Arquivo da categoria: História do Futebol

Ituiutaba Esporte Clube – Ituiutaba (MG): Escudo da década de 60

O Ituiutaba Esporte Clube foi uma agremiação da cidade de Ituiutaba (MG). Fundado no dia 30 de Abril de 1947, com o nome de Boa Vontade Esporte Clube. Meses depois o clube alterou o nome para Ituiutaba E.C. Pouco mais de meio-século de existência o clube viveu no amadorismo.

Somente em  1998, o clube se profissionalizou. Em 2011, a equipe se transfere para a cidade de Varginha, passando a jogar sob o nome de Boa Esporte Clube. O “novo” nome do clube não é uma novidade, uma vez que Boa já era o apelido do Ituiutaba e primeiro nome do clube, fundado em 1947 como Boa Vontade Esporte Clube .

 

FONTE: Site do Clube – Wikipédia

Rio Branco de Andradas Futebol Clube – Andradas (MG): Fundado em 1948

O Rio Branco de Andradas Futebol Clube é uma agremiação da cidade de Andradas (MG). O Azulão da Mantiqueira foi Fundado no dia 13 de Junho de 1948, com sede e foro, com endereço de frente para a praça doutor Alcides Mosconi, n.º 146, centro, e fundos para a rua coronel Eduardo Amaral, n.º 261, centro.

DENOMINAÇÃO SOCIAL

Tendo recebido a denominação original de Rio Branco FC, o Clube, em 1983, altera-a para Clube Rio Branco e, em 1999, para Rio Branco de Andradas Futebol ClubeÉ admitido o uso alternativo das designações Rio Branco FC e Rio Branco AFC, além das iniciais RBAFC.

INÍCIO

No limiar de 1948, incentivados pelos desportistas Pedro Delavia e Sebastião Teodoro Rosa e liderados pelos companheiros Sinésio Teodoro e Venício Almeida,atletas integrantes da equipe juvenil do Esporte Clube Andradense –– extinto em meados da década de 1950 ––, descontentes com o fato de somente treinar, além de agastados com a proibição de acesso à sede social do clube, declaram dissidência e, com a adesão, na primeira hora, de somente um titular, Luiz de A lmeida Lino, formam uma nova equipe, à qual, por sugestão de Venício, que se inspira no logradouro em que situada sua residência –– Praça Barão do Rio Branco ––, dão o nome de Rio Branco FC.

 

PRIMEIRO UNIFORME

Cotizando-se, os entusiasmados atletas compram, no estabelecimento comercial de Antônio Dechichi, a preço módico, um jogo de camisas, brancas, com uma faixa transversal, azul-escuro.

(Ao fornecer aos atletas o fardamento inaugural do quadro futebolístico que mais em frente se transforma no glorioso Azulão da Mantiqueira, no Maisquerido do sul de Minas Gerais, o lojista Dechichi os presenteia com um apito e se oferece para arbitrar a primeira partida que a novel equipe realizasse.)

PRIMEIRO JOGO

Em 13 de junho de 1948, no campo de futebol da Vila Caldas (atual estádio Parque do Azulão), com arbitragem de Antônio Dechichi e tendo como treinador Pedro Delavia, realiza o Rio Branco FC o seu primeiro jogo, que vence, contra a equipe do distrito rural de Gramínea, por 4 x 2.

 

SEGUNDO UNIFORME

Algum tempo depois, o time é presenteado pelo lojista Cristo Nohra com um novo jogo de camisas, azul-escuras, com faixa transversal, branca. (Aí a consolidação, para sempre, do azul e do branco como as cores oficiais do Rio Branco.)

 

ORGANIZAÇÃO JURÍDICA E PRIMEIRA DIRETORIA

Por volta de março de 1949, é elaborada ata, pro forma, com a data do primeiro jogo, 13 de junho de 1948 –– que é considerada a de fundação ––, para a constituição jurídica do Clube e posse da primeira Diretoria, integrada por honradas personalidades da época.

 

SEDE SOCIAL

Em 12 de fevereiro de 1950, em pequeno prédio alugado dos irmãos Goca e Nem Risso, que reservam para si o direito de explorar os serviços de bar, inaugura-se a sede social do Clube.  Em 10 de agosto de 1955, os irmãos Risso vendem o prédio a Antônio Trevisan Sobrinho, o que provoca a paralisação de todas as atividades sociais do Rio Branco. Em 25 de dezembro de 1955, para poder reabrir sua sede, o Clube compra o imóvel, ampliando-o, através dos tempos, mediante aquisições de áreas vizinhas.

 

TRAJETÓRIA FUTEBOLÍSTICA

 

FUTEBOL AMADOR E CATEGORIAS DE BASE

Entre 1948 e 1985, o Rio Branco se dedica ao futebol amador, em todas as categorias e faixas etárias. A partir de 1986, apenas às categorias de base. Em 1991, participa da Taça BH de Juniores e, em 2000, da Taça SP de Juniores.

 

FUTEBOL PROFISSIONAL

Campeonatos Mineiros

No final de 1985, profissionaliza-se e, em 1986, participa do Campeonato Mineiro da Segunda Divisão; sagra-se vice-campeão e obtém vaga para, em 1987, iniciar sua luminosa caminhada na Primeira Divisão do futebol de Minas Gerais, na qual se mantém até os dias atuais.

Em 1990, o Campeonato Mineiro da Primeira Divisão, com dezoito equipes, é disputado em dois turnos e por pontos corridos. Após campanha memorável, o Rio Branco fica atrás apenas das três equipes de Belo Horizonte e conquista o título oficial de campeão do interior.

Em 1992, repete o feito, ao qualificar-se para a disputa do quadrangular final, ao lado de América, Atlético e Cruzeiro. No segundo semestre de 1993, com esteio na classificação do Campeonato Mineiro de 1992, terça armas com a Federação Mineira de Futebol e defende o direito de disputar o Campeonato Brasileiro da Série C, em lugar do torneio seletivo para formação, no ano seguinte, dos Módulos I e II do Campeonato Mineiro. Sai vencido e é rebaixado, administrativamente, para o Módulo II.

Em 1994, disputa o Campeonato Mineiro da Primeira Divisão, Módulo II, cujo título conquista e ascende ao Módulo I. Em 1997, fecha o departamento de futebol e deixa de participar do Campeonato Mineiro do Módulo I.

Em 1998, retoma as atividades futebolísticas, disputa o Campeonato do Módulo II, torna-se bicampeão e volta ao grupo principal.  Em 2004, realiza má campanha no Módulo I e, pela primeira e única vez, conhece o descenso em campo.

Em 2006, conquista o tricampeonato do Módulo II e retorna à elite do futebol de Minas Gerais. Em 2009, classifica-se para as oitavas-de-final do Campeonato Mineiro da Primeira Divisão, Módulo I. No mata-mata, elimina o América, de Belo Horizonte, e alcança as semifinais, juntamente com Atlético, Cruzeiro e Ituiutaba.

Também no mata-mata, é eliminado pelo Atlético, mas conquista, pela terceira vez, o título de campeão do interior, sobrepujando o time do Triângulo Mineiro no saldo de gols.

 

Campeonatos Brasileiros

Em 1989, 1990, 1992, 1998 e 2003, o Rio Branco disputa o Campeonato Brasileiro da série C; e, em 1991, o Campeonato Brasileiro da série B.

 

Exibições no exterior

Entre julho e agosto de 1994, o Rio Branco, durante vinte e três dias, realiza vitoriosa excursão pela Espanha, enfrentando prestigiosas equipes das três divisões locais: Atlético de Madrid B, Marbella, Gimnastic Tarragona, Rayo Vallecano, Linares e outras.

 

APELIDOS  

O apelido “O Maisquerido” –– que é também empregado como “O Maisquerido do sul de Minas” –– aparece em 1949. Azulão da Mantiqueira (ou somente Azulão) surge em 1986, com a profissionalização do time de futebol e decorre da associação do azul-escuro da camisa principal com o topônimo Mantiqueira (Andradas se situa aos pés dessa formosa serra).

MASCOTE

O Clube tem como mascote o pássaro Azulão, podendo a sua figuração ser estilizada, inclusive antropomorficamente.

 

PADROEIRO

Santo Antônio é o padroeiro do Clube, como registrado em ata datada de 13 de junho de 1949.

 

PATRONO

O Barão do Rio Branco, título nobiliárquico de José Maria da Silva Paranhos Júnior, ás da diplomacia nacional, é o patrono do Clube, conforme consignado na ata acima referida.

 

ESTÁDIO PARQUE DO AZULÃO, também situado na área central de Andradas, é dotado de completa infra-estrutura tanto para a realização de jogos de futebol das equipes profissional e de base do Rio Branco –– com capacidade para cerca de nove mil pessoas, bem acomodadas ––  quanto para a promoção de eventos artísticos e musicais de grande porte –– com capacidade para vinte mil pessoas (os visitantes se impressionam com a quantidade de sanitários, sempre limpos e bem-cuidados, que há no Parque do Azulão).

 

CENTRO NUTRICIONALsituado a poucos metros do Parque do Azulão, destina-se, exclusivamente, à alimentação dos integrantes dos departamentos de futebol profissional e de base do Clube.

HOTEL DO AZULÃO, igualmente situado nas proximidades do Parque do Azulão, destina-se a alojar os componentes dos departamentos de futebol profissional e amador (base) do Clube.

CENTRO DE TREINAMENTOS DO AZULÃO, situado em região de clima excelente, a sete quilômetros e meio da cidade, numa altitude de mais de 1373m, em terreno com área superior a 50.000m2, contém um campo de futebol e modestos vestiários. O Clube planeja dotar o local de, pelo menos, mais  dois campos e instalações e benfeitorias necessários para sua transformação num verdadeiro centro de treinamentos de suas equipes de futebol profissional e de base.

 

 

FONTE & FOTOS: História extraída do site oficial do clube

Fabril Esporte Clube – Lavras (MG): 1º Escudo e outro modelo dos anos 50-60

Primeiro Escudo: Existiu entre os anos 30-40. Depois retornou nos anos 60-70

Mais duas raridades. Desta vez do Fabril Esporte Clube, da cidade de Lavras (MG). Fundado em 2 de setembro de 1932, manda seus jogos no Estádio Municipal Coronel Juventino Dias, com capacidade para 5 mil pessoas. O clube teve grande destaque no cenário mineiro no final da década de 1980.

Em 1988, foi Campeão Mineiro do Interior, e de quebra, assegurou uma vaga para disputar naquele ano o Campeonato Brasileiro da Série C. Também foi campeão do Campeonato Mineiro do Módulo II (Equivalente a Segunda Divisão) de 1984. Depois ficou com o vice do Campeonato Mineiro da 3ª Divisão de 1997.

Modelo da década 50-60

 

FONTES & FOTOS: Página do clube no Facebook – Wikipédia

Campeonato Paulista de 1920 – A.A. São Bento (da Capital) 0 x 1 Palestra Italia

 

Partida realizada na data de 15 de novembro de 1920, no estádio Chácara da Floresta.

Gols: Heitor (35m do 1º tempo)

Árbitro: ?

São Bento: Colombo, Apprá e Barthô. Fausto, Lagreca e Caetano. Infantini, Dias, Zucchi, Spada e Tito.

Palestra: Primo, Bianco e Pedretti. Bertolino, Picagli e Valle. Caetano, Ministro, Heitor, Imparato e Martinelli.

 

Fontes: revista “A Cigarra” e o livro “O Caminho da Bola” de Rubens Ribeiro.

Três Pontas Atlético Clube – Três Pontas (MG): Fundado em 2007

O Três Pontas Atlético Clube (TAC) é uma agremiação do Município de Três Pontas (MG). A sua Sede fica localizada na Avenida Nossa Senhora d´Ajuda, 297, no Centro de Três Pontas. Relembrando que anteriormente, o Trespontano Atlético Clube (Fundado em 1927), entrou em crise profunda, devido as dificuldades financeiras e dívidas, sobretudo, com a Federação Mineira de Futebol (FMF) e com o INSS, em 1995.

Com isso, 12 anos depois, um grupo de amigos apaixonados por futebol na cidade: Benicio Baldansi, Ney Antonio, Giovani Girardeli, Ricardo Lugao, Jose Vitor, Omar Camargo, Juliano Bryner, Celio Batista, resolveram reabrir o clube, Fundando no dia 13 de Junho de 2007.

Contudo, em razão das dívidas pendentes, optaram pela estratégia jurídica muito utilizada, não apenas no Brasil como em diversos países, inclusive da Europa (A Fiorentina, da Itália, é um exemplo clássico), a nova diretoria alterou a ‘razão social’ ou no português claro… Mudou de nome.

Assim, mantiveram as cores rubro-negras, o estilo do escudo e apenas trocaram o Trespontano Atlético Clube pelo Três Pontas Atlético Clube. Atualmente, o novo “velho” clube vem se reestruturando de forma gradativa. Por enquanto, disputa o Sul Mineiro, a Copa Bandeirantes (é Bi-campeão) e Copa Record (também já faturou o Bi).

Apesar dos bons resultados a grande ambição da nova diretoria, que se estende para toda a cidade, é conduzir o Três Pontas Atlético Clube de volta a Elite do Futebol Mineiro.

 

FONTES & FOTO: Wikipédia – Site do Clube – miltongamameninao.blogspot.com

Trespontano Atlético Clube – Três Pontas (MG): Três participações na Elite Mineira

O Trespontano Atlético Clube (TAC) foi uma agremiação do Município de Três Pontas (MG). O Leão do Sul foi Fundado no dia 02 de Janeiro de 1927. A equipe mandava os seus jogos no Estádio Ítalo Tomagnini, com capacidade para 2.500 pessoas, está localizado, em Três Pontas. Neste palco já desfilaram grandes craques como o ‘Anjo das penas Tortas’ Mané Garrincha, assim como Edu, Jairo, Jair Bala entre outros.

Na esfera profissional, o Leão do Sul participou do Campeonato Mineiro da 2ª Divisão em 11 oportunidades: 1967, 1968, 1984, 1985, 1986, 1987, 1988, 1989, 1990, 1994 e 1995 (os dois últimos já com a nomenclatura de Módulo II, que na prática equivale a Segundona). Além disso, o Trespontano se fez presente no Torneio Incentivo Mineiro (1987), na Supercopa Minas Gerais (1991 e 1993).

 

Modelo de 1957

O TÃO SONHADO ACESSO CHEGOU EM 1990

O grande momento do O TAC aconteceu na Segundona Mineira de 1990. Na 1ª Fase, o rubro-negro, então no Grupo B, terminou na 3ª posição com 10 pontos (11 jogos, com três vitórias, quatro empates e quatro derrotas; marcando oito gols e sofrendo nove). Na 2ª Fase, no Grupo C, o Trespontano, ficou na 4ª colocação e avançou para a fase seguinte (nove partidas, com três vitórias, e o mesmo número de empates e derrotas; assinalando quatro tentos e levando três).

Veio a 3ª Fase e com ele, uma nova classificação. No Grupo F, o Leão do Sul ficou em 1º lugar (quatro jogos, com duas vitórias e dois empates; marcando quatro e sofrendo um). Na última fase da Segundona, o Trespontano fechou na terceira colocação, conquistando o inédito acesso à Elite do Futebol mineiro. Foram quatro jogos, com uma vitória, duas empates e uma derrota; marcando três e sofrendo outros três.

TRÊS VEZES NA ELITE MINEIRA

No Campeonato Mineiro da 1ª Divisão foram três participações: 1991, 1992 e 1993. Na sua estréia, o Leão do Sul caiu no Grupo A, terminando em 6º lugar (12 pontos em 14 jogos: cinco vitórias, dois empates e sete derrotas; marcando 13 gols e sofrendo 16).

Na outra fase, já no Grupo F, o time não foi bem e acabou em 6º lugar (08 pontos em 10 jogos: três vitórias, dois empates e cinco derrotas; marcando 10 gols e sofrendo 13). No geral, o Trespontano terminou na 17ª colocação.

Em 1992, o TAC fez a sua melhor participação. No Grupo B, ficou na vice-liderança só atrás do líder América Mineiro. Foram 14 jogos, com 17 pontos; com cinco vitórias, sete empates e duas derrotas; assinalando 19 gols e sofrendo 12.

Na fase seguinte, o Trespontano terminou novamente terminou na 2ª colocação, só atrás do Cruzeiro que avançou para a decisão e, acabou como o campeão daquele ano.

Foram seis jogos, com duas vitórias, um empate e três derrotas; marcando quatro e tomando cinco. Na classificação final, o Leão do Sul  terminou na 7ª posição (num total de 24 clubes).

Em 1993, o TAC ficou no Grupo B, ficando na 5ª colocação com 10 pontos (duas vitórias, dois empates e seis derrotas; seis gols pró e 11 contra). No geral, o clube de Três Pontas terminou, na classificação final, na 20ª posição (num total de 23 clubes) e acabou rebaixado.

 

DÍVIDAS ACABOU GERANDO O FECHAMENTO DO TAC

Dois anos depois (1995), o TAC que teve muitos anos gloriosos muita vitórias, alegrias, decepções, momentos difíceis e como não poderia deixar de ser como qualquer outro clube pequeno. Após muitas dificuldades financeiras, teve as suas atividades suspensas devido a divida na federação e no INSS. Contudo, 12 anos depois um grupo assumiu o clube e o reativou como outro nome Três Pontas Atlético Clube. Mas essa é uma outra história!

FONTES: Rsssf Brasil – Wikipédia – GolAberto – Site do Clube

Esporte Clube Siderúrgica – Sabará (MG): Bicampeão Mineiro de 1937-64

Modelo da década de 60

O Esporte Clube Siderúrgica é uma agremiação da cidade de Sabará (MG). Com Sede na  Rua da Ponte s/n, no Bairro Siderúrgica (CEP: 34.515-190), o clube Alvi-celeste foi Fundado no dia 31 de Maio de 1930, por funcionários da Companhia Siderúrgica Belgo Mineira, que por sua vez patrocinou o clube, tanto no aprimoramento dos diversos departamentos da agremiação quanto no futebol profissional. Em 1943, o cartunista Fernando Pierucetti, o Mangabeira, definiu como mascote da equipe uma Tartaruga.

Escudo publicado na Placar

O 1º presidente foi Felício Roberto e o primeiro campo de futebol foi construído com o patrocínio da Belgo, em terreno doado pelo Recreio Club Siderúrgica. Pouco mais de dois meses e meio, o Siderúrgica estreou nos gramados. No dia 17 de agosto de 1930, acabou derrotado, fora de casa, para o Alves Nogueira Foot-Ball Club.

O investimento, somado a boa estrutura do Siderúrgica acabou rendendo bons frutos. Em 1932, já tendo aderido ao profissionalismo e filiado pelo Liga Mineira de Desportos Terrestres (LMDT), o clube faturou o seu primeiro título, ao se sagrar campeão do Campeonato Mineiro da 2ª Divisão.

A equipe fez uma campanha sólida, com nove jogos e 15 pontos, com sete vitórias, um empate e uma derrota; marcando 22 gols e cinco contra. Triunfos em cima do Esperança FBC (1 a 0 e 8 a 1), Montes Claros SC (4 a 1), Tupy Athletico Club (2 a 1); Palmeiras FC (2 a 0); SC Horizontino (4 a 2 e 1 a 0); empate com o Palmeiras FC (0 a 0); e derrota por W.O. para o Montes Claros Sport Club.

EM 1934, O CLUBE GANHA ‘CASA NOVA’

Em 26 de agosto de 1934, o Esporte Clube Siderúrgica recebeu o seu “Alçapão”: o  Estádio Eli Seabra Filho (Foto acima), com capacidade para 3 mil espectadores, localizado em Sabará.

Time Campeão de 1937

CAMPEÃO MINEIRO

Na Elite Mineira, o Siderúrgica terminou na 3ª posição em 1933, 1934 e 1935. Em 1936, ‘bateu na trave’, ficando com o vice-campeonato, só atrás do Atlético Mineiro. Enfim, no ano de 1937, o Siderúrgica faturou o caneco do Campeonato Mineiro da 1ª Divisão.

Após 10 rodadas, Siderúrgica (seis vitórias, dois empates e duas derrotas; marcando 21 gols e sofrendo 10) e Villa Nova (seis vitórias, dois empates e duas derrotas; marcando 15 gols e sofrendo oito) terminaram empatados com 14 pontos.

Com isso, foi necessário três jogos para definir o campeão. No primeiro, o Villa Nova (20 de março de 1938), aproveitou o fator campo e venceu por 3 a 1 (gols de Geraldino, duas vezes, e Remo para o Villa, enquanto Arlindo fez o de honra para o Siderúrgica).

Cinco dias depois, o Siderúrgica, em casa, deu o troco vencendo de forma convincente por 3 a 0, com gols de Chiquito, dois tentos, e Rômulo. Então, no terceiro e último derradeiro (03 de abril de 1938), o Siderúrgica, bateu o Villa Nova por 1 a 0, e levantou a taça. O gol do título foi assinalado por Arlindo, que de quebra, terminou a competição como artilheiro do certame com 10 gols.

Equipe campeã de 1964

BICAMPEÃO MINEIRO

E, das décadas seguintes, o Siderúrgica continuou mostrando ser uma das forças do futebol mineiro, ficando o vice em 1938, 1941, 1950, 1952 e 1960; terceiro lugar em 1939, 1940, 1942, 1953, 1954 e 1956; quarto colocado em 1943, 1944, 1951, 1955 e 1963; Quinto em 1948; Sexto lugar em 1946, 1947, 1949 e 1958; Sétimo colocado em 1945, 1957 e 1961; e 9º lugar em 1959 e 1962.

Então, em 1964, veio o Bicampeonato Mineiro. A definição ocorreu na última rodada e com o adversário direto: América Mineiro. As duas equipes entraram em campo com uma diferença de apenas um pontinho: Siderúrgica com 33 e o América com 32.

Mesmo atuando no Estádio Independência, no dia 13 de dezembro de 1964, o Siderúrgica venceu, de forma contundente, pelo placar de 3 a 1, com gols de Ernane, Noventa e Aldeir para o Alvi-celeste; enquanto Jair Bala descontou para o Coelho.

Após a conquista, deu início à festa na cidade histórica de Sabará, distante apenas 25 km de Belo Horizonte. Na campanha de 1964 a Tartaruga só perdeu uma partida para o Cruzeiro. Foram 22 jogos, com 14 vitórias,  sete empates e apenas uma derrota; marcando 45 gols e sofrendo.

O time campeão comandados por Yustrich jogou com a seguinte formação: Djair; Geraldinho, Chiquito, Zé Luis, Dawson; Edson, Paulista; Ernane, Silvestre, Noventa (Aldeir), Tião Cavadinha.

Em 1965, já na era Mineirão, o Siderúrgica conseguiu a terceira colocação no Estadual, atrás de Cruzeiro e América e à frente do Atlético Mineiro, utilizando a mesma base que conquistara o título de 64. Aliás, como campeão mineiro em 1964, coube ao Siderúrgica a honra de representar Minas Gerais na Taça Brasil de 1965, disputando o primeiro jogo oficial da história do recém inaugurado Mineirão.

No dia 29 de setembro de 1965, 24 dias após a inauguração do estádio, o Siderúrgica recebeu o Atlético-GO, no estádio da Pampulha, no jogo de volta da decisão da Zona Centro e venceu por 3 a 1, seguindo adiante na competição, quando foi eliminado pelo Grêmio.

TETRACAMPEÃO DO TORNEIO INÍCIO

No Torneio Início, o Siderúrgica mais uma vez confirmou que era uma força do futebol mineiro. O clube chegou na final, em seis oportunidades. Desse total, faturou quatro títulos (1942, 1951 e 1956, 1965), além dos dois vices (1939 e 1945).

No dia 03 de Maio de 1942, no Estádio Barro Preto, em Belo Horizonte, veio o título. Bateu o Aeroporto, nas Quartas de finais, por 2 a 0. Nas Semifinais, venceu o Atlético Mineiro por 1 a 0; e na decisão triunfou em cima do América Mineiro por 1 a 0, se sagrando campeão. O Time comandado por Mascote foi o seguinte: Geraldão; Perácio, Edílson; Floriano, Morais, Nilton; Migueira, Vieira, Ceci, Paulo, Rômulo.

No dia 15 de Julho de 1951, no Estádio Independência, em Belo Horizonte, veio o Bi do Torneio Início. Nas Quartas, após o empate sem gols, eliminou o América Mineiro, nos pênaltis: 3 a 2. Nas semifinais, novo empate em 0 a 0, e vitória os escanteios: 1 a 0, no Sete de Setembro. Na decisão, mais um empate em 1 a 1, e o título veio nos escanteios: 2 a 1, no Metalusina.

No dia 29 de Julho de 1956, no Estádio Barro Preto, em Belo Horizonte, o Siderúrgica levou o seu terceiro caneco. Passou pelo Asas, nas Oitavas; o Meridional, nas Quartas; e o Villa Nova, nas semifinais, todos pelo mesmo placar: 1 a 0. Na grande final, superou o Atlético Mineiro por 2 a 1, com gols de Joãozinho duas vezes para o Siderúrgica; descontando Silva para o Galo.

O time dos comandados de João Vermelho foi a campo com a seguinte escalação:  Noni; Zú, Pé de Chumbo; Procópio, Paulo, Amaro; Helton, Michel, Joãozinho, Russinho, Coelho.

No dia03 de Julho de 1965, no Estádio Independência, em Belo Horizonte, o Siderúrgica chegou ao Tetra do Torneio Início. Na 1ª Fase, após o empate sem gols, superou o Democrata de Sete Lagoas, nos pênaltis: 2 a 1. Nas Quartas, novo empate em 0 a 0, mais um triunfo nos pênaltis, em cima do América Mineiro: 6 a 5. Nas semifinais, outro placar em 0 a 0, e mais uma vez vitória nas penalidades: 6 a 4, no Guarani FC, de Divinópolis.

A grande final, aconteceu no dia seguinte (04 de Julho de 1965), no mesmo campo, o Siderúrgica bateu o Renascença por 2 a 1, com gols de Nísio, contra, e Noventa; enquanto Zezinho fez o de honra para o Renascença.

 

SIDERÚRGIA FECHA ÀS PORTAS

Mas em 1966, com a revolução industrial no país, viu-se a empresa obrigada a cessar o patrocínio do departamento de futebol profissional, preferindo manter apenas os departamentos de amadores do Clube, pondo fim a 34 anos de fidelidade e deixando o Esporte Clube Siderúrgica em dificuldades e sem condições de prosseguir sozinho. Com isso o time acabou rebaixado no mesmo ano, ficando na penúltima colocação do campeonato.

Escudo atual: 2000-2015

APÓS 26 ANOS… O RETORNO!

O Siderúrgica voltou a atuar no futebol somente em 1993 e depois em 1997 nas divisões inferiores de Minas, entretanto, não conseguiu nem de longe o brilho das décadas anteriores.

Depois teve uma volta em 2007, mas acabou por ficar na penúltima colocação de seu grupo, depois disso se afastou novamente. Novo retorno no Campeonato Mineiro da Terceira Divisão de 2012, terminando na quarta colocação de seu grupo. Neste ano, o Esporte Clube Siderúrgica está disputando o Campeonato Mineiro da Segunda Divisão (que na prática equivale a Terceirona).

Até o presente momento, restando duas rodadas para i final da primeira fase, o Siderúrgica, já eliminado, está na última colocação do Grupo A, com apenas um ponto (seis jogos, com um empate e cinco derrotas; marcando dois gols e sofrendo 16). No último domingo (30 de agosto de 2015), acabou derrotado, fora de casa, para o Valeriodoce por 1 a 0.

Comandados pelo técnico Weverson Alves, o time jogou com a seguinte equipe: Allan; Wesley, Paulo, Renato e Rafael; Nalbertty, Uilquison, Evandro e Diones; Samuel e Luan.

 

NÚMEROS DO SIDERÚRGICA NO ESTADUAL, ENTRE 1933-66 

O Esporte Clube Siderúrgica esteve presente, de forma ininterrupta, na Elite do Futebol Mineiro entre 1933 a 1966. No somatório dessas 34 edições do Campeonato Mineiro da Primeira Divisão, os números deixam claro a força dessa agremiação Bicampeã Mineira. Vejam abaixo os números:

Jogos:                         614

Pontos Ganhos:    685 

Vitórias:                   293

Empates:                   99

Derrotas:                 222

Gols pró:                1.213

Gols Contra:          955

Saldo:                       258

 

HINO DO E.C. SIDERÚRGICA (https://www.youtube.com/watch?v=ZvsquM8cbts)

Não tem, não tem
Não tem pro Galo, nem Raposa, nem Leão
Este ano o negócio só vai ser,
Pra Tartaruga do Napoleão.

Não tem, não tem
Não tem pro Galo, nem Raposa, nem Leão
Este ano o negócio só vai ser,
Pra Tartaruga do Napoleão.

A tartaruga anda devagar,
Mas neste passo comanda o pelotão,
Ninguém consegue acompanhar.
A Tartaruga do Napoleão.
Não tem, não tem.

Não tem, não tem
Não tem pro Galo, nem Raposa, nem Leão
Este ano o negócio só vai ser,
Pra Tartaruga do Napoleão.

Não tem, não tem
Não tem pro Galo, nem Raposa, nem Leão
Este ano o negócio só vai ser,
Pra Tartaruga do Napoleão.

A tartaruga anda devagar,
Mas neste passo comanda o pelotão,
Ninguém consegue acompanhar.
A Tartaruga do Napoleão.
Não tem, não tem.

 

FONTES: Rsssf Brasil – Wikipédia – Federação Mineira de Futebol  – Revista Placar

FOTOS: Sites Campeões do Futebol – Overmundo – Liga de Sabará – Panoramio

Futebol Amazonense – Cunningham: O hábil “Velhinho” inglês, na Década de 10

Os ingleses foram os maiores responsáveis em introduzir no Amazonas, no início do século XX, várias modalidades esportivas como o tênis, turfe, críquete, o beisebol e o futebol. De todos, o Futebol  foi o único que realmente ganhou a simpatia do manauara, popularizando-se.

Os britânicos que vinham para Manaus, trabalhavam nas diversas firmas inglesas que haviam na cidade. Em suas horas vagas, praticavam o futebol no bosque municipal e na praça Floriano Peixoto. E de tanto jogarem, acabaram fundando o seu clube: o Manáos Athletic.

O Athletic viu desfilar em suas fileiras vários craques como Huascar Purcell, Gordon, Brister, Burnett, Burns e Barton. Mas um em especial se destacava por seu enorme talento: J.Cunningham, um um jovem inglês que veio para Manaus trabalhar na empresa Manáos Harbour, que administrava o porto.

Sua função era de superintendente. A primeira notícia de um jogo de Cunningham com a camisa azul-marinho do Manáos Athletic vem do dia 13 de agosto de 1911, quando os ingleses enfrentaram, no Bosque, o time do Brasil.

Já o primeiro registro de gols de Cunningham foi no dia 15 de novembro de 1912 quando marcou duas vezes na goleada de 6 a 2 que o Athletic impôs ao Brasil. Extremamente talentoso e ágil em campo, Cunningham era o terror dos times manauaras.

Foi diversas vezes capitão de sua equipe e sempre era um perigo na área, onde os zagueiros nativos tinham muita dificuldade em marcá-lo. Cunningham tinha a pele bem branca e o cabelo loiro, motivo pelo qual era apelidado pelos amazonenses de”velhinho“.

Devido ás suas excelentes jogadas,era sempre aplaudido com entusiasmo pela torcida, seja no Bosque Municipal ou na praça Floriano Peixoto, maravilhada com seus gols. Na seqüência de jogos que o Manáos Athletic realizou, em 1913, contra o combinado amazonense, Cunningham foi o  responsável em organizar o seu time e um dos principais destaques.

Como exemplo os dois gols decisivos que marcou na vitória de 4 a 2 do Athletic sobre o Combinado Amazonense. A última notícia de uma partida de Cunningham pelo Athletic foi no dia 7 de dezembro de 1913 quando acabou derrotado pelo Combinado Amazonense pelo placar de 3 a 2.

O jovem inglês com certeza, voltava para a Inglaterra, pois no ano de 1914 seu nome desaparece das escalações do Manáos Athletic. Uma pena, pois o talentoso britânico com certeza marcaria muitos gols e seria um dos destaques no título de sua equipe no Campeonato Amazonense de 1914.

Aliás, que seria mais do que merecido para coroar sua habilidade com os pés e que faltou em sua galeria. Não se sabe o que aconteceu com Cunningham quando voltou á sua terra natal. Há algumas teses dele ter  defendido algum clube inglês, ou, talvez, tenha lutado na Primeira Guerra Mundial, destino que tiveram muitos jovens de sua pátria naquele período.

 

FONTE: Professor e Pesquisador do Futebol Amazonense, Gaspar Vieira Neto