Arquivo da categoria: 17. Auriel de Almeida

Inédito!! Associação Brasileira de Sports Athleticos (ABSA) – Rio de Janeiro (RJ): Fundado em 1915

A Associação Brasileira de Sports Athleticos (ABSA) foi uma entidade futebolística do Rio de Janeiro (RJ). Fundado no sábado, do dia 20 de Março de 1915. A sua 1ª Sede ficava situado na Rua Rufino de Almeida, nº 48, na Aldeia Campista (Vila Isabel), na Zona Norte do Rio. Depois se mudou para a Rua 24 de Maio, nº 218, Bairro do Rocha, na Zona Norte do Rio.

A assim Revista O Tico-Tico noticiou o surgimento da ABSA:

“Logrou o necessário interesse a iniciativa do Mayrink Football Club, convidando vários clubes esportivos desta capital para constituírem uma nova federação de esportes.

A reunião efetuou-se na Sede do Club dos Bohemios, na Rua 24 de Maio, nº 218, Bairro do Rocha, na Zona Norte do Rio. Num total de 11 agremiações, estiveram presentes seguintes representantes dos clubes:

Tiburcio de Bivar e Lindolpho Ribeiro (Mayrink Football Club);

Edgar Vieira e Raul Castro (Americano Football Club);

Edagar Antunes Leite e Frederico Moncken (Sport Club Rio de Janeiro);

Vicente Antonio Apollazio e Martins Tatu (River Football Club);

Zeferino Pinto Teixeira e Seraphim Moreira de Andrade (Sport Club Mexicano);

Homero Meirelles e Manoel Braga Júnior (Machine Cottons Football Club);

João Almeida Serra e Pedro Lemos (Riachuelense Football Club);

Americo Soares Ornellas (Pereira Passos Football Club);

Alberto de Chamery e A. Pinto Vieira (Centro Portuguez de Desportos);

O São Bento Football Club e o Sport Brasiliense fizeram-se representar por ofício.

A 1ª Diretoria da Associação Brasileira de Sports Athleticos (ABSA) ficou constituída da seguinte forma:

Presidente – Tiburcio Cid Niemeyer de Bivar (Mayrink Football Club);

Vice-Presidente – João Almeida Serra (Riachuelense Football Club);

1º Secretário – Alberto de Chamery (Centro Portuguez de Desportos);

2º Secretário – Edgar Vieira (Americano Football Club);

1º Tesoureiro – Pedro Lemos (Riachuelense Football Club)”.

 

Clubes que disputaram o certame de 1915:

Americano Football Club (do Sampaio-Riachuelo);

Athletique Football Club (do Engenho Velho-Tijuca);

Machine Cotton Football Club (do Sampaio);

Mayrink Football Club (do Rocha);

Sport Club Mexicano (de São Cristóvão);

Centro Portuguez de Desportos (do Centro);

Riachuelense Football Club (do Centro);

Sport Club Rio de Janeiro (do Maracanã);

River Football Club (do Centro);

Sporting Club Rio de Janeiro (de São Cristóvão).

 

FONTES: A Rua : Semanario Illustrado (RJ) – Revista O Tico-Tico: Jornal das crianças (RJ) – O Paiz

Fotos Raras, dos anos 10/30: Sport Club Boa Vista – Rio de Janeiro (RJ)

O Sport Club Boa Vista é uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). Fundado na quinta-feira, do dia 1º de Fevereiro de 1917, pelo Sr. Abel Ramos e um grupo de desportistas da localidade. A 1ª Sede ficava na Rua Boa Vista, nº 53 (sobrado), no Alto da Boa Vista.

Uma curiosidade nas cores, apesar da alcunha do clube ser “Alviverde do Alto“, as fotos coletadas pelo amigo e membro Auriel de Almeida, mostra que num certo período, existia  além do verde e branco,  o amarelo.

O seu Campo – que está situado na Estrada das Furnas, nº 900, no Alto da Boa Vista, na Zona Norte do Rio – foi inaugurado no domingo, do dia 23 de Setembro de 1917. Em 1928, disputou o Campeonato da Liga Metropolitana de Desportos Terrestres – Divisão Emmanuel Coelho Netto.

Campeão do Torneio dos Segundos Quadros de 1930

No domingo, do dia 09 de fevereiro de 1930, no campo do Fundição Nacional Athletico Club, situado na Avenida Pedro II, s/n, em São Cristóvão, o jogo de desempate do Torneio dos Segundos Quadros da Divisão Emmanuel Coelho Netto, entre o Sport Club América e o Sport Club Boa Vista. Melhor para o Boa Vista que goleou por 4 a 0. O nome da partida foi o atacante Mosquera, autor dos quatros gols.

 

SPORT CLUB  AMÉRICA 0 X 4 SPORT CLUB  BOA VISTA
LOCAL Campo do Fundição Nacional Athletico Club, situado na Avenida Pedro II, s/n, em São Cristóvão – Zona Norte do Rio/RJ
CARÁTER Final Torneio dos Segundos Quadros da Divisão Emmanuel Coelho Netto
DATA Domingo, no dia 09 de Fevereiro de 1933
ÁRBITRO Honorato José Barbosa (Brasil Football Club)
S.C. AMÉRICA Martins; Barros e Aristides; Binóculo, Júlio e Canella; Adhemar, Mario, Byra, Lixa e Erasmo.
S.C. BOA VISTA Caetano; Alves e Bahiano; Carlos, Bethuel e Noravio; Gentil, Mosquera, Romualdo, Amaro e Petronilho.
GOLS Mosquera foi autor dos quatro gols do S.C. Boa Vista.

Campeão da LMDT de 1932

Em 1932, o Sport Club Boa Vista se sagrou Campeão do Campeonato da Liga Metropolitana de Desportos Terrestres. Muito embora a LMDT fosse descendente direta da primeira liga de futebol do Rio de Janeiro, a Liga Metropolitana de Football, esse título permanece largamente ignorado. O motivo: todos os seus participantes eram clubes pequenos.

A LMDT foi desfiliada pela Confederação Brasileira de Desportos em 1924. Naquele ano o Vasco da Gama conquistou o título, histórico, sendo o único ano da “era sem filiação” atualmente lembrado na galeria de campeões da FERJ. Essa conquista do Boa Vista, 1932, o último antes da LMDT ser absorvida pela profissional Liga Carioca de Football.

FONTES: Acervo do Clube – A Noite – Jornal dos Sports – Jornal das Moças

Cotonifício Gasparian Atlético Clube – Comendador Levy Gasparian (RJ): Fundado em 1957

O Cotonifício Gasparian Atlético Clube foi uma agremiação do Município de Comendador Levy Gasparian (RJ). Localizado na Região Sul Fluminense, a 160 km da capital. Conta com uma população de 8.183 mil habitantes (segundo o Censo IBGE/2010). Antes da sua emancipação, em 23 de dezembro de 1991, o local era um distrito de Três Rios.

A sua Sede ficava localizado na Vila Gasparian, s/n, no Centro de Comendador Levy Gasparian. O Tricolor Gaspariense foi Fundado em 1957, por Joel da Silva Maia, então com 31 anos. As suas cores eram vermelho, branco e azul.

O fundador, que presidiu o clube por oito anos, foi Vereador em Três Rios, em 1959, exercendo vários mandatos até 1992, ocupando cargos de relevância na Prefeitura e na Câmara de Vereadores do Município de Três Rios.
No Município de Levy Gasparian foi eleito como primeiro Prefeito (1993 a 1996).

Em abril de 1958, se filiou a Liga de Desportos de Três Rios, passando a disputar as competições citadinas. O Cotonifício Gasparian disputou durante 10 anos o campeonato trirriense, durante cinco anos sendo vice-campeão e os outros 5, campeão da competição.

Copa Sul-Fluminense de 1974

O clube participou da Copa Sul-Fluminense de 1974, organizado pela a Federação Fluminense de Futebol (FFF).

Campeão do 1º Turno do Campeonato de Três Rios de 1976

O Cotonifício Gasparian Atlético Clube foi Campeão do 1º Turno do Campeonato Citadino de Três Rios.

1º        Cotonifício Gasparian      17 pontos (nove jogos: oito vitórias e um empate);

2º        Entrerriense F.C.              13 pontos;

3º        C.E. Santa Matilde          13 pontos;

4º        A.R. Santanense F.C.     10 pontos;

5º        Santa Cruz                          09 pontos;

6º        E.C. Serrariense                08 pontos;

7º        Fluminense                         07 pontos;

8º        Flamengo                            06 pontos;

9º        Colônia                                05 pontos.

 

Campeão do Torneio dos Campeões de 1977

Após ter se sagrado campeão da competição em 1977, o Cotonifício Gasparian voltou a participar no ano seguinte. Time-base de 1977: Maninho; Dão, Ilo, Mineiro (Jorge) e Nego Lima; Carlinhos, Toninho Dutra e José Soares; Toninho Lima, José Carlos e Estevinho (Adão).

Torneio dos Campeões de 1978

A Federação Fluminense de Futebol (FFF), organizou a 2ª edição do Torneio dos Campeões (também chamado de Super Campeonato Fluminense de Clubes Campeões de Futebol Amador), de 1978, que reuniam, basicamente, os vencedores dos campeonatos citadinos do Estado do Rio.

A competição teve início no dia 12 de fevereiro de 1978. O campeão receberia em definitivo o Troféu Edmundo Matuscello, tendo em vista a fusão da nova entidade (FERJ – Federação Futebol do Estado do Rio de Janeiro) que aconteceu em março daquele ano. O Torneio dos Campeões reuniu cinco equipes:

CIPEC Esporte Clube (Mendes);

Cotonifício Gasparian Atlético Clube (Três Rios);

Esporte Clube Nova Cidade (Nilópolis);

Esporte Clube Siderantim (Barra Mansa);

Morro Agudo Futebol Clube (Nova Iguaçu).

 

No Grupo A, estão Morro Agudo e Nova Cidade, e, no Grupo B contam com CIPEC e Siderantim. Nos jogos de ida, no dia 12 de fevereiro, o Nova Cidade recebeu o Morro Agudo, no Estádio Joaquim Flores, em Nilópolis. Melhor para o Morro Agudo, que venceu por 1 a 0, com o gol de Osvaldinho aos 24 minutos do 2º tempo.

Uma semana depois (19/02), no jogo da volta o Morro Agudo goleou o Nova Cidade, pelo placar de 4 a 1, em Nova Iguaçu. Mariozinho aos 20 minutos abriu o placar para o Alvirrubro de Comendador Soares. Neco empatou para o Nova Cidade aos 33 minutos do 1º tempo. Osvaldinho aos 17 minutos, Polônia aos 30 minutos e Nereu aos 44 minutos da etapa final, deram números finais a peleja.

Também no dia 12 de fevereiro, o CIPEC venceu o Siderantim, pelo placar de 3 a 1, em Mendes. Em 19 de fevereiro, aconteceu o jogo da volta, e o Siderantim e CIPEC, empataram sem abertura de contagem, em Barra Mansa.

O Cotonifício Gasparian não estava, em nenhum dos dois grupos, pois a competição Citadina de Três Rios ainda estava andamento, e depois se sagrou campeão Trirriense. Após os dois jogos de ida e volta, o Morro Agudo eliminou o Nova Cidade, enquanto o CIPEC superou o Siderantim.

No Triangular Final para definir o campeão, aconteceu com jogos em turno e returno.

05/02 – Morro Agudo 1 x 3 Cotonifício Gasparian, no Estádio Domingos Cesar de Castilho, no Bairro de Comendador Soares, em Nova Iguaçu

12/03 – CIPEC 2 x 2 Cotonifício Gasparian, no Estádio Isa Fernandes, em Mendes

19/03 – CIPEC 2 x 2 Morro Agudo, no Estádio Isa Fernandes, em Mendes

26/03 – Cotonifício Gasparian 3 x 0 Morro Agudo, no Estádio Odair Gama, em Três Rios

02/04 – Cotonifício Gasparian 1 x 2 CIPEC, no Estádio Odair Gama, em Três Rios

09/04 – Morro Agudo 0 x 0 CIPEC, no Estádio Domingos Cesar de Castilho, no Bairro de Comendador Soares, em Nova Iguaçu

Campanha do Cotonifício Gasparian

No Domingo 05 de março de 1978, teve início o Triangular final, às 15h30, entre Morro Agudo x Cotonifício Gasparian, em Nova Iguaçu. Com arbitragem de Reinaldo Faria dos Santos, auxiliado por Valdir de Oliveira e Ruy Alves Bezerra, o Cotonifício levou a melhor vencendo o Morro Agudo por 3 a 1. O time atuou com: Maninho; Dão, Adão, Ilo e Nego Lima; Danilo, Toninho Dutra (Estevinho) e José Soares; Toninho Lima, Paulinho e Zé Carlinhos.

O jogo entre CIPEC e Cotonifício Gasparian, terminou empatado em 2 a 2, Isa Fernandes, em Mendes. A partida teve arbitragem de Waldir Pereira Barbosa, auxiliado por Armando Pereira da Costa e José Borges Filho. Preguinho e Nego Lima, contra, marcaram para o CIPEC; enquanto José Soares e Toninho Lima assinalaram para o Cotonifício Gasparian. O time atuou com: Maninho; Dão, Adão, Ilo e Nego Lima; Danilo, Toninho Lima e Estevinho; Paulinho, José Soares e Zé Carlinhos.

No jogo, do dia 26 de março, o Cotonifício Gasparian goleou o Morro Agudo por 3 a 0, no Estádio Odair Gama, em Três Rios. Paulinho abriu o placar aos 12 minutos do 1º tempo. Na etapa final, Zé Mulher aos 25 minutos e Toninho Lima aos 39 minutos, decretaram o triunfo do Cotonifício Gasparian. O time atuou com: Maninho; Dão, Adão, Ilo e Nego Lima; Danilo, Marreco e José Soares; Toninho Lima, Paulinho e Estevinho (Zé Mulher).

No dia 02 de abril, o Cotonifício Gasparian foi surpreendido e acabou derrotado pelo CIPEC, por 2 a 1, no Estádio Odair Gama, em Três Rios. Silveira marcou os dois gols do time de Mendes; enquanto Antonio Carlos fez o de honra da equipe de Três Rios. A partida teve a arbitragem de Elamé de Souza (FFD). O time atuou com: Ercílio; João Carlos, Ilo, Carlos Antonio e Jorge; Antonio Carlos, Zé Carlos e José Soares; Danilo, Toninho Lima, Paulinho e Estevinho.

Após a última rodada, o Cotonifício Gasparian e o CIPEC, terminaram empatados com cinco pontos. Com isso, a Federação Fluminense de Futebol (FFF), marcou o jogo-extra, em campo neutro. O jogo aconteceu no domingo, do dia 21 de maio de 1978, às 14h30, no Estádio do Petropolitano Football Club, em Petrópolis. O trio de arbitragem: Reinaldo Faria, auxiliado por José Borges Filho e Valdir Barbosa. Estranhamente, o resultado desta partida não foi divulgado, deixando a dúvida de quem ficou com a taça: Cotonifício Gasparian e o CIPEC?

 

FONTES: ALERJ – Jornal dos Sports – A Luta Democrática – O Fluminense – Entre-Rios Jornal

Inédito!! General Electric Édison Athletico Club – Rio de Janeiro (RJ): Uma edição na Segundona de 1933

O General Electric Édison Athletico Club foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). A sua Sede social ficava no seu luxuoso Edifício, localizado na Avenida Rio Branco, nº 114 / 2º andar, no Centro do Rio. O seu campo fica na Rua Lucínio Cardoso (junto ao Hospital Central do Exército), nº 42, no Bairro São Francisco Xavier. A outra Sede, que também há um campo (existe até hoje), fica na Rua Miguel Ângelo, nº 221, no Bairro Maria da Graça. Ambos estão localizados na Zona Norte do Rio.

A Fundação do clube, aconteceu na sexta-feira, do dia 04 de Agosto de 1933, foi realizado uma reunião do Conselho Deliberativo do novo clube, organizado após a fusão do Édison Athletico ClubGeneral Electric Sociedade AthleticaAssociação G.E. de Sports (Fundado em junho de 1933) e do Club do Monograma, dando origem ao General Electric Édison Athletico Club.

A nova Diretoria foi empossada. Ficou constituída da seguinte forma:

Presidente – J. Moir;

1º Vice-Presidente – J. D. Gillett;

2º Vice-Presidente – A Le Tellier;

Secretário Geral – M. S. Valverde;

1º Secretário – Nelson Menezes;

2º Secretário – Charles Dals;

Tesoureiro Geral – Cid Americano;

1º Tesoureiro – Edgard Lossio;

2º Tesoureiro – Domingos T. Alves.

No momento em que ocorreu a fusão, o clube disputava a competição mais importante da sua história: o Campeonato da Segunda Divisão, organizado pela Sub-Liga Carioca de Football, além das competições de Basquete, onde era filiado a Liga Carioca de Basquetebol (LCB).

Édison disputou o Carioca da Segundona de 1933

A Sub-Liga pertencia a Liga Carioca de Futebol (LCF), filiada à Federação Brasileira de Football, que não tinha vínculo com a FIFA. A competição contou com a participação de oito clubes:

Bandeirantes Athletico Clube (Jacarepaguá);

Carioca Football Club (Jardim Botânico);

Del Castilho Football Club (Del Castilho);

General Electric Édison Athletic Club (Maria da Graça);

Jequiá Football Club (Ilha do Governador);

Madureira Athletico Clube, ex-Fidalgo FC (Madureira);

Modesto Football Club (Quintino Bocayuva);

São Cristóvão Athletico Clube (São Cristóvão).

Na competição,  as equipes se enfrentaram em turno e returno. No final, o São Cristóvão se sagrou campeão. Os dois jogos entre o G.E. Édison e o campeão foram resultados distintos. No 1º Turno, o General Electric Édison Athletico Club venceu o São Cristóvão por 3 a 2. No entanto, no Returno, a equipe Cadete não teve dó e goleou o adversário pelo incrível placar de 14 a 0.

 

FONTES: Rsssf Brasil – Jornal dos Sports – Diário Carioca – A Noite – A Nação

Escudo da Sede, de 1918: Manguinhos Football Club – Rio de Janeiro (RJ)

campeão da Liga Brasileira de Desportos (LBD) de 1921Manguinhos Football Club foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). O Tricolor Suburbano (verde, verde escuro e amarelo) foi Fundado no dia 25 de Novembro de 1915, por funcionários do Instituto Oswaldo Cruz, o ninho da ciência brasileira.

Os seus fundadores, tendo à frente o ilustre e saudoso patrício Dr. Oswaldo Cruz, foram: José Barbosa Cunha, Mario Pereira de Araujo, Narciso Araujo, Arthur Theophilo Martins, Avelino Barbosa Cunha, Henrique Amaral, Ernani de Moura Caldas, entre outros.

A sua praça de esportes ficava na pitoresca fazenda de Oswaldo Cruz. A partir de 1920, o Manguinhos alterou as suas cores para Vermelho, preto e branco. Em 1921, a sua Sede ficava na Rua Frei Caneca, 83 (sobrado) – Centro do Rio.

FONTES: O Imparcial – Esporte Ilustrado  – Vida Sportiva

Inédito!! Sudan Athletico Club – Rio de Janeiro (RJ): Fundado em 1911

O Sudan Athletico Club foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). O ‘Club Rubro Cascadurense’ foi Fundada na quarta-feira, do dia 22 de Novembro de 1911. A sua Sede ficava na Rua Clarimundo de Mello, nº 857, em Cascadura. O seu campo alugado (de propriedade do Sport Club Campinho) ficava localizado na Rua Mendes de Aguiar, nº 18, no Bairro de Cascadura, na Zona Norte do Rio.

Sob a presidência de Armando Silva, o Sudan Athletico Club se mudou, no início do mês de março de 1950, para a Rua Nerval Gouveia, nº 331, no Bairro de Quintino Bocaiúva, também na Zona Norte do Rio.

Na segunda-feira, do dia 25 de Agosto de 1930, o Sudan iniciou um processo de reorganização, liderado pelo presidente do clube: Adelino Cardozo. Dentre as mudanças, foi colocado em votação a proposta para alterar o nome para Athletico Club Prado Júnior. Contudo, a sugestão foi rejeitada.

Então, oficialmente, na sexta-feira, do dia 12 de Setembro de 1930, o Sudan foi reorganizado. A diretoria eleita foi constituída da seguinte forma:

Presidente – Adelino Cardoso;

Vice-Presidente – Alfredo Ferreira;

Secretário Geral – Honório Gonçalves Ferreira;

1º Secretário – David Lourenço;

2º Secretário – Armindo de Carvalho;

1º Tesoureiro – Francisco Alves;

2º Tesoureiro – João Cardoso;

Procurador – Amadeu Geada Filho;

Diretor Esportivo e técnico – Mario Ferreira;

Vice-Diretor Esportivo – Adriano Alves Ferreira.

Na terça-feira, do dia 25 de novembro de 1930, apresentou um reforço de primeira. Manoel Rodrigues, center-half do Brasil Football Club, da 1ª Divisão da Associação Paranaense de Esportes Athleticos (APEA).

Três dias depois, o clube anunciou outra novidade. O cargo de diretor técnico foi extinto. Foi criado o Departamento Técnico composto de três membros: Mario Ferreira, Alcibíades da Costa Nunes e Adriano A. da Costa.

 

Curiosidade

Na quinta-feira, do dia 18 de Dezembro de 1930, o jornal Diário de Notícias deu o resultado do vencedor da Taça Diário de Notícias, referente ao clube mais votado na prova de simpatia. Com 100 votos, o Sudan Athletico Club foi o grande vencedor, seguido do Team do Encouraçado ‘Minas Geraes’.

Vice-campeão da LMDT de 1933

Após ter participado de algumas edições do Campeonato organizado pela Associação Suburbana de Deportes Athleticos (ASDT), a equipe Sudanense ingressou, na sexta-feira, do dia 24 de abril de 1931, na Liga Metropolitana de Desportos Terrestres (LMDT).

Além disso, o Sudan obteve contrato do antigo campo do Jacarepaguá Athletico Club e efetuou grandes reformas a fim de poder ter condições de disputar o Campeonato de 1932. No entanto, por razões não noticiadas, o acordo acabou sendo desfeito e o Sudan permaneceu jogando no campo da Rua Mendes de Aguiar, nº 18, no Bairro de Cascadura, na Zona Norte do Rio.

Em 1933, ficou com o vice-campeonato da LMDT, só atrás do campeão Viação Excelsior Football Club. Em 1947, o Sudan participou do Campeonato Popular, organizado pelo jornal “A Tribuna Popular”, que festejava o seu 2º aniversário.

1º Time de 1930: Cardeal (Jaguaré); Jorge Pereira e Medonho (Moacyr); Donga (Setenta), Bilé e Ary (Quadro); Albino (Raposo), Nicanor (Bahianinho), Bahiano (Rubens), Bilú (Cap.) e Thomaz (Caixa d’Água).

2º Time de 1930: Geada; Adelino e Jeronymo; Pedro, Bebeto e Jamelão; Vespaziano, Miúdo, Gradim, Amadeu e Henrique.

Time de 1931: Mario; Moacyr e Valério; Vinício, Ary e Lourival; Sebastião, Bahiano, Rubem, Octavio e Antonio.  

Time de 1932: Joãosinho; Grané e Bento; Sebastião, Américo e Ary; Esteves, Antonio, Armindo, Mario e Manoel.

Time de 1934: Renato (João); Popó e Terrozo; Ary, Donga e Varella (Barbosa); João (Itamar), Lessa (Gallego), Bahiano, Rubens e Pitanga (Nicanor).

Time de 1943: Sylvio; Leite e Aluizio; Floriano (Bira), João e Paulinho; Chimango (Tião), Octacilio (Ica), Adelino (Baiano), Yvan e Maquita. 

Time de 1947: Jorge; Nelson e Aluizio; Oscar, João e Casaca; Wilson, Quatorze, Hélio, Osmário e Djalma. 

 

FONTE: O Imparcial – Correio da Manhã – Diário de Notícias – Diário da Noite – Jornal dos Sports

Subligas de Profissionais do Campeonato Carioca – 1933 a 1940 (RJ)

Em 1933, com a criação da Liga Carioca de Football – primeira liga profissional do Rio de Janeiro – foi criada também a Subliga Carioca de Football, espécie de “divisão inferior” daquela. Para entender a relação entre as duas, podemos fazer um paralelo com o Carnaval Carioca, onde as diferentes divisões de escolas de samba são organizadas por ligas diferentes (ao invés de uma única liga organizando mais de uma competição). Ou mesmo com o futebol inglês, onde o campeonato de elite é organizado pela Premier League e as divisoes inferiores pela English Football League.

O acesso do campeão da Subliga ao campeonato da Liga não era automático: o campeão ganhava o direito de pleitear a vaga, mas dependia da aprovação de todos os clubes-membros “de cima”. O mesmo sistema, aliás, já vigorava no futebol carioca desde 1924, com a amadora Associação Metropolitana de Esportes Athleticos.

A Subliga Carioca de Football organizou campeonatos de 1933 a 1936. Em 1937, com a fusão da Liga Carioca de Football com a também profissional Federação Metropolitana de Desportos, surgiu a Liga de Football do Rio de Janeiro. E logo iniciou-se o processo de fusão da Subliga com a chamada Divisão Intermediária da FMD. No entanto, o mesmo foi confuso e nenhum campeonato secundário foi organizado no ano.

Apenas em 1938 foi consolidada a nova subliga profissional, chamada de Associação de Football do Rio de Janeiro. E ela organizou três campeonatos bem-sucedidos de 1938 a 1940.

Em 1941, com a Lei dos Desportos de Getúlio Vargas, ficou proibida a coexistência de mais de uma liga em uma mesma cidade. E a subliga teria que ser transformada em uma Segunda Divisão administrada diretamente pela Federação Metropolitana de Futebol (novo nome da Liga de Football do Rio de Janeiro, mudança feita por determinação da citada lei, que regulamentava até a nomenclatura das ligas…).

Em 1941 essa Segunda Divisão não foi realizada a tempo, e em 1942 a divisão chegou a ter participantes inscritos, mas a FMF começou a impor tantas exigências aos clubes pequenos (capacidade de estádio, obrigatoriedade de formar, além das equipes profissionais, equipes amadoras, de reservas, juvenis etc.) que só o Olaria foi considerado apto. E o projeto naufragou. Os comentários da época, aliás, diziam que as dificuldades foram criadas justamente para não haver acesso e descenso. Os clubes “de cima” estavam fechados, e não desejavam mais intrusos. Coisas da cartolagem…

Assim como na “Divisão Principal”, existia um campeonato de quadros amadores cujos jogos eram disputados nas preliminares dos profissionais. Algumas edições contaram também com um Torneio Início.

Mas vamos aos participantes e campeões, com comentários:

 

SUBLIGA DE 1933 – São Cristóvão campeão! 

Participantes:

Bandeirantes Athletico Club (Taquara/Jacarepaguá)

Carioca Foot-Ball Club (Jardim Botânico)

Del Castilho Foot-Ball Club (Del Castilho)

General Electric Edison Athletic Club (Maria da Graça)

Jequiá Foot-Ball Club (Ilha do Governador)

Madureira Athletico Club (Madureira)

Modesto Foot-Ball Club (Quintino)

São Cristóvão Athletic Club (São Cristóvão)

Obs: O campeão São Cristóvão pleiteou a vaga e foi aprovado pelos membros da Liga Carioca de Football, participando do campeonato da primeira divisão no ano seguinte. O vice-campeão foi o Madureira. Não houve Torneio Início. Nos quadros de amadores o campeão foi o Madureira.

 

SUBLIGA DE 1934 – Modesto campeão!

Participantes:

Bandeirantes Athletico Club (Taquara/Jacarepaguá)

Club Athletico Central (Rocha)

Del Castilho Foot-Ball Club (Del Castilho)

Jequiá Foot-Ball Club (Ilha do Governador)

Madureira Athletico Club (Madureira)

Modesto Foot-Ball Club (Quintino)

Obs: O campeão Modesto pleiteou a vaga e foi aprovado pelos membros da Liga Carioca de Football, participando do campeonato da primeira divisão no ano seguinte. O Jequiá foi o vice-campeão. O Modesto também conquistou o Torneio Início. Nos quadros de amadores o campeão foi o Madureira.

 

SUBLIGA DE 1935 – Engenho de Dentro campeão!

Participantes:

Sport Club America (Lins de Vasconcelos)

Sport Club Anchieta (Anchieta)

Bandeirantes Athletico Club (Taquara/Jacarepaguá)

Del Castilho Foot-Ball Club (Del Castilho)

Deodoro Athletico Club (Deodoro)

Engenho de Dentro Athletico Club (Engenho de Dentro)

Sport Club Maracanã (Tijuca)

Associação Athletica Nova America (Inhaúma)

Sudan Athletico Club (Cascadura)

Tijuca Foot-Ball Club (Tijuca)

Obs: O campeão Engenho de Dentro abandonou a Subliga após o título e se filiou na rival FMD. Com isso, o Jequiá – vice de 1934, e que não participou em 1935 – pleiteou a vaga e foi aprovado pelos membros da Liga Carioca de Football, participando do campeonato da primeira divisão no ano seguinte. O Anchieta foi o vice-campeão. Não houve Torneio Início. Nos quadros amadores o campeão foi o Bandeirantes. O Tijuca não tem relação com o outro Tijuca, participante de divisões inferiores do Campeonato Carioca nos anos 10.

 

SUBLIGA DE 1936 – Carbonífera campeão!

Participantes:

Sport Club Anchieta (Anchieta)

Carbonífera Foot-Ball Club (Saúde)

Deodoro Athletico Club (Deodoro)

Engenho de Dentro Athletico Club (Engenho de Dentro)

Japoema Foot-Ball Club (Méier)

Modesto Foot-Ball Club (Quintino)

Ramos Foot-Ball Club (Ramos)

Tijuca Foot-Ball Club (Tijuca)

Obs: Com a fusão da LCF e da FMD em 1937 uma nova vaga nem foi discutida. De toda forma, o campeão Carbonífera saiu da subliga no ano seguinte. O Ramos foi o vice-campeão. Não houve Torneio Início ou campeonato de amadores. O Engenho de Dentro, que havia abandonado a Subliga no ano anterior, retornou nesse ano.

 

SUBLIGA DE 1937 – sem campeonato

 

SUBLIGA DE 1938 – Olaria campeão!

Participantes:

Andarahy Athletico Club (Andaraí)

Jequiá Football Club (Ilha do Governador)

The Leopoldina Railway Athletic Association (Santo Cristo)

Olaria Athletico Club (Olaria)

Associação Athletica Portuguesa (Centro)

Villa Isabel Football Club (Vila Isabel)

Obs: O Olaria pleiteou a vaga e foi rejeitado pelos membros da Liga de Football do Rio de Janeiro. A Portuguesa foi a vice-campeã. O Jequiá venceu o Torneio Início, e o Olaria foi o campeão de quadros amadores. A Portuguesa, atualmente na Ilha do Governador, tinha sede no Centro da Cidade.

 

SUBLIGA DE 1939 – Portuguesa campeã!

Participantes:

The Leopoldina Railway Athletic Association (Santo Cristo)

Olaria Athletico Club (Olaria)

Associação Athletica Portuguesa (Centro)

Sampaio Athletic Club (Sampaio)

Obs: A Portuguesa pleiteou a vaga e foi rejeitada pelos membros da Liga de Football do Rio de Janeiro. O Olaria foi o vice-campeão. A Lusa conquistou também o Torneio Início e o campeonato de quadros amadores.

 

SUBLIGA DE 1940 – Portuguesa campeã!

Participantes:

Sport Club Benfica (Benfica)

Carris Tráfego Foot-Ball Club (Botafogo)

Athletico Club Nacional (Ricardo de Albuquerque)

Olaria Athletico Club (Olaria)

Associação Athletica Portuguesa (Centro)

Obs: A Portuguesa pleiteou a vaga e foi rejeitada pelos membros da Liga de Football do Rio de Janeiro. O Olaria foi o vice-campeão. Como no ano anterior, a Lusa conquistou também o Torneio Início e o campeonato de quadros amadores. O Nacional, atualmente, fica em Guadalupe – quase na fronteira com Ricardo de Albuquerque.

 

FONTES: Jornais diversos do Rio de Janeiro