Arquivo da categoria: 08. Gilberto Maluf

Santos x Independiente da Argentina – jogo ocorrido na Vila Belmiro em 1995

Trata-se de um relato sobre a ida ao jogo.
Estive em 1995 na Vila Belmiro, jogo de quarta-feira à noite, para ver Santos x Independiente da Argentina.
O jogo estava previsto para iniciar as 22h. Imaginem, eu morando em São Paulo e tendo que trabalhar logo pela manhã, as 07h30min.
Mas como tudo começou?

Foi assim: Meu amigo Jose Carlos, o JC, saudoso torcedor do Santos Futebol Clube, infelizmente não está mais entre nós, falou em determinada ocasião que na volta do Roberto Dinamite o jogo foi 5 x 0 para o Vasco contra o Corinthians , com todos os gols do Dinamite. Eu falei que foi 5 x 2. ( realmente foi 5 x 2 ! ). E ele quis apostar um peixe frito acompanhado de chopp em algum jogo do Santos. Falei, tá combinado. E ganhei a aposta.
Fiquei esperando a ocasião que o JC achasse propícia. E durante a realização do torneio que reunia todos os campeões da Libertadores da América, a Supercopa, teríamos o jogo da volta entre Santos x Independiente. Acho que era a final, pois na ida o jogo foi 1 x 1 na Argentina.
O JC falou para irmos ao jogo e que pagaria a aposta com o maior prazer. Relutei em ir, falei, o Independiente não é mais aquele esquadrão, longe de lembrar o cognome de Rei de Copas pelas 7 Libertadores conquistadas.
Pelo que o JC falou: Gilberto, você vai ver a camisa de um grande campeão, a do Independiente.
Me convenceu. E fui!
[img:Camisa_vermelha_do_Independiente.jpg,resized,vazio]
Foto da camisa vermelha do Independiente em clássico contra o River Plate

Encurtando um pouco a história, o relógio ia marcar meia-noite. E ia começar a decisão por penalidades máximas. ( O Edinho era o goleiro do Santos). No tempo normal acabou 2 x 2.
Tinha um policial militar do meu lado e comentei com ele: veja só, meia-noite, ainda não acabou o jogo, amanhã cedo tenho que estar em São Paulo às 07h30min no serviço. E sabe o que mais: sou corintiano.
O guarda desandou a rir.
A decisão terminou 3 x 2 para o Independiente nos pênaltis.
Eu ainda acho que este tipo de jogo fica marcado para sempre. Lá se vão 13 anos e ainda não saiu da memória.
Comentando com um amigo na semana passada sobre jogos de futebol, falei que trocaria qualquer destes jogos da série A por um jogo em Conselheiro Galvão, onde sem grandes compromissos, assistiria, às 15h, Madureira x algum clube da série C do brasileirão.
E podem contar, que se eu puder, vou fazer isso com o maior prazer.

‘Mini-craques’ são mania na Europa

No Brasil, o hábito de colecionar figurinhas de futebol é comum. Na Europa, a mania é outra: o torcedor pode levar para casa miniaturas dos jogadores, chamadas por aqui de mini-craques. Antes da Copa do Mundo de 1998 era até possível achar facilmente os bonequinhos de cabeça grande nas cidades brasileiras, mas hoje em dia os colecionadores têm que apelar para a importação.
O maior mercado é na Inglaterra, onde a empresa Corinthian se especializou na comercialização dos mini-craques e tornou-se referência. Bancas e lojas de brinquedos vendem os bonequinhos, mas grande parte das negociações são feitas pela internet, em sites de leilão. Alguns brasileiros importam os produtos e os revendem também pela grande rede, mas em páginas de leilão nacionais. É o caso do publicitário Carlos da Silva.
– Geralmente, quem vende também é colecionador. Comecei a colecionar e a comprar lá fora. Como saía mais barato pedir mais bonecos, acabei vendendo os que comprava a mais. Hoje, as pessoas que negociam comigo são geralmente as mesmas sempre, e compram de lote também. Raramente o colecionador leva só um mini-craque – diz Carlos.
Novas versões dos jogadores são lançadas todas as temporadas, de acordo com as mudanças de uniformes das equipes e as negociações de atletas. Na internet, é possível comprar, por mais irônico que seja, uma versão de Eto’o com a camisa do Real Madrid, por exemplo. Há também coleções históricas, com atletas que já pararam de jogar
[img:bonecos_cabe__udos.jpg,resized,vazio]
Craques de todas as épocas são representados pelos bonecos ‘cabeçudos’. Procure o seu preferido na foto!

Quanto mais raro, mais caro. Edições limitadas, e já encerradas, costumam liderar a lista das mais valiosos. Como a dos vencedores da Bola de Ouro da France Footbal. Os jogadores são caracterizados como se estivessem na festa de gala, com terno e o troféu na mão. Há Van Basten, Zidane, Beckenbauer, Rivaldo, Ronaldo e os outros ganhadores do prêmio. Já existe até o bonequinho de Kaká, que venceu em 2007 e está à venda no maior site de leilão da Inglaterra por cerca de R$ 25.
Uma busca no maior site de leilão do Brasil mostra que o mini-craque mais caro hoje não foi craque de bola: o árbitro italiano Collina, à venda por R$ 340.
A Corinthian faz também pacotes especiais. Atualmente, a empresa vende em seu site oficial uma caixa com o time do Milan vencedor da Liga dos Campeões.
Os fãs brasileiros andam carentes de mini-craques. Há apenas uma coleção de jogadores com camisas dos times nacionais. Foi lançada na metade dos anos 90, pela Gulliver (em parceria com a Corinthian) e hoje em dia é uma raridada. Os jogadores escolhidos foram: Sávio e Romário (Flamengo), Denílson (São Paulo), Palhinha (Cruzeiro), Giovanni, Müller e Zetti (Santos), Marcelinho Carioca (Corinthians), Paulo Nunes (Grêmio) e Cafu (Palmeiras).
[img:Palhinha__Marcelinho_e_Paulo_Nunes.jpg,resized,vazio]

– Os preços variam de acordo com o estado do boneco e da negociação do vendedor. Há gente que chega a pedir R$ 50 por um mini-craque brasileiro, mas outros vendem por menos. Comprei o do Marcelinho por R$ 15, por exemplo – diz o bancário Elias Ramos, que coleciona brinquedos.
A coleção de maior sucesso no Brasil é uma lançada pela Coca Cola antes da Copa do Mundo de 1998. Foram 25 jogadores caracterizados (incluindo Ronaldo, que vinha em um trio especial com Romário e Dunga). Alguns foram para o Mundial, como Edmundo, Júnior Baiano e César Sampaio. Mas muitos ficaram de fora, como o Baixinho, Renato Gaúcho e Oséas. A coleção completa é vendida no maior site de leilão do país por R$ 129.
Na época, a empresa de refrigerante fez a mesma promoção na Argentina, com troca de tampinhas por bonecos. Lá, os mini-craques são chamados de “cabezones”. Nome que não precisa de explicação.
O modo mais fácil – mas não tão seguro – de comprar as miniaturas é pelos sites de leilão na internet. Em alguns casos, os bonecos têm preços fixados. Porém, principalmente nas páginas estrangeiras, a maioria das vendas é feita por lances. O maior leva.
O site oficial da Corinthian também vende com entregas para o Brasil. É mais seguro, mas a empresa não tem muita variedade em sua loja virtual.
Fonte:Globoesporte.com
Em 1999 eu ganhei um bonequinho do Marcelinho Carioca. Não sabia que já é artigo raro.
Gilberto

Pequena Copa do Mundo de Clubes

Disputada na Venezuela nos inicio dos anos cinqüenta, teve apenas seis edições. Era uma espécie de mundial interclubes e contava com a participação de oito clubes – quatro da Europa (campeões da França. Itália. Portugal e Espanha) e quatro na América do Sul (sem critérios definidos). Botafogo (duas vezes). Corinthians. São Paulo (duas vezes) e Vasco foram os representantes do Brasil.
É considerado como um torneio antecessor da Copa Intercontinental e do atual Mundial de Clubes da FIFA.
Durante os primeiros anos realmente representava o melhor do futebol mundial até 1957, já que, com o surgimento da Copa da Europa, não foi mais disputado até o ano de 1963, quando foi renomeado Troféu Cidade de Caracas.
Pode-se destacar como consagrados campeões, o Real Madrid de Muñoz, Olsen e Luis Molowny, Millonarios de Di Stéfano e Adolfo Pedernera, o Corinthians de Gilmar dos Santos Neves, Luizinho e Baltasar, o São Paulo de Poy, De Sordi e Bauer, novamente o legendário Real Madrid de Di Stéfano, Puskas, Gento e Kopa e na última edição em 1957 o Barcelona de Ladislao Kubala e Sandor Kocsis. Outras grandes equipes como Botafogo, River Plate, AS Roma, Vasco da Gama, Sevilla, participaram do Torneio, porém sem êxito. O Vasco da Gama se considera campeão do torneio no ano de 1956, mas este título é reconhecidamente do Real Madrid (o motivo da disputa é que após o torneio – com Real Madrid campeão e Vasco da Gama vice – foi realizada uma partida amistosa entre as duas equipes, pela qual o Vasco venceu por 2 x 0).

Pequena Copa do Mundo de Clubes 1952

[img:real_madrid_1952.gif,full,vazio]
Real Madri campeão invicto
Todos os resultados
1ª RODADA 4ª RODADA
13/07 La Salle/VEN 2 x 3 Real Madrid/ESP 24/07 La Salle/VEN 1 x 6 Real Madrid/ESP
14/07 Millonários/COL 4 x 4 Botafogo/BRA 24/07 Botafogo/BRA 2 x 0 Millonários/COL
2ª RODADA 5ª RODADA
16/07 Millonários/COL 1 x 1 Real Madrid/ESP 27/07 Real Madrid/ESP 1 x 1 Millonários/COL
16/07 La Salle/VEN 1 x 1 Botafogo/BRA 27/07 Botafogo/BRA 6 x 2 La Salle/VEN
3ª RODADA 6ª RODADA
20/07 Botafogo/BRA 2 x 2 Real Madrid/ESP 29/07 Real Madrid/ESP 0 x 0 Botafogo/BRA
20/07 Millonários/COL 4 x 1 La Salle/VEN 29/07 La Salle/VEN 1 x 5 Millonários/COL
Disputado por pontos corridos em jogos de ida e volta.
Todas as partidas foram realizadas na cidade de Caracas, Venezuela.

Classificação Final:
1° – Real Madrid CF (Madrid/ESP) 08 pontos
2° – Botafogo FR (Rio de Janeiro/BRA) 08 pontos
3° – Millonários (Bogotá/COL) 07 pontos
5° – La Salle (Caracas/VEN) 01 ponto
O Real Madrid ficou com o título pelo “gol average”
Na época vitória valia dois pontos e empate um ponto.

Pequena Copa do Mundo de Clubes 1954

[img:corinthians_1954.jpg,full,vazio]
Corinthians campeão invicto
Todos os resultados
1ª RODADA 4ª RODADA
11/07 Roma 2 x 1 Sel. Caracas/VEN 26/07 Roma 2 x 2 Sel. Caracas/VEN
14/07- Corinthians 1 x 0 Roma 27/07- Corinthians 1 x 0 Barcelona
2ª RODADA 5ª RODADA
16/07 Barcelona 2 x 3 Sel. Caracas 29/07 Roma 4 x 2 Barcelona
18/07- Corinthians 3 x 2 Barcelona 31/07- Corinthians 2 x 0 Sel. Caracas
3ª RODADA 6ª RODADA
21/07- Sel. Caracas 1 x 2 Corinthians 01/08 Sel. Caracas 2 x 3 Barcelona
23/07 Barcelona 1 x 0 Roma 02/08- Corinthians 3 x 1 Roma

Disputado por pontos corridos em jogos de ida e volta.
Todas as partidas foram realizadas na cidade de Caracas, Venezuela.

Classificação Final:
1° – Corinthians (São Paulo/BRA) 12 pontos
2° – AS Roma (Roma/ITA) 05 pontos
3° – FC Barcelona (Barcelona/ESP) 04 pontos
5° – Seleção de Caracas (Caracas/VEN) 03 pontos
Na época vitória valia dois pontos e empate um ponto.

Pequena Copa do Mundo de Clubes 1955

[img:s__o_paulo_1955.gif,full,vazio]
São Paulo campeão
Todos os resultados
1ª RODADA 4ª RODADA
17/07 Valencia/ESP 4 x 3 Benfica/PORT 26/07 Benfica/PORT 2 x 4 São Paulo/BRA
18/07 São Paulo/BRA 1 x 4 La Salle/VEN 28/07 Valencia/ESP 4 x 0 La Salle/VEN
2ª RODADA 5ª RODADA
19/07 La Salle/VEN 1 x 1 Valencia/ESP 30/07 São Paulo/BRA 3 x 1 La Salle/VEN
21/07 Benfica/PORT 0 x 0 São Paulo/BRA 31/07 Benfica/PORT 2 x 1 Valencia/ESP
3ª RODADA 6ª RODADA
23/07 La Salle/VEN 1 x 4 Benfica/PORT 02/08 Benfica/PORT 0 x 0 La Salle/VEN
24/07 São Paulo/BRA 2 x 0 Valencia/ESP 04/08 Valencia/ESP 1 x 1 São Paulo/BRA

Disputado por pontos corridos em jogos de ida e volta.
Todas as partidas foram realizadas na cidade de Caracas, Venezuela.

Classificação Final:
1° – São Paulo (São Paulo/BRA) 08 pontos
2° – Valencia CF (Valencia/ESP) 06 pontos
3° – SL Benfica (Lisboa/PORT) 06 pontos
4° – La Salle (Caracas/VEN) 04 pontos
Na época vitória valia dois pontos e empate um ponto.

Pequena Copa do Mundo de Clubes 1956
[img:real_madrid_1956.gif,full,vazio]
Real Madri campeão
Todos os resultados
1ª RODADA 4ª RODADA
30/06 Porto/PORT 1 x 1 Roma/ITA 10/07 Vasco da Gama/BRA 0 x 1 Porto/PORT
01/07 Vasco da Gama 2 x 5 Real Madrid 11/07 Roma/ITA 1 x 2 Real Madrid/ESP
2ª RODADA 5ª RODADA
03/07 Vasco da Gama/BRA 3 x 0 Porto/PORT 14/07 Vasco da Gama/BRA 2 x 1 Roma/ITA
04/07 Real Madrid/ESP 1 x 2 Roma/ITA 15/07 Porto/PORT 1 x 2 Real Madrid/ESP
3ª RODADA 6ª RODADA
07/07 Vasco da Gama/BRA 3 x 1 Roma/ITA 17/07 Roma/ITA 0 x 1 Porto/PORT
08/07 Real Madrid/ESP 2 x 1 Porto/PORT 1 18/07 Vasco da Gama 2 x 2 Real Madrid

Disputado por pontos corridos em jogos de ida e volta.
Todas as partidas foram realizadas na cidade de Caracas, Venezuela.

Classificação Final:
1° – Real Madrid (Madrid/ESP) 09 pontos
2° – CR Vasco da Gama (Rio de Janeiro/BRA) 07 pontos
3° – FC Porto (Porto/PORT) 05 pontos
4° – AS Roma (Roma/ITA) 03 pontos
Na época vitória valia dois pontos e empate um ponto.

Pequena Copa do Mundo de Clubes 1957
[img:barcelona_1957.gif,full,vazio]
Barcelona campeão
Todos os resultados
1ª RODADA 4ª RODADA
29/06 Botafogo/BRA 2 x 0 Sevilla/ESP 10/07 Botafogo/BRA 4 x 0 Sevilla/ESP
30/06 Nacional/URU 0 x 4 Barcelona/ESP 11/07 Barcelona/ESP 3 x 2 Nacional/URU
2ª RODADA 5ª RODADA
04/07 Nacional/URU 2 x 2 Sevilla/ESP 13/07 Barcelona/ESP 2 x 2 Sevilla/ESP
05/07 Barcelona/ESP 3 x 0 Botafogo/BRA 15/07 Botafogo/BRA 2 x 2 Nacional/URU
3ª RODADA 6ª RODADA
07/07 Botafogo/BRA 4 x 0 Nacional/URU 17/07 Nacional/URU 1 x 3 Sevilla/ESP
08/07 Barcelona/ESP 3 x 2 Sevilla/ESP 1 18/07 Botafogo/BRA 2 x 2 Bracelona/ESP

Disputado por pontos corridos em jogos de ida e volta.
Todas as partidas foram realizadas na cidade de Caracas, Venezuela.

Classificação Final:
1° – FC Barcelona (Barcelona/ESP) 10 pontos
2° – Botafogo FR (Rio de Janeiro/BRA) 08 pontos
3° – Sevilla (Sevilla/ESP) 04 pontos
4° – Nacional (Montevideo/URU) 02 pontos
Na época vitória valia dois pontos e empate um ponto.

Pequena Copa do Mundo de Clubes 1963
[img:sao_paulo_1963.gif,full,vazio]
São Paulo campeão
Todos os resultados
1ª RODADA 3ª RODADA
20/08 FC Porto/PORT 1 x 2 Real Madrid/ESP
21/08 São Paulo/BRA 2 x 1 FC Porto/PORT
2ª RODADA
23/08 São Paulo/BRA 2 x 1 Real Madrid/ESP
25/08 Real Madrid/ESP 2 x 1 FC Porto/PORT
3ª RODADA
28/08 São Paulo/BRA 0 x 0 Real Madrid/ESP
30/08 * FC Porto/PORT x São Paulo/BRA

Fontes: Museu dos esportes
Wikipédia
Campeoesdofutebol.com.br

Mesa redonda sobre futebol através dos tempos

Esta expressão, mesa redonda, é usada para denominar programas de televisão onde são mostradas discussões e comentários sobre esportes, em sua maioria sobre futebol. Portanto resolvi pesquisar e fazer um breve relato do início da trajetória na televisão, durante seus vinte primeiros .

Por emblemática e histórica eis a foto da primeira (ou de uma das primeiras) mesa-redonda esportiva da TV brasileira. A foto, tirada no dia 12 de abril de 1961, de autoria do saudoso Sarkis, é emocionante pela presença de ícones do mundo esportivo, à época, do sumido e importantíssimo homem de rádio e TV Clóvis José de Azevedo e da… mesinha!!! Ali, nasceu a expressão ´´mesa-redonda´´ e a mesinha era… retangular!!! O flagrante nos antigos estúdios da TV Paulista, Canal 5, na região da Rua da Consolação, abriga Pedro Luiz, Paulo Planet Buarque, Edson leite, Clóvis Azevedo, Leônidas da Silva e Vicente Feola. Só fera.
[img:mesa_redonda.jpg,resized,vazio]

CLOVIS DE AZEVEDO
Sua participação foi marcante para a história das transmissões esportivas na televisão. Especialmente pela idéia da inclusão de um comentarista durante as partidas, função até então inexistente. “Na TV Paulista, contratei o Leônidas da Silva, que conhecia o futebol como poucos. Era necessário que o telespectador tivesse alguma referência para explicar o comportamento tático das equipes”. Tempos depois, inovou mais uma vez ao participar da primeira mesa redonda esportiva de TV em nosso país, ao lado de Pedro Luiz, Paulo Planet Buarque, Edson leite, Leônidas da Silva e Vicente Feola.
A foto foi tirada nos estúdios da saudosa TV Paulista, canal 5 (antecessora da Rede Globo), no início dos anos 60. A incrível mesinha e as cadeiras eram aquelas que as cervejarias ainda cedem para os barzinhos do Brasil.

MILTON PERUZZI E A MESA REDONDA É COM A GAZETA
Ele comandou por anos e anos, como ninguém, a nitroglicerínica “Mesa Redonda Futebol é com 11”, na TV Gazeta de São Paulo e o programa esportivo radiofônico “Disparada no Esporte”, na Rádio Gazeta da capital paulista. Seu auge aconteceu durante os anos 70 e 80.
Além disso, Peruzzi inventou a expressão “Tudo terminou em pizza”, quando retratou um momento político conturbado do Palmeiras nas páginas de “A Gazeta Esportiva”. É que o conflito político palmeirense terminou nas mesas de uma pizzaria próxima ao Parque Antártica. Hoje, o jornalismo brasileiro, político, econômico ou esportivo, sempre registra a frase “patenteada” por Peruzzi quando quer definir que alguma situação polêmica não teve um final feliz, principalmente quando a opinião pública exige uma punição exemplar acabando por se decepcionar.

GRANDE RESENHA FACIT
O programa contava com grandes personalidades, como o Luiz Mendes, João Saldanha, Armando Nogueira, José Maria Scassa, Nélson Rodrigues, Vitorino Vieira, Alain Fontain e Hans Henningsen – que Nélson Rodrigues apelidou de “O Marinheiro Sueco. Foi a melhor porta de entrada para o debate esportivo na TV, revestido, ao mesmo tempo, de inteligência e de paixão. Esse binômio foi irresistível para perenizar a atração, dirigida pelo saudoso companheiro Augusto Melo Pinto, que deu forma a uma idéia de Walter Clark.
Durante o programa, os comentaristas eram torcedores fanáticos dos clubes cariocas. Eram constantes as discussões acaloradas entre o botafoguense Saldanha e o tricolor carioca Nelson Rodrigues, por exemplo. Até hoje esse modelo está presente em várias emissoras, em diversas formas.
Entre tantos momentos memoráveis, houve o dia em que viu Nelson Rodrigues se referir a uma vitória do Fluminense como sendo “uma vitória santa do tricolor”, provocando uma reação do Scassa. Ele interrompeu a fala de Nelson dizendo que a vitória se devia à competência da equipe e não tinha nada a ver com religião. Nelson prosseguiu, como se não tivesse sido interrompido. Encerrou o assunto de forma inesquecível, clamando: “Vejam só, amigos. O Scassa está querendo proibir a entrada de Deus no Maracanã como se ele fosse um carona abominável.”

Um pouco dos grandes momentos do futebol carioca

Homenagem ao América e seu hino, A Garrincha, ao gol de placa de Pelé, às torcidas e aos craques .

AMÉRICA
O América serviu de fonte de inspiração para a criação de muitos outros Américas, no Brasil e no exterior .
1950-1960: Grandes times e mais um título carioca
O América disputou a primeira final do Campeonato Carioca no Maracanã tendo sido vice-campeão de 1950 ao perder a final para o Vasco por 2 a 1 perante 121.765 espectadores (104.775 pagantes), com gols de Ademir Menezes para o Vasco e Maneco para o América no primeiro tempo, com Ademir marcando o gol da vitória vascaína no segundo tempo. Em 20 jogos o América teve 14 vitórias, 3 empates e 3 derrotas, fazendo 52 gols e sofrendo 30, tendo vencido todos os primeiros clássicos disputados no Maracanã (4 a 2 no Botafogo, 3 a 1 no Fluminense, 3 a 2 no Vasco e 3 a 1 no Bangu), exceto o jogado contra o Flamengo, com quem empatou de 2 a 2.
Tendo conquistado sete Campeonatos Cariocas em sua história, não teve a felicidade de ver o seu melhor time campeão, em 1955 , mas antes disso mostrou a qualidade que seu time de futebol tinha na década de 1950 .

Em 1951 as equipes inglesas do Arsenal e do Portsmouth FC excursionaram pelo Brasil, tendo ambas enfrentado o América no Maracanã. No dia 27 de Maio o América derrotou o Arsenal perante 20.856 espectadores (14.574 pagantes), com gols de Dimas e Rubens, descontando Gudmursson para os ingleses. Já no dia 8 de Junho o América venceu o Portsmouth por 3 a 2, com gols de Rubens, Ranulfo e Dicknson (contra), com Reid marcando os gols dos ingleses perante 24.005 espectadores (17.864 pagantes).
No dia 18 de julho de 1951, o América conseguiu uma vitória que entrou para a sua história . Convidado para disputar um torneio na cidade de Montevidéu, quando lá chegou verificou que não iria disputar um torneio, e sim um jogo contra o Peñarol, base da Seleção Uruguaia de 1950, que queria reafirmar a superioridade do futebol daquele país. A partida foi marcada para o dia 18 de julho de 1951, data nacional uruguaia e estava decretado feriado desde o dia 16, para comemorarem também o primeiro aniversário da conquista da Copa do Mundo de 1950 . Perante 65.000 uruguaios, o América fez uma grande partida e ganhou o jogo por 3 a 1.

Na conquista do Torneio Extra Carlos Martins da Rocha (torneios extras eram campeonatos disputados nos mesmos anos que os campeonatos cariocas oficiais de determinado ano e este em especial homenageou um ex-dirigente do Botafogo dando-lhe seu nome)em 1952, o América derrotou o Flamengo por 1 a 0 após 148 minutos de futebol, pois o regulamento previa que haveriam tantas prorrogações de 15 minutos quanto fossem necessárias até que um time conquistasse a vitória, fazendo o gol necessário para isto, com o meia-esquerda Ari, fazendo o gol do título americano, com um forte chute de fora da área.
O Jornal dos Sports, de 31 de dezembro de 1954, em sua página 5, divulgou uma pesquisa do instituto de pesquisas IBOPE que apontou a torcida do América como a quarta do Rio de Janeiro, com 6% da preferência dos torcedores , 1% à frente da torcida do Botafogo, o que refletiu o grande momento que o América viveu naquela época.
Pesquisa de torcida em 1954:
1°)CLUBE DE REGATAS DO FLAMENGO : 28%
2°)FLUMINENSE FOOTBALL CLUB : 18%
3°)CLUBE DE REGATAS VASCO DA GAMA: 17%
4°)AMÉRICA FOOTBALL CLUB : 6%
5°)BOTAFOGO DE FUTEBOL E REGATAS: 5%
6°)BANGU ATLÉTICO CLUBE: 2%
7°)SÃO CRISTÓVÃO DE FUTEBOL E REGATAS: 1%

No Campeonato Carioca de 1954 o América garantiu o vice-campeonato ao vencer o Fluminense por 3 a 0, já em 16 de Fevereiro de 1955 , com 2 gols de Alarcon e 1 de João Carlos. Em 27 jogos o América obteve 17 vitórias, 6 empates e apenas 4 derrotas, marcando 59 gols e sofrendo apenas 27.
O América já havia sido vice-campeão em 1950 e 1954 e no Campeonato Carioca de 1955, realizou grandes jogos, goleando adversários tradicionais como o Flamengo (5 a 1), Fluminense (4 a 0 e 5 a 1), Botafogo (3 a 1 e 4 a 0), Bangu (5 a 3, 6 a 1) São Cristóvão (6 a 0), Madureira (4 a 0).

Fato relevante na montagem deste grande time do América, foram as contratações em Abril de 1955,de Canário, Washington e J. Alves ao Olaria, com Canário vindo a ser grande destaque americano e jogador da Seleção Brasileira. Em 1960, Canário foi o primeiro jogador brasileiro a ser campeão da Copa dos Campeões da Europa, jogando pelo Real Madrid, tendo sido um dos grandes destaques dos merengues nesta conquista.
Em Junho e Julho, o América participa do Torneio Charles Miller, em São Paulo e sagra-se vice-campeão, vencendo o Flamengo (1 x 0), o Peñarol (4 a 1), o Benfica (4 a 2) , perdendo para o Corinthians (3 a 1) e empatando com o Palmeiras (2 a 2), sendo campeão o Corinthians com 1 ponto perdido (o América teve 3).

Ainda em Julho o América vence o Torneio Quadrangular Internacional, em Lima, capital do Peru, vencendo o Universitário (3 a 1), o Alianza (4 a 2) e na final, o Santos por 2 a 1, com 2 gols de Alarcon , descontando Vasconcellos para os santistas. Após a conquista, o América ainda vence um combinado Alianza-Universitário, por 3 a 2, com gols de Wassil (2) e Washington.
A saída do treinador Martim Francisco ao final do Campeonato Carioca de 1955, pode ser considerado o fim deste grande time do América, que não obteria resultados tão expressivos após isto, embora jogadores seus viessem a servir a Seleção Brasileira ainda naquele ano, nas Taças Oswaldo Cruz, Atlântico e nos amistosos contra as seleções da Itália e da Argentina.

Tendo sagrado-se Campeão do Terceiro Turno de 1955 (que entrou pelo ano de 1956)[9], ganhando na final do Fluminense por 2 a 0, com mais de cem mil pessoas no Maracanã entre pagantes e não-pagantes, habilitou-se a disputar as finais em melhor-de-três contra o Flamengo, em outros jogos com o Maracanã lotado.
O América perdeu o primeiro jogo, por 1 a 0, no segundo ganhou do Flamengo por 5 a 1. No último, com cerca de 140.000 pessoas no Maracanã, perdeu para o Flamengo por 4 a 1. A nota destoante, é que nesse último jogo, o América teve o meia-esquerda Alarcon atingido de maneira violenta e por isso teve que sair do jogo aos 15 minutos do primeiro tempo . O América atuou o resto do tempo com apenas 10 jogadores, pois naquela época não era possível fazerem-se substituições,o que certamente contribuiu para o desfecho do campeonato.

Em 1955, o América ainda excursionou pela Europa, realizando dezoito partidas, ganhando treze, empatando uma e perdendo duas[10]. O clube rubro montou outro time e acabou fechando a grande década com a conquista do Campeonato Carioca de 1960, ganhando do Fluminense na final[11], com mais de cem mil pessoas presentes ao Maracanã .
[img:1o_Campe__o_da_Guanabara.jpg,resized,vazio]

O HINO DE CLUBE MAIS BONITO DO BRASIL
[img:Hino_mais_lindo.jpg,resized,vazio]

GARRINCHA
Manuel Francisco dos Santos, o Garrincha, é considerado um dos maiores talentos da história do futebol. O gênio da ponta-direita do Botafogo (RJ), nascido em Pau Grande, no Rio de Janeiro, encantou o mundo com seu estilo original de jogar, com seus dribles abusados e zombeteiros, com sua velocidade desconcertante e com suas jogadas ao mesmo tempo divertidas e belíssimas. Jogou 60 partidas pela Seleção Brasileira e encantou o mundo em três Copas do Mundo: da Suécia (1958) e do Chile (1962), das quais o Brasil foi campeão, e da Inglaterra (1966). Com Garrincha, o Brasil obteve 52 vitórias e sete empates. No final de carreira, jogou também no Corinthians, Flamengo, Olaria e em outros times brasileiros e estrangeiros. Estava com alguns quilos a mais e o joelho arrebentado. Morreu devido à cirrose hepática em 1983. Eternamente admirado, foi homenageado com o poema O Anjo de Pernas Tortas, de Vinícius de Moraes, o documentário Garrincha, Alegria do Povo, de Joaquim Pedro de Andrade, a biografia Estrela Solitária, de Ruy Castro, e os versos de Carlos Drummond de Andrade: “Se há um deus que regula o futebol, esse deus é sobretudo irônico e farsante, e Garrincha foi um de seus delegados incumbidos de zombar de tudo e de todos, nos estádios.(…)”
[img:A_alegria_do_Povo.jpg,resized,vazio]

MOMENTOS DE GLÓRIA DO MARACANÃ
[img:Placa_do_gol_do_Pele_no_Maracana.jpg,resized,vazio]

MAIOR PATRIMÔNIO DO FUTEBOL CARIOCA
[img:as_torcidas.jpg,resized,vazio]

HOMENAGEM AOS CRAQUES
[img:homenagem_aos_jogadores.jpg,resized,vazio

Homenagem ao torcedor que desde os anos 40 lota os estádios

Neste artigo somente três exemplos dos anos passados, aproveitando as fotos do site Milton Neves:
Homenagem especial ao torcedor, que tanto sofre por seu time. Ao torcedor que tanto pena para conseguir um lugarzinho nos estádios em jogos decisivos. E isso é algo que acontece há muito tempo. E antigamente nem precisava ser uma final. Acima, uma foto sensacional do dia 3 de outubro de 1948 prova isso. Vejam quanta gente empoleirada em uma das quatro torres de iluminação da Vila! E, “cortada”, a foto não mostra outros dois “lances de arquibancada aérea”. É mole? E nas outras três torres da velha Vila ocorria a mesma coisa! Bauer, o número 5 do Tricolor, lamenta. Odair Titica abraça Alemãozinho que fez o primeiro gol do Santos contra o São Paulo. À esquerda,Pinhégas está chegando e, à direita, Zeferino sorri segurando a bola. E Antoninho Fernandes enverga a 8 do Peixe, entre o Monstro do Maracanã e o camisa 6 do Tricolor.
[img:Vila_lotada.jpg,resized,vazio]

A segunda foto foi tirada do Parque São Jorge. Veja como nos anos 60 o estádio corintiano ficava lotado, até com gente se segurando no madeirame das placas de propaganda. Em pé: Augusto, Oreco, Cabeção, Cássio (mora na Bélgica), Eduardo e Ari Clemente. Agachados: roupeiro Irineu,Bataglia, Silva, Nei, Rafael, Ferreirinha.
[img:Parque_S._Jorge_lotado.jpg,resized,vazio]

E para terminar uma foto do Morumbi ainda em construção, mas mesmo assim lotado. Corinthians e Santos se enfrentavam naquele dia da metade dos anos 60. Da direita para esquerda: Olten Ayres de Abreu (pai da polêmica Denise Abreu, ex-ANAC e “grande amiga” de Dilma Rousseff), Sansão e Anacleto Pietrobom . O último, de óculos é Rogelio Rodrigues, que era diretor de árbitros da FPF e diretor da Rádio Record. Quem nos ajudou foi o internauta Jota Roberto. Muito obrigado!
[img:Morumbi_lotado.jpg,resized,vazio]
Site de Milton Neves
Faço uma observação. Reparem que o relógio marca 14h e o estádio já estava lotado. O placar marcava o jogo preliminar.

Pernambuco, terra de estádios lotados

Fiz uma pesquisa com base em dados da CBF para descobrir qual estado do Brasil tem a melhor média de público nas três divisões do Campeonato Brasileiro. Os nordestinos, para variar, são o destaque.

Até agora, ninguém supera os pernambucanos em termos de média de público. Nada mais normal para um estado que tem os líderes de público nas séries A (Sport) e B (Santa Cruz). Em segundo lugar, vem a Bahia, que tem o Bahia, clube da Série C com maior média de torcedores presentes no estádio mesmo se somarmos as três divisões.

Dos “quatro grandes”, quem se destaca é o Rio de Janeiro, em terceiro lugar na lista. Isso graças ao quarteto Vasco-Botafogo-Flamengo-Fluminense, porque o resto é vergonhoso.

O mesmo vale para São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, que têm boas médias entre os clubes grandes e ridículas entre os pequenos. Claro, o fato de os pequenos estarem geralmente em divisões inferiores explica um pouco, mas não justifica. Se os torcedores de Recife (três times e 1,5 milhão de habitantes) têm alto índice de presença no estádio, os de Campinas (dois times e 1,2 milhão de habitantes) também poderiam ter.

São Paulo, aliás, é uma falácia. A Federação Paulista sempre se gabou da “força do interior” e coisas do tipo, mas os números não mentem: o povo só quer saber mesmo de Parmera, Curintia e Sum Paulo. Os estádios das grandes e ricas cidades do interior paulista ficam às moscas quando esses times não jogam por lá. É de se destacar, ainda, a inexistência da torcida do Santos, que tem média (6.756, a segunda pior da Série A) inferior à do Barueri (9.962), que está na Série B e é uma grata surpresa entre os pequenos do estado mais populoso do país.

Vamos à classificação, com comentários.

1) Pernambuco – 15.894 torcedores/jogo.
A grande média pernambucana deve-se ao trio de Recife (Sport, Náutico e Santa Cruz). Nenhum dos três clubes do interior que estão na Série C consegue alcançar mil torcedores por jogo. Destaque positivo para o Santa Cruz, que, mesmo com o time brigando para não cair para a Série C, mantém a segunda melhor média do país, com 26.407 torcedores por partida.

2) Bahia – 14.372
O estado não tem nenhum time na Série A. Mesmo assim, Vitória (B), Bahia (C), Atlético (C) e Poções (C) têm todos médias de público entre 6 mil e 29 mil torcedores por jogo. O Bahia é insuperável, com 29.363.

3) Rio de Janeiro – 12.673
O público carioca está voltando aos estádios, acredito que graças às boas campanhas de Vasco e Botafogo, ao título do Fluminense na Copa do Brasil e à paixão da torcida do Flamengo – só com muita paixão para lotar um estádio com um time ruim daqueles. Os pequenos, porém, são lamentáveis. Destaque negativo para o tradicional América, com seus 664 torcedores por partida.

4) Ceará – 9.627
A paixão dos cearenses pelo futebol já foi tratada aqui no OCD, quando citei uma pesquisa do leitor e também blogueiro Sidis. Vale lembrar que, como a Bahia, o Ceará não tem nenhum time na Série A. Pena que, tirando a dupla da capital (Ceará e Fortaleza), ninguém mais arraste multidões aos estádios. A média do vice-campeão estadual Icasa, por exemplo, é de 1.306 torcedores por jogo, em uma cidade (Juazeiro do Norte) com 240 mil habitantes.

5) Minas Gerais – 8.852
Cruzeiro e Atlético Mineiro vão bem, mas o resto… nem os tradicionais Tupi (886) e Villa nova (828) empolgam suas cidades. Destaque para o Cruzeiro, com 21.261 torcedores por jogo, quase 8 mil a mais que o maior rival.

6) Rio Grande do Sul – 8.782
A dupla de grandes (Grêmio e Internacional) tem boa média, mas o estado paga o preço de ter o time de pior média de público do país (Ulbra, 59) e o da Série A (Juventude, 4.814). O tradicional Caxias (951) também decepcionou.

7) Rio Grande do Norte – 7.905
A presença do América na Série A faz aumentar a média potiguar. Apesar de lanterna disparado, o Mecão tem uma média de público (10.955) que é quase o dobro da do rival ABC (5.978), que é atual campeão estadual e está na Série C.

8) Paraná – 6.436
Quem se destaca é o Coritiba, que, mesmo na Série B, tem a melhor média entre os clubes do estado (9.631). No interior, dá para ver pelos números que eles gostam mesmo é de times gaúchos e paulistas. Menção honrosa à Roma, de Apucarana, com seus “extraordinários” 1.442 pagantes por jogo. Pouco, mas bem melhor que o atual campeão Paranavaí (512).

9) Goiás – 5.954
O carro-chefe é o Goiás (12.814), que está na Série A. Dizem que o último jogo do Vila Nova na Série C deu mais de 20 mil pessoas no Serra Dourada, mas ele ainda não entrou nas contas da CBF – o Tigre tem média de 4.565. O atual campeão estadual Atlético Goianiense é o pior dos cinco times do estado nas três divisões do Campeonato Brasileiro (Crac e Itumbiara são os outros dois), com 1.976 torcedores por jogo.

10) São Paulo – 5.872
Foi por pouco, mas o estado mais rico e mais populoso do país entrou entre os dez maiores. Como disse antes, os times grandes da capital, mesmo com todos os problemas de violência, têm boas médias. No interior é que o negócio vai mal. Destaque mesmo é o Barueri, mas como já falei dele, ressalto também a média do Guarani (3.427) na Série C, que, se não é nada de outro mundo, pelo menos é maior que a da rival Ponte Preta (2.706) na Série B.

11) Santa Catarina – 5.573
Ah, o estadinho mais belo dessa federação… se não fosse a média vergonhosa do Avaí (2.280), poderíamos ter ficado à frente de São Paulo. O Joinville, na Série C, teve a maior média: 8.744, um pouco melhor que o Figueirense (8.477), da Série A.

12) Alagoas – 4.699
O CRB (7.206) tem a melhor média.

13) Pará – 3.696
É fácil dizer-se apaixonado pelo clube quando ele está na Série A. Com o Remo caindo pelas tabelas na Série B e o Paysandu escondido na Série C, os paraenses sumiram dos estádios. A tradicional Tuna Luso, na C, tem média de 615 torcedores por jogo, a pior entre os times do estado.

14) Sergipe – 2.872
Entre os estados que só possuem times na Série C, Sergipe é o de maior média de público. Isso graças ao Confiança (3.948). O outro, o América (719), colabora pouco.

15) Acre – 2.841
Uma média um pouco falsa, já que é a média de um clube só – apenas o Rio Branco representa o estado na Série C.

16) Maranhão – 2.398
O tradicional Sampaio Correa (2.888) e o Imperatriz (1.810) são os representantes maranhenses na Série C.

17) Distrito Federal – 1.844
Com 45% dos jogos, o Brasiliense (3.197) é responsável por 80% do público do Distrito Federal no Campeonato Brasileiro.

18) Piauí – 1.685
Só dois times: River (2.125) e Barras (1.510).

19) Amazonas – 1.352
Os três times que representam o estado na Série C são tradicionais – Fast (853), Nacional (1.841) e São Raimundo (1.370) -, mas nem isso parece empolgar o torcedor local.

20) Tocantins – 1.207
Apenas um time, o Araguaína.

21) Espírito Santo – 894
O Jaguaré (1.344) é razoável. O Linhares (668) é um fracasso.

22) Paraíba – 874
Sem os tradicionais Treze, Botafogo e Campinense, coube a Nacional (1.045) e Atlético (731) representarem o estado.

23) Mato Grosso – 741
Cacerense (971) e Jaciara (510). Realmente, não empolga.

24) Mato Grosso do Sul – 661
Cene (411) e Águia Negra (810).

25) Roraima – 263
Só um time, o São Raimundo.

26) Amapá – 227
O Amapá é o representante solitário.

27) Rondônia – 225
Parabéns, Jaruense, único clube rondoniense na Série C. Tua torcida colocou o estado em último lugar no ranking.

Sou Felipe Silva , um apaixonado pelo futebol desde os oito anos, acompanho jogos de tudo que é canto e em 90% das vezes que ligo a TV ou rádio é pra ver futebol. Minha formação é em jornalismo pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Informações contidas no “ondeacorujadorme.blogspot.com” de 03.09.2007.

Jogos do Santos FC – Os 15 maiores públicos da Vila Belmiro

Abaixo a lista dos 15 jogos de maior público na Vila Belmiro:

1) 20/09/1964 0x0 SC Corinthians P (São Paulo) – 32.986 – Campeonato Paulista

2) 15/02/1976 0x5 SE Palmeiras (São Paulo) – 31.662 – Torneio Governador do Estado de São Paulo

3) 18/10/1978 0x2 Guarani FC (Campinas) – 31.172 (público total) – Campeonato Paulista

4) 15/05/1980 0x0 A Desportiva FVDR (Cariacica) (ES) – 31.146 (público total) – Campeonato Brasileiro

5) 02/04/1979 0x1 AA Ponte Preta (Campinas) – 30.779 (público total) – Campeonato Paulista

6) 07/09/1978 0x0 Paulista FC (Jundiaí) – 29.746 (público total) – Campeonato Paulista

7) 14/04/1979 2×1 AA Francana (Franca) – 29.801 (público total) – Campeonato Paulista

8) 30/07/1961 2×1 SE Palmeiras (São Paulo) – 28.800 (público calculado, nºs não oficiais) – Campeonato Paulista

9) 16/03/1983 1×1 Guarani FC (Campinas) – 28.529 (público total) – Campeonato Brasileiro

10) 08/10/1978 0x0 EC São Bento (Sorocaba) – 28.457 (público total) – Campeonato Paulista

11) 07/09/1977 0x2 Botafogo FC (Ribeirão Preto) – 28.254 (público total) – Campeonato Brasileiro

12) 14/11/1962 3×0 SE Palmeiras (São Paulo) – 27.600 (público calculado, nºs não oficiais, sujeito a modificações) – Campeonato Paulista

13) 16/12/1960 2×1 SE Palmeiras (São Paulo) – 27.400 (público calculado, nºs não oficiais, sujeito a modificações) – Campeonato Paulista

14) 04/10/1978 3×1 A Ferroviária E – 27.385 (público total) – Campeonato Paulista

15) 09/04/1983 2×2 C Náutico C (Recife) – 26.796 – Campeonato Brasileiro

www.santistaroxo.com.br