Arquivo da categoria: 39. Roberto Pypcak

O Tigre está voltando…

Novorizontino já trabalha com as categorias de base. O futebol profissional somente em 2011

untitledO Grêmio Novorizontino já está trabalhando com as categorias de base após mudar de nome (o Grêmio Esportivo Novorizontino foi extinto e para escapar das dívidas do antigo clube, a atual diretoria fundou, no dia 1º de março de 2010, o Grêmio Novorizontino). A equipe da cidade de Novo Horizonte disputará o Campeonato Paulista sub 15 e sub 17. O time profissional será ativado em 2011, quando vai iniciar na Quarta Divisão.

O antigo Novorizontino foi vice-campeão paulista em 1990, quando era comandado por Nelsinho Batista, e perdeu a final para o Bragantino, de Vanderlei Luxemburgo. A equipe revelou o zagueiro Márcio Santos e o atacante Paulo Sérgio, que foram campeões com a camisa da seleção brasileira na Copa do Mundo de 94, nos Estados Unidos.

O atual Grêmio Novorizontino também mandará os seus jogos no tradicional estádio Jorge Ismael de Biasi, que está sendo reformado. E dois jogadores que defederam o clube na década de 90 estão à frente do projeto de trabalho planejado a partir de 2010.

O primeiro deles é Luís Carlos Goiano, ex-volante, que, entre outros clubes, brilhou com as camisas do São Paulo e Grêmio. Ele iniciou na carreira de treinador no extinto Grêmio Barueri e recentemente trabalhou no Mirassol.

O segundo encarregado de comandar o clube ainda não é ex-jogador. Trata-se do atacante Alessandro Cambalhota, que defendeu inúmeros clubes, como o Santos, e atualmente faz parte do elenco do Linense, que disputa a fase decisiva da Segunda Divisão do Paulista (Série A-2).

O clube já pagou os R$ 500 mil de taxa de filiação para a Federação Paulista de Futebol. E está injetando dinheiro na reforma do estádio e no trabalho com a base.

Fonte: http://colunas.globoesporte.com/futebolcaipira/

Nova Odessa Atlético Clube

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Após estabelecer uma rede de contatos e agenciar alguns garotos, o ex-volante de Real Madrid e La Coruña adquiriu recentemente os direitos federativos do Clube de Futebol Boavista, de São João da Boa Vista, transferindo-o para Nova Odessa, cidade vizinha a Americana com pouco menos de 50 mil habitantes. Firmando uma parceria com a prefeitura e empresários locais, Flávio transformou-se no dono do Nova Odessa Atlético Clube, fundado em 2005.

“Estava a caminho de um outro clube para fechar uma parceria, quando um amigo me disse para formarmos um negócio novo. Parei o carro e vim para Nova Odessa, sentamos, apresentei o projeto e a aceitação foi imediata”, afirmou o ex-atleta a um jornal local. A intenção é disputar a Segundona Paulista – a quarta divisão – já em 2010. Na temporada de estréia, o clube irá participar de competições sub-11, sub-13, sub-15 e sub-17.

Outros investidores fazem parte do negócio, incluindo uma empresa sediada no Maranhão, que realiza peneiras em escolinhas de futebol espalhadas pela capital São Luís, e outra com sede em Barcelona. Antes mesmo de dar o pontapé inicial, Flávio já negociou dois garotos: João Felipe, de 18 anos, vai para o Toulouse e Vitor, para o Villareal. Os garotos chamaram a atenção em torneios de base e viajam para a Europa nos próximos dias.

A vantagem do ex-jogador que assume um clube é o reconhecimento. Flávio, por exemplo, é adorado no Maranhão e suas visitas às escolinhas têm causado furor. Em Imperatriz, para se ter uma idéia, um clube chamado Cavalo de Aço está em vias de ser fundado com participação de Flávio e um membro da família Sarney, e deve contar até com uma estátua do jogador em frente à sede. Assim, o receio comum de pais e garotos com relação a outros empresários já diminui consideravelmente.

O projeto é, como em todos, subir divisões para consolidar-se ao passo que revela jogadores e os negocia para o exterior. Uma fonte muito segura de dinheiro, afinal mesmo em tempos de crise o futebol continua sendo um investimento bastante sólido. O alojamento foi ampliado para comportar 60 atletas e o NOAC já tem, hoje, cerca de 120 garotos treinando nas quatro categorias. A verba para reforma e ampliação do estádio municipal já foi liberada, mas isso dificilmente será revertido em ações para a comunidade local, cuja participação se limitará a assistir aos jogos na arquibancada.

Que as categorias de base têm se transformado num grande negócio, isso não é novidade. O presidente da FIFA, Joseph Blatter, até se manifestou a respeito na visita ao Brasil, chamando tais negociações com clubes estrangeiros de “escravidão moderna”. O aumento da procura de ex-jogadores por cargos diretivos denota quão rentável tal posição pode ser. Se o NOAC de Flávio Conceição será um clube sério e comprometido com o crescimento, ou apenas outro produtor de pé-de-obra, só o tempo pode dizer.

fonte:http://www.olheiros.net

História de confrontos: América X Rio Preto

A rivalidade entre RIO PRETO EC e América Futebol Clube surgiu em meados da década de 1940, chegando à estratosfera nos anos 50. Refluiu um bocado durante a 2ª metade do século passado e hoje, aos trancos e barrancos, segue com uma das mais genuínas expressões da cultura popular rio-pretense.

Fundado em janeiro de 1946, o Diabo nasceu estimulando a dissidência de jogadores do Glorioso para contratá-los em seguida (Birigui foi um deles; veja). Ressabiados, doutores e coronéis esmeraldinos deram o troco e negaram o empréstimo do velho “Victor Brito Bastos” para a partida de estréia do rival.

Desde então, foram disputados 58 jogos, com 32 vitórias do América, 18 empates e 8 vitórias do RIO PRETO EC. Números que impressionam os mais afoitos, mas que não enganam a galera do Jacaré.

A razão é simples e esconde um aspecto sistematicamente desprezado pela “crônica do Diabo” (para usar a feliz expressão do esmeraldino Carlos Adão).

Ora, nas últimas 6 décadas, enquanto o América jogou contra os “grandes”do Estado por 30 e poucos anos seguidos, o RIO PRETO EC perambulou sem descanso entre a Segundona e a Terceirona.

Um, com a obrigação de montar esquadrões capazes de encarar o Santos de Pelé, o Palmeiras de Ademir, o Corinthians de Sócrates ou o São Paulo de Raí. O outro, travando batalhas de vida ou morte contra o Mirassol de Miranda, o Catanduvense de Pinho, o FFC de Soares e a Votuporanguense de Cidão.

Isto explica a escassez na realização dérbis a partir década de 1960. Os amistosos eram então o modo de manter viva a rivalidade, porém não eliminavam da noite para o dia a realidade discrepante de cada clube.

Na prática, a versão rio-pretense de Davi e Golias fez brotar o outrora inimaginável “Melância”; figura típica deste chão e talvez sem paralelo em outras praças do país.

Com os clubes em divisões distintas, a rivalidade alimentada em espaçados amistosos não parecia mesmo ser uma contradição das mais sérias para tais sujeitos. E assim, “torcer” para RIO PRETO EC (verde) e América (vermelho) sem distinção passou a ser algo bastante comum na cidade.

Enfim, sob circunstâncias sempre tão adversas, o “Glorioso” soube ser a mosca na sopa do Diabo, conquistando resultados improváveis em várias oportunidades. Em outras tantas, impôs notório constrangimento ao rival.

Por essas e outras, a rivalidade entre os clubes e seus torcedores resiste, floresce. Afinal, o próximo bote do Jacaré pode vir a qualquer momento.

Confira o retrospecto:

CAMPEONATO PAULISTA DO INTERIOR (1946)
14/4 – RIO PRETO EC 0X2 América
7/7 – RIO PRETO EC 0X2 América

TAÇA CIDADE DE RIO PRETO (1947)
30/3 – RIO PRETO EC 0X2 América
27/4 – RIO PRETO EC 0X4 América
6/7 – América 4X1 RIO PRETO EC

CAMPEONATO PAULISTA DO INTERIOR (1948)
4/7 – América 1X0 RIO PRETO EC
22/8 – RIO PRETO EC 4X1 América
10/10 – RIO PRETO EC 3X2 América

CAMPEONATO PAULISTA DO INTERIOR (1949)
26/6 – América 4X1 RIO PRETO EC
2/10 – RIO PRETO EC 0X0 América

TAÇA SESC/SENAC (1950)
4/6 – RIO PRETO EC 1X1 América

CAMPEONATO AMADOR – SÉRIE B (1950)
13/8 – RIO PRETO EC 3X0 América

AMISTOSOS (1950)
3/9 – RIO PRETO EC 0X2 América
10/12 – América 6X2 RIO PRETO EC

AMISTOSOS (1953)
7/6 – América 6X0 RIO PRETO EC
21/6 – RIO PRETO EC 0X1 América

PAULISTA 2ª DIVISÃO – SÉRIE AMARELA (1954)
10/1 – RIO PRETO EC 0X1 América (1º turno)

(1954)*
31/1 – América 4X1 RIO PRETO EC
21/11 – América 1X0 RIO PRETO EC
* Partidas válidas por competições realizadas em 1954 e não identificadas.

CAMPEONATO PAULISTA DE ACESSO (1955)
30/1 – América 5X0 RIO PRETO EC

(1955)*
20/3 – RIO PRETO EC 1X2 América
* Partida válida por competição realizada em 1955 e não identificada.

PAULISTA 2ª DIVISÃO – SÉRIE NÓBREGA (1955)
13/11 – RIO PRETO EC 0X3 América
18/12 – América 1X1 RIO PRETO EC

TROFÉU IRINEU SANCHES (1957)
7/4 – RIO PRETO EC 1X1 América
14/4 – América 4X4 RIO PRETO EC
21/4 – RIO PRETO EC 1X1 América

PAULISTA 2ª DIVISÃO – SÉRIE B (1957)
30/4 – América 2X1 RIO PRETO EC (1º turno)
14/7 – RIO PRETO EC 0X1 América (2º turno)

TORNEIO DA FRATERNIDADE (1957)
20/6 – RIO PRETO EC 1X2 América

AMISTOSOS (1958)
20/4 – RIO PRETO EC 2X3 América
21/4 – RIO PRETO EC 1X1 América
7/5 – RIO PRETO EC 2X4 América

AMISTOSO (1959)
17/5 – América 2X0 RIO PRETO EC

AMISTOSOS (1968)
29/5 – América 6X1 RIO PRETO EC
10/11 – RIO PRETO EC 1X1 América

AMISTOSOS (1969)
1/11 – América 2X0 RIO PRETO EC
9/11 – RIO PRETO EC 2X0 América

AMISTOSO (1970)
10/5 – América 4X2 RIO PRETO EC

TORNEIO ALUIZIO CHERUBINI (1972)
18/6 – América 1X2 RIO PRETO EC

PAULISTINHA (1973)
28/10 – América 1X1 RIO PRETO EC (1º turno)
25/11 – RIO PRETO EC 0X1 América (2º turno)

AMISTOSO (1985)
7/9 – América 2X2 RIO PRETO EC

TORNEIO BENEDITO TEIXEIRA (1986)
1/11 – América 0X2 RIO PRETO EC (1º turno)
12/11 – RIO PRETO EC 2X0 América (2º turno)

AMISTOSOS (1988)
21/4 – RIO PRETO EC 1X1 América
28/4 – América 4X1 RIO PRETO EC

AMISTOSOS (1992)
19/3 – RIO PRETO EC 0X0 América
10/6 – América 3X1 RIO PRETO EC

AMISTOSO (1999)
17/10 – América 2X2 RIO PRETO EC

PAULISTA A2 (2000)
19/3 – América 3X1 RIO PRETO EC (2ª fase)

PAULISTA A2 (2001)
18/3 – RIO PRETO EC 2X2 América (1º turno)
27/5 – América 1X5 RIO PRETO EC (2º turno)

COPA FPF (2003)
16/8 – RIO PRETO EC 1X1 América (1º turno)
7/10 – América 3X1 RIO PRETO EC (2º turno)

COPA FPF (2004)
18/7 – RIO PRETO EC 0X1 América (1º turno)
22/8 – América 0X0 RIO PRETO EC (2º turno)

COPA PAULISTA (2008)
16/8 – RIO PRETO EC 1X1 América (1º turno)
27/9 – América 1X1 RIO PRETO EC (2º turno)

TOTAL
Rio Preto: 8 vitórias, 62 gols marcados .
América: 32 vitórias , 116 gols marcados.
18 empates.

Fonte: RODRIGUES, M. e PAULA, V. Todos os derbys: almanaque do futebol rio-pretense. São José do Rio Preto: THS Arantes Editora, 2008. Publicado Blog do Rio Preto.

Clube Atlético Monte Alegre – São Caetano do Sul

Fundado por um grupo de jovens descendentes de espanhóis e italianos, o clube teve seu primeiro campo de futebol entre as ruas Minas Gerais (atual Rio Grande do Sul), Bahia (atual José Benedetti), Piauí e Monte Alegre.
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Entre seus fundadores, destacamos: José Grigoletto, Manuel da Silva, José Crispim, João Longo, os irmãos
Carlos e José Perim, Felipe Testa, Domingos Sales e José Molinari. Este clube sucedeu ao Monte Alegre Football Club, e passou a ter essa denominação a partir de 1951.
O Clube Atlético Monte Alegre participou, em 1963, da 3ª divisão do futebol profissional da Federação Paulista,enfrentando na época o time do General Motors Esporte Clube, também estreante no profissional daquele ano, em um jogo considerado como o derby sancaetanense.
Em janeiro de 1964, sagrou-se campeão da série B da 3ª divisão empatando em 1×1, no jogo final, contra o São João FC, de Atibaia. Em Julho do mesmo ano, subiu para a 2ª divisão, mesmo sendo derrotado pelo Bandeirantes, de Birigui, por 1×0.
Sua ascensão deveu-se à desistência da vaga, por parte do Promeca, de Jundiaí, em Agosto de 1964, que empatara com o Volkswagem Clube em 1×1.
No mês de Abril de 1965, o Clube Atlético Monte Alegre realizou um jogo amistoso contra o Sport Clube
Corinthians Paulista e o resultado foi de 1×1. O Monte Alegre jogou com Ecio, Fernando, Tim, Wilmar e
Roberto; Hugo e Nelinho; Levy, Touguinho, Edgar e Claudinei. O Corinthians jogou com Heitor, Augusto,
Eduardo e Clóvis; Edson e Gaspar; Marcos, Rivelino, Flávio, Geraldo e Bazani.
Em 22 de Novembro de 1965, o Monte Alegre jogou com o São Paulo FC em jogo beneficente com renda para a APAE e a APAMI. O São Paulo ganhou de 3 X 1, com a seguinte escalação: Suly, Carbone e Landola, Zoé, Jurandir e Tenente, Peter, Aluísio, Nene, Vadinho e Waldir. O Monte Alegre jogou com: Ecio, Oscar, Vilmar e Tim, Levy e Otto, Touguinha, Zezinho, Claudinei, Preguinho e Valter Prado.
O Monte Alegre extinguiu seu Departamento de Futebol Profissional após o Campeonato de 1966.

Protegido: Votoraty entra em acordo com grupo que administra o Olé Brasil e vai disputar a Terceira Divisão do Paulista

O Votoraty, equipe da cidade de Votorantim, corria o risco de desistir da sua participação no Campeonato Paulista da Terceira Divisão (Série A-2) em 2009. Após perder o seu principal patrocinador no final da temporada passada por causa da crise econômica mundial, o presidente Ricardo Leoni Maffei decidiu vender o clube para não ser obrigado a fechá-lo. Três grupos estavam interessados em adquirir o time profissional, entre eles os empresários que administram o Guarani Saltense, da cidade de Salto, que deve disputar a Quarta Divisão.

Mas, na última quarta-feira, a diretoria do Votoraty finalmente bateu o martelo com o estruturado grupo que comanda o Olé Brasil Futebol Clube, da cidade de Ribeirão Preto, que estava se preparando para entrar no futebol profissional e disputar a Quarta Divisão do Campeonato Paulista a partir do mês de abril.

Enquanto as diretorias do Votoraty e Olé Brasil acertam os últimos detalhes do contrato, a diretoria da empresa de Ribeirão Preto começa a definir o planejamento para disputar a Terceira Divisão no final do mês de janeiro. O clube ainda está sem treinador e conta com poucos jogadores no elenco profissional.

Em princípio, o Olé Brasil, que tem como diretor de futebol nas categorias de base o ex-ponta Mauricinho, que passou por vários clubes grandes, pretende aproveitar o seu elenco que disputaria a Quarta Divisão. Mas alguns reforços ainda poderão ser contratados. O que está certo é que o Votoraty, pelo menos por enquanto, continuará mandando os seus jogos na cidade de Votorantim, no estádio Domênico Paolo Mettidieri. Mas poderá treinar ao longo da semana no excelente complexo esportivo montado pela empresa, na rodovia Abraão Assed, Km 53,5; ou no moderno Centro de Treinamentos, na rua A, 210, no bairro do Recreio Internacional, ambos em Ribeirão Preto.

O Olé Brasil Futebol Clube foi fundado de 21 de setembro de 2006 e trabalha nas categorias de base com garotos sub-11, 13, 15 e 17, disputando o Campeonato Paulista. Em 2009, o clube estava se preparando para se profissionalizar e participar da Quarta Divisão. A meta era se tornar a terceira força da cidade de Ribeirão Preto, que já tem o Botafogo, na Primeira Divisão; e o Comercial, na Segundona.

A partir do momento em que assumir completamente o comando do Votoraty, o Olé Brasil vai estudar se o clube permanecerá com os planos para disputar a Quarta Divisão em 2009. Existe a possibilidade de os profissionais atuarem em Votorantim, na Terceira Divisão, enquanto os garotos sub-17 e até alguns sub-20, atuem na Quarta Divisão. Até o mês de abril, quando iniciará a última competição estadual, a diretoria vai definir o que será feito.

Confirmado na Terceira Divisão, o Votoraty, que agora corre atrás de um treinador experiente, estréia na competição no dia 31 de janeiro, às 11h, diante do Força, na cidade de Caieiras, no estádio Carlos Ferracini.

http://blogademar.blogspot.com/

Estudiantes X Grêmio , Guerra de La Plata,1983

“Foi a única vez na vida que tive medo. Não medo de jogar, que nunca me aconteceu: medo de morrer mesmo”. Quem disse isso foi o ex-zagueiro uruguaio Hugo De León (à direita na foto), três títulos de Libertadores e dois de Mundial nas costas, um vivido em guerras futebolísticas. O jogo que fez De León temer ocorreu em La Plata, no 8 de julho de 1983, pelo triangular semifinal da Libertadores daquele ano. O Grêmio do oriental foi duelar com o Estudiantes num clima de guerra real – os argentinos, mordidos pela Guerra das Malvinas, queriam usar o futebol para se vingar do pouso de um avião inglês na base aérea de Canoas, região da Grande Porto Alegre, dias antes da partida.

Com a complacência da portaria do hotel, telefonemas ameaçadores chegavam à concentração gaúcha: van a murir todos ustedes. Antes de a bola rolar, no meio de campo, o lateral Camino já levava cartão amarelo por agredir com um chute o gremista Caio. Durante a partida, torcedores atiraram paus e pedras no gramado, e usaram suas bandeiras como lanças através do alambrado. Um fotógrafo invadiu o campo e deu um soco no goleiro Mazarópi. O Estudiantes teve quatro expulsos. O Grêmio abriu o placar de 1 a 3. Mas as ameaças… Vencer era morrer, diziam os torcedores argentinos. O Grêmio acreditou e deixou o quadro da casa empatar. Até fez um quarto gol depois, anulado erroneamente pela arbitragem, mas nem reclamou: “quando o juiz anulou o gol do Osvaldo, nós só faltamos vibrar”, disse Mazarópi; “aquilo era um pesadelo”, concordou De León. O Grêmio terminaria classificado e sairia daquela Libertadores como campeão.

Incrível
Por Luis Fernando Veríssimo
(publicado em 14/07/1983, seis dias depois da Batalha de La Plata)

Por uma fatalidade geográfica, temos com a Argentina, além do clima e de uma fronteira em comum, certas afinidades platinas. Não faz muito tempo que a “ele erre uno, ele erre dos, Rádio El Mundo de Buenos Aires” era mais ouvida aqui do que qualquer rádio nacional e não havia cabaré que não tivesse sua orquestra típica para intercalar com seu “jazz”. Uma linha de silêncio em memória dos cabarés e de suas orquestras típicas.

Mas apesar de sermos um pouco argentinos, a verdade é que nunca compreendemos, mais do que o resto do mundo, os argentinos. Pelo contrário, a proximidade só aumenta nossa perplexidade. Pois se Buenos Aires é a cidade européia mais próxima da nossa fronteira, como explicar que aquela capital de cultura e urbanidade também seja cenário de tanto primitivismo, não só no futebol? Como conciliar a idéia de um povo politizado, britânico, de blazer, com aqueles surtos passionais? Quanto mais conhecemos a Argentina, mais difícil fica a explicação. Desconfia-se que nem os argentinos se explicam.

Pra mim, mais incrível do que o Estudiantes virar o jogo e empatar com sete contra 11 foi aquela torcida que – seu time perdendo de três a um e com quatro jogadores a menos – em vez de ir para casa como pessoas sensatas, continuou no lugar, pulando e gritando como antes. Mais do que antes. A torcida não tinha dúvidas de que sete argentinos podiam virar o jogo e empatar contra 11. Qualquer outra torcida teria sucumbido, senão ao desânimo então ao senso do ridículo.

Os argentinos vivem perigosamente à beira do ridículo. Veja o tango. Todo o tango está sempre arriscado a se transformar na sua própria paródia. Está sempre à beira do excesso. Raramente passa para o excesso, ou então passa e a gente descobre que o excesso também tem o seu valor, que o dramalhão tem a sua grandeza e que o “bom gosto” pode ser uma limitação. Um jogo como Estudiantes x Grêmio, transformado em literatura, seria condenado como ingênuo e inverossímil. Um pouco argentino demais. Só que os argentinos ainda acreditam nas suas fantasias. É a sua arrogância. De vez em quando dá Malvinas. De vez em quando dá certo, e aí nós é que passamos por ridículos. O Grêmio foi sensato, jogou com extremo bom gosto e empatou. Os argentinos apostaram no impossível e o impossível aconteceu. A fantasia sobreviverá por mais algumas gerações. E nós continuaremos sem compreender.

fonte: http://futebesteirol.blogspot.com/

Perfil do Membro – Roberto Pypcak

Nome: Roberto Pypcak Junior

Idade: 28 anos

Data de Nascimento: 13/08/1979

Localidade: Ivaiporã(PR)

Estado Civil: Casado

Filhos: em pré-temporada ainda.

Profissão: Funcionário Público

Preferências no blog: escudos e história de clubes e campeonatos.

Especialidades no Blog: nada especifico..futebol em geral

Time de Futebol: Santos e Londrina

e-mail: pypjunior@hotmail.com