Nei, antigo centro avante do Corinthians dos anos 60, formou duplas com Silva, Geraldo II, Airton e no final com Flavio Minuano. Era considerado a ” menina dos olhos de Wadih Helu “, e a grande revelação do futebol paulista. Chegaram ao exagero de compará-lo a Pelé.
Começou a jogar no Corinthians em 1962. Foi capa da Revista do Esporte . Ao ver a revista na banca tive que sacrificar todo o dinheiro que tinha no bolso para comprar a revista. Eu tinha 11 anos.
Quem é daquela época gastava dinheiro em Gibi, Revista do Esporte, Figurinha, Doces e Matinê de cinema.
Como o time do Corinthians tinha por adversários verdadeiras máquinas de jogar bola, o Santos e Palmeiras, era muita pressão em cima do Nei.
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Por volta de 1965 rumou para o Rio de Janeiro onde defendeu o Flamengo, jogando ao lado de Doval , Fio, Rodrigues Neto e Caldeira.
Fez também sucesso no ataque do Vasco da Gama ao lado de Nado, Danilo Menezes, Bianchini e Silvinho. Não consigo lembrar do Nei no Botafogo.
Eu presenciei uma jogada do Nei no Parque São Jorge que é difícil de acreditar nos tempos de hoje.
Nei estava em má fase e estava jogando a preliminar do Corinthians pelos aspirantes. Nas antigas sociais do Parque São Jorge o Nei foi aplaudido de pé pelos conselheiros e diretores. Deu uma voadora na bola perto da bandeira de escanteio e a bola veio pelo alto em direção ao gol e entrou. Foi um misto de bicicleta/voleio. Nunca mais vi. Ele era excessivamente técnico.
Craques de refinada técnica como ele e Almir Pernambuquinho foram muito cobrados. As vezes o exagero nos elogios e nas cobranças fazem sucumbir o jogador, uns mais , outros menos.
No Rio de Janeiro escutei uma narração de um gol de Nei onde o locutor chamava-o de Nei, o craque bossa nova
Gilberto Maluf
Nei, o craque bossa nova
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