- Os selos comemorativos do futebol procuram registrar fatos, datas, eventos e destaques das personalidades do futebol, em âmbito nacional e internacional.
BRASIL BICAMPEÃO!
A exemplo das edições anteriores, a Copa do Mundo de 1962 não havia sido incluída na programação filatélica dos Correios. A conquista do nosso segundo título mundial, porém, alterou o rumo dos acontecimentos e, no início de 1963, os Correios promoveram o lançamento de um selo celebrando o inédito bicampeonato.
O selo, desenhado por Waldir Granado, traz a clássica imagem de um jogador conduzindo a bola de futebol, só que agora com um traço mais caprichado. Os detalhes do rosto e os músculos das pernas estão mais nítidos e o uniforme da seleção é reproduzido com mangas compridas.
Outro detalhe nesse selo é que a expressão “Correios do Brasil” aparece substituindo a antiga “Brasil Correio” e o “Cr$” não é mais usado à frente do valor facial.
Ao lado e abaixo do mapa das Américas, que destaca o contorno do Brasil, aparece em letras bem pequenas o nome do Chile, país-sede da Copa.
VIVA O REI!
O mundo do futebol acompanhou com grande expectativa o decorrer do ano de 1969. A cada mês a contagem de gols aumentava até que finalmente, no dia 19 de novembro, Pelé marcava o milésimo gol de sua brilhante carreira e se tornava o primeiro jogador brasileiro a alcançar essa incrível marca.
Dessa vez os Correios estavam preparados. Apenas nove dias após o episódio, era lançada a emissão comemorativa “1000º Gol de Pelé”, um dos mais famosos selos da Filatelia Brasileira.
A imagem do selo reproduzia o famoso “soco no ar”, gesto com o qual o Rei do Futebol costumava comemorar seus gols. Compondo a paisagem aparecem as arquibancadas lotadas e a bola no fundo da rede. Outro detalhe é que a expressão “Brasil Correio” voltou a ser utilizada.
Agora vem a parte polêmica da história. Como todo mundo sabe, o milésimo gol foi marcado no Maracanã, numa partida do Santos contra o Vasco da Gama. Portanto, Pelé vestia a tradicional camisa branca do clube santista e não o uniforme da seleção brasileira como aparece retratado na estampa do selo. Outro detalhe interessante é que a partida foi disputada à noite, logo, o céu não podia aparecer no tom azul claro com que foi desenhado pelo artista A. Jorge.
“Homenagem aos Campeões da Libertadores da América”
Os Correios lançaram durante o ano de 2001, na data de aniversário de cada clube, uma série de selos homenageando os campeões da Libertadores da América: Santos, Flamengo, Vasco, Grêmio, Palmeiras, São Paulo e Cruzeiro.
O primeiro, uma homenagem ao Santos Futebol Clube, foi lançado durante a festa de aniversário dos 89 anos do time. Os feitos do Santos e de seu mais ilustre jogador, o Rei Pelé, deixaram rastro de inesquecíveis lembranças.
No selo, o artista mostra o jogador preparando-se para uma jogada, o emblema do Santos Futebol Clube e a torcida presente na disputa pelo Campeonato. Foi utilizada a técnica mista (desenho, aquarela e manipulação eletrônica).
Copas de 74, 78 e 82.
Pela primeira vez os Correios emitiriam um bloco filatélico para assinalar uma edição da Copa do Mundo. Lançado em 13.06.74, dia do jogo de abertura da competição, o bloco não identifica o país-sede da competição (Alemanha), o que também iria ocorrer em emissões posteriores.
A palavra “Correio” agora aparece em letras menores sobre o nome do Brasil, seguido do ano de emissão.
O bloco criado pela artista Martha Poppe procura enfatizar a plasticidade das jogadas e o vigor físico dos atletas. Daí a opção por utilizar um tom de neutralidade na representação das figuras dos jogadores, com predominância da cor branca e sem definir as feições e os times envolvidos na cena.
O fato curioso ficou por conta do lançamento de outro selo, mais ou menos um mês depois do fim da Copa de 74. Esta foi a primeira é única vez em que houve uma emissão nacional com o título “Homenagem ao Campeão”, parabenizando o país vencedor de uma edição da Copa.
Também concebido por Martha Poppe, a imagem do selo traz as bandeiras do Brasil e da campeã Alemanha desfraldadas pelos eufóricos torcedores.
TANGOS & TOURADAS
Em 1978, a Copa seria realizada na Argentina e, em homenagem à esse país-irmão, os Correios lançariam em março, noventa dias antes do inicio da competição, uma série de três selos criados pelo artista Ney Damasceno. Nestes selos, aparece apenas o nome do Brasil seguido do ano de emissão, sem a palavra “Correios”.
A seqüência das imagens remete à representação esquematizada de três momentos distintos do futebol. No primeiro selo, aparece um jogador em ação com a bola no pé.
Na seqüência, a imagem do próximo selo já é a da bola estufando a rede na marcação de um gol.
E finalizamos com o momento da consagração, quando o atleta ergue a taça comemorando a conquista da sua equipe. Neste selo vemos um jogador com o uniforme estilizado da seleção brasileira.
Já para a Copa de 82, realizada na Espanha, a novidade foi o lançamento de uma Folhinha Filatélica contendo três selos sem picote que poderiam ser recortados e usados separadamente. Os mesmos selos também foram lançados em versão isolada com picote, e para diferenciá-los, ficaram conhecidos no meio filatélico com os nomes de “Disputa”, “Jogada” e “Defesa”.
Enquanto os selos da folhinha valiam Cr$ 100,00 cada um, os isolados custavam Cr$ 75,00, Cr$ 80,00 e Cr$ 85,00, respectivamente.
Na estampa da folha, além do logotipo dos Correios, destaca-se o escudo da CBF que havia sido criada em 1979 por exigência da FIFA.
O lançamento foi em 19.03.82 e os desenhos são de Martha Poppe.