Arquivo da categoria: 08. Gilberto Maluf

A origem do Gol de Placa

Segundo consta, a expressão ‘gol de placa’ originou-se após uma partida disputada entre Santos e Fluminense, no Maracanã, em 5 de março de 1961, vencida pelos santitas por 3 x 1. No jogo, Pelé marcou um gol tão fantástico que Joelmir Betting, então jornalista esportivo, solicitou ao jornal “O Esporte” que encomendasse uma placa para ser fixada no saguão do estádio, em homenagem ao feito. E o jornalista foi atendido. A partir de então, a expressão entrou para o vocabulário futebolístico como sinônimo de gol bonito.

Gol placa

O Globo de 1961

No dia 5 de março de 1961, no maracanã, o Santos venceu o Fluminense por 3×1. O foi nesta partida que Pelé marcou o seu gol de placa. Aos 40 minutos do primeiro tempo, depois de uma defesa do goleiro santista, a bola sobrou para Dalmo que serviu a Pelé na entrada de sua área. Ele controlou a bola e como uma possante máquina, engrenou a primeira, passou a segunda e imprimiu velocidade na terceira, atravessando todo o gramado sob a vigilância dos adversários. Já na área tricolor, Pelé driblou Pinheiro que estava ao seu encalço, se livrou do desesperado Jair Marinho e, diante de Castilho, tocou fora do alcance do goleiro que se atirou todo mas seu esforço foi inútil. Alguns mais exaltados, afirmavam que aquele gol teria que valeu por dois. De fato, o gol foi tão espetacular que arrancou aplausos de todos os torcedores que, de pé, esquecendo-se de suas paixões clubísticas e embora empunhando bandeiras tricolores, proporcionaram uma cena jamais vista no maracanã. Foram quase dois minutos de palmas, contados a relógio, enquanto Pelé desaparecia debaixo dos abraços dos companheiros.

Detalhes do jogo.
5 de março de 1961.
Competição: Torneio Rio São Paulo.
Fluminense 1 x Santos 3.
Gols de : Pelé. Pelé. Pepe e Jaburu.
Local: maracanã.
Juiz: Olten Ayres d Abreu.
Renda: 2.685.317,00
Santos: Laércio. Fiotti. Mauro. Calver e Dalmo. Zito e Mengalvio (Nei). Dorval. Coutinho. Pelé e Pepe (Sormani).
Fluminense: Castilho. Jair Marinho. Pinheiro. Clovis (Paulo) e Altair. Edmilson e Paulinho. Telê Santana (Augusto). Valdo. Jaburu e Escurinho.

Confronto Guarani x Ponte Preta

Um pouco da história

Forças dos anos 70

A década de 1970 foi inesquecível para Bugre e Macaca. Em 72, 73 e 74, o Guarani conseguiu o título de Campeão do Interior do Campeonato Paulista. No fim da década, já em 1978, o Bugre sagrou-se Campeão Brasileiro– e até hoje é o único clube do interior a conquistá-lo. Fez bonito também na Libertadores de 1979, quando terminou em terceiro lugar. Foi nessa época que o Guarani revelou o centroavante Careca   para o mundo.

Já a Ponte Preta, segundo clube mais antigo do Brasil dentre os que ainda estão em atividade, não ganhou nenhum título na década. Aliás, o único campeonato que a Macaca conseguiu vencer em toda a sua história foi a Segunda Divisão Paulista, em 1969. Mas nada disso ofusca o brilho de um time que foi vice-campeão paulista em 70, 77 e 79. Dentre alguns grandes jogadores, podemos citar o zagueiro OScar, e os  treinadores Marco Aurélio e Jair Picerni.

O sucesso de Guarani e Ponte Preta nos anos 70 era tanto que a Revista Placar de outubro de 1978 fez uma reportagem trazendo a “Seleção de Craques” dos arquirrivais. Dela faziam parte jogadores como o meia Zenon, o zagueiro Pollozi e o goleiro Carlos.

Guarani vs. Ponte Preta, o Derby Campineiro

O ano era de 1900. A cidade, Campinas. Um grupo de estudantes do Colégio Culto à Ciência preenchia suas horas vagas jogando futebol no Bairro Ponte Preta – nome dado em função de uma ponte de madeira feita pela ferrovia, que para melhor conservação, fora pintada com piche. No dia 11 de agosto do mesmo ano, os estudantes que passavam a tarde jogando bola decidiram levar o hobby mais a sério. Foi fundada a Associação Ponte Preta.

Onze anos depois, alguns adolescentes da classe média/baixa se reuniam na praça Carlos Gomes – uma homenagem da cidade ao grande maestro e compositor campineiro Antônio Carlos Gomes – para também jogar futebol.

E, assim como os estudantes do Colégio Culto à Ciência, eles decidiram, no dia 2 de abril de 1911, fundar um time profissional de futebol. O nome? Guarany Foot-Ball Club, em homenagem à obra mais conhecida do maestro Carlos Gomes, nome da praça onde os rapazes passavam a tarde se divertindo.

O primeiro confronto entre as duas equipes da cidade ocorreu no mesmo ano da fundação do Guarani, em 1911. Na ocasião, a Ponte venceu o jogo pelo placar magro de 1 a 0, gol de Lopes. Desde então, as duas equipes travam uma disputa acirrada para disputar a hegemonia na cidade de Campinas.

Nos quase 100 anos de rivalidade, ocorreram diversos fatos marcantes. A começar pelo jogo de 26 de setembro de 1948, primeiro clássico disputado no recém criado estádio Moisés Lucarelli, casa da Macaca. O jogo era válido pela segunda divisão do campeonato paulista, e o Bugre pregou uma peça no rival ao vencer a partida por 1 a 0. Entretanto, no primeiro dérbi após a inauguração do estádio do Guarani, o Brinco de Ouro da Princesa, em 1953, a Ponte deu o troco num estrondoso 3 a 0. Uma curiosidade: apenas 650 metros separam os estádios de Ponte e Guarani.

Números do confronto:

http://arquirrivais.blogspot.com

Homenagem dos Correios ao Futebol

Os selos comemorativos do futebol procuram registrar fatos, datas, eventos e destaques das personalidades do futebol, em âmbito nacional e internacional.

BRASIL BICAMPEÃO!

A exemplo das edições anteriores, a Copa do Mundo de 1962 não havia sido incluída na programação filatélica dos Correios. A conquista do nosso segundo título mundial, porém, alterou o rumo dos acontecimentos e, no início de 1963, os Correios promoveram o lançamento de um selo celebrando o inédito bicampeonato.

O selo, desenhado por Waldir Granado, traz a clássica imagem de um jogador conduzindo a bola de futebol, só que agora com um traço mais caprichado. Os detalhes do rosto e os músculos das pernas estão mais nítidos e o uniforme da seleção é reproduzido com mangas compridas.

Outro detalhe nesse selo é que a expressão “Correios do Brasil” aparece substituindo a antiga “Brasil Correio” e o “Cr$” não é mais usado à frente do valor facial.

Ao lado e abaixo do mapa das Américas, que destaca o contorno do Brasil, aparece em letras bem pequenas o nome do Chile, país-sede da Copa.

VIVA O REI!

O mundo do futebol acompanhou com grande expectativa o decorrer do ano de 1969. A cada mês a contagem de gols aumentava até que finalmente, no dia 19 de novembro, Pelé marcava o milésimo gol de sua brilhante carreira e se tornava o primeiro jogador brasileiro a alcançar essa incrível marca.

Dessa vez os Correios estavam preparados. Apenas nove dias após o episódio, era lançada a emissão comemorativa “1000º Gol de Pelé”, um dos mais famosos selos da Filatelia Brasileira.

A imagem do selo reproduzia o famoso “soco no ar”, gesto com o qual o Rei do Futebol costumava comemorar seus gols. Compondo a paisagem aparecem as arquibancadas lotadas e a bola no fundo da rede. Outro detalhe é que a expressão “Brasil Correio” voltou a ser utilizada.

Agora vem a parte polêmica da história. Como todo mundo sabe, o milésimo gol foi marcado no Maracanã, numa partida do Santos contra o Vasco da Gama. Portanto, Pelé vestia a tradicional camisa branca do clube santista e não o uniforme da seleção brasileira como aparece retratado na estampa do selo. Outro detalhe interessante é que a partida foi disputada à noite, logo, o céu não podia aparecer no tom azul claro com que foi desenhado pelo artista A. Jorge.

“Homenagem aos Campeões da Libertadores da América”


Reprodução/ABOs Correios lançaram durante o ano de 2001, na data de ani­ver­sá­rio de cada clu­be, uma série de se­los ho­me­na­ge­an­do os cam­pe­ões da Li­ber­ta­do­res da América: San­tos, Flamengo, Vasco, Grê­mio, Pal­mei­ras, São Pau­lo e Cruzeiro.
O primeiro, uma homenagem ao Santos Fu­te­bol Clu­be, foi lan­ça­do du­ran­te a festa de ani­ver­sá­rio dos 89 anos do time. Os feitos do San­tos e de seu mais ilus­tre jo­ga­dor, o Rei Pelé, dei­xa­ram rastro de inesquecíveis lembranças.
No selo, o artista mostra o jogador pre­pa­ran­do-se para uma jogada, o em­ble­ma do San­tos Fu­te­bol Clube e a tor­ci­da pre­sen­te na dis­pu­ta pelo Cam­pe­o­na­to. Foi uti­li­za­da a téc­ni­ca mis­ta (de­se­nho, aqua­re­la e ma­ni­pu­la­ção ele­trô­ni­ca).

Copas de 74, 78 e 82.

PARABENS À ALEMANHA

Pela primeira vez os Correios emitiriam um bloco filatélico para assinalar uma edição da Copa do Mundo. Lançado em 13.06.74, dia do jogo de abertura da competição, o bloco não identifica o país-sede da competição (Alemanha), o que também iria ocorrer em emissões posteriores.
A palavra “Correio” agora aparece em letras menores sobre o nome do Brasil, seguido do ano de emissão.

O bloco criado pela artista Martha Poppe procura enfatizar a plasticidade das jogadas e o vigor físico dos atletas. Daí a opção por utilizar um tom de neutralidade na representação das figuras dos jogadores, com predominância da cor branca e sem definir as feições e os times envolvidos na cena.

O fato curioso ficou por conta do lançamento de outro selo, mais ou menos um mês depois do fim da Copa de 74. Esta foi a primeira é única vez em que houve uma emissão nacional com o título “Homenagem ao Campeão”, parabenizando o país vencedor de uma edição da Copa.

Também concebido por Martha Poppe, a imagem do selo traz as bandeiras do Brasil e da campeã Alemanha desfraldadas pelos eufóricos torcedores.

TANGOS & TOURADAS

Em 1978, a Copa seria realizada na Argentina e, em homenagem à esse  país-irmão, os Correios lançariam em março, noventa dias antes do inicio da competição, uma série de três selos criados pelo artista Ney Damasceno. Nestes selos, aparece apenas o nome do Brasil seguido do ano de emissão, sem a palavra “Correios”.

A seqüência das imagens remete à representação esquematizada de três momentos distintos do futebol. No primeiro selo, aparece um jogador em ação com a bola no pé.

Na seqüência, a imagem do próximo selo já é a da bola estufando a rede na marcação de um gol.

E finalizamos com o momento da consagração, quando o atleta ergue a taça comemorando a conquista da sua equipe. Neste selo vemos um jogador com o uniforme estilizado da seleção brasileira.

Já para a Copa de 82, realizada na Espanha, a novidade foi o lançamento de uma Folhinha Filatélica contendo três selos sem picote que poderiam ser recortados e usados separadamente. Os mesmos selos também foram lançados em versão isolada com picote, e para diferenciá-los, ficaram conhecidos no meio filatélico com os nomes de “Disputa”, “Jogada” e “Defesa”.

Enquanto os selos da folhinha valiam Cr$ 100,00 cada um, os isolados custavam Cr$ 75,00, Cr$ 80,00 e Cr$ 85,00, respectivamente.

Na estampa da folha, além do logotipo dos Correios, destaca-se o escudo da CBF que havia sido criada em 1979 por exigência da FIFA.

O lançamento foi em 19.03.82 e os desenhos são de Martha Poppe.

blog dos correios

Ingressos de jogos históricos

DESPEDIDA DO ZICO NO MARACANÃ
Em 6 de fevereiro de 1990, com o Maracanã lotado, o jogo de encerramento com a camisa rubro-negra. Em um amistoso contra a Seleção do Mundo, o placar foi o que menos importou (2 a 2), diante da tristeza da torcida do Flamengo. O Galinho se preparou muito para a despedida, mas a emoção falou mais forte e tomou conta do jogador. A partida foi transmitida para todo Brasil, inclusive para o Rio de Janeiro, e mais quatorze países. Foi um jogo inesquecível.


BATALHA DOS AFLITOS

Esse é o título do jogo  e da vitória do Grêmio lá no Recife, quando só tinha 7 jogadores em campo e saiu com o título de campeão. O técnico era Mano Menezes. Foi uma das partidas mais emocionantes da história do tricolor gaucho.

Dez dólares para ver a despedida do Rei

Ingresso da despedida de PeléIngresso da despedida de Pelé

Dez dólares. Foi quanto custou para assistir à despedida do Rei do Futebol dos gramados. Pelé deu adeus ao futebol no dia 1º de outubro de 1977 diante de um público de mais de 75 mil torcedores no Giants Stadium, em New Jersey, durante um amistoso entre o Cosmos, sua última equipe profissional, e o Santos, clube que o projetou.

Pelé jogou um tempo com cada camisa. E fez seu último gol como profissional contra o Santos: ele foi o autor de um dos gols da vitória do Cosmos.

FLUMINENSE CAMPEÂO BRASILEIRO DE 1984

O primeiro jogo da final foi disputado em 24 de maio de 1984. E o Fluminense mostrou sua eficiente característica de jogo, reunindo muita disposição física e uma boa dose de técnica: 1 a 0, gol de Romerito. Na finalíssima, o Vasco, precisando da vitória, tentou pressionar, mas o Flu, sob a batuta de Parreira, que substituiu Carbone durante a competição, soube fazer valer a vantagem do empate. O empate de 0 a 0 permitiu a festa dos tricolores no Maracanã.

Entrou em campo aos 41 do 2° Tempo e foi expulso aos 45.


Detalhes da decisão

  • O jogador vascaíno Cocada, substituiu Vivinho aos 41 minutos do 2º tempo, marcou o gol da vitória aos 44 e foi expulso aos 45 por comemorar o gol tirando sua camisa.
  • Após o gol vascaíno, Renato Gaúcho iniciou uma briga com Romário e ambos foram expulsos, junto com outros jogadores que também párticiparam das agressões.

E não gritavam gol de jeito nenhum

As pessoas criticam o Galvão Bueno – e eu me incluo nesse “as pessoas” mas justiça seja feita, o Galvão Bueno grita “gol”. Hoje em dia, isso parece não fazer muita diferença, pois acho que todos os locutores esportivos da televisão gritam gol – desde que, é claro, estejam narrando um jogo de futebol que não termine em 0 x 0. Mas houve uma época, quando eu era garoto – e daqueles garotos que adoravam futebol e assistiam todos os jogos – que os locutores não gritavam “gol”.

Confesso que não sei se era moda,  se era para ser diferente – e então todos queriam ser diferentes – mas nenhum locutor esportivo gritava “gol”. Cada um inventava alguma coisa para dizer na hora do gol, que podia ter de tudo, menos a palavra “gol”. Parece coisa de maluco, mas era assim no final dos anos 60, início dos anos 70.

Um dos mais absurdos era o Fernando Solera, da TV Bandeirantes de São Paulo. Eram raras as transmissões do Solera que chegavam ao Rio, mas, quando passavam, era muito estranho ver um gol e o sujeito gritar “o melhor futebol do mundo no treze”. Só isso. Nada de gol. A bola entrava, ele berrava “o melhor futebol do mundo no treze” ao invés do grito de gol. Pior que ele, talvez só o locutor da TV2 Cultura de São Paulo, que na hora do gol gritava “esporte é cultura!!!”. Assim mesmo… Imaginem a narração: “lá vai Toninho, entrega para Pelé, chutou… esporte é cultura!!!”.

Ainda em São Paulo, havia o Alexandre Santos, eterno locutor da Bandeirantes. A bola entrava e ele gritava “guardou!!!!”. De vez em quando se empolgava: “guardooooooou! Certinho, certinho!”. E não era na rede, era no balaio. “Guardou! Tá no balaio, Chico!”. Não, Chico não era nenhuma gíria, era um repórter que ficava no campo e explicava a jogada depois que o Alexandre dizia que o sujeito guardou no balaio.

No Rio, a TV Tupi tinha o José Cunha. Era um bom locutor, sóbrio, preciso. Mas também não gritava gol. Era “tá lá”. Um “tá lá” muito estendido, alto, longo. Mas não tinha a palavra gol. “Zanata… Olha aí o Dionísio… Limpa… Tá láááááááá! Dionííííísio!!! Depois de uma jogada espetacular do Zanata! Agora Flamengo HUM, Vasco da Gama zero!”. Eu escrevi o “um” como sendo “hum”, tipo cheque, porque o José Cunha se empolgava tanto ao pronunciar o “um” (acho que ele adorava monossílabos) que parecia que estava falando “hum”.

Mas o melhor de todos era o inesquecível Geraldo José de Almeida. Foi o locutor da TV Globo no Tri. Narrações pomposas e empolgantes. Autor de diversos apelidos para os nossos craques. Esse era fantástico. Gritava, se emocionava. “Linda linda linda”, ele dizia quando a jogada era bonita. “Que é que é isso, minha gente?” era a frase quando acontecia um erro. “Que bola bola” para um passe bem dado. “Ponta de bota” para chute com o bico da chuteira.

E não gritava gol… Era “olhalá olhalá olhalá olhalá no placarrrrrrrrr”. Esse “r” final era repetido à exaustão. Devia beber um gole d’água a todo momento, para ficar com a garganta molhada e pronunciar bem os erres. Se hoje as pessoas brincam com o Galvão Bueno por causa do “Ronaldinho”, o “r” do Geraldo José de Almeida dava de dez… “Gerrrrrrrson, o canhotinha de ouro”. E tinha o jogador que o Geraldo mais gostava, que era o Roberto Dias, do São Paulo,  porque tinha dois erres no nome . “Ponta de bota de Rrrrrrrrrrrroberrrrrrrrrrrrrrrtão Dias!”. Saudades do Geraldo.

Havia outros locutores esportivos com expressões estranhas para substituir o “gol”. Lembro-me de um que gritava “barrrrbaaaaaante!” quando a bola entrava, mas não me lembro o nome dele. Enfim, acho que tirando o Luiz Mendes e o Walter Abraão, que pelo que me lembro ainda usavam a anacrônica palavra “gol”, todos os outros tinham sua expressão característica e não gritavam “gol” de jeito nenhum…

Acho que depois que o Geraldo José de Almeida morreu, em meados dos anos 70, e o Luciano do Valle passou a narrador da Globo, o grito de gol voltou à televisão. O Galvão substituiu o Luciano na Globo, e também grita gol.

www.dourado.eti.br

Adendo ao texto:

A narração de futebol naqueles anos 60 até parte dos 70 reuniam, pelo menos em S Paulo, profissionais de escol, de personalidade, carismáticos, precisos, vibrantes, emocionantes. Haroldo Fernandes na Tupi, Fiori Giglioti na Bandeirantes, o grandíssimo Pedro Luís na  Nacional, Joseval Peixoto na Panamericana/Jovem Pan, Milton Peruzzi na Rádio Gazeta; comentaristas e repórteres de campo da qualidade de Leônidas da Silva, Cláudio Carsughi,  Mário Moraes(O Melhor de Todos, sem dúvida!), Hávila Machado, Orlando Duarte, Mauro Pinheiro, Eli Coimbra, Sérgio Baklanos, Roberto Petri(Locutor, Reporter e também comentarista, em épocas diferentes!), Chico de Assis, Raul Tabajara, Sílvio Luís(então reporter de campo), Rubens Petti, Peirão de Castro(Narrador e antes reporter de campo), Edson Bolinha Cury(Reporter de Campo, sim senhor! na Excelsior!), Roberto Silva, reporter Olho Vivo da Bandeirantes, Geraldo Blota, que fazia uma dupla espetacular com o narrador Jose Italiano . Recordar é viver, é não esquecer o passado, é respeitar a história.
P Lima Haddad


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Ditão o zagueiro “Limpa Área”

Geraldo Freitas do Nascimento nasceu no dia 10 de março de 1938, no bairro do Belém, em São Paulo. Herdou o apelido “Ditão” do pai, que havia sido zagueiro do Juventus, time no qual também iniciou sua carreira.

Foi contratado pela Portuguesa, em 1958, por Cr$ 750 mil e com ordenados de 16 mil cruzeiros. Fez sua estreia no dia 12 de abril, no estádio Ilha da Madeira, o atual Canindé. A Portuguesa venceu o amistoso contra o Juventus por 3 a 1, com gols de Orlando (2) e Ocimar. O time luso era formado por:

Félix, Bruno, Ditão, Juths, Mário Ferreira, Odorico, Hélio, Orlando, Servílio (Alfeu), Ocimar e De Carlo.

Foi vice-campeão paulista em 1960 e conquistou o terceiro lugar em 1964. A equipe lusitana era formada por:

Orlando, Jair Marinho, Ditão, Wilson Silva, Edilson, Pampolini, Nair, Almir, Dida, Henrique e Ivair.

Seu ultimo jogo pela Portuguesa deu-se no dia 16 de dezembro de 1965, em um empate por 1 a 1 com a Prudentina. A Portuguesa foi quarta colocada no campeonato daquele ano e o plantel era formado por:

Félix, Ulisses, Ditão e Edílson; Wilson Pereira e Wilson Silva; Almir, Ademar, Ivair, Nair e Neivaldo.

Sua saída do Canindé foi conturbada, tendo sido negociado com o Corinthians por Cr$ 200 milhões, em 6 de fevereiro de 1966. Na época, comentou-se que o presidente Bizarro da Nave, ao ver que perderia a eleição seguinte para o ex-presidente Mario Augusto Isaías, correu para vender Ditão ao Corinthians.

Ditão disputou três partidas pela seleção brasileira e conquistou a Taça Oswaldo Cruz em 1968.

canelada.com.br

Em 2 de março de 1966, dia do jogo entre Corinthians e Vasco pelo torneio Rio-São Paulo, no Pacaembu, o jornal A Gazeta Esportiva estampou em sua primeira página: “Vocês vão ver como é Ditão, Nair e Mané”. O Corinthians colocaria em campo pela primeira vez seus três principais reforços para a temporada: Ditão (zagueiro contratado junto à Portuguesa de Desportos), Nair (experiente volante que também havia chegado junto com Ditão da Portuguesa) e Garrincha. A imprensa paulista tratou então de criar um apelido para esse novo time do Corinthians com seus reforços de peso: Timão.

A Gazeta Esportiva criou o termo  Timão.


A Gazeta Esportiva começou a chamar o Corinthians de Timão em suas manchetes e popularizou o apelido

A Gazeta Esportiva começou a chamar o Corinthians de Timão em suas manchetes e popularizou o apelido.

As principais revistas do esporte ao longo do tempo.

Revista do Esporte:  Publicação semanal com fotos e reportagens. Para aqueles que viveram os anos mágicos do futebol dos anos  50 e 60.
Na capa Jairzinho do Botafogo.

Manchete Esportiva:  Foi uma revista esprotiva dos anos 1955 até 1959.
Na capa Bellini do Vasco  atuando contra o Fluminense.

Globo Sportivo: Foi uma antiga revista  esportiva editada e publicada pela Rio Gráfica e Editora. Circulou desde a década de 30 até os anos 70.  Na capa, Biguá do Flamengo

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Placar: É  uma das principais revistas sobre esporte e seu primeiro número data de 20/03/1970 . Originalmente de periodicidade semanal, hoje a revista é mensal.
Capa da Revista Placar 228

03 CapaPlacar228.jpg

Gazeta Esportiva: No dia 1º de setembro de 1953 foi lançada A Gazeta Esportiva Ilustrada. A revista era vendida separadamente dos outros veículos. E com notícias do esporte brasileiro e internacional. Ela somente vai parar de circular em 1967.

GAZETA ESPORTIVA n.110 - PORTUGUESA, SEL.EÇÃO BRAS. FUTEBOL - Revista Colecionável