Arquivo do Autor: Gilberto Maluf

Intolerância das torcidas

Blog do Marcelo Damato postado no site LANCENET em 22.02.2009 com o título de Intolerância em vantagem:

Esse é o resultado da primeira enquete deste blog.

Você odeia algum desses times abaixo?

São Paulo 2.790 votos – 44,49%
Corinthians 2.453 votos – 39,12%
Palmeiras 572 votos – 9,12%
Santos 103 votos – 1,64%
Nenhum 353 votos – 5,63%
Total: 6.271 votos

Certamente os grandes derrotados são aqueles que veem o futebol como algo para reunir as pessoas, não para separá-las. Fomos apenas 5,63% dos eleitores, um resultado desanimador.

Como esperado, São Paulo e Corinthians foram os mais detestados, mas a presença do São Paulo à frente é uma surpresa. O Corinthians há muito tempo era o líder na rejeição.

É claro que as vitórias recentes incentivaram alguns dessa maneiras. Mas isso está longe de explicar a rejeição. Basta lembrar do São Paulo de Telê.

O Palmeiras ficou fora do foco, o que é bom para eles. Com essa rejeição tão baixa, se alcançarem conquistas importantes poderão dar um salto em sua torcida mirim, como o São Paulo fez nos anos 70 e 80.

Obviamente essa pesquisa não tem valor científico.

JOGOS QUE DECIDIRAM TÍTULOS NO ESTÁDIO DE LARANJEIRAS

JOGOS QUE DECIDIRAM TÍTULOS NO ESTÁDIO DE LARANJEIRAS
I – FICHA DO ESTÁDIO DE LARANJEIRAS :

*FUNDAÇÃO : 11 DE MAIO DE 1919, BRASIL 6 X 0 CHILE.
*PRIMEIRO GOL : FRIEDENREICH, DA SELEÇÃO BRASILEIRA (DOS QUADROS DO C.A. PAULISTANO-SP),
AOS 19′ DO 1º TEMPO.
*CAPACIDADE INICIAL : 19.000 ESPECTADORES.
*AMPLIAÇÃO : 25.000 ESPECTADORES EM 17/09/1922, BRASIL 1 X 1 CHILE.
*REDUÇÃO DA CAPACIDADE : DEMOLIÇÃO DE PARTE DA ARQUIBANCADA EM 1961, PARA OBRAS DE CONSTRUÇÃO
DO VIADUTO DA RUA PINHEIRO MACHADO, DIMINUINDO A CAPACIDADE DO ESTÁDIO PARA 8.000 PESSOAS.
*RECORDE DE PÚBLICO : EM ALGUMAS OCASIÕES, ESTIMARAM-SE MAIS DE 30.000 ESPECTADORES,
COMO ACONTECEU JÁ NA 1ª PARTIDA APÓS A AMPLIAÇÃO, BRASIL 1 X 1 CHILE E NA PARTIDA
BRASIL 0 X 0 URUGUAI, PELO MESMO CAMPEONATO SUL-AMERICANO DE SELEÇÕES.
*RECORDE DE PÚBLICO PAGANTE DO FLUMINENSE : FLUMINENSE 3 X 1 FLAMENGO, 25.718, 14/06/1925.
*MUDANÇA DE NOME : EM 2004, O ESTÁDIO RECEBEU O NOME DE MANOEL SCHWARTZ, EX-PRESIDENTE
DO CLUBE.
*JOGOS DO FLUMINENSE : SEGUNDO O SITE www.fluzao.info (EM 27/03/2008), O FLUMINENSE REALIZOU
800 JOGOS NO ESTÁDIO DE LARANJEIRAS, COM 513 VITÓRIAS (64,12%), 146 EMPATES (18,25%),
141 DERROTAS (17,62%), 2.126 GOLS PRÓ ( MÉDIA DE 2,65) E 1.007 CONTRA (MÉDIA DE 1,25) .
ÚLTIMO JOGO CONSIDERADO : FLUMINENSE 3 X 3 AMERICANO, 26/02/2003, PELO CAMPEONATO CARIOCA.

II – JOGOS QUE DECIDIRAM TÍTULOS NO ESTÁDIO DE LARANJEIRAS ( PROPRIEDADE DO FLUMINENSE FOOTBALL
CLUB ), SEJAM DECISÕES OU JOGOS QUE DEFINIRAM ESTES TÍTULOS :

* Incluindo partidas disputadas no antigo Campo da rua Guanabara, antes da construção do
Estádio de Laranjeiras propriamente dito.
** Torneios oficiais, exceto torneios inícios do Campeonato Carioca.

1) CAMPEONATO CARIOCA DE 1907 : FLUMINENSE 2 X 0 PAISANDU, 27/10/1907 (FLUMINENSE CAMPEÃO).
*** Ratificado pela Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro em Junho de 2006, com o
Botafogo igualmente declarado campeão.
2) CAMPEONATO CARIOCA DE 1908 : FLUMINENSE 5 X 1 PAISANDU, 04/10/1908 (FLUMINENSE CAMPEÃO).
3) CAMPEONATO CARIOCA DE 1911 : FLUMINENSE 2 X 0 AMÉRICA, 01/10/1911 (FLUMINENSE CAMPEÃO).
4) CAMPEONATO CARIOCA DE 1912 : FLUMINENSE 2 X 4 PAISANDU, 20/10/1912 (PAISANDU CAMPEÃO).
5) CAMPEONATO SUL-AMERICANO DE SELEÇÕES 1919 : BRASIL 1 X 0 URUGUAI, 19/05/1919
(BRASIL CAMPEÃO).
****Primeiro título disputado após a inauguração do Estádio de Laranjeiras .
*****O Campeonato Sul-Americano de Seleções era o nome anterior da atual Copa América de
Seleções Nacionais.
6) CAMPEONATO CARIOCA DE 1913 : AMÉRICA 1 X 0 SÃO CRISTÓVÃO, 30/11/1913 (AMÉRICA CAMPEÃO).
7) CAMPEONATO CARIOCA DE 1919 : FLUMINENSE 4 X 0 FLAMENGO, 21/12/1919 (FLUMINENSE CAMPEÃO).
8) CAMPEONATO CARIOCA DE 1921 : FLAMENGO 2 X 1 AMÉRICA, 04/09/1921 (FLAMENGO CAMPEÃO).
9) CAMPEONATO SUL-AMERICANO DE SELEÇÕES 1922 : BRASIL 3 X 0 PARAGUAI, 22/10/1922
(BRASIL CAMPEÃO).
10) CAMPEONATO BRASILEIRO DE SELEÇÕES DE 1923: SEL. CARIOCA 0 X 4 SEL. PAULISTA, 28/10/1923
(SEL. PAULISTA CAMPEÃ).
11) CAMPEONATO CARIOCA DE 1924 : FLUMINENSE 7 X 0 SPORT CLUB BRASIL, 12/10/1924
(FLUMINENSE CAMPEÃO).
12) CAMPEONATO BRASILEIRO DE SELEÇÕES DE 1924: SEL. CARIOCA 1 X 0 SEL. PAULISTA, 21/12/1924
(SEL. CARIOCA CAMPEÃ).
13) CAMPEONATO BRASILEIRO DE SELEÇÕES DE 1925: SEL. CARIOCA 3 X 2 SEL. PAULISTA, 20/09/1925
(SEL. CARIOCA CAMPEÃ).
14) CAMPEONATO BRASILEIRO DE SELEÇÕES DE 1926: SEL. CARIOCA 2 X 3 SEL. PAULISTA, 07/11/1926
(SEL. PAULISTA CAMPEÃ).
15) CAMPEONATO CARIOCA DE 1929 : VASCO 5 X 0 AMÉRICA, 24/11/1929 (VASCO CAMPEÃO).
16) CAMPEONATO CARIOCA DE 1930 : FLUMINENSE 2 X 2 BOTAFOGO, 07/12/1930 (BOTAFOGO CAMPEÃO).
17) CAMPEONATO CARIOCA DE 1933 : FLUMINENSE 0 X 4 BANGU, 12/11/1933 (BANGU CAMPEÃO).
18) CAMPEONATO BRASILEIRO DE SELEÇÕES DE 1934: SEL. CARIOCA 1 X 3 SEL. PAULISTA, 18/11/1934
(SEL. PAULISTA CAMPEÃ).
19) TORNEIO ABERTO DE 1935 : FLUMINENSE 3 X 1 AMÉRICA, 14/07/1935 (FLUMINENSE CAMPEÃO).
20) CAMPEONATO CARIOCA DE 1935 : AMÉRICA 2 X 2 FLAMENGO, 10/11/1935 (AMÉRICA CAMPEÃO).
21) CAMPEONATO CARIOCA DE 1936 : FLUMINENSE 1 X 1 FLAMENGO, 27/12/1936 (FLUMINENSE CAMPEÃO).
22) TORNEIO MUNICIPAL DE 1938 : FLUMINENSE 6 X 0 BONSUCESSO, 06/08/1938 (FLUMINENSE CAMPEÃO).
23) CAMPEONATO CARIOCA DE 1938 : FLUMINENSE 2 X 2 AMÉRICA, 30/12/1938 (FLUMINENSE CAMPEÃO).
24) TORNEIO RIO-SÃO PAULO DE 1940 : FLUMINENSE 3 X 2 SÃO PAULO, 11/09/1940 (*).
(******) O torneio foi interropido em virtude das fracas rendas, os clubes declararam
Fluminense e Flamengo campeões, mas estranhamente a C.B.D. (atual C.B.F.) até hoje não
ratificou a decisão dos clubes (ver artigo mais abaixo).
25) CAMPEONATO CARIOCA DE 1942 : FLUMINENSE 1 X 1 FLAMENGO, 11/10/1942 (FLAMENGO CAMPEÃO).
26) TORNEIO MUNICIPAL DE 1944 : VASCO 2 X 2 FLAMENGO, 24/06/1944 (VASCO CAMPEÃO).
27) TORNEIO RELÂMPAGO DE 1945 : AMÉRICA 2 X 1 VASCO, 18/04/1945 (AMÉRICA CAMPEÃO).
28) TORNEIO MUNICIPAL DE 1951 : BOTAFOGO 3 X 0 VASCO, 20/06/1951 (BOTAFOGO CAMPEÃO).
29) TAÇA GUANABARA DE 1991 : FLUMINENSE 0 X 0 AMÉRICA, 29/09/1991 (FLUMINENSE CAMPEÃO).
30) TAÇA GUANABARA DE 1993 : FLUMINENSE 1 X 0 VOLTA REDONDA, 11/04/1993 (FLUMINENSE CAMPEÃO).
31) COPA RIO DE 1994: FLUMINENSE 0 X 1 VOLTA REDONDA (4X5PEN), 14/12/1994 (VOLTA REDONDA CAMPEÃO).

(******) Campeão, sem taça.

Em 1940, foi realizada a segunda edição do Rio-São Paulo, que foi, no mínimo, curiosa. Nove
equipes, cinco cariocas e quatro paulistas, se enfrentariam em dois turnos. Mas como as rendas
foram pequenas, o torneio foi abandonado pelos clubes paulistas ao término do primeiro turno.

Resultado: ao desistirem do returno, declararam os então líderes Fluminense e Flamengo como os
campeões. E o que fez a Confederação Brasileira de Desportos? Não aceitou a decisão dos clubes
e deu o torneio como inacabado, uma das primeiras vergonhas do futebol brasileiro.

Além do triste fato de não ter sido concluída, a edição de 1940 do Rio-São Paulo teve outra
peculiaridade: como em 1933, os jogos realizados entre Flamengo, Botafogo, Fluminense e América
também valeram pelo Campeonato Carioca. O Fluminense venceu cinco partidas e empatou três.

Trecho retirado do livro Fluminense Fotball Club, História, Conquistas e Glórias no Futebol
(Antonio Carlos Napoleão Duarte, Ed. MAUDAD, 2003), página 28.

(Obs: No Torneio Rio-São Paulo de 1940 (assim como já havia acontecido em 1933), os jogos entre
os clubes paulistas também foram válidos simultaneamente pelo campeonato estadual.)

III – RELAÇÃO DE CAMPEÕES :

1) FLUMINENSE : 12
2) AMÉRICA E SELEÇÃO PAULISTA: 3
4) BOTAFOGO, FLAMENGO, SELEÇÃO BRASILEIRA, SELEÇÃO CARIOCA E VASCO : 2
9) BANGU, PAISANDU E VOLTA REDONDA : 1

IV – JOGOS DECISIVOS DE TORNEIOS NACIONAIS QUE NÃO DEFINIRAM TÍTULOS :

1) FLUMINENSE 4 X 2 GRÊMIO, 19/10/1960, 2º JOGO (DE UM TOTAL DE 3), ZONA SUL DA TAÇA BRASIL
DE 1960.
2) FLUMINENSE 2 X 1 INTERNACIONAL, 10/12/1992, 1º JOGO (DE UM TOTAL DE 2), COPA DO BRASIL
DE 1992.

(C) Copyright Alexandre Magno Barreto Berwanger, RSSSF and RSSSF Brazil 2005/09

Obs: Bem a carater, o globoesporte.com fez matéria sobre o azar que o estádio das Laranjeiras dá ao Flamengo, Vasco e Botafogo……..
Times que treinam no campo do Fluminense levam a melhor em jogos decisivos contra os rivais do Tricolor:
A eliminação do Flamengo na Taça Guanabara deste ano, na derrota de 3 a 1 para o Resende, sábado passado, no Maracanã, fez surgir uma curiosa coincidência no futebol carioca. Recentemente, os times que escolhem as Laranjeiras como local de preparação para jogos decisivos contra os rivais do Fluminense têm levado vantagem nesses confrontos.

Quem mais sentiu isso na pele foi o Flamengo. Em 2004, quando perdeu a final da Copa do Brasil para o Santo André, o time do ABC Paulista treinou nas Laranjeiras e comemorou o título com a vitória por 2 a 0. Ano passado, pela Libertadores, o América, do México, treinou no mesmo lugar e deixou o Brasil com a vaga nas quartas-de-final da competição na bagagem depois da vitória por 3 a 0.

Em 2009, o Resende também repetiu a história e se deu bem. O Gigante do Vale treinou nas Laranjeiras na véspera da semifinal da Taça Guanabara e, no dia seguinte, derrotou o Flamengo por 3 a 1, no Maracanã, e se garantiu na final do primeiro turno.

Mas não é só com o Flamengo que as Laranjeiras dão sorte. Também no ano passado, Vasco e Botafogo sentiram a força da sede tricolor. Na semifinal da Copa do Brasil, o Sport se preparou no campo do Fluminense e eliminou o Vasco, em São Januário, nos pênaltis. No segundo semestre, o Estudiantes, da Argentina, confirmou a regra e empatou em 2 a 2 com o Botafogo, no Engenhão, pela Copa Sul-Americana, e se classificou para a semifinal.

O meia Thiago Neves acredita que exista uma carga de energia positiva nas Laranjeiras e revela o motivo:
– Este é um dado interessante que você está me passando. Acredito sim em boas energias, e além disso, todos os times que treinam nas Laranjeiras, independentemente de ser o Fluminense, são abençoados pelo Cristo Redentor, que está de braços abertos e de frente para o gramado – disse Thiago Neves.

Sinal dos tempos. O “coringa” Lima do Santos F.C. na Revista do Esporte

O perfil de Lima traçado por um órgão de imprensa em 1962 trazia o ordenado que recebia e até o nome da rua em que morava…..
[img:raio_x_de_corpo_inteiro.jpg,resized,vazio]

Li certa vez que Lima ainda estava jogando pelo Juventus naquela tarde de 1959 quando Pelé marcou seu gol mais bonito.
Dorval desceu pela direita e cruzou a bola. Pelé dominou e chapelou 3 zagueiros e depois o goleiro e tocou de cabeça para o gol.
Nunca conheci ninguém que esteve neste jogo.
Dados do Jogo: Santos x Juventus Local: Rua Javari Data : 02/08/1959 Público: aproximadamente 10 mil torcedores Renda: Cr$ 622.225,00 Árbitro: Sebastião Mairinque

Primeiro tempo: Santos 1 x 0 (Pelé aos 23 minutos) Final: Santos 4 x 0 (Pelé, aos 8 e 36 e Dorval aos 27 minutos).

Times: Santos: Manga, Ramiro, Pavão, Mourão e Formiga; Zito e Jair; Dorval, Coutinho, Pelé e Pepe.

Juventus: Mão-de-Onça, Julinho, Homero, Pando e Clovis; Lima e Zeola; Lanzone, Buzone, Cássio e Rodrigues.
Uma das formações do Juventus de Lima
[img:Lima_no_Juventus_1.jpg,resized,vazio]
Em pé: Riogo, Mão de Onça, Clóvis, Homero, Lima e Pando e massagista Bianchi. Agachados: Lanzoninho, Zeola, Buzzone, Cássio e Rodrigues Tatu.
Deste ataque, Lanzoninho jogou no São Paulo e Corinthians. Zeola e Buzzone no Palmeiras. Cassio no Corinthians e Rodrigues, se não me engano, no Palmeiras.

A única vez que a Fiel aplaudiu um gol contra o Corinthians

Em um domingo, 17 de maio de 1989, fui ao Pacaembu ver pelo campeonato paulista Corinthians x Juventus.

Jogo de uma única torcida, com 23071 pagantes, entre eles eu, minha esposa e meus dois filhos, um com 11 anos e outro 8 anos.

Existem fatos inexplicáveis, até agora não consigo entender como eu e toda a torcida do Corinthians aplaudiu um gol contra o nosso time. A resposta talvez seja o “Sobrenatural de Almeida”, nome dado por Nelson Rodrigues a uma espécie de fantasma que assola o futebol, mudando os rumos de partidas e campeonatos como o vento muda de direção.

E foi o “Sobrenatural” que guiou, aos quarenta minutos do primeiro tempo, em um cruzamento na meia lua da grande área, o então jovem Silva do Juventus a acertar uma bicicleta, de primeira, como somente, dizem, Leônida da Silva sabia fazer.

O comportamento da torcida do Corinthians ao tomar um gol contra segue duas tendências: ou fica quieta e amargurada ou começa a gritar o nome do time para a virada do placar.

Desta vez, em uniformidade incrível, todos na Pacaembu bateram palmas para o rapaz.

Procurei na minha coleção de ingressos e vi que paguei para ver o jogo NCZ 2,00, ou seja, 2 cruzados novos.

Assim falou Ronaldo, goleiro do Corinthians sobre este gol:
-“Como pessoa achei o gol lindo. Como goleiro, detestei”.

O “OLÉ” nasceu no México inspirado por Garrincha

Em uma das excursões ao México , o Botafogo teve pela frente o poderoso time do River Plate da Argentina, que era realmente uma máquina. Tinha um futebol bonito e e um entendimento que só um time que joga junto há três anos pode ter. O Botafogo neste jogo entrou ” trancado ” por prudência. Foi um jogo de rara beleza. E não foi por acaso. De um lado estavam Rossi, Labruna, Vairo, Menendez, Zarate, Carrizo. Do outro estavam Didi, Nilton Santos, Garrincha, etc.
Estava muito difícil fazer gol. Mas houve um espetáculo à parte. Mané Garrincha dirigiu os cem mil espectadores, fazendo reagirem `a medida de suas jogadas.
Foi ali, naquele dia, que surgiu a giria ” Olé ” tão comumente utilizada posteriormente em nossos campos. Não porque o Botafogo tivesse dado um ” Olé ” no River. Não. Foi um ” Olé ” pessoal . De Garrincha em Vairo.
Só a torcida mexicana com seu traquejo de touradas poderia, de forma tão sincronizada e perfeita, dar um ” Olé ” daquele tamanho.
Quando Mané dava seu famoso drible e deixava Vairo no chão, um coro de cem mil pessoas clamava: ” Ô ô ô ô ô – lê !
O som do ” Olé ” mexicano é diferente do nosso. O deles é típico das touradas. Começa com um ô prolongado, em tom bem grave, parecendo um vento forte, em crescendo em termina com a sílaba ” lé “: “Oléé! – sem separar, com nitidez, as sílabas em tom aberto.
Verdadeira festa. Num dos momentos em que Vairo estava parado em frente a Garrincha, um dos clarins dos mariaches atacou aquele trecho da Carmen que é tocado na abertura das touradas. Quase veio abaixo o estádio.
O jogo terminou empatado. Mas Vairo não foi até o fim. Saiu de campo rindo e exclamando: No hay nada que hacer. Imposible, e desejou boa sorte ao suplente.
As agências telegráficas enviaram longas mensagens sobre o acontecimento e deram destaque ao ” Olé ” . Foi assim que surgiu este tipo de gozação popular, tão discutida, mas que representa um sentimento da multidão.
O jogo terminou empatado, mas só dedicaram a isto poucas linhas. O resto das reportagens e crônicas foi sobre Garrincha.
Obs: Este assunto foi abordado anteriormente por Edu Cacella em set/2007. Descobri ao tentar levantar a data do jogo ( 1958 ) . E como o relato do acontecimento teve várias interpretações , sendo que o anterior teve como fonte o jornal A Tribuna e este o livro de João Saldanha, fica assim o assunto acrescido das expressões do povo mexicano ao gritar o ” OLÉ “.
Trecho do livro Subterrâneo do Futebol de João Saldanha.

Os primeiros grandes jogos de PELÉ X PALMEIRAS.

Recebi por e-mail do meu amigo internauta Mario Lopomo este artigo que ele viveu no começo da era Pelé. Mario Lopomo é um historiador de futebol .

A primeira vez que Pelé jogou contra o Palmeiras foi em 18 de maio de 1957.
O Santos que já era um bom time, entrava em campo com duas novidades : Dorval e Pelé.

O Santos já estava remodelando aquele time que tinha sido bi campeão Paulista 1955-56, que tinha Manga, Helvio, Ramiro, seu irmão Álvaro, Del Vechio e Tite .

Naquele sábado 18 de maio de 1957, Santos venceu por 3 x 0 e deu um vareio de bola no time alvi- verde que estava numa de suas piores épocas, depois de se desfazer, em 1955, daquele time que disputava o campeonato paulista , do qual fazia parte junto a São Paulo e Corinthians, tendo agora o Santos formando um quarteto de disputas.

Foi o primeiro jogo que Pelé fez contra o Palmeiras e sua torcida foi surpreendida, por aquele negrinho magrinho de 16 anos acompanhado pelo veloz ponta direita Dorval e, mais Pagão, que estava a, menos de um ano no Santos, vindo da Portuguesa Santista, tendo Pepe como mais experiente e já bi campeão paulista.

O Palmeiras ainda tinha Waldemar Fiume, já veterano numa de suas ultimas partidas pelo Palmeiras as, vésperas de sua despedida quando lhe foi dado uma estatua nos jardins do Parque Antártica.

Em 08 de setembro, pelo torneio classificatório ao campeonato Paulista de 1957, o Palmeiras venceu por 2 x 1.

Mas no primeiro turno do campeonato daquele ano o Santos voltou a vencer no Pacaembu por 4 x 3.

A súmula do jogo foi esta:

26/10/1957 – PALMEIRAS-SP 3 x 4 SANTOS-SP – CAMPEONATO PAULISTA
Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho – Pacaembu – São Paulo / SP – Brasil
Árbitro: Johann Pribyl (AUS)
Palmeiras: Edgar, Ismael, Mílton, Maurinho, Múcio, Dema, Renato, Nilo, Mazzola, Caraballo, Tati – Técnico: Aymoré Moreira
Santos:: Veludo, Getúlio, Dalmo, Fiote, Ramiro, Zito, Tite, Álvaro, Pagão, Pelé, Pepe – Técnico: Lula
Gols: Pagão (Santos), 1 min, Mazzola (Palmeiras), 4 min, Pagão (Santos), 44 min primeiro tempo, Nilo (Palmeiras), 9 min, Edgar (Palmeiras) (contra), 24 min, Pelé (Santos), 34 min, Nilo (Palmeiras), 44 min segundo tempo.

E em dezembro jogando pelo segundo turno no “alçapão” da Vila, o Santos goleou por 4 x 1 aquele frágil Palmeiras que lutou arduamente para não ser rebaixado a segunda divisão. Só não foi, porque o XV de Piracicaba se incumbiu de ir. Quando 1958 chegou, a coisa mudou da água para o vinho no Parque Antartica.

O Presidente na época Mario Benni estava sendo substituído pelo eleito Delfino Fachina.
(nome de rua no bairro Cidade Ademar em São Paulo)

Para começar, contratou o técnico Osvaldo Brandão.

Vários jogadores foram contratados. Waldir, Enio Andrade, e Chinezinho, vieram do Rio Grande do Sul, Ambos tinham sido campeões Sul Americano em 1956 pela seleção Gaúcha representando o Brasil. Da Itália o Palmeiras importou Américo Murollo, que jogava no Linense, antes de para lá ir.

Julio Botelho (Julinho) que estava na Fiorentina também foi contratado. Nardo era do Corinthians e veio para o Palmeiras. De Pernambuco vieram Zequinha e Aldemar (o que melhor marcou Pelé, sem dar ponta-pé). Djalma Santos, foi contratado da Portuguesa, Romeiro veio do América Carioca, e Géo, ponta esquerda reserva veio de Pernambuco ambos no inicio de 1959. Valdemar Carabina foi o único remanescente de 1954, e Geraldo Scotto não me lembro de onde veio.

Daí para frente Palmeiras e Santos culminou com o maior clássico do futebol paulista, com um vencendo e o outro dando o troco. Já em 1958, quando o Palmeiras já estava mais forte, o primeiro jogo deste ano teve um resultado astronômico 7 x 6 para o Santos no Pacaembu.

Eis a súmula do jogo

06/03/1958 – SANTOS-SP 7 x 6 PALMEIRAS-SP – TORNEIO RIO-SÃO PAULO
Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho – Pacaembú – São Paulo / SP – Brasil
Árbitro: João Etzel Filho (SP)
Santos: Manga, Hélvio (Urubatão), Dalmo, Fiotti, Ramiro, Zito, Dorval, Jair Rosa Pinto, Pagão (Afonsinho), Pelé, Pepe – Técnico: Lula
Palmeiras: Edgar (Vítor), Valdemar Carabina, Édson, Formiga (Maurinho), Waldemar Fiúme, Dema, Paulinho, Nardo (Caraballo), Mazzola, Ivan, Urias – Técnico: Oswaldo Brandão
Gols: Urias (Palmeiras), 18 min, Pagão (Santos), 21 min, 25 min, Mazzola (Palmeiras), 26 min, Pelé (Santos), 32 min, 38 min, Pepe (Santos), 40 min primeiro tempo, Urias (Palmeiras), 18 min, 19 min, Paulinho (Palmeiras) (pênalti), 27 min, Nardo (Palmeiras), 34 min, Pepe (Santos), 38 min, Dorval (Santos), 41 min segundo tempo.

Depois pelo campeonato paulista no primeiro turno em 27 de agosto no Parque Antártica o Santos venceu por 1 x 0, naquele pênalti cavado por Pelé em cima do Valdemar carabina, e a 23 de dezembro pelo segundo turno na Vila Belmiro o Santos venceu por 2 x 1. Relato do pênalti: Pelé colocou a cabeça entre o braço semi aberto do Carabina e gritou ao juiz. Resultado: Pênalti!

Em 1959 a coisa começou a ferver entre esses dois times. Depois de um amistoso quando ouve um empate em 3 x 3, em 14 de Março e uma vitória do Palmeiras por 2 x 1 pelo torneio Rio São Paulo no dia 6 de maio, veio o primeiro jogo pelo campeonato paulista no dia 3 de outubro, sábado, por causa da eleição do domingo..

Súmula do Jogo
03/10/1959 – SANTOS-SP 7 x 3 PALMEIRAS-SP – CAMPEONATO PAULISTA
Estádio Urbano Caldeira – Vila Belmiro – Santos / SP – Brasil
Árbitro: Pedro Calil (SP)
Santos: Manga, Getúlio, Pavão, Morão, Formiga, Zito, Dorval, Jair Rosa Pinto, Pagão, Pelé, Pepe – Técnico: Lula
Palmeiras: Aníbal, Djalma Santos, Dicão, Geraldo Scotto, Ivan, Valdemar Carabina, Julinho, Romeiro, Paulinho, Ênio Andrade, Chinesinho – Técnico: Oswaldo Brandão
Gols: Paulinho (Palmeiras), 14 min, Pepe (Santos), 15 min, Dorval (Santos), 17 min, Dicão (Palmeiras) (contra), 30 min, Pelé (Santos), 44 min primeiro tempo, Romeiro (Palmeiras), 3 min, Pepe (Santos) (pênalti), 7 min, Pelé (Santos), 9 min, 21 min, Chinesinho (Palmeiras), 30 min segundo tempo.

Aquele 7 a 3, ficou em nossa garganta mais de um mês. Mas tudo bem vai ter a volta diziam os palmeirenses e, a volta foi no dia 29 de Novembro.

Cheguei ao Parque Antártica as duas horas da tarde, de paletó e gravata, num sol de queimar a moleira, com o estádio já lotado.

Ao passar pela geral fui xingado de todos os nomes pela torcida do Santos que tinha chegado bem cedo, e desfraldavam enormes bandeiras. Nem sabia por que estava sendo xingado( ?? ).
Minha mãe em casa devia estar com os ouvidos zunindo. Fui lá no fundão da geral, bem à frente onde o Palmeiras atacava no primeiro tempo, e vi o verdão marcar quatro gols da goleada de 5 x 1.

No intervalo quando a maioria foi tomar cerveja arrumei um lugar no meio da geral.

Quando Américo Murollo, marcou o quinto gol, fui à forra. E gritava.

A italianada foi na minha e deixei a coisa por conta deles. Quebrou o maior pau que vi em toda minha vida. Só fiquei com dó de um senhor de cabelos brancos que sangrava muito na cabeça. Fora isso foi uma festa.

Eis a súmula

29/11/1959 – PALMEIRAS-SP 5 x 1 SANTOS-SP – CAMPEONATO PAULISTA
Estádio Palestra Itália – Parque Antártica – São Paulo / SP – Brasil
Árbitro: Anacleto Pietrobon (SP)
Palmeiras: Valdir Joaquim de Moraes, Djalma Santos, Valdemar Carabina, Zequinha, Aldemar, Geraldo Scotto, Julinho, Romeiro, Américo, Chinesinho, Géo – Técnico: Oswaldo Brandão
Santos: Manga, Getúlio, Dalmo, Mourão, Urubatão, Formiga, Dorval, Jair Rosa Pinto, Coutinho, Pelé, Pepe – Técnico: Lula
Expulsões: Géo (Palmeiras), Dalmo (Santos)
Gols: Américo (Palmeiras), 13 min, Julinho (Palmeiras), 22 min, Pelé (Santos), 33 min, Romeiro (Palmeiras), 36 min, Julinho (Palmeiras), 44 min primeiro tempo, Américo (Palmeiras), 23 min segundo tempo.

O campeonato de 1959, terminou empatado, pois o Santos não conseguiu vencer o Botafogo de Ribeirão Preto, nas ultimas rodadas.

Ai a decisão ficou para o inicio de 1960.

Dia 5 de Janeiro (terça feira) 1 x 1.

05/01/1960 – PALMEIRAS-SP 1 x 1 SANTOS-SP – CAMPEONATO PAULISTA / 1959
Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho – Pacaembú – São Paulo / SP – Brasil
Renda: Cr$ 3.061.350,35 (velhos)
Árbitro: Stefan Walter Glanz (AUS)
Palmeiras: Valdir Joaquim de Moraes, Djalma Santos, Valdemar Carabina, Aldemar, Geraldo Scotto, Zequinha, Chinesinho, Julinho, Américo, Romeiro, Géo – Técnico: Oswaldo Brandão
Santos: Laércio, Feijó, Getúlio, Dalmo, Formiga, Zito, Dorval, Urubatão, Coutinho, Pelé, Pepe – Técnico: Lula
Gols: Pelé (Santos), 22 min, Zequinha (Palmeiras), 34 min primeiro tempo

Dia 7 de janeiro (quinta feira) 2 x 2.

Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho – Pacaembú – São Paulo / SP – Brasil
Renda: Cr$ 2.104.000,02 (velhos)
Árbitro: Catão Montez Júnior
Palmeiras: Valdir Joaquim de Moraes, Djalma Santos, Valdemar Carabina, Aldemar, Geraldo Scotto, Zequinha, Chinesinho, Julinho, Américo, Romeiro, Nardo – Técnico: Oswaldo Brandão
Santos: Laércio, Feijó, Getúlio, Dalmo, Formiga, Zito, Dorval, Urubatão, Coutinho, Pelé, Pepe – Técnico: Lula
Expulsões: Urubatão (Santos), Romeiro (Palmeiras)
Gols: Pepe (Santos) (pênalti), 25 min primeiro tempo, Getúlio (Santos) (contra), 3 min, Chinesinho (Palmeiras), 5 min, Pepe (Santos) (pênalti), 35 min segundo tempo.

E no domingo dia 10 de janeiro, a decisão, 2 x 1 para o Palmeiras.

10/01/1960 – PALMEIRAS-SP 2 x 1 SANTOS-SP – CAMPEONATO PAULISTA / 1959 / TRÓFEU CARVALHO PINTO
Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho – Pacaembú – São Paulo / SP – Brasil
Renda: Cr$ 3.076.375,00
Árbitro: Anacleto Pietrobon (SP)
Palmeiras: Valdir Joaquim de Moraes, Djalma Santos, Valdemar Carabina, Aldemar, Geraldo Scotto, Zequinha, Chinesinho, Julinho, Américo, Romeiro, Nardo – Técnico: Oswaldo Brandão
Santos: Laércio, Urubatão, Getúlio, Dalmo, Formiga, Zito, Dorval, Jair Rosa Pinto, Pagão, Pelé, Pepe – Técnico: Lula
Gols: Pelé (Santos), 14 min, Julinho (Palmeiras), 43 min primeiro tempo, Romeiro (Palmeiras), 3 min segundo tempo
Obs.: o Palmeiras sagrou-se Supercampeão Paulista.

Histórias paulistas de assistir o Vídeo Tape do jogo sem saber o resultado.

Assunto: Res: Tape sem saber o resultado

No estado de São Paulo, no final dos anos 60, assistíamos aos tapes dos jogos de quarta-feira à noite logo após o apito final do juiz. Era tempo de chegar da escola e sentar na sala, sem saber o resultado.
Como nos anos 60 não tínhamos jogos televisionados ao vivo como temos hoje à larga, à fartar, reporto-me àqueles tempos. Tem gente que antigamente prefiria ver os Tapes sem saber os resultados.

Será que o sofrimento era menor? Partindo da premissa que um bom torcedor só gosta de seu time e não tem qualquer simpatia por nenhum outro, ou quanto muito uma leve simpatia por outro, haverá sempre em campo pelo menos um time que o torcedor não goste ou outro que simplesmente abomine.
Naqueles tempos, mesmo vendo tapes de outros times sem saber o resultado, a gente sempre tomava partido de um time.
Certo ou errado? Acho que na maioria das vezes era assim.
A rivalidade sem dúvida é maior dentro do estado onde está o time do seu coração.
Depois vem a rivalidade interestadual, Rio x São Paulo, Rio Grande do Sul x Minas Gerais e assim por adiante.
Antes de entrar mais uma vez neste assunto, imaginem um pênalti para o seu time do coração já entrando madrugada afora, como era costume. E o gol saia e você pulando de alegria à 1h da manhã que nem um bobo na sala.

Mandei minha história, coforme segue, de ver o tape sem saber o resultado no site sãopaulominha cidade, e recebi algumas histórias divertidas e reais.

Antes lembrando que Alexandre Santos era o apresentador e narrador. Quando saía o gol, ouvíamos a vinheta: O melhor futebol do mundo nº. 13 (TV Bandeirantes).

Às vezes a gente ficava vendo o tape na esperança de que o nosso time fosse ganhar o jogo. Uma noite, meu irmão chegou mais tarde e deu uma dica indesejada: “Se eu fosse você não assistia este tape”. Pronto, com certeza o time tinha perdido, e desliguei a TV.
Mas como tem sacanagem em tudo, tenho um amigo corinthiano que sofria nas mãos do irmão palmeirense, pois na época o Palmeiras sempre levava vantagem. Eles também assistiam aos tapes sem saber o resultado. Meu amigo corinthiano aprontou uma boa pra cima do irmão palmeirense. O palmeirense estava vendo o tape do Palmeiras sem saber o resultado, quando chegou o irmão corinthiano:
– Quer saber o resultado?
– Não, não me fale que quero ver o jogo todo.
– Tá bom. Mas que time largo o Palmeiras, como dá sorte, não?
Ah, o palmeirense ficou todo animado vendo o tape.
A coisa foi indo, o adversário faz 1 x 0. Que é 1 x 0 quando se sabe que o time vai ganhar, pensou o palmeirense. Pra encurtar, 40 minutos do segundo tempo, o cara já estava um pouco preocupado, mas confiante numa virada histórica de 2 x 1. 45 minutos do segundo tempo, ele finalmente percebeu que entrou numa roubada, e suas orelhas devem ter ficado do tamanho da de um asno.

Respostas à minha história

Em 1967, jogavam Palmeiras x Corinthians, numa quarta feira à noite. eu estava na TV Excelsior e o reporter Rubens, (não me lembro o sobrenome)estava chegando do Pacaembu depois de gravar o teipe. Perguntei quanto tinha sido o resultado, e ele sabendo que eu era palmeirense, me mandou ver o Tape. Quando cheguei em casa já estava no segundo tempo 1×1, e o Peirão de Castro narrando. Faltando poucos minutos o Cesar Maluco marcou o segundo gol.Foi um alivio. Mario Lopomo

Eu, palmeirense, também gostava de assistir aos tapes sem saber o resultado, só que para isso eu tinha que me trancar no quarto e ficar ouvindo música bem alto, pois o meu pai era um tremendo de um espírito de porco. Ele ouvia o jogo no radinho de pilha e ficava andando pela casa. Às vezes ele se aproximava da porta do meu quarto e só a música não bastava, eu tinha que tapar os ouvidos. Terminado o jogo, ele ia dormir. Aí então eu ia para a sala aguardar o tape. O problema é que às vezes ele retornava à sala e ficava falando o que não devia. Quando ele ficou viúvo e foi morar com a minha irmã, meu cunhado, corinthiano como ele, passou pelo mesmo problema. Meu pai chegava na sala, sabendo que o genro não queria saber o resultado e saia-se com essas: ” Fulano fez o gol e foi expulso” ou ” O Corínthians não tem jeito mesmo”. Ficava dando pistas sobre o andamento do jogo. Êta velho ranheta aquele seu Osvaldo! Tony Silva

Eu fazia o mesmo, só que trancava a porta do quarto e ninguem entrava. O reporter que o Mario se referia erao corintiano Rubens Pecce da Gazeta, que junto com meu amigo Candido Guilherme Andreatta [Candinho]”bicão de campo”, formávamos o trio das noites Paulistanas. Ailton Joubert

Uma vez fiz isto. Aos 30 do segundo tempo, o meu S.Paulo perdia por 1×0 e já havia chutado três bolas na trave do adversário(Porruguesa), e perdido um penalti. Aí, não resisti e liguei o rádio quando as estações já havia saído do ar…Esperei então naTV o tempo restante e ví o S.Paulo virar o jogo em 5 minutos. Era legal esta prática , mais as vezes, fazia-nos sofrer. Um abraço !. Sua mensagem foi interessante . Valeu ! Francisco Lemmi Filho

Sete bolas na trave. Só podia ser em Itu.

Itu é um munícipio brasileiro no interior do estado de São Paulo. Sua população estimada em 2007 era de 147.157 habitantes, formada principalmente por descendentes de imigrantes portugueses, italianos, japoneses, além de migrantes de outras regiões do Brasil, em especial do Nordeste, além da forte presença de migrantes do estado do Paraná. Cidade famosa por tudo lá ser de tamanho exagerado, fama inaugurada pelo comediante Francisco Flaviano de Almeida, o famoso Simplício. Conforme obtido na Wikipédia.

Pois bem no domingo passado, tivemos mais um fato superlativo para se somar nesta exagerada cidade.
Jogaram Santos x Ituano, com resultado final de 2 x 0 para o Ituano.
Destaque-se o exagero de bolas nas traves havidas, 6 pelo Santos e 1 pelo Ituano.
Kleber Pereira, centroavante do Santos, somente ele, mandou 4 na trave.

Fica registrado então que um time mandou 6 bolas na trave do Ituano e não fez nenhum gol.[img:ituano_sp.gif,thumb,vazio]