE, que explica os detalhes da história da “contratação” do Rei pelo Bahia.

“Surgiu a ideia. Eu digo: ‘Pelé, eu vou ligar para você em Santos ou em qualquer lugar, vou te localizar. Todo mundo tá dizendo, querendo que você arme um negócio que veio pro Bahia’. Aí ele: ‘como é que eu vou pro Bahia, rapaz?’. ‘Diga isso, rapaz’, eu falei. Armamos aqui a resenha no dia, ele já tava no telefone, já avisado. ‘Realmente, eu estou em adiantada conversações com o meu amigo Osório (na verdade, Saad)’. E aí falou com um convencimento arretado e o povo acabou acreditando que ele vinha mesmo para o Bahia”, conta o ex-radialista, vermelho de rir.

Como a “Resenha do Meio-Dia” tinha um grande público, a “notícia” logo se espalhou e os torcedores do Bahia empolgavam-se com a possibilidade de contar com o melhor atleta de todos os tempos no clube. Mas e aí, como voltar atrás e dizer que tudo não passou de uma brincadeira, França? “Pra desfazer depois tivemos que dizer que era primeiro de abril sem ser primeiro de abril”, diz. Já pensou Pelé no Bahia?

Fontes – Difícil apontar com exatidão quando aconteceu toda “brincadeira” de França Teixeira e Pelé. As fontes que colaboraram com a matéria mantêm viva na lembrança os acontecimentos, mas encontram dificuldade na hora de dizer a data. O experiente José Ataíde contou o causo do rádio baiano para Paulo César Gomes, apresentador do CBN Salvador Esportes (rádio CBN Salvador 100,7 FM), programa do qual o repórter que vos escreve participa de segunda a sábado ao lado do editor de esporte do portal Rafael Sena.

“O ano foi o ano que o Santos jogou em Ilhéus. Aliás, o Santos jogava muito em Ilhéus”, contou França Teixeira. Assim como ele, Ataíde e Pelé não recordaram o momento exato da história. Quem chegou mais perto foi Jorge Catugy, que atualmente trabalha nas rádios Tudo FM e Crystal. Procurado por nosso amigo Paulo César Gomes, ele recordou que a história aconteceu em 1971.

Ilustração: Francisco Soza (sozacaricaturas.blogspot.com) em 2001, pintada com tinta acrílica sobre cartão