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O cantor Jamelão também gostava de futebol

De madrugada, uma passagem contada por Airton Gontow, 47 anos, que é jornalista e cronista.
Estávamos no Sujinho, tradicional reduto da noite paulistana, com a bisteca mais famosa da cidade. Era a noite do jogo do Internacional de Porto Alegre contra o São Paulo, no Morumbi, pela Taça Libertadores. Percebemos alguns colorados, discretos e disfarçados no meio daquele bar lotado de são-paulinos cabisbaixos pela derrota em casa. Lá pelas três da manhã um grupo se aproximou da mesa: “Jamelão, somos gaúchos e teus fãs. Tu podes dar um autógrafo para a gente?” Jamelão olhou fixo para eles e disparou: “só se vocês acertarem qual é a minha musica predileta!”. Cheio de generosidade, deu uma dica: “é do Lupicínio”.

“Nervos de Aço””, exclamou um. “Vingança”, disse outro. “Esses moços, pobres moços, ah se soubessem o que eu sei…”, cantarolou um terceiro. Após mais tentativas, ele finalizou a conversa: “Você erraram, não tem autógrafo”. Deu um leve pontapé em mim por baixo da mesa e começou a cantarolar: “até a pé nós iremos, para o que der e vier, mas o certo é que nós estaremos, com o Grêmio onde o Grêmio estiver”. Os colorados olharam atônitos. Ele abriu um largo sorriso e disse: “sou gremista em Porto Alegre, santista em São Paulo e, principalmente, vascaíno no Rio, mas vocês estão de parabéns pela bela vitória. Para quem dou os autógrafos?” Todos rimos saborosamente…

Este pequeno relato certamente deve ser tratado como curiosidade. Mas julguei oportuno inserir porque quando estava lendo fiquei imaginando qual a música preferida do Jamelão entre tantas do Lupicínio Rodrigues. Quando li ele cantarolar o hino do Grêmio vi que era um final surpresa. Pelo menos para mim.
E quanto aos gauchos, deve estar tudo bem, afinal , os dois grandes de lá foram campeões mundiais e os torcedores do colorado devem até ter achado graça do Jamelão em noite de vitória do Internacional.
Gilberto Maluf

ARTIGO DA SEMANA N°27/2008 Súmulas de jogos e suas particularidades ao longo das décadas

SÃO PAULO(SP) 1 X 1 F.C PORTO(POR)
Data:25 / 01 / 1970
Amistoso Internacional
Local: Morumbi (São Paulo)
Renda: NCr$ 272.965,00
Público: 59.924 pagantes (107.869 presentes)
Gols: Vieira Nunes, 32 e Miruca, 35
Árbitro: José Favilli Neto
SÃO PAULO: Picasso; Édson, Jurandir, Roberto Dias e Tenente; Lourival e Gérson; Miruca (José Roberto), Toninho, Téia (Babá) e Paraná (Claudinho) / Técnico: Zezé Moreira.
PORTO: Vaz; Acácio, Valdemar, Vieira Nunes e Sucena; Pavão e Rolando; Gomes, Chico (Seninho), Pinto (Ronaldo) e Nóbrega.
Obs: Inauguração do Morumbi concluído

Dez anos. Esse foi o tempo que o São Paulo precisou se sacrificar para erguer totalmente a sua sede. Os anos de construção do Morumbi foram difíceis para o tricolor. Eram tempos de contenção de despesas e de pouco investimento no futebol profissional. Com o time fazendo apenas figuração nos campeonatos, os torcedores demonstraram muita paciência e compreensão com a diretoria, cientes do que representava o sonho do Morumbi. Assim como planejavam seus idealizadores, o gigante foi inaugurado como o maior estádio particular do mundo, com capacidade para 150 mil pessoas.A partida teve a presença de várias autoridades, como o presidente da República, general Emílio Garrastazu Médici, o governador paulista, Roberto Costa de Abreu Sodré, e o prefeito de São Paulo, Paulo Salim Maluf. Era o auge da ditadura militar. A presença mais ilustre, contudo, não foi de nenhum político, mas do dramaturgo Nelson Rodrigues. Uma das raríssimas vezes que o anjo pornográfico saiu do Rio de Janeiro para assistir um jogo de futebol.

BANGU(RJ) 6 X 0 FLAMENGO(RJ)
Data: 20 /08 /1950
campeonato carioca.
Local: Maracanã
Gols: Moacir Bueno(2), Zizinho, Joel, Simões, Sula.
Juiz: Alberto da Gama Malcher
BANGU: Luis Borracha, Rafanelli e Sula, Gualter, Mirim e Pinguela. Djalma, Zizinho, Joel, Simões e Moacir Bueno
FLAMENGO: Garcia, Biguá e Juvenal, Bria, Walter e Bigode, Aloísio, Hermes, Helio, Lero e Esquerdinha.
Uma das mais vergonhosas derrotas da vida do Clube de Regatas do Flamengo, aconteceu no campeonato carioca de 1950. Apresentando em campo um time verdadeiramente desconexo, incorrendo ainda no erro de uma aventura que foi o lançamento precipitado de Hermes, o Flamengo emudeceu os olhos de sua torcida, caindo por uma contagem que atinge tremendamente o prestigio do clube da Gávea. Está de parabéns o Bangu pela sua estupenda vitória. Vitória que veio como efeito natural do amplo domínio exercido pelo seu conjunto , cujas manobras táticas foram perfeitas e cujo padrão de jogo é o que se pode exigir de um grande esquadrão

VASCO DA GAMA(RJ) 2 X 1 SANTOS(SP)
Data: 21/04/1958
Amistoso Interestadual
Local: São Januário
Gols: Laerte(2), Álvaro
Árbitro: José Gomes Sobrinho
VASCO DA GAMA: Helio, Dario, Viana, Ortunho, Écio, Barbosinha (Clever), Ramos, Laerte, Livinho (Artoff), Rubens (Roberto) e Pinga
SANTOS: Manga, Fioti, Juvaldo, Getúlio, Ramiro, Urubatão, Dorval, Álvaro, Pagão (Raimundinho), Ciro (Dom Pedro) e Vasconcelos (Zezinho)
Comemorando a conquista do Torneio Rio-São Paulo, o Vasco recebeu em São Januário a visita do Santos no dia 21 de abril de 1958 para uma partida amistosa. Apesar de o jogo ser considerado uma espécie de revanche para a equipe paulista, que havia perdido por 3 a 1 no último confronto, o que se viu em campo foi um Cruzmaltino inspirado que confirmou sua superioridade e venceu por 2 a 1

FLAMENGO(RJ) 2 X 1 VASCO DA GAMA(RJ)
Data: 17 /10//1954
Local:Maracanã
Campeonato carioca
Gols: Rubens, Índio; Alvinho
FLAMENGO: Garcia, Tomires e Pavão, Jadir, Dequinha e Jordan, Joel. Rubens, Índio, Dida e Bábá.
VASCO DA GAMA: Barbosa, Paulinho e Belini, Eli, Mirim e Dario, Sabará, Ademir, Vává, Maneca e Alvinho.
Dida estreou no time principal do Flamengo no dia 17 de outubro de 1954 no clássico carioca Flamengo e Vasco da Gama com o maracanã lotado.
Eis o comentário para a revista, O Esporte Ilustrado, do conhecido jornalista Luiz Mendes:“Ainda há poucos meses eles estavam em suas terras, ouvindo pelo rádio os grande jogos do Rio, apenas sonhando com o maracanã. Hoje, como eles vivessem a história de um desses contos maravilhosos de Alice no país da maravilha, eram, de verdade, protagonistas daquela beleza toda, transformando, de um momento para outro, em ídolo de uma platéia que se dá ao luxo de ser considerada a maior do Brasil. E os dois meninos da ala esquerda rubro negra, vivendo essa realidade empolgante, fizeram algumas travessuras”.
“Numa fugida de Bábá, o magnifico “scratchmam” nacional Paulinho de Almeida teve que usar de recursos extremos para evitar o gol, derrubando o ponteiro antes que ele entrasse na área. E disso nasceu o golaço de Rubens, cobrando a falta de maneira notável, chutando ao estilo de Jair, contornando a barreira e fazendo a bola chegar as redes”.
“O começo da vitória, portanto, teve inicio na manobra dos dois garotos. Um deles, o meia Dida, livrou-se do robusto Eli do Amparo, que parecia um Golias diante de um Davi, e meteu a bola na esquerda para a fuga de Bábá. Depois, no segundo tempo, a verde ala esquerda, formada por dois meninos que vieram do Norte, não teve maior influência de nenhum nervosismo. Paulinho não precisou, entretanto, temer mais as fugidas de Bábá, porque o ponteiro se contundiu e ficou em um pé só, sem poder correr. Apenas Eli continuou caçando Dida, e Dida como se fosse desconhecedor do nome, do prestígio e, até da condição de “scratchmam” do médio do Vasco, prosseguiu passando por Eli como se Eli não existisse”.

GRÊMIO(RS) 2 x 6 INTERNACIONAL(RS)
Data: 26/09/1954
Amistoso Estadual
Local: Estádio Olímpico
Arbitro: Carlos Alberto Vigorito(URU)
Gols: Sarará, Zunino; Larry (4), Jerônimo e Canhotinho.
GRÊMIO: Sérgio, Ênio Rodrigues, Orli, Roberto, Sarará, Itamar, Tesourinha, Milton, Camacho (Vítor), Zunino e Torres (Delém).
INTERNACIONAL: Milton, Florindo, Lindoberto, Oreco, Salvador, Odorico, Luizinho, Bodinho, Larry, Jerônimo e Canhotinho.
No primeiro Gre-Nal da história do Estádio Olímpico, o Inter estragou a festa do seu maior rival. Aplicou um impiedosa goleada de 6 a 2, fazendo da casa do Grêmio, desde então, um palco de vitórias coloradas. O Internacional tinha uma de suas mais temíveis duplas de ataque em todos os tempos: Larry e Bodinho. Um jogo tão festivo que até o árbitro era atração: pela primeira vez um juiz uruguaio apitava, o sr. Carlos Alberto Vigorito. Em campo, o baile foi todo colorado com uma goleada de 6 tentos a 2

SÃO PAULO(SP) 1 x 0 PALMEIRAS(SP)
Data: 10/11/1946
Campeonato paulista
Local: Pacaembu
Árbitro: Bruno Nina
Gols: Renganeschi,38 2ºT Expulsões: Remo, Paulo;Og Moreira, Villadôniga
SÃO PAULO: Gijo; Piolim e Renganeschi; Rui, Bauer e Noronha; Luizinho, Sastre, Leônidas, Remo e Teixeirinha / Técnico: Joreca.
PALMEIRAS: Oberdan; Caieira e Gengo; Og Moreira, Túlio e Waldemar Fiúme; Lula, Lima, Villadoniga, Canhotinho e Mantovani / Técnico: Ventura Cambon
No ano de 1946, o Tricolor entrou no Campeonato Paulista como um dos favoritos.Este time era reconhecido como um dos mais fortes do país e lutava pelo bicampeonato estadual. São Paulo e Corinthians chegaram com chances na rodada final. O alvinegro enfrentaria um time pequeno, enquanto o Tricolor pegaria o Palmeiras. Precisando vencer, o São Paulo entrou de corpo e alma, mas o Palmeiras também jogou com muita garra e complicou ao máximo a vida do São Paulo.O zagueiro argentino Armando Renganeschi mesmo machucado permaneceu em campo para fazer número pois não havia substituições. Aos 38 minutos do segundo tempo, uma bola acerta o travessão do Palmeiras e pinga na grande área. Correndo com grande dificuldade, praticamente arrastando o pé, Renga conseguiu chegar na bola e tocar para o gol. O gol do título.

BENFICA(POR) 2 x 5 SANTOS(SP)
Data: 11/10/1962
Mundial Interclubes
Local: Estádio da Luz, em Lisboa
Árbitro: Pierre Schinter (França)
BENFICA: Costa Pereira; Humberto, Raul e Cruz; Caven e Jacinto, José Augusto, Santana, Euzébio, Coluna e Simões / Técnico: Otto Glória.
SANTOS: Gilmar; Olavo, Mauro e Dalmo; Zito, e Calvet; Dorval, Lima, Coutinho, Pelé e Pepe / Técnico: Luís Alonso Peres (Lula).
Gols: Pelé, aos 17 e 26 minutos do 1º tempo; Coutinho, aos três, Pelé, aos 19, Pepe aos 31, Euzébio, aos 41, e Simões aos 44 minutos do 2º tempo.
Foi no dia 11 de outubro de 1962 que o Santos Futebol Clube conquistou o título máximo que um clube de futebol pode alcançar. Nesta data, o Peixe sagrou-se campeão mundial interclubes, em Lisboa. A partida que rendeu o título ao Santos foi um verdadeiro show de bola. Este jogo é tido por muitos dos jogadores daquela época como a melhor apresentação do Santos em toda a sua história. O jogo final foi marcado por muita tensão. O estádio estava lotado e, como não poderia ser diferente, a quase totalidade do público presente torcia para o Benfica. O Santos havia vencido o primeiro confronto, no Maracanã, por 3 a 2, em um jogo muito disputado. O time português confiava tanto na vitória, que ouviam-se rumores de que já estavam sendo vendidos os ingressos para a terceira partida. Na verdade, o que a torcida portuguesa viu foi o completo domínio do Santos, que chegou a estar vencendo por 5 a 0. Os gols do Benfica só foram feitos nos últimos cinco minutos de jogo. Os gols do Santos foram marcados pelo famoso trio: Coutinho, Pelé (3) e Pepe. Pelo bonito futebol, a equipe campeã deu sua volta olímpica sendo aplaudida de pé pela torcida adversária

BOTAFOGO(RJ) 2 X 1 BANGU(RJ)
Data: 18 12 / 1967.
Campeonato carioca
Gols: Roberto e Gerson; Mario
Juiz: Antonio Viug.
Público: 111.641 pagantes.
BOTAFOGO: Manga, Paulistinha, Zé Carlos, Leonidas, Valtencir, Carlos Roberto, Gerson, Rogério, Roberto, Jairzinho, e Paulo Cesar Caju /Técnico: Zagalo.
BANGU: Ubirajara, Cabrita, Mario Tito, Luis Alberto, Ari Clemente, Jaime, Ocimar, Paulo Borges, Del Vechio, Mario, e Aladim / Técnico: Plácido Monsores.
Há 41 anos o Bangu decidia com o Glorioso a final do carioca. Perdeu, mas lutou até o fim, quase conseguindo o empate. Jogava-se por amor à camisa. O Bangu nessa época tinha uma grande equipe e nesse jogo foi valente, busca intensamente o bicampeonato, e teve até um gol duvidosamente anulado.112 mil torcedores estavam presentes, mesmo com uma tarde de chuva forte sobre a cidade.
O Botafogo tinha um timaço, e levou o caneco com um golaço de Gerson no ângulo do Ubirajara

VASCO DA GAMA(RJ) 3 X 2 AMÉRICA(RJ)
Data: 31 de julho de 1937
Amistoso Interestadual
Local: Estádio São Januário Público: 25.000 pagantes
Juiz: Sanchez Diaz (Argentina)
Gols: Lindo (2) e Raul; Nélson e Carola
VASCO DA GAMA: Joel, Poroto e Itália; Oscarino (Rainha), Zarzur e Calocero; Lindo, Kuko, Raul, Feitiço e Luna (Orlando)
AMÉRICA: Tadeu, Vital e Badu; Brito, Munt e Possato (Pellizzari); Valdir, Carola, Plácido, Nélson e Wilson
Em 19 de julho de 1937, os presidentes do América, Pedro Magalhães Correia, e do Vasco, Pedro Pereira Novaes, reuniram-se secretamente na Associação dos Empregados do Comércio, no Centro do Rio, e elaboraram uma estratégia para a pacificação, celebrada enfim com a fusão de LCF e FMD, criando a Liga de Futebol do Rio de Janeiro, aceita imediatamente pelos outros dez clubes que integravam as duas antigas entidades. Logo, em 31 de julho, promoveu-se o amistoso entre América e Vasco, em São Januário, numa festa magnífica. Valeu, então, a Taça Pinto Bastos e o Bronze da Vitória, esse oferecido pela revista “O Cruzeiro”. O Vasco venceu por 3 a 2 e ficou com a posse definitiva de ambos. Estabeleceu-se também um Troféu da Paz, para ser disputado naquele e em outros dois jogos, como de fato aconteceu. O América ganhou a segunda partida, realizada em 5 de setembro de 1937, e a terceira e decisiva, que aconteceu em 25 de agosto de 1938, por, respectivamente, 3 a 1 e 2 a 0, levando a taça para Campos Sales.

PALMEIRAS(SP) 2 X ESPORTIVA(GUARATINGUETA/SP)
Data: 07/09/1964
Campeonato Paulista
Gols: Ademar Pantera e Rinaldo
Árbitro: Teodoro Nitti
Renda: Cr$ 19.600.000,00
Público: 31.900 pagantes
PALMEIRAS: Valdir Joaquim de Morais; Caetano, Djalma Dias e Ferrari; Dudu e Valdemar Carabina; Gildo, Ademar Pantera, Picolé, Tupãzinho e Rinaldo / Técnico: Silvio Pirilo ESPORTIVA: Acosta; Bolar, Jorge e Rubens; Luís César e Zózimo; Roberto, Luís Carlos, Nenê, Sauí e Édson / Técnico: Carlos Silva
Em Setembro de 1964 a Sociedade Esportiva Palmeiras, com uma grande festa, entregava as obras de seu remodelado estádio. Foram entregues as novas numeradas, a arquibancada prolongada com um semi-círculo em seu final e o setor das sociais, aonde havia um lugar específico para os associados. Também foram reformados os banheiros, as cabines de rádio e televisão, a tribuna de honra, autoridades, e também foram criadas as cadeiras cativas, aonde da venda dessas cadeiras foi arrecadado parte do dinheiro investido nas obras.

PONTE PRETA(SP) 0 X 3 XV DE NOVEMBRO(PIRACICABA)
Data: 12 de setembro de 1948
Campeonato Pauista da 2ª Divisão
Local: Etádio Móises Lucarelli, em Campinas
Juiz: Antonio Musitano
Renda: Cr$ 57.730,00
Gols: Sato, Gatão e Picolino
PONTE PRETA: Serafim; Alcides e Sapatão; Nego, Gaspar e Rodrigues; Damião, Gaiola, Vicente, Armandinho e Oliveira
XV DE NOVEMBRO: Ari; Elias e Idiarte; Cardoso, Strauss e Adolfinho; De Maria, Sato, Picolino, Gatão e HenriqueJogo de inauguração do Estádio Móises Lucarelli após vários anos de esforços para ter o seu estádio próprio. A equipe disputava suas partidas no Estádio Horácio da Costa, de propriedade do Mogiana. Este jogo foi válido pelo Campeonato Paulista da 2ª Divisão e foi contra a equipe mais poderosa do interior na época, o XV de Novembro de Piracicaba.

SÃO PAULO(SP) 0 x 0 PALMEIRAS(SP)
Data:03/10/1943
Campeonato PaulistaLocal: Pacaembu
Árbitro: Carlos de Oliveria Monteiro(Tijolo)
SÃO PAULO: King; Piolim e Virgílio; Zezé Procópio, Zarzur e Noronha; Luizinho, Sastre, Leônidas, Remo e Pardal / Técnico: Joreca.
PALMEIRAS: Obderdan; Junqueira e Osvaldo; Brandão, Og Moreira e Dacunto; Caxambu, Gonzalez, Cabeção, Villadoniga e Canhotinho / Técnico: Del Debbio
O primeiro título do São Paulo após o ressurgimento do clube, em 1935, foi conquistado em 1943, já com Leônidas da Silva no time. Naquele ano, diziam que o Campeonato Paulista seria decidido na moedinha. Se desse cara, o campeão seria o Corinthians. Se desse coroa, seria o Palmeiras. O São Paulo só poderia ser campeão se a moeda caísse em pé. E a Portuguesa, se a moeda parasse no ar. Pois a moeda caiu em pé. O São Paulo mostrou superioridade aos rivais ao longo de todo o certame e chegou à ultima rodada precisando de apenas um empate para ficar com a taça. O adversário era o Palmeiras e o 0 a 0 daquela tarde garantiu a primeira conquista tricolor da Era Leônidas. Aquele seria o primeiro de uma série de cinco títulos estaduais naquela década.

VASCO DA GAMA(RJ) 2 x 0 PEÑAROL(URU)
Data: 22/04/1951
Amistoso Internacional
Local: Maracanã
Gols: Friaça e Ademir.Juiz: Carlos de Oliveira Monteiro, o popular Tijolo.
VASCO DA GAMA: Barbosa, Augusto, Clarell. Danilo e Alfredo. Tesourinha. Ademir. Friaça (Ipojucan). Maneca e Djair.
PEÑAROL: Maspoli. Matias Gonzalez e Romero. J.C. Gonzales. Obdulio Varela e Etchegayon (Abadye). Gighia. Piuepoff. Falero (Miguez), Schiafino e Vital.
Vasco da Gama e Peñarol realizaram 2 jogos no Maracanã como praticamente, para os vascaínos, revanches do Mundial de 1950 quando, a Seleção Celeste ganhou por 2 x 1 do Brasil. Vasco da Gama e Peñarol tinham as bases dessas seleções e os cariocas levaram a melhor nestes 2 jogos. No primeiro ganhou por 3 x 0 e no segundo por 2 x 0.

FERROVIÁRIA(SP) 0 x 5 VASCO DA GAMA(RJ)
Data:10 / 06 / 1951
Amistoso Interestadual
Local: Fonte Luminosa(Araraquara)
Juiz: Alberto da Gama Malcher auxiliado pelos bandeirinhas araraquarenses Ernani Salvador Volpi e Rolando Volpi.
Gols: Friaça(4), Tesourinha
VASCO DA GAMA: Barbosa; Augusto (Laerte) e Clarel; Ipojucan (Lola), Danilo e Alfredo; Tesourinha, Ademir (Amorim), Friaça, Maneca e Djair (Chico) / Técnico: Flávio Costa. FERROVIÁRIA: Sandro (Tino); Sarvas (Espanador) e Aléssio; Pierre, Basso e Pimentel (Rudge); Guardinha (Baltazar), Fordinho (Milton Viana), Marinho, Gonçalves e Baltazar (Tonhé) / Técnico: Zezinho
OBS:Friaça marcou o primeiro gol na Fonte Luminosa

Inauguração da Fonte Luminosa:
O majestoso estádio afeano está em parte pronto para ser inaugurado e entre a primeira e segunda rodada da 2ª Divisão a Ferroviária folgou para receber o poderoso esquadrão do CR Vasco da Gama, do Rio de Janeiro, para um amistoso especial, ou seja a inauguração oficial do Estádio Fonte Luminosa. Cartazes espalhados pela cidade, panfletagem de avião, chamadas nas rádios, milhares de ingressos vendidos na região de Araraquara e o jogo do dia 10 de junho de 1951 entra para a história. De um lado o time base da Seleção de 1950, vice-campeã mundial e de outro um time inexperiente e em formação.

SÃO PAULO(SP) 5 x 0 NACIONAL(SP)
Data: 01/01/1949
Campeonato Paulista
Local: Estádio do pacaembu, em São Paulo
Juiz: Mr. Snape
Renda: Cr$ 153.045,00
Gols: Friaça (2), Ponce de Leon e o juiz…
SÃO PAULO: Mário; Savério e Renato; Bauer, Rui e Jacó; Fraiça, Ponce de Leon, Leônidas, Remo e Teixeirinha.
NACIONAL: Fábio; Dedão e Antide; Damasceno, Riveti e Carlos; Plácido, Neca, Jorginho, Bode e Flávio.
Este jogo se tornou histórico, pois não foi o árbitro José de Assis Aragão o primeiro árbitro a marcar um gol, mas sim o inglês Mr. Snape que nesta partida se tornou o primeiro “árbitro artilheiro” brasileiro . Eis a ficha técnica e o comentário do jornal da época sobre o episódio:
“Depois de um jogo onde predominou amplamante, o tricolor bateu a equipe nacionalista pela contagem de 5 tentos a 0. Deve-se notar contudo que a marcação do 2º e 5º tentos sampaulinos foi muto contestada, notadamente o último. A linha atacante tricolor desceu para o ataque, Leônidas ao visar o gol atingiu o árbitro com a bola e esta foi aninhar-se nas redes guarnecidas por Fábio. Este tento, porém legítimo, sómente foi contestado pelo inedetismo com que foi marcado”

PALMEIRAS(SP) 3 x 0 PORTUGUESA SANTISTA(SP)
Data: 21/01/1951
Campeonato Paulista/1950
Local: Estádio Ulrico Mursa, em Santos/SP
Árbitro: Richard Eason
Gols: Lima 27/1ºT Rodrigues Tatu 7 e 29 /2ºT
PALMEIRAS: Oberdan; Turcão e Palante; Waldemar Fiúme, Luis Villa e Sarno; Nestor, Achilles, Lima, Canhotinho e Rodrigues Tatu / Técnico: Ventura Cambon.
PORTUGUESA SANTISTA: Andu; Pavão e Olavo; Jarbas, Nélson e Cabeção; Plínio, Zinho, Baía, Moacir e Barbosinha.
O Campeonato Paulista de 1950 já tinha um campeão praticamente definido: o São Paulo. Aliás, um tricampeão, já que a equipe tricolor vencera as edições de 1948 e 1949, e já comemorava aquele que seria o seu primeiro tricampeonato estadual. Faltando apenas três rodadas para o término da competição, a equipe do técnico Vicente Feola somava três pontos a mais do que o Palmeiras, segundo colocado na tabela. E, como naquela época as vitórias valiam apenas dois pontos, era quase impossível ultrapassar o rival. Favorecido por três tropeços seguidos do São Paulo o Palmeiras sabia que uma vitória diante da fraca Portuguesa Santista lhe valeria a vantagem de jogar pelo empate na última rodada, justamente contra o São Paulo, o Palmeiras conseguiu segurar o 1 a 1 e impediu o tri são-paulino.

FLAMENGO(RJ) 6 X 4 HONVED(HUN)
Data: Março de 1957
Amistoso Internacional
Local: Maracanã
Gols: Evaristo de Macedo(2), Dida, Paulinho, Henrique, Moacir,Szusza
ÁRBITRO: Mário Vianna.
FLAMENGO: Ari. Tomires e Pavão. Milton. Luis Roberto e Edson. Paulinho. Moacir (Duca). Henrique (Dida). Evaristo e Bábá.
HONVED: Grosic. Rackoszye Baniay. Boszik. Kotasz (Farago) e Lanthos. Budai. Kocsis. SuzSza. Puskas e Czibor ( Sandor).
Obs: 1º jogo de um total de 3 contra o Flamengo nesta excursão.
Em 1957 o famoso Honved de Puskas veio fazer 5 jogos no Brasil. A Fifa havia proibido o Honved de jogar partidas oficiais seja lá em que lugar fosse, ou seja, a Fifa colocou o time na Ilegalidade. Isso ocorreu devido ao fato do ministro dos esportes da Hungria, na época, estar favorável a permanência do regime comunista soviético no país. Naquela época explodia, na Hungria, a revolução anti-comunista, mais conhecida como revolução Húngara de 1956, liderada principalmente por estudantes e populares que tinha como principal objetivo contestar o regime comunista e as medidas impostas pela política stalinista da União Soviética. Grandes autoridades do país estiveram presentes ao jogo: o Presidente Juscelino Kubitschek, o Prefeito Negrão de Lima, o Ministro Luiz Galloti e o Cardeal Dom Helder Câmara.

FLAMENGO(RJ(RJ) 4 X 1 VASCO DA GAMA(RJ)
Data:15 / 12 / 1957
Campeonato carioca
Local: Maracanã
Juiz: Alberto da Gama Malcher
Gols: Joel, Zagalo, Dida, Henrique, Wilson Moreira
FLAMENGO: Fernando, Jouber, Pavão, Jadir e Jordan, Dequinha e Moacir, Joel, Henrique, Dida e Zagalo / Fleitas Solich
VASCO DA GAMA: Carlos Alberto, Paulinho, Belini, Orlando e Coronel. Écio e Rubens. Sabará, Almir, Wilson Moreira e Pinga.
O Flamengo repetiu o placar do primeiro turno. Os rubros negros golearam novamente o Vasco por 4×1, no clássico de ontem no maracanã. O tradicional clássico atraiu um grande público com recorde da rodada. Dentro do campo, também o clássico apresentou um colorido especial que chegou a se confundir muitas vezes com a violência como se houvesse ainda alguma esperança dos dois times em relação ao titulo máximo. Entretanto, no campo valia a rivalidade entre rubros negros e vascaínos. As jogadas bruscas, as entradas violentas registram-se com freqüência, apesar do esforço do juiz Gama Malcher na sua repreensão.

VASCO DA GAMA(RJ) 2 X 2 BANGU(RJ)
Data: 19/08/1923
Campeonato carioca
Local: Rua ferrer
Árbitro: Francisco Paes de FigueiredoGols: Frederico, Antenor, Claudionor, Negrito
VASCO DA GAMA; Nelson, Leitão e Mingote; Arthur, Claudionor e Nicolino; Paschoal, Torterolli, Arlindo, Cecy e Negrito.
BANGU: Gabriel, Luiz Antônio e Brilhante; Guerra, Joppert e Waldemiro; Frederico, Anchyses, John Hartley, Dininho e Antenor.
Deixou muito a desejar o jogo realizado entre os times do Vasco e Bangu, no campo deste último. O Vasco da Gama já campeão carioca por antecipado não demonstrou empenho nesta partida e os banguenses aproveitaram isso e fizeram 2 x 0. No finalzinho, os vascaínos demonstrando resistência, empataram o jogo diante de um Bangu que não soube segurar o placar.

FLUMINENSE(RJ) 1 X 3 SANTOS(SP)
Data: 05/03/ 1961Torneio Rio-São Paulo
Local: Maracanã, Rio de Janeiro
GolS: Pelé (2) e Pepe (Santos), Jaburú (Flu)
Árbitro: Olten Aires de Abreu
FLUMINENSE: Castilho, Jair Marinho e Pinheiro; Clóvis
(Paulo), Edmilson e Altair; Telê Santana (Augusto), Paulinho, Valdo, Jaburú e Escurinho.
SANTOS: Laércio, Fioti e Mauro Ramos de Oliveira; Zito, Calvet e Dalmo; Dorval, Mengálvio (Nei), Coutinho, Pelé e Pepe.
Pelé marcou neste jogo que toda a imprensa chamou de gol de placa.
Nesse jogo o Santos já vencia o Flu por 1 a 0, quando uma bola foi atrasada para o goleiro santista Gilmar, que visualizou Pelé como opção de saída de jogo, colocado perto do bico da grande área. Foi então que o Rei, com quase todo o time Tricolor pela frente, resolveu investir para o campo de ataque. Passou por Valdo, Edmilson, Clóvis, Altair e Pinheiro, como se nada ou ninguém estivesse a impedi-lo, até chegar na área adversária, quando cortou Jair Marinho, esperou a saída do goleiro Castilho e tocou para dentro das redes. O estádio, em êxtase, aplaudiu em pé por mais de dois minutos a
obra-prima que acabara de presenciar.

FLAMENGO(RJ) 6 X 2 BOTAFOGO(RJ)
Data:25/101959
Campeonato carioca
Juiz: Amilcar Ferreira
Gols: Henrique(2) Bábá(2) Luis Carlos, Dida; Quarentinha e Paulinho
FLAMENGO: Mauro, Jouber e Santana, Jadir, Carlinhos e Jordan, Luis Carlos, Moacir, Henrique, Dida e Bábá.
BOTAFOGO: Ernani, Cácá e Floriano, Ronald, Pampolini e Nilton Santos, Garrincha, Tião Macalé, Paulinho, Quarentinha e Amarildo.
Obs:Foram expulsos Jouber do Flamengo e Quarentinha do Botafogo.
Em jogo do campeonato de 1959, ano em que o Fluminense foi o Campeão, o Flamengo encontrou, finalmente, a compensação dos tantos dissabores sofridos neste campeonato. Era evidente que o quadro da Gávea estava crescendo nestas ultimas semanas e que somente uma sorte madrasta o privara de resultados mais brilhantes. E todos sentiam que no dia em que o azar deixasse de perseguir o time rubro negro, o adversário iria passar mal. Foi o que aconteceu, ontem, com o Botafogo que, jogando errado taticamente, sofreu uma goleada um tanto humilhante.

CORITIBA(PR) 2 X 1 GRÊMIO MARINGÁ(PR)
Data:15/06/1969
Campeonato paranaense
Local: Estádio Belfort Duarte
Árbitro : Valdemar Antônio de Oliveira
Gols : Paulo Vecchio (letra) aos 44´/ 1ºT, Osvaldo 23´/ 2º Paulo Vecchio / 29 /2º
CORITIBA : Joel; Antoninho, Nico, Roderley e Nilo; Paulo Vecchio e Lucas; Passarinho, Krüger, Kosilek e Rinaldo (Modesto). Técnico: Francisco Sarno.
MARINGÁ : Adílson; Cisca (Valdemar), Zé Carlos (Fausto), Ditão e Japonês; Nenê e Reginaldo; Iaúca, Ademir Rodrigues, Osvaldo e Mair .
O Coritiba enfrenta o Grêmio de Maringá, pelo Campeonato Paranaense, e o primeiro tempo está se encerrandoa quando, o ponta coritibano Passarinho dribla seu marcador e cruza para a área. Paulo Vecchio, que vem na corrida, passa pela bola e, sem outra alternativa, toca de “letra” na bola, que entra no canto direito do goleiro Adilson. Um gol de craque!

VILLA ISABEL(RJ) 5 x 0 CATTETE(RJ)
Data: 24 / 02 / 1918
Campeonato carioca da 2ª divisão
Local: Rua General Severiano
Árbitro: Rubens Portocarrero
Gols: Brandão, Cecy, Othon, Cecy e Brandão
VILLA ISABEL: Heitor, Pinaud e Tavares; Amaral, Caboré e Braga; Sylvio “Cecy”, Júlio, Othon, Brown e Brandão.
CATTETE: Octávio, Vignal e Júlio; Álvaro, Estanislau e Horácio; Mário, Argemiro, Leopoldino, Eduardo e Octávio II.
O Cattete F.C como campeão da 2ª divisão, de acordo com o regulamento,realizou um jogo extra contra o último colocado da 1ªdivisão, o Villa Isabel cujo vencedor jogaria na 1ªdivisão.Saiu vitorioso do embate o time do Villa Isabel F.C.

CRB(AL) 1 X 1 FLUMINENSE(RJ)
Data: 08/01/1961
Amistoso Interestadual
Local: Estádio da Pajuçara
Juiz: Cláudio Regis
Gols: Edmilson,Paulo Nylon:
CRB: Batista, Sucata (Zé Luiz) e Zé Reis, Pingüim, Bernardo e Bôbô, Miro (Aguiar), Corino, Veiga (Geofonso), Paulo Nylon e Marcelo / Técnico: Ivon Cordeiro.
FLUMINENSE: Castilho Jair Marinho e Pinheiro, Edmilson, Dari e Altair (Paulo), Maurinho (Wilson), Valdo, Jaburú (Jair Francisco), Telê Santana e Escurinho.
Em janeiro de 1961, veio a Maceió, a equipe do Fluminense, um dos mais tradicionais clubes do futebol brasileiro. O estádio da pajuçara lotou completamente. Afinal, Castilho. Jair Marinho e Altair eram campeões mundiais. E tinha jogadores que passaram pela seleção brasileira, como Pinheiro, Maurinho. Telê Santana e Escurinho. O grande artilheiro dos tricolores era o centro avante Valdo que mais tarde foi vendido ao Valência da espanha.

CARLOS RENAUX(SC) 0 X 3 FLAMENGO(RJ)
Data:13/01/52
Amistoso Interestadual
Local:Estádio Augusto Bauer(Brusque)
Juiz: Gualter Gama de Castro(RJ)
Gols:Esquerdinha,37/1º; Gringo,39’/2º; Hélio,43’/2º
FLAMENGO: Garcia, Biguá, Pavão, Bria, Dequinha, Almir, Joel, Aloísio, Gringo (Hélio), Índio e Esquerdinha / Técnico: Jaime de Almeida
CARLOS RENAUX: Mosimann, Afonsinho, Ivo, Tesoura, Bolognini, Pilolo, Petruscky, Otávio, Julinho, Teixeirinha e Hélio (Joyne).
Amistoso para coroar as festividades de inauguração da arquibancada social do Estádio Augusto Bauer.

CRUZEIRO(MG) 2 x 1 BOTAFOGO(RJ)
Data: 02/02/1957
Amistoso Interestadual
Local: Estádio Barro Preto / Belo Horizonte
Renda: Cr$56.160
Árbitro: Honver Bilate (RJ)
Auxiliares: Manoel do Couto Ferreira Pires (RJ) e Carlos Henrique Alves Lima (RJ).
Gols: Didi, 17min do 2º tempo, Gilberto aos 33min e aos 44min do 2º tempo.
CRUZEIRO: Mussula; Nozinho, Gérson, Adelino e Lazarotti; Pireco (Salvador), Raimundinho, Gilberto e Pelau; Cabelinho e Airton / Técnico (interino): Colombo.
BOTAFOGO (RJ) : Amauri (Pereira Natero); Orlando Maia, Bob Dr, Nilton Santos, Bob, Pampolini, Juvenal, Neivaldo, Didi, Gato (Paulinho), Garrincha e Gainete / Técnico: Geninho
Nesse tempo, o Botafogo tinha uma equipe muito forte, com vários jogadores presentes nos mundiais de 1958 e 1962 e aceitou um convite do Cruzeiro para um amistoso em Belo Horizonte e estendedou-se também para um confronto junto ao Atlético Mineiro. Nestes amistosos, o Botafogo destinaria sua cota na renda em benefício do zagueiro Gérson dos Santos que havia retornado do alvinegro carioca para o Cruzeiro e também, como parte do pagamento do passe do jogador Paulinho Valentim, que o time da estrela solitária comprara do alvinegro mineiro.

BOTAFOGO(RJ) 6×2 FLUMINENSE(RJ)
Data: 22/12/1957
Campeonato cariocaLocal: Maracanã
Público: 89.100
Árbitro: Alberto da Gama Malcher
Gols: Paulinho Valentim(5), sendo um de bicicleta;Escurinho, Garrincha e Waldo.
BOTAFOGO:Adalberto, Beto, Thomé, Servílio, Pampolini e Nílton Santos; Garrincha, Didi, Paulinho Valentim, Édison e Quarentinha / Técnico: João Saldanha.
FLUMINENSE:Castilho, Cacá, Pinheiro, Clóvis, Jair Santana e Altair;Telê, Jair Francisco, Waldo, Róbson e Escurinho / Técnico: Sylvio Pirillo.
Decisão do Campeonato carioca de 1957, bastando somente um empate para o Fluminense levantar o caneco mais, comandandados por João Saldanha e com uma grande atuação de Paulinho Valentim vindo do Atlético Mineiro e que depois fez carreira no boca Juniors o Botafogo fez uma grande partida e goleando o tricolor por 6 x 2 levou o troféu para General Severiano.

SELEÇÃO DE ALAGOAS 3 x 2 RENNER(RS)
Data:27/12/1953
Amistoso Interestadual
Local: Estádio Gustavo Paiva(Mutange)
Juiz: Adalberto Silva(AL)
Gols: Orizon(2 de pênalti)e Géo; Joeci, Enio Andrade(Renner).
SELEÇÃO: Epaminondas, Dirson e Orizon, Piolho, Zanélio e Mourão, Cão (Helio Miranda), Dida, Cécé, Bequinho (Tonheiro) e Géo.
RENNER: Valdir de Moraes, Enio Rodrigues, Ody, Ivo Medeiros, Valdo e Orlando, Carlito, Breno, Pedrinho, Enio Rodrigues e Orcely.

CSA(AL) 1 X 1 RENNER(RS)
Data:30/12/1953
Amistoso Interestadual
Local: Estádio Gustavo Paiva(Mutange)
Juiz: Aparício Viana Gustavo Paiva(Mutange)
Gols: Géo, Juarez
CSA: Almir, Paulo Mendes e Orizon, Piolho, Zanelio e Napoleão, Italo (Deda), Dida, Sued, Netinho e Géo.
RENNER:Valdir de Moraes (Albertino), Enio Rodrigues, Léo(Ody), Ivo Medeiros (Gago), Bonzo (Valdo) e Orlando, Carlito, Breno, Pedrinho (Juarez), Enio Andrade e Joeci (Orely).
Em 1953 o Renner de Porto Alegre jogou duas partidas em Maceió. Era o primeiro clube gaúcho a visitar o estado. Possuía grandes jogadores e foi campeão gaúcho de 1954. Alguns deles terminaram jogando na seleção brasileira defendendo as cores de grandes clubes brasileiros.

PALESTRA ITÁLIA(SP) 6 x 0 BANGU(RJ)
Data: 13/08/1933
Torneio Rio-São Paulo
Local: Estádio Palestra Itália / Parque Antártica
Árbitro: Haroldo Dias da Mota
PALESTRA ITÁLIA: Nascimento, Carnera, Junqueira, Tunga, Dula (Zico), Tuffy, Avelino, Gabardo, Romeu Pellicciari, Lara, Armandinho / Técnico: Humberto Cabelli
BANGU: Euclides, Mário, Sá Pinto, Paulista, Santana, Médio, Sobral, Ladislau, Tião, Plácido, Dininho (Vivi) / Técnico: Luiz Vinhaes
Gols: Gabardo(2), Avelino(2),Romeu Pellicciari(2)
Jogo disputado pelo primeiro Torneio Rio-São Paulo da história e a diretoria palestrina promoveu uma grande festa naquele 13 de agosto de 1933. Era a reinauguração do Parque Antárticao e quem pagou o pato foi o Bangu com essa humilhante e impiedosa goleada de 6 x 0.Médio e Ladislau do Bangu eram irmãos do grande Domingos da Guia e tios de Ademir da Guia um dos maiores jogadores do verdão.

Artigo de Jorge Costa, vascaíno, pesquisador amador e um apaixonado por futebol dos velhos tempos, onde o jogador atuava por amor ao clube. Tudo que é relacionado ao futebol do passado me fascina e me atrai, por isso resolvi divulgar as súmulas dos jogos antigos para que o torcedor do presente possa tomar conhecimento da história de seu clube e de seus jogadores

Faleceu o goleiro que lia durante os jogos

O ex-goleiro Tubo Gómez, nascido em Manzanillo, no México, em 29 de dezembro de 1929, faleceu no dia 04 de maio de 2008. Jogou no Chivas de Guadalajara e era conhecido pelo estilo provocador. Em um clássico contra o Atlas, por exemplo, fingiu estar lendo um livro diante da inoperância do ataque adversário. Foi campeão mexicano nos anos de 1956, 58, 59, 60, 62. 63 e 64.
É difícil de acreditar. Como prova basta observar a foto do ex-goleiro do Chivas e da seleção mexicana.
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Já imaginaram um goleiro do Vasco fazendo isso contra o Flamengo? Ou o do Palmeiras fazendo o mesmo contra o Corinthians? Ou em qualquer dos grandes clássicos do Brasil?
Procurei num site mexicano e fiquei sabendo que a foto é de um jogo de 1955 , em uma partida realizada no Golden Park contra o Atlas, uma equipa rival, na cidade de Guadalajara. Já na Wikipédia traduzida está escrito que foi em 24 de abril de 1965.
Tornou-se um dos maiores símbolos da equipe Guadalajara, e se destacou pela sua firmeza debaixo do arco e com a camisa dos rojiblancos. Ele participou com a equipe mexicana na Copa do Mundo 1958 na Suécia e no Chile em 1962. Não desempenhou nenhum jogo, sendo o titular arqueiro Antonio “Toto” Carbajal.

Henfil e a Copa de 70

Henrique de Sousa Filho, conhecido como Henfil, (Ribeirão das Neves, 5 de fevereiro de 1944 — Rio de Janeiro, 4 de janeiro de 1988) foi um cartunista, quadrinista, jornalista e escritor brasileiro.
Os escritos de Henfil eram anotações rápidas. Não eram propriamente crônicas, mas um misto de reflexões rápidas, assim como seus traços ligeiros dos cartuns.
Henfil era descaradamente torcedor nos cartuns, mas também generoso com os outros times, a ponto de criar mascotes para eles também”, lembra Ivan, enumerando o Bacalhau (Vasco), Cri-cri (Botafogo), Pó Pó (Fluminense) e Gato Pingado (América). “Sua paixão pelo Flamengo era tão evidente que os outros mascotes até reclamavam nas tiras, o que despertava simpatia dos demais torcedores. Uma atitude inteligente, pois conquistava a leitura também dos rivais.
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No cartun abaixo, veremos a genilidade e irreverência do Henfil, desenhando um torcedor intolerante, que chega ao extremo ( verdadeira pérola ) de gritar em frente à TV: SEGURA ESTA TAÇA DIREITO CARLOS ALBERTO MOLÓIDE!
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CAMPO GRANDE, OLARIA E AMERICANO: TRIO DE FERRO QUE COLOCARAM SEUS NOMES NA HISTÓRIA DOS BRASILEIROS DAS SÉRIES B E C, RESPECTIVAMENTE

CAMPO GRANDE, OLARIA E AMERICANO: TRIO DE FERRO QUE COLOCARAM SEUS NOMES NA HISTÓRIA DOS BRASILEIROS DAS SÉRIES B E C, RESPECTIVAMENTE

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CAMPO GRANDE goleou o CSA, com um público que lotou as dependências do seu Estádio: ao todo 15.567 pagantes

BRASILEIROS DAS SÉRIES B e C – Enquanto isso, em campeonatos brasileiros das outras divisões, vale prestar uma singela homenagem a outros clubes do Rio de Janeiro, que fizeram bonito nas Séries B e C. Na história dos brasileiros da Série B, apenas um foi campeão. Nem Fluminense, Botafogo, América e muito menos o Bangu.
O único time do Rio que conquistou o título foi o CAMPO GRANDE, em 1982. Na época, o Campusca conquistou a Taça de Prata, atual Segundona do Brasileiro, tendo no atacante LUISINHO DAS ARÁBIAS, o artilheiro da competição com 10 gols, e o ponta-direita TUCHÊ, vice-artilheiro com oito.
No primeiro jogo da decisão, no dia 11 de abril de 1982, o CSA de Alagoas venceu o Campo Grande por 4 a 3, no Estádio Rei Pelé, em Maceió. No entanto, no jogo de volta, no dia 15 de abril de 1982, o Campusca venceu por 2 a 1, com gols de Ademir aos 10 minutos para o CSA; Mauro aos 14 minutos do primeiro tempo (Campo Grande); Tuchê aos 37 minutos do segundo tempo (Campo Grande). Com isso, teve a necessidade de um terceiro e decisivo jogo para se conhecer o campeão.
Por ter a melhor campanha, o Campusca novamente jogou no Ítalo del Cima, no dia 19 de abril de 1982, e para não deixar dúvidas, goleou o CSA por 3 x 0, conquistando o título inédito. O Galo da Zona Oeste realizou 16 jogos, com 11 vitórias, três empates e apenas duas derrotas. Marcando 39 gols e sofrendo apenas 12, com saldo de 27. Com 25 pontos, o Galo da Zona Oeste teve um aproveitamento de 78% dos pontos.
Ainda faziam parte do grupo do campusca: os goleiros Jorge e Zé Carlos, o zagueiro Neném, o lateral-esquerdo Jacenir, o cabeça-de-área Brás, os meias Silveira e Maurício, e o atacante Almir. Veja abaixo a campanha do Campo Grande, em 1982:

PRIMEIRA FASE:
24/1/82 – Campo Grande 2 x 0 Americano Estádio: Ítalo del Cima
28/1/82 – Campo Grande 3 x 0 Portuguesa de Desportos Estádio: Ítalo del Cima
31/1/82 – Uberaba (MG) 1 x 1 Campo Grande Estádio: Doutor Boulanger Pucci, em Uberaba
03/2/82 – América Mineiro 0 x 2 Campo Grande Estádio: Independência, em Belo Horizonte
07/2/82 – Campo Grande 3 x 1 Comercial (MS) Estádio: Ítalo del Cima

SEGUNDA FASE:
17/2/82 – Campo Grande 2 x 2 Volta Redonda Estádio: Ítalo del Cima
20/2/82 – Atlético Paranaense 2 x 1 Campo Grande Estádio: Joaquim Américo, em Curitiba

OITAVAS-DE-FINAIS:
27/2/82 – Goiás 0 x 0 Campo Grande Estádio: Serra Dourada, em Goiânia
06/3/82 – Campo Grande 4 x 0 Goiás Estádio: Ítalo del Cima

QUARTAS-DE-FINAIS:
14/2/82 – River do Piauí 2 x 3 Campo Grande Estádio: Lindolfo Monteiro, Lindolfinho, em Teresina
20/2/82 – Campo Grande 4 x 0 River do Piauí Estádio: Ítalo del Cima

SEMIFINAIS:
28/3/82 – Campo Grande 4 x 0 Uberaba (MG) Estádio: Ítalo del Cima
04/4/82 – Uberaba (MG) 0 x 2 Campo Grande Estádio: Doutor Boulanger Pucci, em Uberaba

FINAL:
11/4/82 – CSA (AL) 4 x 3 Campo Grande Estádio: Rei Pelé, em Maceió
15/4/82 – Campo Grande 2 x 1 CSA (AL) Estádio: Ítalo del Cima
19/4/82 – Campo Grande 3 x 0 CSA (AL) Estádio: Ítalo del Cima

CAMPO GRANDE 3 x 0 CSA

LOCAL: Ítalo Del Cima, em Campo Grande, zona oeste do Rio
PÚBLICO: 15.567 pagantes
RENDA: Cr$ 4.858.200,00
ÁRBITRO: Airton Domingos Bernardoni (RS)
AUXILIARES: Valdir Luís Louruz (RS) e Sílvio Luís de Oliveira (RS)
CARTÕES AMARELOS: Américo e Jerônimo (CSA); Luisinho das Arábias (Campo Grande)

CAMPO GRANDE: Ronaldo, Marinho, Pirulito, Mauro e Ramírez; Serginho, Lulinha e Pingo (Aílton); Tuchê, Luisinho das Arábias e Luís Paulo. TÉCNICO: Décio Esteves.

CSA: Joseli, Flávio, Jerônimo, Fernando e Zezinho; Ademir, Zé Carlos (Josenílton) e Veiga; Américo (Freitas), Dentinho e Mug. TÉCNICO: Jorge Vasconcellos.

GOLS: Luisinho das Arábias aos 30 minutos (Campo Grande); Lulinha aos 44 minutos do primeiro tempo (Campo Grande); Luisinho das Arábias aos 15 minutos do segundo tempo (Campo Grande)
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VALE RESSALTAR: A belíssima campanha do GOYTACAZ que chegou ao vice-campeonato da Taça de Prata, em 1985. Na época o azulão de Campos disputou um triangular com o Figueirense (SC) e Tuna Luso (PA). Estreou perdendo, em casa, para a equipe paraense por 1 a 0. Depois venceu os catarinenses, em casa, por 3 a 1. Na seqüência, fora de casa, foi derrotado pela Tuna Luso por 3 a 2 e empatou em 1 a 1, com o Figueirense.

A Tuna Luso foi à campeã com seis pontos; o Goytacaz ficou em segundo lugar com quatro (saldo zero); Figueirense em terceiro colocado com quatro (saldo negativo de dois). Em 1986, o AMERICANO após terminar empatado com o Central de Caruaru com 11 pontos, cinco vitórias, um empate e duas derrotas, o título foi para o interior pernambucano no confronto direto, já que o Central venceu pela oitava rodada o Americano por 2 a 0. Na mesma competição, o GOYTACAZ terminou na terceira colocação, com nove pontos, com quatro vitórias, um empate e três derrotas.

Em 1988 e 91, o AMERICANO ficou na quarta posição, em 1994, o ALVINEGRO CAMPISTA foi terceiro. E o último grande desempenho de um clube carioca aconteceu em 2003, quando o BOTAFOGO conseguiu o acesso com o segundo lugar.
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NOS BRASILEIROS DA SÉRIE C – Três clubes do Rio de Janeiro tiveram o gostinho de erguerem o troféu. Nas duas primeiras edições, os times do nosso estado levaram a melhor. Em 1981, o OLARIA conquistou a Taça de Bronze. Em 1987, o AMERICANO de Campos fez a dobradinha. Doze anos depois, o FLUMINENSE, comandado por Carlos Alberto Parreira venceu a Terceirona, em 1999.

O primeiro Campeonato Brasileiro da Série C, na época chamada de Taça de Bronze, o OLARIA se sagrou campeão. O alvianil suburbano realizou 10 jogos, com seis vitórias, um empate e três derrotas; marcando 14 gols (melhor ataque da competição) e sofrendo seis, um saldo de oito. Um aproveitamento de 65% dos pontos. Leandro e Zé Ica foram os vice-artilheiros da competição, com quatro gols; enquanto Chiquinho e Sérgio Luís marcaram dois gols cada um.

Na decisão, o OLARIA enfrentou o Santo Amaro (PE), e venceu o primeiro jogo por 4 a 0, no dia 25 de abril de 1981, , em Marechal Hermes (Antigo Estádio do Botafogo FR, que hoje serve como CT para as divisões de base do clube). Os gols foram assinalados por Chiquinho aos 13 minutos do primeiro tempo.

Na etapa final, Zé Ica aos 14 minutos; Leandro aos 23 e 25 minutos, deixou o alvianil com uma mão na taça. No jogo final, no dia 1º de maio de 1981, apesar do Santo Amaro (PE), ter vencido por 1 a 0, quem fez a festa foi o OLARIA, conquistando o título mais importante da sua história.

O grupo olariense ainda contava no seu elenco com o lateral-direito Marcos; o zagueiro Pino; o lateral-esquerdo Toninho; os volantes Manicera e Pino; os meias Cavalcanti, William e Jairo; os atacantes Revélis, Omã e Pituca. Veja abaixo a campanha vitoriosa do Olaria Atlético Clube, em 1981:

PRIMEIRA FASE:
DATAS JOGOS
08/3/81 – Colatina (ES) 1 x 3 Olaria Estádio: Justiniano de Mello e Silva, em Colatina
15/3/81 – Olaria 1 x 1 Colatina (ES) Estádio: Mourão Filho, Rua Bariri

OITAVAS-DE-FINAIS:
21/3/81 – Olaria 2 x 0 Paranavaí (PR) Estádio: Mourão Filho, Rua Bariri
26/3/81 – Paranavaí (PR) 1 x 0 Olaria Estádio: Municipal Felipão, em Paranavaí

QUARTAS-DE-FINAIS:
02/4/81 – São Borja (RS) 2 x 0 Olaria Estádio: Vicente Goulart, em São Borja
05/4/81 – Olaria 2 x 0 São Borja (RS) Estádio: Mourão Filho, Rua Bariri

SEMIFINAIS:
12/4/81 – Olaria 1 x 0 São Borja (RS)Estádio: Mourão Filho, Rua Bariri
16/4/81 – Dom Bosco (MT) 1 x 0 Olaria Estádio: Governador José Fragelli

SANTO AMARO (PE) 1 X 0 OLARIA

LOCAL: Arruda, em Recife, em Pernambuco
PÚBLICO: portões abertos
ÁRBITRO: José Leandro Serpa (CE)
CARTÕES AMARELOS: Moacir e Zuza (Santo Amaro); Nunes (Olaria)

SANTO AMARO: Pimenta, Lula, Moacir, Figueirense e Zuza; Eliel, Betuca (Rubem Salim) e Luís Carlos; Savinho, Fabinho e Birino (Derivaldo). TÉCNICO: Rubem Salim.

OLARIA: Hílton, Paulo Ramos, Salvador, Mauro e Gilcimar; Ricardo, Lulinha e Orlando; Chiquinho, Aurê (Nunes) e Leandro (Sérgio Luís). TÉCNICO: Duque

GOL: Derivaldo aos 35 minutos do segundo tempo
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Na segunda edição do Brasileiro da Série C, em 1987, novamente, um clube do Rio de Janeiro, ergueu a taça. Dessa vez, foi o AMERICANO mostrar a força do nosso estado. Um dado importante é que o clube do norte-fluminense se sagrou campeão do Módulo Azul, enquanto o Operário (MS) conquistou o Módulo Branco.

Apesar de o regulamento da competição prever dois jogos (Ida e Volta) entre os campeões dos módulos branco e azul, as partidas não aconteceram. Porém, no site da CBF o título de 1987 ficou para o AMERICANO , sendo declarado oficialmente como o campeão do Brasileiro da Série C.

Ao todo foram 12 jogos, com seis vitórias, quatro empates e duas derrotas. O time base comandado por Paulo Matta era: Geraldo, Edinho, Fred, Zélio, e Adalberto (Jaílton); Índio, Gilmar (Marcinho) e Marquinho; Marcão, Afrânio e Gilson. O ALVINEGRO CAMPISTA marcou 11 gols e sofreu apenas três, com um saldo de sete. Veja abaixo a campanha do Americano:

PRIMEIRA FASE:
DATAS JOGOS
10/10/1987 Americano 0 x 0 Juventus (SP) Estádio: Godofredo Cruz, em Campos
18/10/1987 Estrela do Norte (ES) 1 x 0 Americano Estádio: Mário Monteiro, em Cachoeiro do Itapemirim
25/10/1987 Americano 1 x 1 Desportiva (ES) Estádio: Godofredo Cruz, em Campos
01/11/1987 Juventus (SP) 0 x 0 Americano Estádio: Rua Javari
07/11/1987 Americano 1 x 0 Estrela do Norte (ES) Estádio: Godofredo Cruz, em Campos
12/11/1987 Desportiva (ES) 0 x 1 Americano Estádio: Engenheiro Araripe, em Cariacica

QUARTAS-DE-FINAIS:
DATAS JOGOS
18/11/1987 Americano 1 x 0 Tupi (MG) Estádio: Godofredo Cruz, em Campos
21/11/1987 Tupi (MG) 0 x 1 Americano Estádio: Radialista Maria Helênio, em Juiz de Fora

SEMIFINAIS:
DATAS JOGOS
25/11/1987 Americano 3 x 1 Botafogo (SP) Estádio: Godofredo Cruz, em Campos
29/11/1987 Botafogo (SP) 0 x 1 Americano Estádio: Santa Cruz, em Ribeirão Preto

TRIANGULAR FINAL:
DATAS JOGOS
05/12/1987 Juventude (RS) 0 x 0 Americano Estádio: Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul
09/12/1987 Americano 2 x 0 Uberlândia (MG) Estádio: Godofredo Cruz, em Campos
24/12/1987 Uberlândia (MG) 2 x 0 Juventude (RS) Estádio: Parque do Sabiá, em Uberlândia
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VALE RESSALTAR: Em 1995, o VOLTA REDONDA foi vice-campeão do Brasileiro da Série C, perdendo o título para o XV de Piracicaba (SP). No primeiro jogo, no dia 3/12/95, o Voltaço perdeu por 2 a 0, no Interior Paulista. No jogo de volta, no dia 12/12/95, nova derrota por 1 a 0, no Estádio Raulino de Oliveira.

Em 2004, o campeão foi a União Barbarense (SP), com 42 pontos; em segundo lugar o Gama (DF) com 33; em terceiro, o AMERICANO com 28 pontos (18 jogos, oito vitórias, quatro empates e seis derrotas; 21 gols pró e 12 contra, saldo de nove.

Artigo do jornalista SÉRGIO MELLO no Blog do Jornal dos Sports.

O lado folclórico de Manga, por Sandro Moreira

Clubes que atuou
Sport Recife (1957/1958), Botafogo (1958 a 1967), Nacional de Montevidéu (1968 a 1973), Inter de Porto Alegre (1974 a 1976), Coritiba (1977/1978), Grêmio (1978/1979), Operário (1979) e Barcelona de Guayaquil (1982)

Principais títulos
Nacional de Montevidéu : Taça Libertadores e o Mundial Interclubes, em 1971, Inter: Bi-campeão brasileiro (1975/1976),Coritiba : Campeão paranaense em 1978 e campeão gaúcho pelo Grêmio em 1979.

Posição
Goleiro
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Feio, com a cara toda marcada pela varíola, Aílton Correia Arruda só poderia mesmo ter o apelido de Manga. Pernambucano revelado pelo Sport, consagrou-se no Botafogo. Foi um dos maiores fenômenos da posição na história do futebol brasileiro. Arrojado, elástico, autor de defesas impossíveis, tinha quase todos os dedos da mão quebrados. Aliás, mal fechava a mão.
O folclórico Manguinha, de tantas histórias , adorava provocar a torcida do Flamengo. Ás vésperas de clássicos diante do rubro-negro, avisava que já gastara o bicho antecipado.
Manga foi um dos jogadores a sucumbir no fiasco da seleção na Copa de 66, ao falhar muito na derrota por 3 a 1 para Portugal.
Num jogo pela seleção, antes disso, por sinal, cobrou um tiro de meta e a bola bateu na cabeça do russo Metreveli, voltando para dentro do gol e empatando o amistoso por 2 a 2.
Na comemoração pelo título carioca de 67, foi acusado por João Saldanha de estar na gaveta do Bangu. Manga, que atuara mal naquela partida, teve de sair correndo do furioso comentarista, e ex-técnico, e, dizem, pulou um muro de três metros de altura da sede do Clube.
Desgastado, foi negociado no ano seguinte com o Nacional de Montevidéu, onde brilhou por seis anos e foi ídolo da torcida. Retornou ao Brasil em 74, para defender o Internacional, e, pelo time gaúcho, foi campeão estatual em 74, 75 e 76 e bicampeão brasileiro em 75/76. Em 77, aos 40 anos, foi convocado para a seleção brasileira, pelo técnico Cláudio Coutinho. Mas ficou na reserva de Leão. Passou ainda pelo Operário-MS, Coritiba e Grêmio e encerrou a carreira no Equador, onde se radicou.

FOLCLORE
Aconteceu na Concentração:
Na concentração do Botafogo, a tarde era chuvosa. O jeito de combater o tédio era jogar conversa fora. De repente, não se sabe como nem por que, surgiu um papo sobre hierarquia.
Conversa vai, conversa vem, Didi, na discussão, quis saber do folclórico goleiro Manga se ele realmente sabia o que era hierarquia.
– Sei sim, negão! – rebateu Manguinha. – Hierarquia é aquilo que só dirigente grande faz, como pagar a conta do hotel e tomar conta da mala de dinheiro.

Salvo pelo gongo:
Contava o saudoso jornalista Sandro Moreira, que o goleiro Manga estava sentado ao lado da esposa do presidente do seu clube, totalmente deslocado. Não sendo homem de freqüentar reuniões sociais e muito menos de conversas com senhoras finas, estava encabuladíssimo e sem assunto. Angustiado, buscava conversa, quando viu no fundo de um corredor uma mesa de bilhar. Era a sua tábua de salvação. Manga se encheu de coragem, estufou o peito e, muito sério, perguntou à madame: Por acaso a madame joga sinuca ? Não, horrorizou-se a dama. Então leva 40 pontos. Vamos lá ?

Goleiro Comentarista:
O lendário goleiro Manga, já aposentado, foi convidado para ser comentarista, de uma rádio, em uma partida entre dois times amadores. Convite aceito, lá estava Manga na pequena cabine pronto para o jogo. Estádio cheio, não pelo valor da partida, mas simplesmente pela presença do goleiro. Após 5 minutos de jogo, o narrador pergunta: -“Manga, como você está vendo o jogo ?”. Manga responde:-“Com os olhos, com os olhos!”.

Estádios que não existem mais

Para conhecimento e para quem viu e é saudosista, vejam alguns estádios que não mais existem pelo Brasil afora:

Estádio da Floresta

O Estádio da Floresta foi um dos primeiros palcos onde se jogou futebol em São Paulo. Situado junto à Ponte das Bandeiras, às margens do rio Tietê, ficava em uma chácara. Serviu inicialmente como casa da Associação Atlética das Palmeiras após ser adquirido ao Clube de Regatas São Paulo. Mas com a extinção do clube, passou a ser utilizado pelo São Paulo da Floresta. Dados históricos apontam que o embrião do São Paulo Futebol Clube jogou neste local 71 vezes com 52 vitórias, 14 empates e apenas cinco derrotas.
Tinha capacidade para 10 mil pessoas. Hoje, ainda existe dentro do Clube de Regatas Tietê, bem distante de sua fisionomia original.

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Vejam o Corinthians posando para foto no lendário e saudoso estádio da Chácara da Floresta. Foto: arquivo do Corinthians

Estádio de General Severiano

Não se pode contar a história do Botafogo sem passar pelo estádio de General Severiano. Em 1913, no dia 13 de maio, o alvinegro disputou pela primeira vez um jogo no local justamente contra o Flamengo. Venceu por 1 a 0 com gol de Mimi. Naquela ocasião, as equipes atuaram da seguinte forma:
Botafogo: Álvaro Werneck, Edgard Dutra e Edgard Pullen; Pino, Rolando de Lamare e Juca Couto; Villaça, Abelardo de Lamare, Facchine, Mimi Sodré e Lauro Sodré
Flamengo: Casusa, Píndaro e Nery; Gallo, Amarante “Zalacain” e Lawrence; Orlando ‘Bahiano’, Alberto Borgerth, Figueira “Joca”, Dell Nero e Raul de Carvalho
Vinte e quatro anos depois, o estádio passou por reformas e ganhou arquibancadas de cimento. Foi reinaugurado com uma partida em que o Fogão bateu o Fluminense por 3 a 2. Em 1948, diante de 20 mil pessoas, o time da estrela solitária ganhou em sua lendáruia casa o Campeonato Carioca ao bater o Vasco por 3 a 1.
No entanto, na década de 1970, o Botafogo perdeu a posse de General Severiano, o que gerou a demolição de parte de sua estrutura. Em 1990, o terreno foi recomprado. No local, hoje existe uma ótima infra-estrutura com campos de treinamento, concentração, ginásio e piscinas.

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Estádio de General Severiano na década de 1930 já com arquibancadas de cimento

Estádio do Andaraí, do América do Rio

O estádio Wolney Braune, no bairro do Andaraí, no Rio de Janeiro, foi utilizado pelo América a partir da década de 1960. Em 1961, o clube adquiriu a praça de esportes junto ao Andaraí com dinheiro recebido pela venda do volante Amaro para a Juventus de Turim, jogador que, quando retornou ao Brasil, defendeu o Corinthians. Em 1993, o terreno onde situava-se o Andaraí foi vendido a uma empresa que, no local, construiu o Shopping Iguatemi. Com o cofre cheio, o América encontrou fôlego para construir um novo estádio em Édson Passos, onde manda seus jogos atualmente.
No dia 20 de janeiro de 1977, quando a cidade do Rio de Janeiro comemorou mais um aniversário, o América reinaugurou o estádio do Andaraí com novos lances de arquibancadas em um jogo amistoso contra o Palmeiras. A partida, curiosamente, não terminou, já que após as expulsões de Vasconcelos, Jorge Mendonça e Toninho, Rosemiro e Samuel simularam contusões e o Palmeiras ficou sem condições legais de prosseguir em campo. Até então, o time carioca vencia por 1 a 0 com um gol de pênalti marcado por Bráulio.
Abaixo, a ficha técnica desta partida.

AMÉRICA 1 X 0 PALMEIRAS
Local: Estádio Wolney Braune, no Andaraí.
Público pagante: 4.129
Juiz: Luís Carlos Félix
Auxiliares: Roberto Costa e Mário Leite Santos.
Gol: Bráulio de pênalti aos 24 minutos do primeiro tempo.
Substituições: no América, César no lugar de Ailton.
Ocorrências: cartão amarelo para Samuel e vermelho para Jorge Mendonça, Vasconcellos e Toninho (todos do Palmeiras)
América: País, Uchoa, Alex, Biluca e Álvaro; Renato, Bráulio e Gilson Nunes; Reinaldo, Lincoln e Ailton.
Palmeiras: Fernandinho, Rosemiro, Samuel, Jair Gonçalves e Zeca; Ivo, Jorge Mendonça e Vasconcelos; Edu, Toninho e Nei.

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O estádio do Andaraí lotado em dia de jogo do América. Em 1993, o terreno onde estava localizado foi vendido e, no local, construído um shopping center. Fonte: site do América

Estádio dos Eucaliptos

O antigo estádio dos Eucaliptos, do Sport Club Internacional, de Porto Alegre, foi a casa colorada até a inauguração do Beira Rio, em 06 de abril de 1969. Sua história começou a ser contada em 1931 em um Gre-Nal, vencido pelo Inter por 3 a 0. Tinha capacidade para 10 mil lugares. Javel marcou os três gols do encontro, apitado por Heitor Deste. O Inter jogou com Penha; Miro e Risada; Ribeiro, Magno e Moreno; Nenê, Javel, Ross, Honório e Ricardo. O Grêmio com Lara; Sardinha I e Sardinha II; Dario, Luiz Carvalho e Russo; Domingos, Artigas, Foguinho, Corô e Nenê. Em 1950, sediou duas partidas da Copa do Mundo do Brasil: Suiça e México e México e Iugoslávia.
Em março de 1969, dias antes da inauguração do Beira Rio, o estádio recebeu sua última partida. O Inter bateu o Rio Grande por 4 a 1. Tesourinha, um dos maiores ídolos do clube, entrou em campo mesmo com 48 anos nos minutos finais e, ao apito do árbitro, arrancou uma das redes para guardar de recordação.
Em 2007, o Inter tentava negociar o terreno onde situa-se o estádio. O preço mínimo: R$ 20 milhões. No local, existem quadras de futebol com grama sintética para aluguel.

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Imagem aérea do estádio dos Eucaliptos, casa colorada até a inauguração do Beira Rio. Fonte: site do Internacional

Estádio Joaquim Américo, do Atlético Paranaense, antes de ser demolido para a construção da Arena da Baixada

Quem assiste a jogos na Arena da Baixada, pertencente ao Atlético Paranaense, sente-se em um templo do futebol com ares europeus. Com capacidade para 32 mil pessoas sentadas, o estádio, cujo nome é Joaquim Américo, é uma referência sul-americana de modernidade. No entanto, até 1997, existia no local um outro estádio com capacidade inferior e com o mesmo nome. Obra idealizada por Joaquim Américo em 1914, quando ocupava a presidência do Internacional, um dos clubes que originou o rubro-negro. Ao ser fundado em 1924, o Atlético herdou este patrimônio e, anos depois, batizou o estádio com seu nome.
Em 1994, a diretoria do clube realizou melhorias no local que duraram apenas três anos já que, em 1997, decidiu-se pela demolição do estádio. Assim surgiu a Arena da Baixada, construída em apenas dois anos.
Na época, cartolas atleticanos decidiram utilizar o modelo europeu conhecido como arena, com capacidade para sediar não apenas jogos de futebol mas também espetáculos, além de oferecer vários serviços como restaurantes e estacionamento.
O novo estádio foi inaugurado em 24 de junho de 1999 com o jogo entre Clube Atlético Paranaense e Cerro Porteño do Paraguai.

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Estádio Joaquim Américo antes da demolição. Palco de grandes jogos do Atlético até 1997, deu lugar à maravilhosa Arena da Baixada. Fonte: Site do Atlético

Estádio Mário Alves de Mendonça

Cartaz exposto nas ruas de Rio Preto em 1948 anuncia a partida inaugural do estádio Mário Alves de Mendonça entre o América local e o América do Rio de Janeiro. Cita, inclusive, que o time carioca havia acabado de regressar invicto de uma excursão por Colômbia e Equador. Fonte: site do América
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Inaugurado em 27 de junho de 1948 na partida em que o América de Rio Preto empatou por 1 a 1 com o América do Rio, o estádio Mário Alves de Mendonça serviu de palco para o América paulista até 1996. A partir de então, o Diabo passou a mandar seus jogos no estádio Benedito Teixeira, bem maior e mais moderno. Sem ser utilizado, o Mário Alves de Mendonça foi demolido para a construção, no mesmo local, de um grande supermercado.
O gramado da antiga praça de esportes tinha 110 metros de cumprimento por 78 de largura. As arquibancadas, capacidade para 20 mil pessoas. Foi construído em três meses para o clube jogar na segunda divisão paulista.
Inicialmente, o campo era de terra batida, sem grama, e podia receber apenas três mil pessoas. Em 1957, a capacidade foi ampliada.
O maior público do estádio aconteceu em 1979, quando 23.800 pessoas acompanharam o empate sem gols entre América e Corinthians pelo Campeonato Paulista.

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O antigo estádio serviu de palco para o América até 1996. Tinha capacidade para mais de 20 mil pessoas

Nei, o craque bossa nova

Nei, antigo centro avante do Corinthians dos anos 60, formou duplas com Silva, Geraldo II, Airton e no final com Flavio Minuano. Era considerado a ” menina dos olhos de Wadih Helu “, e a grande revelação do futebol paulista. Chegaram ao exagero de compará-lo a Pelé.
Começou a jogar no Corinthians em 1962. Foi capa da Revista do Esporte . Ao ver a revista na banca tive que sacrificar todo o dinheiro que tinha no bolso para comprar a revista. Eu tinha 11 anos.
Quem é daquela época gastava dinheiro em Gibi, Revista do Esporte, Figurinha, Doces e Matinê de cinema.
Como o time do Corinthians tinha por adversários verdadeiras máquinas de jogar bola, o Santos e Palmeiras, era muita pressão em cima do Nei.
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Por volta de 1965 rumou para o Rio de Janeiro onde defendeu o Flamengo, jogando ao lado de Doval , Fio, Rodrigues Neto e Caldeira.
Fez também sucesso no ataque do Vasco da Gama ao lado de Nado, Danilo Menezes, Bianchini e Silvinho. Não consigo lembrar do Nei no Botafogo.
Eu presenciei uma jogada do Nei no Parque São Jorge que é difícil de acreditar nos tempos de hoje.
Nei estava em má fase e estava jogando a preliminar do Corinthians pelos aspirantes. Nas antigas sociais do Parque São Jorge o Nei foi aplaudido de pé pelos conselheiros e diretores. Deu uma voadora na bola perto da bandeira de escanteio e a bola veio pelo alto em direção ao gol e entrou. Foi um misto de bicicleta/voleio. Nunca mais vi. Ele era excessivamente técnico.
Craques de refinada técnica como ele e Almir Pernambuquinho foram muito cobrados. As vezes o exagero nos elogios e nas cobranças fazem sucumbir o jogador, uns mais , outros menos.
No Rio de Janeiro escutei uma narração de um gol de Nei onde o locutor chamava-o de Nei, o craque bossa nova
Gilberto Maluf