Clubes que atuou
Sport Recife (1957/1958), Botafogo (1958 a 1967), Nacional de Montevidéu (1968 a 1973), Inter de Porto Alegre (1974 a 1976), Coritiba (1977/1978), Grêmio (1978/1979), Operário (1979) e Barcelona de Guayaquil (1982)
Principais títulos
Nacional de Montevidéu : Taça Libertadores e o Mundial Interclubes, em 1971, Inter: Bi-campeão brasileiro (1975/1976),Coritiba : Campeão paranaense em 1978 e campeão gaúcho pelo Grêmio em 1979.
Posição
Goleiro
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Feio, com a cara toda marcada pela varíola, Aílton Correia Arruda só poderia mesmo ter o apelido de Manga. Pernambucano revelado pelo Sport, consagrou-se no Botafogo. Foi um dos maiores fenômenos da posição na história do futebol brasileiro. Arrojado, elástico, autor de defesas impossíveis, tinha quase todos os dedos da mão quebrados. Aliás, mal fechava a mão.
O folclórico Manguinha, de tantas histórias , adorava provocar a torcida do Flamengo. Ás vésperas de clássicos diante do rubro-negro, avisava que já gastara o bicho antecipado.
Manga foi um dos jogadores a sucumbir no fiasco da seleção na Copa de 66, ao falhar muito na derrota por 3 a 1 para Portugal.
Num jogo pela seleção, antes disso, por sinal, cobrou um tiro de meta e a bola bateu na cabeça do russo Metreveli, voltando para dentro do gol e empatando o amistoso por 2 a 2.
Na comemoração pelo título carioca de 67, foi acusado por João Saldanha de estar na gaveta do Bangu. Manga, que atuara mal naquela partida, teve de sair correndo do furioso comentarista, e ex-técnico, e, dizem, pulou um muro de três metros de altura da sede do Clube.
Desgastado, foi negociado no ano seguinte com o Nacional de Montevidéu, onde brilhou por seis anos e foi ídolo da torcida. Retornou ao Brasil em 74, para defender o Internacional, e, pelo time gaúcho, foi campeão estatual em 74, 75 e 76 e bicampeão brasileiro em 75/76. Em 77, aos 40 anos, foi convocado para a seleção brasileira, pelo técnico Cláudio Coutinho. Mas ficou na reserva de Leão. Passou ainda pelo Operário-MS, Coritiba e Grêmio e encerrou a carreira no Equador, onde se radicou.
FOLCLORE
Aconteceu na Concentração:
Na concentração do Botafogo, a tarde era chuvosa. O jeito de combater o tédio era jogar conversa fora. De repente, não se sabe como nem por que, surgiu um papo sobre hierarquia.
Conversa vai, conversa vem, Didi, na discussão, quis saber do folclórico goleiro Manga se ele realmente sabia o que era hierarquia.
– Sei sim, negão! – rebateu Manguinha. – Hierarquia é aquilo que só dirigente grande faz, como pagar a conta do hotel e tomar conta da mala de dinheiro.
Salvo pelo gongo:
Contava o saudoso jornalista Sandro Moreira, que o goleiro Manga estava sentado ao lado da esposa do presidente do seu clube, totalmente deslocado. Não sendo homem de freqüentar reuniões sociais e muito menos de conversas com senhoras finas, estava encabuladíssimo e sem assunto. Angustiado, buscava conversa, quando viu no fundo de um corredor uma mesa de bilhar. Era a sua tábua de salvação. Manga se encheu de coragem, estufou o peito e, muito sério, perguntou à madame: Por acaso a madame joga sinuca ? Não, horrorizou-se a dama. Então leva 40 pontos. Vamos lá ?
Goleiro Comentarista:
O lendário goleiro Manga, já aposentado, foi convidado para ser comentarista, de uma rádio, em uma partida entre dois times amadores. Convite aceito, lá estava Manga na pequena cabine pronto para o jogo. Estádio cheio, não pelo valor da partida, mas simplesmente pela presença do goleiro. Após 5 minutos de jogo, o narrador pergunta: -“Manga, como você está vendo o jogo ?”. Manga responde:-“Com os olhos, com os olhos!”.