Arquivo do Autor: Gilberto Maluf

Duelos de ” Gente Grande “

Jair Marinho x Paraná
Caçapava x Serginho Chulapa

Nos meus 58 anos de idade, no que se refere ao futebol, foram 45 anos em São Paulo e 5 anos no Rio de Janeiro. E nestes anos todos acompanhei alguns duelos entre atacante x defensor que saiam ” lascas ” .

JAIR MARINHO X PARANÁ
Jair Marinho:
Ao ver um Gordini Willys, automovel do início dos anos 60, lembrei-me de Jair Marinho lateral direito do Fluminense que foi comprado pelo Corinthians na época.
Ele ficou tão contente que montou no seu Gordini e fez a viagem pela Dutra em 5 horas até São Paulo no seu possante. Foi o que falou à reportagem ( Gozado como tem coisas que a gente nunca esquece ).
Jair Marinho, foi lateral-direito do Fluminense, Corinthians, Portuguesa de Desportos e campeão do mundo pela Seleção Brasileira no Chile, em 1962, como reserva de Djalma Santos.
Daí surgiu a idéia de narrar um pouco destes confrontos.
[img:Nair__Felix_e_Jair_Marinho.jpg,resized,vazio]
Paraná:
Paraná, que protagonizou duelos com Jair Marinho, após aparecer para o futebol no São Bento, em 1964 foi negociado com o São Paulo FC, onde jogou até 1972. Em 1966, disputou a Copa da Inglaterra pela Seleção Brasileira.
No Tricolor, Paraná foi vice-campeão paulista em 1967, bi-campeão paulista em 70 e 71 e colecionou elogios de toda a imprensa paulista.
[img:Djalma_Santos_e_Paran__.jpg,resized,vazio]
Djalma Santos e Paraná, no Pacaembu, em 1965. O mascote loirinho e “zaroinho” é hoje jornalista esportivo. Trata-se de Mauro Beting
Foto histórica do Paraná
[img:S__o_Bento_com_Paran__.jpg,thumb,vazio]
O São Bento em 1961 no estádio Humberto Reale, que já não existe mais. Em pé estão Gibe, Paulinho, Atílio, Julião, Salvador, Ceci e o massagista Navarro; agachados vemos Paraná, Raimundinho, Picolé, Mickey e Bazaninho

O DUELO
Pois bem, Paraná e Jair Marinho eram fortes e raçudos e não levavam desaforo para casa. Vou dizer uma coisa, se você estivesse vendo o jogo do alambrado ficaria assustado com as divididas que eles davam. Os cronistas da época falavam que era suicídio entrar numa dividida daquelas.
Mas nunca machucaram um ao outro, somente foram expulsos algumas vezes.
Sobre a seleção de 1966 que Paraná participou, os saudosos Geraldo Bretas e Mario Moraes falavam que Paraná nunca foi craque, mas jamais afinou , sendo um bravo num grupo desunido e pipoqueiro.

CAÇAPAVA X SERGINHO CHULAPA
Caçapava:
Nascido no dia 26 de dezembro de 1954, em Caçapava do Sul (RS), Caçapava, depois do Internacional atuou no Corinthians (fez 148 jogos e marcou 5 gols), Palmeiras, Vila Nova de Goiás, Novo Hamburgo (84), Ceará (84 e 85) e Fortaleza (86 e 87) e foi algumas vezes convocado para a Seleção Brasileira.
Os principais títulos como volante foram: campeão Brasileiro em 75 e 76 pelo Internacional, campeão gaúcho pelo Inter em 74, 75, 76 e 78, campeão Paulista pelo Corinthians em 79 e campeão cearense pelo Ceará em 84.
Matheus queria Falcão, mas….
Pouco antes de contratar Caçapava, o presidente corintiano Vicente Matheus tentava a contratação do meio-campista Falcão, à época a principal estrela do Internacional. Como o Colorado não tinha planos de perder seu melhor jogador para um time brasileiro , Falcão fora negociado posteriormente com a Roma, Matheus teve de se contentar em trazer o raçudo volante do Inter. “O melhor era o Falcão, mas o Caçapava estava também entre os melhores”, contava Matheus.
[img:joelho_do_ca__apava.jpg,thumb,vazio]

Serginho:
Sérgio Bernardino, o Serginho Chulapa, nascido no dia 23 de dezembro de 1953, centroavante do São Paulo, de 1974 a 1983, do Santos, de 1983 a 1984, Corinthians em 1985 , do Santos de 1986 a 1989 e da Seleção Brasileira na Copa de 82.
Uma passagem emocionante de Serginho Chulapa
e-mail abaixo no dia 27 de agosto de 2006.
“Não me lembro exatamente a data, mas foi aproximadamente em setembro de 2004. Eu e meu marido, Claudio (palmeirense) estávamos em um festival na quadra do “Cabeça” (Palmeirense) chamada “Gold Ball”, na Vila Sabrina (zona Norte de SP). O Serginho (Chulapa) estava lá também assistindo aos jogos e nós começamos a conversar sobre futebol e eu comentei que meu pai e meu irmão eram fãs de carteirinha dele, que sempre torceram por ele, seja lá onde ele estivesse.

Ele disse para trazê-los ali para conversarem, mas meu irmão mora em Minas (Divinópolis) e meu pai, que sofrera um derrame, não andava mais. Ele (Serginho) simplesmente disse para seu amigo que ia comigo na casa do meu pai falar com ele, perguntou se dava pra ir a pé ou não. Na hora ficamos (eu e meu marido) sem ação, pois ele foi muito sincero e espontâneo em querer conversar com meu pai. Levamos ele lá e quando chegamos meu pai estava na cama e sozinho em casa (minha mãe tinha saído).

Eu entrei no quarto primeiro e disse pro meu pai que tinha uma pessoa que queria falar com ele. Meu pai virou-se e neste instante o Serginho entrou e meu pai, que não andava nem se mexia direito, quase se levantou da cama. Ele ficou tão emocionado que achei que teria outro derrame.

Eles conversaram muito e meu pai disse que aquela visita foi melhor que qualquer remédio. O Serginho pediu o nosso endereço para mandar uma camiseta do São Paulo (pois meu pai e meu irmão são são-paulinos), mas eu não achava nada para anotar e acabei anotando em um pedaço de papel tão pequeno que acho que ele perdeu. Ele nos deu seu número de telefone para que nós o convidássemos para um churrasco. Ele conversou muito com meu pai, beijou várias vezes sua fronte e disse pra ele ter coragem e lutar contra sua enfermidade, pois nesta época ele estava muito depressivo.

Nós ficamos tão emocionados com esta atitude, que não pegamos autógrafo nem tiramos foto. Ninguém na minha rua o viu entrar ou sair de casa, nem minha mãe voltou de onde tinha ido…… Nós acabamos não tendo coragem de convidá-lo para o churrasco que prometemos e ele deve ter perdido o pequeno papel que anotei nosso endereço para ele mandar a camisa.

Logo depois disso ele se mudou para Santos quando assumiu a comissão técnica do Clube. Infelizmente meu pai morreu no dia 21 de agosto de 2005 mas nós não esquecemos o quanto ele fez bem para o meu pai naquele dia e meu irmão que mora em Minas se mordeu de inveja por não estar presente.

Um abraço a você e sua equipe e se você encontrar com o Serginho mande um grande beijo pra ele de nossa família.

Eloísa Helena Ramos Dias Shinohara”
O DUELO
Todo jogo Corinthians x São Paulo, não escapava um jogo sem que o Caçapava, logo no primeiro encontro com o Serginho ,não desse uma entrada duríssima, passível até de expulsão. Serginho estrilava e esperneava, mas o Caçapava não era expulso nesta primeira jogada.
O que se via era o Serginho sempre evitando dividir a bola com o Caçapava.
Que cacetada diziam os cronistas na época. Para o Serginho deixar barato é porque Caçapava não era brincadeira não.

Fonte: Montagem e lembranças da época de Gilberto Maluf
Fotos e currículos do Milton Neves

Os rótulos de craque na época do rádio

Estava conversando com um jornalista sobre a banalização que vemos hoje em alguns institutos sobre colocações de clubes, qual o melhor e assim por diante.
Antigamente quando se rotulava ou quando era atribuído algum título no futebol, rendíamos vassalagem ou coisa do gênero.

O jornal L!Equipe coroou o Negão como o Rei do Futebol. Procedente, nada banalizado.
Ninguém lhe usurpou a coroa.
Didi era o príncipe etíope. Pura estirpe verdadeira.
E assim acreditávamos.

No que o jornalista respondeu que em São Paulo, já no meu tempo, o locutor Valter Abrahão, chamado “Metralha’, pela velocidade com que narrava os jogos, tentando, acho, evitar chamar também Pelé de craque, gênio etc,- eram tantos, muitos legítimos paraguaios – narrava assim, quando o Rei pegava a bola:
“Lá vai Ele”… E, acredite, dava para ouvir Ele e não ele.
Ou seja, você conseguia distinguir o ELE como o negão. É como imaginarmos um jogador hoje sendo várias vezes mais craque do que é.
Quando você ouvia o narrador falando…lá vai Ele, você entenderia no ato.

Propaganda de uma Rádio:
[img:jornal_do_meio_dia.jpg,thumb,vazio]

Homenagem aos locutores do Rádio
[img:dial_dos_locutores_1.jpg,resized,vazio]

Na grande fase do futebol brasileiro vários jogadores se eternizaram:
Barbosa, Bauer, Zizinho, Ademir de Menezes, Nilton Santos, Gilmar, Didi, Amarildo, Mauro, Vavá, Zagalo, Garrincha, Gerson, etc.
Recentemente Rivelino, Bebeto, Romário, Edmundo, mas já na fase da TV.

Entre os clubes, Botafogo e Santos circulavam pelo mundo e quase não perdiam. Foi um período tão rico de craques que muitos não chegavam a titular ou sequer eram convocados para a seleção, como Dirceu Lopes e Ademir da Guia, que hoje seriam titularíssimos.

Curiosidade:
Valdemar ” Carabina ” foi famoso defensor do Palmeiras nos anos 50 e 60.
Sobre o apelido de “Carabina” Valdemar ganhou do inesquecível comentarista Mário Moraes: “Eu fiz um golaço no Pacaembu de fora da área e o Mário disse na Rádio Panamericana que chutei mais forte do que um tiro de carabina. Aí, o apelido pegou”.
Certa vez o comentarista Mário Moraes atribuiu um rótulo pejorativo. Achava que o técnico Vicente Feola estava mais para vendedor de pipocas do que para técnico de futebol.
Inimaginável nos tempos atuais.

Torneio Rio-São Paulo – de 1950 a 1961

TORNEIO RIO SÃO PAULO.

Um pouco de história até chegarmos em 1950:
Após 39 anos de amadorismo (1894 – 1933), o Brasil conheceu o futebol remunerado e o esporte rei tomou grande impulso. Uma das primeiras bases instituídas para maior progresso foi o torneio Rio-São Paulo de clubes. Em 1933, o acordo foi completo entre paulistas e cariocas, realizando-se então o primeiro Rio São Paulo. Participaram sete clubes bandeirantes e cinco agremiações cariocas. Foram realizados 69 cotejos, em dois turnos. O primeiro campeão foi o Palestra Itália (36 pontos ganhos)

Daí se seguiram serias cisões no Rio São Paulo, verificando-se a pacificação do futebol brasileiro apenas em 1937.
Finalmente em 1940, os clubes paulistas e cariocas reeditaram o torneio Rio São Paulo, mas não passou do primeiro turno.
No Pacaembu, os jogos renderam regularmente, porem no Rio a situação foi diversa. Tomaram parte no certame 4 clubes paulistas e cinco cariocas. Depois de 35 partidas disputadas. A classificação apresentou-se assim: Flamengo e Fluminense 3 pontos perdidos. Corinthians 7 pp, Palestra e Botafogo 8 pp, Portuguesa 9 pp, América e Vasco 10 pp, e São Paulo 12 pp.

Leônidas da Silva do Flamengo foi o artilheiro com 13 tentos e Mario Vianna foi o juiz que mais apitou (3 vezes). São Paulo ganhou em renda 316. 088, 00 sobrepujando nitidamente o Rio (130. 293,00. A maior renda foi do jogo Corinthians x Fluminense 53. 800, 00.
Em março de 1942 foi realizado no Pacaembu um sugestivo torneio de cinco grandes clubes do Rio e de São Paulo (Corinthians, Palestra, São Paulo, Flamengo e Fluminense, certame esse que tomou a denominação de “Quinela de Ouro” ou torneio “torneio dos campeões”.
Após 10 partidas a classificação ficou assim: Corinthians, 2 pp, Flamengo 3 pp, Palestra 4 pp, São Paulo 5 pp, Fluminense 6 pp. Echevarrieta (Palestra) foi o artilheiro com 5 tentos; Oberdan foi o arqueiro mais vazado com oito gols. Carlos de Oliveira Monteiro (tijolo) foi o juiz que mais apitou (4 vezes) A renda total alcançou a cifra de 750. 038,00.

De 1943 a 49, não tivemos torneios Rio São Paulo. Em 1950 acertaram os dirigentes de clubes dos dois maiores centros esportivos do país a realização em caráter continuo deste certame. E daí então temos tido esse magno torneio a chamar a atenção do publico esportivo do Brasil.
Todavia em 1956 em virtude da excursão do selecionado brasileiro ao velho mundo não se realizou o torneio, reencetando-se a disputa no ano seguinte.
O torneio Rio São Paulo passou a se chamar torneio “Roberto Gomes Pedrosa” em homenagem a este grande esportista, desaparecido em 1954. Pedrosa foi goleiro do Botafogo e do São Paulo. Jogou tambem pela seleção da APEA e do Brasil, sempre se destacando pelo cavalheirismo e categoria. Depois passou a dirigente: Presidente do São Paulo , da F P F, Pedrosa foi o criador da lei do acesso.
Após a sua morte, o Botafogo propôs que seu nome fosse dado ao maior torneio inter clubes do Brasil, sugestão aceita por todos, a partir de 1967.

1950
Campeão. Corinthians
O Time:
Cabeção (Bino), Lorico, (Nilton) Belfare; Olavo, Alan, Idario, Goiano, Homero,Touguinha e Roberto (Helio). Cláudio, (Noronha) Luisinho, Baltazar, Carbone, Mário, Nardo, Nenê,(Nelsinho), Colombo,Souzinha, Edelcio, (Fortaleza)

Campanha- Em S.Paulo= Corinthians 4x1São Paulo- 3×2, contra o Palmeiras- 2×1 Vasco, 5×3-Portuguesa Desportos, 1 x 1 Botafogo- Campanha no Rio – 2x 6-Flamengo= 3×1-Fluminense.
Classificação final.
1º-Corinthians………………………. 3 pp,
2º-Vasco da Gama ………………..4 pp,
3º-Portuguesa de Desportos. 5 pp,
4ºPalmeiras…………………………… 7 pp,
5º-Flamengo ………………………….8 pp,
6º-São Paulo ………………………….9 pp,
7º-Botafogo e Fluminense … 10 pp.

Jogos realizados……………………….. 28.
Gols marcados…………………………. 146.

Artilheiro Baltazar (Corinthians)…… 9 gols.
Ataque mais positivo. Portuguesa 27 gols.
Ataque menos positivo, Palmeiras, Botafogo, Fluminense -14 gols.
Arqueiro mais vazado: Caxambu Por. Desportos……………. 21 gols.
Arqueiro menos vazado: Barbosa Vasco da Gama………….. 12 gols.
Pênaltis assinalados ………..14
Convertidos ………………………12
Defendidos ………………………….2
Gols contra – Djalma Santos, Portuguesa. 1 gol.
Juizes que mais apitou: Mr. Rowley (FPF) 6 vezes, Mario Vianna FMF, 5 vezes.
Renda em São Paulo…………..4.118.334,00
Renda no Rio, São Januário, 2.313.019,00
Renda total……………………….. 6.431.353,00
Record de renda. 877. 405.00-Corinthians 2 x 1 Vasco (22/01/50)

[img:Lance_de_Baltazar.jpg,thumb,vazio]
Osvaldo Silva (Baltazar) foi o artilheiro do torneio Rio São Paulo, de 1950. A maioria de seus gols, era de cabeça. Por isso foi chamado de Cabecinha de Ouro. O que levou o radialista Alfredo Borba a compor uma musica em homenagem ao centro avante corinthiano, gravado pela cantora Elza Laranjeira. Gol de Baltazar, gol de Baltazar, salve o cabecinha um a zero no placar.

1951
Campeão PALMEIRAS
[img:palmeiras_1951.jpg,thumb,vazio]
Time. Oberdan (Lourenço) Turcão (Mexicano) (Manuelito) (Salvador) Palante. Waldemar Fiume, Luiz Villa, Sarno, (Gengo) e Dema. Lima, Canhotinho, Ieso, Aquiles, (Liminha), Jair, Rodrigues (Brandãozinho)
Campanha em São Paulo
Palmeiras 4 x 2-Bangu = 0x3-Corinthians = 7×1-Flamengo = 4×3-Portuguesa = Palmeiras 3 x 2 Corinthians(1º extra) = Palmeiras 3 x 1 Corinthians(2º extra)
No Rio – 4 x 6 América = 1 x 4 Vasco
CLASSIFICAÇÃO FINAL.
1º Palmeiras e Corinthians………………………..4 pp.
2º Portuguesa, América, Bangu e Flamengo..7 pp.
3º Vasco da gama ……………………………………8 pp.
4º São Paulo…………………………………………. 12 pp.
Ouve a disputa de melhor de três entre Palmeiras e Corinthians, e o Palmeiras venceu duas partidas 3 x 2 e 3 x 1. sagrando-se campeão.
Jogos realizados 28 + 2 extra. = total -30
Gols marcados – 150.
Principais artilheiros. Aquiles (Palmeiras) Ademir (Vasco) – 9 gols cada.
Ataque mais positivo – Palmeiras……….31 gols
Ataque menos positivo – São Paulo…… 8 gols.
Goleiro mais vazado – Osni (América)..19 gols.
Arqueiros menos vazado Cabeção (Corinthians) Barbosa (Vasco).18 gols
Pênaltis assinalados….11
Convertidos……………….10
Fora…………………………… 1
Gols contra – Guilherme Portuguesa. 1 gol.
Juizes que mais atuaram – Alberto da Gama Malcher (F M F)Dante Rossi (FPF) 6 – vezes
Renda em São Paulo 8.009.526,00
Renda no Rio………….5.188. 747,00
Total ……………………..13.198.273,00
Renda record. Vasco 2 x 2 Flamengo – 15/03/1951 – maracanã.
Propaganda da época com o goleiro do Palmeiras
[img:Oberd__.jpg,thumb,vazio]

1952
Portuguesa de Desportos – A Campeã
[img:portuguesa_52.jpg,thumb,vazio]
Em pé, da esquerda para a direita. Lindolfo (goleiro), Djalma Santos, Nena, Brandãozinho, Hermínio e Ceci. Agachados: Julinho Botelho, atleta não identificado, Nininho, Pinga e Simão.

Classificação Final –
1º Vasco e Portuguesa…………………………………7 pontos perdidos-
2º Corinthians , Santos e Fluminense…………. 8 pp.
3º São Paulo, Palmeiras, Botafogo e Bangu – 10 pp.
4º Flamengo…………………………………………….. 12 pp.
Vasco e Portuguesa realizaram duas partidas. Para decidir que seria o campeão. 1º jogo -Portuguesa 4 a 2 (São Paulo) e 2º jogo – 2 x 2(Rio)
O time= Muca (Lindolfo) Nena, (Hermínio) e Noronha. Djalma Santos, (Carlos) (Manduco) Brandãozinho e Ceci. Julinho, (Leopoldo) Renato, Nininho, (Bota) Pinga e Simão.
Campanha
Em São Paulo- Portuguesa 2 x 4 Fluminense = 3×2- Palmeiras = 5×1-SANTOS = 3X2-Corinthians = 5×1-Bangu = 2×3 São Paulo = 2×1-Botafogo =
No rio- 0x1-Flamengo = 1×1- Vasco =

Jogos realizados…..45
Gols marcados……182.
Principal artilheiro – Pinga (Portuguesa) – 11gols.
Ataque mais positivo – Portuguesa de Desportos..29 gols.
Ataque menos positivo – Palmeiras…………………….12 gols.
Arqueiro mais vazado – Manga (Santos)…………….19 gols.
Arqueiro menos vazado Fabio (Palmeiras) …………..8 gols.
Pênaltis assinalados….13
Convertido……………….11
Defendidos………………….2
Gols contra – Mirim (Bangu)- Nena (Portuguesa) Newton Santos (Botafogo) Clarel (Vasco)
Juises que mais apitaram – Mr. Hartes (FPF) 13 – Mr Aldridge (FPF) 11.
Renda em São Paulo….9.415.147,00
Renda no Rio……………..9 383.326.20
Total…………………………18.798.473,20
Renda Record do torneio- Vasco 1 x 1 Portuguesa 30/03/52 – maracanã.

1953
Corinthians – Campeão

Classificação final: Por pontos perdidos.
1º Corinthians…………………………6 pp
2º Vasco da Gama …………………..7 pp.
3º Botafogo São Paulo………………8 pp
4º Fluminense………………………….9 pp
5º Palmeiras, Bangu e Flamengo.10 pp
6º Portuguesa e Santos……………..11pp

Time- Cabeção, Olavo, (Homero) Julião, Idario, Goiano, Sula e Roberto. (Lorena). Cláudio, Luisinho, (Gatão) (vermelho) Baltazar, (Nardo) Carbone, Souzinha (Mário) (Liquinho).
Campanha, em São Paulo.
Corinthians 1 x 0 Botafogo = 6×0, Flamengo = 3×1,Santos = 1×3,São Paulo = 3×2,Bangu = 2×0,Portuguesa = 3×3,Palmeiras.
Campanha no Rio.
3×3,Fluminense = 0x1 Vasco.

Jogos realizados………………………………….. 45
Gols marcados…………………………………. 164
Principal artilheiro Vasconcelos (Santos)…8 gols
Ataque mais positivo Corinthians…………. 22 gols
Ataque menos positivo São Paulo…………..12 gols
Arqueiro mais vazado Manga (Santos)……22 gols
Arqueiro menos vazado Barbosa Vasco……6 gols
Penaltis assinalados………………………………15
Convertidos…………………………………….. 11
Trave …………………………………………………….1
Defendidos …………………………………………….3
Gols contra..Leone e Garcia (Flamengo), Herminio e Brandãozinho (Port. Desportos)
Cássio (Santos) Pindaro (Fluiminense)
Juizes que mais apitaram. Mário Vianna(FMF) 8, João Etzel (FPF) 7.
Rendas em São Paulo- 9.988.640,00
Renda no Rio – 10.792.230.90
Total 20. 685.870,90
Recorde de renda do torneio – 31/05/53 -1. 565.047,30 Vasco 1x 0 Corinthians (Maracanã)

1954
Campeão.Corinthians
[img:Corinthians_em_54.jpg,thumb,vazio]
O time bicampeão do Rio-São Paulo, em 1954. Em pé: Goiano, Olavo, Alan, Homero, Roberto e Gilmar. Agachados: Claudio, Luizinho, Baltazar, Rafael e Nono.

Classificação final.
Corinthians ……………………..4 -pp
Fluminense ……………………..5- pp
Palmeiras…………………………6- pp
São Paulo…………………………8 –pp
Vasco da Gama…………………9-pp
Santos…………………………………..10-pp

Flamengo……………………………….11pp
América e Portuguesa………..12-pp
Botafogo…………………………..13
Os primeiros jogos do Rio- São Paulo, 1954, serviram para mostrar como o Corinthians seria naquele ano o campeão.
Em seis partidas, contra Botafogo, America, Vasco, Fluminense, Flamengo e Portuguesa, o time ganhou todas. O bicampeonato já parecia estar garantido
Mas duas derrotas nos jogos seguintes, contra o São Paulo e Santos, acabaram abalando a equipe. O tecnico Rato, que novamente estava no comando, foi mandado embora. Para o seu lugar, o presidente Alfredo Ignacio Trindade chamou Osvaldo Brandão.
O novo tecnico conseguiu motivar o Timão logo de cara. Em sua estreia, o Corinthians ganhou do Palmeiras por 1 a 0, foi favorecido pela derrota do Fluminense para o Vasco e conquistou o bicampeonato no Torneio Rio-São Paulo

Campanha, em São Paulo.
Corinthians 4 x 3 America. 3×2,Portuguesa = 0x2,Santos = 0x1,São Paulo = 1×0,Palmeiras.
No Rio – 2×1,Botafogo = 1×0 Fluminense = 2×1,Flamengo.

Jogos realizados….45
Gols marcados….149
Principal artilheiro Dino(Botagogo) 7
Ataques mais positivo- Fluminense e América-18
Ataques menos positivo- São Paulo e Flamengo-10
Arqueiro mais vazado -Lindolfo (Port. Desportos) 19 gols
Arqueiro menos vazado -Poy (São Paulo) ………..7
Pênaltis assinados – ………………………………………..14
Convertidos – 10
Defendidos ……………………….3
Trave………………….1
Gols contra – De Sordi (São Paulo),Nena (Port. Desportos) Jorge(Flamengo), Joel e Rubens(América)
Juizes que mais apitaram. Rimel La Torre, (FPF) 11 vezes- e Alberto da Gama Malcher (FMF)
Renda em São Paulo – 6.517.355,00
Renda no Rio – 6.217.550,00
Total – 12.734.905,00
Renda Record, do torneio. Palmeiras 1 x 0 São Paulo16/05/54-Pacaembu.

1955
Campeão-Portuguesa de Desportos

[img:Lusa_55.jpg,thumb,vazio]
Em pé: Djalma Santos, Cabeção, Floriano, Nena, Brandãozinho e Zinho -Agachados: Julinho, Airton, Ipojucan, Edmur, Ortega e o massagista Mario Américo

Campanha da Lusa
09/04/1955 – Portuguesa 1 x 3 Botafogo –
14/04/1955 – Corinthians 5 x 5 Portuguesa
17/04/1955 – América 2 x 4 Portuguesa –
20/04/1955 – Portuguesa 2 x 0 São Paulo –
27/04/1955 – Portuguesa 5 x 2 Palmeiras –
01/05/1955 – Flamengo 1 x 1 Portuguesa
04/05/1955 – Portuguesa 5 x 1 Santos –
08/08/1955 – Portuguesa 3 x 1 Fluminense –
11/05/1955 – Vasco 0 x 0 Portuguesa

Classificação final –
1º-Portuguesa e Palmeiras ….5-pp
2º-Botafogo ………………………..7-pp
3º-Flamengo ……………………….8-pp
4º-Santos…e América ………….9-pp
5º-Vasco e Fluminense………. 11-pp
6º-São Paulo……………………… 12-pp
7º-Corinthians…………………… 13-pp
OBS: Palmeiras e Portuguesa, terminaram empatados, em primeiro lugar com cinco pontos perdidos. Foram realizadas duas partidas extras, para se saber quem seria campeão. Primeiro jogo, empate de 2×2, segundo jogo Portuguesa 2 x 0.
Os que jogaram – Cabeção, (Lindolfo), Nena, e Floriano, (Reinaldo) Djalma Santos, (Hermínio), Brandãozinho, e Zinho. (Ceci). Julinho, (Osvaldinho) Ipojucan, Airton, Edmur, (Átis) e Ortega (Zé Amaro)
Campanha em São Paulo.1 x 3 Botafogo = 5×5,Corinthians = 2×0,São Paulo = 5×2,Palmeiras = 5×1,Santos = 3×1,Fluminense =
No Rio. 4×2 America = 1×1, Flamengo = 0x0,Vasco.

Jogos realizados-…………………….47
Goçs marcados……186
Principal artilheiro-Edmur(Port. Desportos) 11-gols
Ataque mais positivo-Palmeiras ………………….34-gols
Ataque menos positivo- São Paulo………………..11-gols
Arqueiros,mais vazados-Veludo(Fluminense-Gilmar(Corinthians)..21
Arqueiro menos vazado-Cabeção (Portuguesa)….9-gols
Penaltis assinalados-……….16
Convertidos……….11
Defendidos………2
Trave……….1
Chutados fora…..2
Marcaram Contra- Edson (América) 2-
Agnelo(América) Belini (Vasco)-Djalma Santos(Portuguesa), Formiga(Santos) 1 gol cada.
Juizes que mais apitaram. Mario Vianna(FMF) 13, e Antonio Musitano (FPF) 9.
Renda em São Paulo. 7.307.940,00
Renda no Rio – 6.575.662,50
Total – 13.883.602,50
Renda Record do torneio- 812.160,00
Jogo extra- Palmeiras 2 x 2 Portuguesa Desportos. 29/05/55.

1956
Este ano não ouve o torneio devido à excursão do selecionado brasileiro ao exterior.

1957
Campeão – Fluminense
Quem jogou: Victor Gonzalez, (Alberto); Cacá, e Pinheiro, (Beto) (Roberto); Ivan,(Jair Santana), Clovis, e Altair; Tele, Léo, (Jair Francisco), (Alecir) Valdo, Robson, e Jair (Osvaldo) (Escurinho)

Classificação final.
Fluminense …………………..2-pp
Vasco e Flamengo………….7-pp
Santos……………………………8-pp
Botafogo e Portuguesa …..9-pp
São Paulo …………………….10-pp
Corinthians e Palmeiras..12-pp
América………………………..14-pp

Jogos realizados-…..45
Gols marcados……164
Principal artilheiro- Valdo-(Fluminense) 13
Ataque mais positivo – Fluminense – 13
Ataque menos positiva – América- Corinthians..10
Arqueiro mais vazado- Cabeção (Portuguesa)
Arqueiro menos vazado- Victor Gonzales (Fluminense)
Pênaltis assinalados – …………8
Convertidos.7
Defendido…..1
Gols contra, Robson (Fluminense)… 1
Juizes que mais apitaram – Catão Montez Juinior, (FPF) 10-Alberto da Gama Malcher (FMP)…. 9.
Renda em São Paulo..11.488.737,00
Renda no Rio- 10.923.263,00
Renda Record do torneio – 1.454.998,00 – Fluminense 2 x 0 Vasco, 21/07/57 maracanã.

1958
Campeão – Vasco da Gama.
[img:vasco58.jpg,thumb,vazio]
O time: Helio (Barbosa), Paulinho, (Dario), (Ortunho), e Viana, (Belini), Ecio, (Laerte), Orlando, (Barbozinha), e Coronel: Sabará, Almir,(Livinho), Vava, (Artoff), (Wilson Moreira), Roberto, (Rubens) e Pinga. (Quincas).

Campanha do Vasco. 3×2-São Paulo, 6×1-Fluminense, 1×0- América, 1×0-santos, 4×2-Botafogo, 1×1-Flamengo, Em São Paulo-2×4-Palmeiras, 3×1-Corinthians, 5×1-Portuguesa.

Classificação final.
1º Vasco da Gama…………………………..3 pp
2º Flamengo……………… ………………….5 pp
3º Corinthians…………… ………………….7 pp
4º São Paulo F C …………………………..8 pp
5º Fluminense e Botafogo………………10 pp
6º Santos F C ……………………………….11 pp
7º Palmeiras, Portuguesa e América…12 pp
Jogos realizados …45
Gols marcados …197
Artilheiro….Gino (São Paulo) 12 gols
Ataque mais positivo…São Paulo 28 gols
Ataque menos positivo…Fluminense 9 gols
Arqueiro mais vazado Amauri (Botagogo) 25 gols sofridos
Arqueiro menos vazado Castilho (Fluminense, Gilmar (Corinthians) 9 gols.
Pênaltis assinalados…….14
Convertidos………………..11
Defendidos…………………..2
Trave…………………………..1
Juizes que mais apitaram. Eunapio de Queiros(FMF) 9, João Etzel Filho
E, Alberto da Gama Malcher….7
Renda em São Paulo..14.122.065,00
Renda no Rio………… 19.069.914.00
Total= ……………………33.191.979,00
Renda record do torneio = 4.140.899,00, (Vasco 1 x 1 Flamengo maracanã) 29/03/58.

1959
Campeão- Santos F C
Time: Laercio, Getulio, (Helvio), Pavão e Mourão (Dalmo):Álvaro, (Feijó), Ramiro e Zito.(Fioti). (Urubatão), Dorval, Jair, Coutinho, (Afonsinho) (Pagão), Pelé, e Pepe.
Campanha do Santos. 3×2-Flamengo. 1×1-Fluminense, 2×0-Portuguesa, 4×3-SãoPaulo, 3×2-Corinthians, 1×2-Palmeiras, 3×0-Vasco. No Rio: 4×2-Botafogo, 3×4-America.

Classificação final.
1º-Santos ……………………………..5.pp
2º-Vasco da Gama……………….. 6 pp
3º-Flamengo…………………………7 pp
4º- São Paulo Palmeiras…………8 pp
5º – América……………………… ..9 pp
6º – Botafogo…………………….. 10 pp
7] – Fluminense Corinthians…12 pp
8º-Portuguesa ……………………..13 pp
Jogos realizados….45
Gols marcado……172
Principal artilheiro….Henrique Flamengo…… 9
Ataques mais positivos…Santos e Flamengo…24
Ataque menos positivo….Corinthians 10
Arqueiros mais vazados. Carlos Alberto (portuguesa) e Poy (São Paulo) 18 gols sofridos
Arqueiros menos vazados Barbosa(Vasco) Victor Gonzáles (Fluminense)6 gols sofridos
Penaltis assilanados……..9
Convertidos ……………….7
Defendido …………………..1
Trave………………………….1
Juizes que mais apitaram. Eunapio de Queiroz (FMF) Elias Assad Simão (FPF) 8.
Renda em São Paulo…14.390.436.00
Renda no Rio…………..12.146.031,00
Total……………………….26.536.467,00
Renda Record do torneio 1.717.965.00, Palmeiras 4 x 1 Botafogo 15/04/59 (Pacaembu)

1960
Campeão – Fluminense
Classificação final.
Fluminense……………………………………………….. 4 pp
Botafogo …………………………………………………….6 pp
Corinthians, Flamengo, e Vasco da Gama. 7 pp
Palmeiras……………………………………………………9 pp
São Paulo………………………………………………….11 pp
Santos ……………………………………………….. ……12 pp
Port. Desportos……………………………………….. 13 pp

América……………………………………………… …….14 pp

1961 – Campeão – Flamengo
[img:Flamengo_1961.jpg,thumb,vazio]
Time: Ari, Joubert, Bolero, Jordan, Jadir, Carlinhos, Joel(Oton), Gerson, Henrique, Dida(Norival) e Germano.

Torneio RIO – SÃO PAULO – 1961
CAMPANHA :
C.R. Flamengo 2x1São Paulo (SP-04/03/1961
C.R. Flamengo3x2Palmeiras (SP) 08/03/1961
C.R. Flamengo1x7Santos (SP) 11/03/1961
C.R. Flamengo0x2Fluminense (RJ) 16/03/1961
C.R. Flamengo0x3Botafogo (RJ) 22/03/1961
C.R. Flamengo2x0Portuguesa de Desportos (SP) 25/03/1961
C.R. Flamengo2x1América (RJ) 29/03/1961
C.R. Flamengo2x1Vasco da Gama (RJ) 02/04/1961
C.R. Flamengo0x3Corinthians (SP) 08/04/1961
C.R. Flamengo3x1Palmeiras (SP) 16/04/1961
C.R. Flamengo5x1Santos (SP) 19/04/1961
O JOGO DO TITULO :
C.R. Flamengo 2 x 0 Corinthians (SP) Torneio Rio-São Paulo23/04 – Estadio: Maracanã – Gols Joél e Dida.

Fadel Fadel, advogado carioca, foi um dos grandes presidentes do Flamengo (1961-1966). No seu primeiro ano, em 1961, o Flamengo conquista o Torneio Rio-São Paulo, sendo a primeira taça de nivel nacional que vem para a Gavea. Surge a geração de Carlinhos, Nelsinho, Gerson, Jaime, Silva e Almir.

Fontes:
http://mariolopomo.zip.net/
Fotos:
Google
Milton Neves

ARTIGO DA SEMANA N°13/2009 – Um pouco do caminho da Portuguesa de Desportos

Na minha época de garoto, entre 8 e 12 anoS de idade, vi muitos jogadores atuando na Portuguesa de Desportos. Ao lembrar do ponta esquerda Raul Klein do início dos anos 60 resolvi procurar sua foto e acabei descobrindo um pouco da Lusa do Canindé.

CURIOSIDADES

Maior Goleada
A maior goleada da história da Portuguesa aconteceu longe da torcida. Foi na Bolívia, no dia 02 de fevereiro de 1970 e o adversário era o Ferroviário de Oruro. O time da LUSA com sua reputação de tri-fita azul, acabou fazendo uma média de três gols para cada mil metros de altitude de Oruro. O jogo terminou 12 a 0, gols de Milano 3, Basílio 2, Ratinho, Leivinha, Ulisses, Élcio, Luís Américo, Rodrigues e Tatá. Ninguém poderia reclamar do técnico Aimoré Moreira, pois quem viajou jogou: Orlando (Rogério); Zé Maria (Deodoro), Marinho Perez, Guaraci e Américo (Ulisses); Lorico (Luís Américo), Leivinha (Basílio) e Paes (Élcio); Ratinho, Tatá e Rodrigues (Milano).

Maiores Goleadores
Nos registros dos recordes, nos mostra duas feras: José Lázaro Robles (Pinga I) e Enéas Camargo. Pinga I foi maior artilheiro da história da Lusa, vestindo a camisa rubro-verde durante oito anos (44 a 52), marcou 190 gols: 132 no Campeonato Paulista, 18 no Torneio Rio-São Paulo, 16 em jogos internacionais e 24 em partidas amistosos. Mas, se Pinga I não se cansava de chegar à rede dos adversários, o mesmo acontecia com Enéas, um prata da casa, autor de 180 gols. A LUSA conta com quatro jogadores na lista dos artilheiros: Carioca, com 19 gols, em 1936; José Lázaro Robles (Pinga I), com 22 gols, em 1950; Antonio B. da Silva (Toninho), com 13 gols, em 1989; e Paulinho McLaren, com 20 gols, em 1995.

Recorde de Expulsões
Por decisão do árbitro, um jogo da Portuguesa, acabou antes da hora. Devido a expulsão de 22 jogadores – recorde do clube – e aconteceu do Rio-São Paulo, num domingo cedo do ano de 54, contra o Botafogo carioca. A encrenca começou quando Tomé resolveu intimidar o meia esquerda Edmur. Dos empurrões, os desafetos passaram aos bofetões e com o tempo os companheiros foram chegando e batendo. Os grandalhões Dino, Vinicius e Hermínio não paravam de distribuir socos e pontapés. Sem outro recurso, o árbitro encerrou a partida vinte minutos antes do final. Como houve conflito, a vitória de 2 a 0 da Lusa acabou sendo confirmada.

O primeiro Jogo e o primeiro Paulistão
Em 1920, a Portuguesa se inscreveu na APEA para disputar o Campeonato Paulista. Como o número de participantes da Liga já estava fechado, a Portuguesa se associou ao Mackenzie, que estava com problemas financeiros, para participar do campeonato. No jogo de estréia derrota por 3×0 para o São Bento, da Capital. A primeira vitória viria com um resultado espetacular: 4×2 no Paulistano, de Artur Friendenreich, o grande clube da época. A união com o Mackenzie durou até 1923, depois de três Paulistas.

O Clube das Goleadas
Tudo começou em julho de 1935, quando a Lusa venceu o Ordem e Progresso por 11×0, goleada até então recorde em jogos do Campeonato Paulista. Em 1950, a Portuguesa não perdoou o Corinthians e enfiou 7×3. Em 1955, pelo Rio-São Paulo, a vítima foi o Santos, ainda sem Pelé: 8×0. Para completar, no Brasileirão de 1998, o São Paulo também sofreu: 7×2, no Pacaembu.

“Os Dolares Falsos”
A Portuguesa também tem seus títulos internacionais. Na década de 50, o jornal “A Gazeta Esportiva”, criou o troféu “Fita Azul”, que seria entregue ao clube brasileiro de melhor desempenho no exterior. Em 1951, a Portuguesa, que tinha gênios como Djalma Santos e Julinho Botelho, disputou 11 partidas na Europa, vencendo 10 e empatando uma. O auge da excursão foi a vitória por 4×3 sobre o Atlético de Madrid, campeão espanhol, partida que valeu pela Copa San Isidro. Na chegada a São Paulo, o time foi recebido como um verdadeiro campeão do mundo. A viagem ficou famosa também pela prisão de três jogadores do clube. O meia Renato, sem saber, comprou dólares falsos no Aeroporto de Lisboa e emprestou algumas notas para Rubens e Djalma Santos. Quando foram às compras eles acabaram presos, acusados de falsificação. Os jogadores só foram liberados após uma exigência das autoridades portuguesas. Tiveram que assinar um documento no qual diziam ter comprado os dólares falsos no Brasil, não em Lisboa. Foi o jeitinho lusitano para não sujar o nome de Portugal na Europa. Um novo Fita Azul seria conquistado em 1954.

Maradona na Lusa ?
Muito antes de desfilar sua genialidade nos campos do mundo afora, Diego Armando Maradona esteve perto de ser jogador da Portuguesa. Em 1975, Maradona foi oferecido por seu empresário, Juan Figger, por US$ 300 mil. A diretoria da Lusa não quis.

CONQUISTAS
Titulos Futebol Profisional Masculino
Campeão Paulista Serie A2: 2007
Campeão Paulista: 1935, 1936, 1973
Vice-Campeão Paulista: 1940, 1960, 1975, 1985, 1998
Campeão Torneio Rio – São Paulo: 1952, 1955
Torneio Imprensa ( Rio de Janeiro ): 1943
Torneio Início: 1935, 1947, 1996
Troféu Vicente Matheus: 1990
Vice Campeão do Torneio Rio – São Paulo: 1965
Taça Oswaldo Texeira Duarte ( Goias ): 1971
Fita – Azul: 1951, 1952, 1954
Taça São Paulo: 1973
Taça dos Invictos: 1955, 1974
Copa San Izidro: 1951
Campeonato Paulista de Aspirantes: 1972, 1997, 1999
Vice-Campeão Paulista de Aspirantes: 1998
Taça São Paulo de Futebol Júnior: 1991, 2002
Taça Governador do Estado de São Paulo: 1976
Taça Mário Soares: 1987
Taça Itaú: 1981
Vice-Campeão do Campeonato Brasileiro: 1996
Vice-Campeão do Torneio Ugolini: 1960

SÍMBOLOS DA LUSA

O escudo português, primeiro distintivo do clube
O símbolo escolhido para representar a Associação Portuguesa de Esportes, na sua fundação em 14 de agosto de 1920, foi o escudo de Portugal .
[img:o_escudo_portugues.jpg,full,vazio]

A Cruz de Avis, distintivo do clube desde 1923
Em 1923, esse símbolo passou a ser o brasão com a Cruz de Avis ,que representava o fim do domínio do Reino de Castela sobre os portugueses com a batalha de Aljubarrota, ocorrida em 14 de agosto de 1385.
[img:A_cruz_de_avis.gif,thumb,vazio]

Escudo 2005
Em 2005, a Portuguesa fez algumas alterações no distintivo, sendo que a mais significativa foi o contorno dourado.
[img:escudo_2005.jpg,thumb,vazio]

A Severa, primeira mascote da Portuguesa
A Severa é a mais antiga e tradicional mascote do clube. É uma homenagem à fadista portuguesa Dima Tereza que fez grande sucesso na década de trinta e que era conhecida como “A Severa”. Em função disso, a Portuguesa bicampeã paulista de 35 e 36 também era conhecida pelos seus adversários como “A Severa”.
[img:severa.jpg,thumb,vazio]

O Leão, atual mascote da Portuguesa
No final de 1994, a Portuguesa mudou a mascote, que passou a ser o leão vestido com o uniforme do clube. Contudo, para os torcedores mais antigos, esta foi uma escolha infeliz. Segundo levantamento da revista Placar, o leão é a mascote que mais se repete entre os clubes brasileiros. Isto significa que se perdeu um símbolo original e autêntico do clube em função de uma estratégia de marketing, que não tornou o clube mais respeitado ou vitorioso.
[img:leao2.gif,thumb,vazio]

CANINDÉ

Apenas em 1956, a Portuguesa adquiriria o terreno do Canindé. Comprado do São Paulo Futebol Clube, no local havia apenas uma pequena infra-estrutura, que incluía: um campo para treinos, o restaurante com um salão, vestiários e outras pequenas depedências. Para que pudessem ser realizados jogos no Canindé, atendendo às exigências da Federação Paulista de Futebol, foram construídos um alambrado, um campo oficial e uma arquibancada provisória de madeira, que acabou conferindo ao estádio o apelido de “Ilha da Madeira”.

Estádio Ilha da Madeira
A inauguração aconteceu em 11 de janeiro de 1956, numa partida entre Portuguesa e um combinado Palmeiras-São Paulo. O time do Canindé venceu por 3 a 2, de virada, e o primeiro gol da Portuguesa foi marcado por Nelsinho.
Na gestão de Oswaldo Teixeira Duarte, no dia 9 de janeiro de 1972, foi inaugurado o primeiro anel do Canindé, com capacidade para 10 mil pessoas. O jogo inaugural foi um amistoso entre Portuguesa e Benfica, de Portugal. A Lusa perdeu por 3 a 1, o português Vítor Batista foi o autor do primeiro gol no estádio e Marinho Peres marcou o primeiro gol da Portuguesa. Devido à forte chuva, o árbitro encerrou a partida antes do período regulamentar.
Portuguesa 1 x 3 Sporting Lisboa e Benfica
Data: 9 de janeiro de 1972
Árbitro: Oscar Scolfaro
Gols: Vitor Batista, Jordão, Marinho (pênalti) e Simões (pênalti)
Portuguesa: Aguilera, Deodoro, Marinho, Calegari e Fogueira; Lorico e Dirceu (Luís Américo); Ratinho (Xaxá), Cabinho, Basílio e Piau.
Benfica: J. Henrique, Da Silva, Messias, Rui Rodrigues e Adolfo; Toni e Vitor; Nenê (Artur), Vítor Batista, Jordão e Simões.

Em 1973, iniciaram-se as obras para a construção do segundo anel, que abrigaria as cabines de imprensa e as cadeiras numeradas.
O estádio foi batizado como “Estádio Independência” e apenas em 1984, por decisão do Conselho Deliberativo, passou a chamar-se “Dr. Oswaldo Teixeira Duarte”, em homenagem ao presidente que o havia inaugurado.
Os refletores foram inaugurados em 11 de janeiro de 1981, com a realização do Torneio do Refletores, em parceria com o Banco Itaú. O torneio contava com a participação de Corinthians, Fluminense e Sporting. Na primeira rodada, a Portuguesa venceu o Fluminense nos pênaltis por 4 a 3, após empate de 1 a 1 no tempo normal e o Sporting venceu o Corinthians por 1 a 0. Na final, realizada no dia 15 de janeiro, a Portuguesa venceu o Sporting por 2 a 0, com gols de Caio e Beca.
O recorde de público aconteceu em 8 de dezembro de 1988, na partida Portuguesa x Flamengo, pelo Campeonato Brasileiro, com 19.633 pagantes. As dimensões do campo são de 70,5 x 103,4 metros.
Apesar de ter capacidade para 27.500 pessoas, por determinação da Federação Paulista de Futebol, atendendo exigência da FIFA, o Canindé teve sua capacidade reduzida para 19.717 lugares.
Existe um projeto para ampliar e modernizar o estádio, que prevê a construção de 78 camarotes e o aumento da capacidade para 38 mil pessoas.

Maiores Públicos

Campeonato Paulista

Portuguesa 0 x 0 Santos, 116.156, 26 de agosto de 1973.
Portuguesa 1 x 2 São Paulo, 106.315, 22 de dezembro de 1985.
Portuguesa 1 x 3 São Paulo, 87.602, 15 de Dezembro de 1985.
Portuguesa 1 x 1 Corinthians, 75.000, 18 de Abril de 1998.
Portuguesa 2 x 2 Corinthians, 61.428, 26 de Abril de 1998.
Portuguesa 1 x 0 São Paulo, 57.137, 17 de Agosto de 195.
Portuguesa 3 x 0 Palmeiras, 50.585, 31 de Julho de 1975.
Portuguesa 0 x 0 Corinthians, 50.332, 1 de Setembro de 1974.
Portuguesa 1 x 0 Corinthians, 49.070, 10 de Julho de 1977.
Portuguesa 0 x 3 Palmeiras, 48.321, 15 de Julho de 1984.
No Campeonato Brasileiro

Considerando os jogos em São Paulo:
Portuguesa 2 x 5 Vasco, 43.646, Estádio do Pacaembu, 1 de maio de 1984.
No Estádio do Canindé

Portuguesa 0 x 1 Cruzeiro, 25.000, 9 de dezembro de 1998.
Portuguesa 2 x 1 Cruzeiro, 22.973, 5 de Dezembro de 1998.
Portuguesa 0 x 2 Flamengo, 19.633, 7 de Outubro de 1990.

HINOS

Hinos da Lusa
HINO RUBRO-VERDE (hino antigo)
Letra e música: Archimedes Messina e Carlos Leite Guerra

Você faz parte de uma grande família
Que muito pode se orgulhar.
É a família unida e muito amiga
Da Portuguesa querida.

Muitas obras vai realizar
Pelo esporte brasileiro
Rubro-Verde espetacular.

Esportivo recreativo,
Clube de tradição
É o clube da amizade,
Orgulho da cidade.
O clube do coração!

Viva a Lusa! Viva a Lusa!
Clube esportivo e social
Portuguesa de Desportos
Orgulho do esporte nacional!

CAMPEÕES (hino atual)
Letra e música: Roberto Leal e Márcia Lúcia

Vamos à luta, ó campeões.
Hão de vibrar os nossos corações.
Da tua glória, toda a certeza.
Que tu és grande, ó Portuguesa.

Vamos à luta, ó campeões,
Há de brilhar a cruz de teus brasões,
E tua bandeira verde-encarnada,
Que é a luz de tua jornada.

Vitória é a certeza
Da tua força e tradição.
Em campo, ó Portuguesa,
Pra nós, és sempre o time campeão.

FOTO DO RAUL KLEIN
Ze Carlos Coelho em pé, Raul Klein agachado a esquerda e Servilio ao seu lado .
[img:Ze_Carlos_Coelho__Raul_Klein_e_Serv__lio.jpg,thumb,vazio]

Fonte;
Lusaweb
Luciano Filho
Foto Raul Klein no Milton Neves

Santos e Corinthians terão um livro para contar a história do clássico

[img:Grande_jogo.jpg,thumb,vazio]

Grande clássico do futebol brasileiro, o duelo entre Santos e Corinthians é motivo de discussões polêmicas e, principalmente, de fanatismo entre os seus torcedores. Os historiadores/jornalistas e torcedores de Santos e Corinthians, respectivamente, Odir Cunha e Celso Unzelte lançam em 14 de abril, no Museu do Futebol, o livro O Grande Jogo – O Maior Duelo Alvinegro do Futebol, relatando o histórico confronto.

Justamente na data de lançamento do livro, o Santos Futebol Clube completará 97 anos de história. O Corinthians, por sua vez, terá suas histórias relatadas em mais um livro de Unzelte, autor do Almanaque do Timão, que conta detalhadamente a história da equipe, e os 10 mais do Corinthians, uma reunião da biografia de 10 destaques históricos do Coringão, por exemplo.

Odir Cunha, por outro lado, é autor dos livros Time dos Sonhos – A História Completa do Santos Futebol Clube e Donos da Terra – A História do Primeiro Título Mundial do Santos. Detalhando profundamente as histórias do clube que consagrou Pelé e ficou conhecido mundialmente pelo esquadrão da década de 1960.

Disputado pela primeira vez em 22 de julho de 1913, com vitória do Peixe por 6 a 3, o clássico mais antigo do futebol paulista já consagrou muitos craques em seus duelos. Em 291 confrontos, o Corinthians leva a melhor com 117 vitórias contra 92 do Santos Futebol Clube.

Título: O Grande Jogo – O Maior Duelo Alvinegro do Futebol
Páginas: 176
Preço: R$ 29,90

MAIORES PÚBLICOS DO CAMPEONATO PAULISTA

MAIORES PÚBLICOS DO CAMPEONATO PAULISTA.
( ACIMA DE 80.000 ESPECTADORES ) :

* Exceto os jogos onde constam as informações dos públicos presente e pagante,
todos os outros referem-se aos públicos pagantes.

* Em clássicos paulistas, foi adotado o critério da colocação dos clubes por
ordem alfabética, exceto em jogos do São Paulo Futebol Clube, proprietário do
Estádio do Morumbi, onde realizaram-se todas as partidas listadas abaixo :

1) CORINTHIANS 1 X 2 PONTE PRETA , 146.082 , 09/10/1977 (138.032 PAGS.) .
2) PALMEIRAS 2 X 0 SANTOS , 127.423 , 15/10/1978 (123.318 PAGS.) .
3) SÃO PAULO 1 X 0 SANTOS , 122.209 , 16/11/1980 .
4) CORINTHIANS 0 X 1 PALMEIRAS , 120.522 , 22/12/1974 .
5) CORINTHIANS 1 X 0 SANTOS , 120.000 , 26/12/1978 .
6) CORINTHIANS 4 X 0 SANTOS , 117.676 , 29/05/1977 .
7) SÃO PAULO 3 X 2 CORINTHIANS , 117.061 , 05/12/1982 .
8) CORINTHIANS 1 X 1 SANTOS , 116.881 , 20/03/1977 .
9) PORTUGUESA 0 X 0 SANTOS , 116.156 , 26/08/1973 .
10) SÃO PAULO 1 X 0 PALMEIRAS , 115.000 , 27/06/1971 (103.887 PAGS.)
11) SÃO PAULO 1 X 0 PALMEIRAS , 112.016 , 17/06/1979 .
12) CORINTHIANS 0 X 1 SANTOS , 111.345 , 02/12/1984 (101.587 PAGS.).
13) CORINTHIANS 1 X 1 SANTOS , 111.103 , 20/08/1978 .
14) SÃO PAULO 0 X 0 PALMEIRAS , 110.915 , 01/12/1991 .
15) SÃO PAULO 0 X 0 PALMEIRAS , 110.887 , 20/12/1992 .
16) SÃO PAULO 0 X 0 CORINTHIANS , 109.474 , 30/08/1987 .
17) CORINTHIANS 2 X 1 SANTOS , 108.990 , 11/02/1979 .
18) SÃO PAULO 1 X 1 SANTOS , 107.485 , 24/06/1979 .
19) SÃO PAULO 2 X 1 PORTUGUESA , 106.315 , 22/12/1985 (99.025 PAGS.) .
20) SÃO PAULO 3 X 0 CORINTHIANS , 106.142 , 15/12/1991 .
21) SÃO PAULO 1 X 2 CORINTHIANS , 105.435 , 02/10/1977 .
22) CORINTHIANS 0 X 4 PALMEIRAS , 104.401 , 12/06/1993 .
23) PALMEIRAS 0 X 0 INTERNACIONAL, 104.135 , 31/08/1986 .
24) SÃO PAULO 3 X 0 CORINTHIANS , 102.821 , 08/12/1991 .
25) CORINTHIANS 0 X 2 PALMEIRAS , 102.167 , 16/04/1989 .
26) CORINTHIANS 1 X 0 SANTOS , 100.269 , 10/06/1979 .
27) CORINTHIANS 1 X 0 PALMEIRAS , 98.059 , 31/08/1977 .
28) SÃO PAULO 0 X O SÃO JOSÉ , 97.965 , 02/07/1989 .
29) SÃO PAULO 1 X 3 SANTOS , 97.188 , 01/10/1978 (91.962 PAGS.) .
30) CORINTHIANS 1 X 0 PONTE PRETA , 96.441 , 03/02/1980 .
31) SÃO PAULO 3 X 3 CORINTHIANS , 96.352 , 09/08/1987 .
32) SÃO PAULO 0 X 0 PALMEIRAS , 96.340 , 14/03/1993 .
33) CORINTHIANS 1 X 0 PALMEIRAS , 95.784 , 08/12/1983 .
34) CORINTHIANS 0 X 1 PALMEIRAS , 95.759 , 24/08/1986 .
35) SÃO PAULO 2 X 1 CORINTHIANS , 95.493 , 26/08/1987 .
36) CORINTHIANS 3 X 0 PALMEIRAS , 94.872 , 12/11/1978 .
37) CORINTHIANS 0 X 0 PALMEIRAS , 94.852 , 18/02/1979 .
38) CORINTHIANS 1 X 0 PALMEIRAS , 93.736 , 06/06/1993 .
39) CORINTHIANS 0 X 3 PALMEIRAS , 92.982 , 27/08/1986 .
40) CORINTHIANS 0 X 0 GUARANI , 92.454 , 14/06/1979 .
41) PALMEIRAS 1 X 1 SANTOS , 92.443 , 06/05/1973 .
42) CORINTHIANS 0 X 0 PALMEIRAS , 91.795 , 08/05/1977 .
43) PALMEIRAS 1 X 1 SANTOS , 91.697 , 05/08/1984 (85.556 PAGS.) .
44) CORINTHIANS 1 X 1 PALMEIRAS , 91.461 , 04/12/1983 .
45) CORINTHIANS 0 X 2 PALMEIRAS , 91.193 , 20/05/1979 .
46) CORINTHIANS 2 X 0 PONTE PRETA , 90.578 , 10/02/1980 .
47) SÃO PAULO 3 X 1 PALMEIRAS , 89.531 , 23/08/1987 .
48) SÃO PAULO 1 X 1 CORINTHIANS , 88.085 , 14/12/1983 .
49) SÃO PAULO 3 X 1 PORTUGUESA , 87.602 , 15/12/1985 .
50) CORINTHIANS 1 X 0 PALMEIRAS , 87.212 , 30/01/1980 .
51) CORINTHIANS 1 X 1 PALMEIRAS , 87.185 , 27/01/1980 .
52) CORINTHIANS 1 X 0 PONTE PRETA , 86.677 , 13/10/1977 .
53) SÃO PAULO 2 X 0 CORINTHIANS , 86.538 , 23/05/1993 .
54) CORINTHIANS 0 X 0 SANTOS , 86.300 , 31/07/1983 (80.731 PAGS.) .
55) SÃO PAULO 3 X 1 PALMEIRAS , 85.754 , 15/05/1977 .
56) SÃO PAULO 0 X 0 SANTOS , 85.355 , 15/05/1971 (75.549 PAGS.) .
57) SÃO PAULO 2 X 1 PONTE PRETA , 84.553 , 09/11/1980 .
58) CORINTHIANS 2 X 2 SANTOS , 84.009 , 27/09/1981 (83.774 PAGS.) .
59) CORINTHIANS 3 X 2 GUARANI , 83.419 , 19/11/1978 .
60) SÃO PAULO 1 X 2 SANTOS , 81.788 , 20/06/1979 .
61) CORINTHIANS 2 X 2 SANTOS, 80.656 , 04/09/1977 (77.273 PAGS.) .
62) SÃO PAULO 2 X 0 SANTOS , 80.485 , 28/06/1979 (74.535 PAGS.) .
63) SÃO PAULO 3 X 1 CORINTHIANS , 80.000 , 10/05/1998 .

MAIORES PÚBLICOS POR CLUBES :

1) CORINTHIANS : 41 .
2) SÃO PAULO : 27 .
3) PALMEIRAS : 26 .
4) SANTOS : 20 .
5) PONTE PRETA : 5 .
6) PORTUGUESA : 3 .
7) GUARANI : 2 .
8) INTERNACIONAL (LIMEIRA) E SÃO JOSÉ : 1 .

MAIORES PÚBLICOS POR CONFRONTOS :

1) CORINTHIANS – PALMEIRAS : 15 .
2) CORINTHIANS – SANTOS E CORINTHIANS – SÃO PAULO : 10 .
3) SÃO PAULO – PALMEIRAS : 7 .
4) SÃO PAULO – SANTOS : 6 .
5) CORINTHIANS – PONTE PRETA : 4 .
6) PALMEIRAS – SANTOS : 3 .
7) CORINTHIANS – GUARANI E SÃO PAULO – PORTUGUESA : 2 .
8) TODOS COM 1 :
PALMEIRAS – INTERNACIONAL (LIMEIRA) .
PORTUGUESA – SANTOS .
SÃO PAULO – PONTE PRETA .
SÃO PAULO – SÃO JOSÉ .

FONTES : LIVROS ALMANAQUE DO CORINTHIANS , ALMANAQUE DO SÃO PAULO , A HISTÓRIA
DO CAMPEONATO PAULISTA , SITES DA RSSSF BRASIL E http://palmeirasrfb.vilabol.uol.com.br/
Alexandre Magno Barreto Berwanger

Flamengo x Honved – dois jogos com dois resultados iguais

Flamengo x Honved

A Hungria estava sendo invadida pela União Soviética naquele ano de 1956, em que campeão nacional Honved fazia uma excursão por diversos países do mundo, mas houve o pedido, por telegrama, dos invasores da pátria para que toda a delegação do Honved retornasse à Hungria.

Coisa que não aconteceu porque houve por parte de seus diretores a ordem de desobedecer e continuar a excursão.

Por medo e não querendo encrenca, alguns países não aceitaram a entrada do clube hungaro. Entre eles, Itália, França e Inglaterra.

Então o Honved veio para o Brasil, e o primeiro jogo foi contra o Flamengo, marcado para o Maracanã no início do mês de Janeiro de 1957.

Tomaram uma goleada de 6x 4, e os gols foram marcados por Evaristo(2) Henrique, Paulinho, Dida e Duca. Para o Honved marcaram Puskas (2) Szusza e Budai.

O Flamengo, jogou com: Ari, Tomires e Pavão. Milton, Luiz Roberto, e Edson (Jordan). Paulinho, Moacir,(Duca) Henrique,Evaristo e Baba.

Honved: Groczis, (Farago) Rackosczy, Baniay, Bosizk. Kotasz, Lantos, Budai, (Sandos), Koczis, Szusza, Puskas e Cizibor.

Arbitro – Mário Vianna.

Renda – 3. 351.001,00

Dias depois jogaram contra o Botafogo, e o Honved venceu por 4 a 2.

Depois disso resolveram trazer o jogo inicial para São Paulo.

E por iniciativa da Companhia de cigarros Sudan e da rádio Bandeirantes, e dos representantes do Flamengo e Honved, Walter Fadel e Enil Oesterreicher. Murilo Leite pela rádio bandeirantes e Saul Janequine pela companhia Sudan de cigarros, resolveram fazer o jogo revanche entre Honved e Flamengo no estádio do Pacaembu e com a entrada franqueada ao publico, no dia 26 de Janeiro de 1957, um sábado a noite.

Mais uma vez o resultado foi de 6 x 4, mas desta vez para o Honved, que deu um show de bola e encheu os olhos da torcida paulista.

Em 10 minutos de jogo o campeão hungaro já vencia de goleada, e no tempo final liquidou o jogo de uma vez, chegando a estar vencendo por 6 x 1. Puskas marcou 4 dos seis gols do Honved e os outros dois por Budai e Sandos. Dida (2) Moacir e Henrique marcaram para o Flamengo. Os times foram os mesmos do primeiro jogo e o arbitro novamente foi Mário Vianna, elogiado por todos.

O publico não foi divulgado e, o estádio estava lotado.

Pesquisa de Mario Lopomo.

A GAZETA, JANEIRO DE 1957.

Grandes Clássicos – FLUMINENSE X AMÉRICA

FLUMINENSE x AMÉRICA
Por Alexandre Magno Berwanger

Maiores Públicos de Fluminense x América:

1)Fluminense 2 x 0 América, 141.689 (rodada dupla), 9 de Junho de 1968.
2)Fluminense 0 x 2 América, 100.000 (estimativa), 17 de Março de 1956.
3)Fluminense 1 x 2 América, 98.099, 18 de Dezembro de 1960 .
4)Fluminense 0 x 1 América, 97.681, 22 de Setembro de 1974.
5)Fluminense 1 x 0 América, 96.047, 27 de Abril de 1975.
6)Fluminense 1 x 1 América, 83.043 (rodada dupla), 16 de Julho de 1972.
7)Fluminense 2 x 0 América, 79.275, 11 de Setembro de 1983.
8)Fluminense 1 x 0 América, 67.492, 17 de Agosto de 1969.
9)Fluminense 3 x 1 América, 61.667, 16 de Agosto de 1970.
10)Fluminense 0 x 2 América, 61.278, 27 de Abril de 1969.

Estatísticas Fluminense x América

Número de partidas: 289

Vitórias do Fluminense: 143

Empates: 68

Vitórias do América: 78

Gols do Fluminense: 536

Gols do América: 376

Maior goleada do Fluminense: 8 a 0 em 27 de Janeiro de 2002 .

Maior goleada do América: 5 a 1 em 21 de Janeiro de 1956.

Clássico com maior número de gols: Fluminense 8 a 4 em 24 de Novembro de 1946 .

Em Campeonatos Nacionais

Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1967/1970)
Número de partidas: 2
Vitórias do Fluminense: 1
Vitórias do América: 1
Gols do Fluminense: 4
Gols do América: 2

Campeonato Brasileiro (1971/2006)
Número de partidas: 10
Vitórias do Fluminense: 4
Empates: 3
Vitórias do América: 3
Gols do Fluminense: 9
Gols do América: 6

Fluminense e América confrontam-se desde 19 de Julho de 1908, com o Fluminense tendo vencido este primeiro jogo por 2 a 1 pelo Campeonato Carioca, em seu campo da rua Guanabara, em Laranjeiras, com gols de Buchan e Emile Etchegaray para o tricolor e Lucas Assumpção para o América. Pelo returno em 6 de Setembro, o Fluminense venceria de novo, por 3 a 2 e estas duas vitórias foram fundamentais para decidir o Campeonato Carioca em favor do Fluminense, pois o tricolor foi campeão com 18 pontos e o América terminou em terceiro lugar, mas tendo empatado em 14 pontos com o Botafogo, o vice-campeão. Os clássicos envolvendo o América foram fundamentais neste campeonato, pois o time rubro ganhou do Botafogo por 2 a 0 em 28 de Junho e por 3 a 2 em 30 de Agosto e tricolores e alvi-negros empataram seus dois confrontos.

Pelo Campeonato Carioca de 1911 o Fluminense foi campeão com 12 pontos e o América vice, com 8 pontos. No turno o Fluminense venceu por 4 a 0 e na última rodada do campeonato venceu por 2 a 0. Ao final deste campeonato o Fluminense perdeu nove titulares, que por divergências com a diretoria tricolor, foram abrir o departamento de futebol do Flamengo.

No Campeonato Carioca de 1912 o América venceu o primeiro clássico contra o Fluminense ao ganhar por 2 a 1 em jogo realizado em Laranjeiras, no nono jogo entre estas equipes, pelo returno, já que no turno houve empate de 0 a 0.

O América sagrou-se campeão carioca em 1913 e o Fluminense, ainda enfraquecido, terminou este campeonato apenas em quinto lugar tendo perdido as duas partidas para o América por 3 a 1 no turno e por um movimentado 5 a 4 no returno.

No ano de 1914 aconteceu uma grande dissidência no América, quando cerca de 70 jogadores e sócios do clube rubro descontentes com a sua diretoria, resolveram trocar de clube. Após reunião entre eles resolveram escolher o Fluminense como o clube a ser adotado e entre estes jogadores estava Marcos Carneiro de Mendonça, que viria a ser o primeiro goleiro da Seleção Brasileira, com 19 anos no primeiro jogo da Seleção (o que faria como titular por nove anos) contra o Exeter City em 21 de Julho de 1914, sendo o mais jovem de todos os goleiros da Seleção convocados até os dias atuais e que posteriormente seria presidente do Fluminense.

No dia 13 de Maio de 1914 o Fluminense enfrentou o América em jogo que terminou empatado por 1 a 1. Neste jogo, o jogador Carlos Alberto, mestiço, ele mesmo um dos dissidentes do clube rubro, passou por conta própria pó-de-arroz no rosto para parecer mais claro e no decorrer do jogo a torcida do América percebeu a sua atitude e não o perdoou, gritando para Carlos Aberto : Pó-de-Arroz, pó-de-arroz……o que passou a fazer sempre que o América jogava contra o Fluminense, no que foi depois copiada por outras torcidas. Com o passar do tempo, o apelido foi assimilado pela torcida do Fluminense, que passou a jogar pó-de-arroz e talco na entrada do time em campo, proporcionando uma das festas mais bonitas produzidas por uma torcida para saudar o seu clube e que infelizmente foi proibida pelas últimas administrações do Maracanã, tornando o futebol cada vez menos popular ao exigirem dos torcedores comportamento parecido com o de frequentadores de teatros. No jogo do returno, em 6 de Setembro, o Fluminense venceu por 2 a 1.

No Campeonato Carioca de 1917 o Fluminense foi campeão com 20 pontos e o América vice com 18. Para a definição do campeonato, os dois clássicos entre tricolores e rubros foram decisivos, pois o Fluminense venceu no turno por 3 a 1 e no returno por 1 a 0.

Em 1922 o campeão carioca seria o América com 19 pontos. Este campeonato foi acirradamente disputado pois tinha a motivação especial de ser disputado no ano do Centenário da Independência do Brasil. A classificação final indicou o América campeão, com 19 pontos, o Flamengo vice com 17 e o Fluminense em terceiro, com 15 pontos. O América venceu o Fluminense por 1 a 0 em 23 de Abril e o segundo clássico entre estes clubes por este campeonato foi interrompido quando o marcador ainda indicava 0 a 0. O América não compareceu à continuação deste jogo em 1º de Setembro, pois já fôra consagrado como o Campeão do Centenário da Independência do Brasil, por antecipação.

Neste ano o Fluminense deu mais uma demonstração grandiosa de patriotismo e de ter sido um clube fundamental para o desenvolvimento do futebol e dos esportes amadores no Brasil e no mundo, como já acontecera na construção do Estádio de Laranjeiras em 1919, pois aumentou a capacidade de seu estádio para 25.000 pessoas, dando apoio financeiro e logístico para a realização do segundo Campeonato Sul-Americano de Seleções Nacionais (atual Copa América) em seu estádio e para a realização dos Jogos Olímpicos Latino-Americanos, uma das competições que vieram a dar origem mais tarde aos Jogos Olímpicos Pan-Americanos .

Em 1927 os clássicos contra o América foram fundamentais para tirarem o título do Fluminense, pois a pontuação final indicou o Flamengo campeão com 28 pontos, o Flu vice com 27 e o América terceiro, com 25 pontos. No jogo do turno em 19 de Junho, o América ganhou o Flu por 2 a 0 e na penúltima rodada do campeonato houve empate por 2 a 2, que tirou precioso ponto do tricolor. Na última rodada o Fluminense venceu o Vasco por 4 a 3, mas a derrota do América para o Flamengo por 2 a 1 deu o título para os rubro-negros.

Em 1928 o América foi campeão ao derrotar o Fluminense (que não tinha chance de ser campeão, tendo terminado este campeonato em quinto) por 3 a 1 na última rodada em 21 de Outubro, dia em que também o seu perseguidor direto neste campeonato, o Vasco, perdeu para o Botafogo igualmente por 3 a 1.

O Fluminense foi campeão do Torneio Aberto em 1935 ao vencer o América na final, em 14 de Julho, por 3 a 1. O Torneio Aberto, como o próprio nome indica, aceitava os participantes que se inscrevessem, sem adotar o critério técnico, de modo que particparam deste torneio clubes profissionais e amadores.

Em 1935 o América foi campeão com 24 pontos e o Fluminense vice com 23. Nos dois clássicos realizados por esta competição, o América venceu, no primeiro turno por 3 a 2 em 11 de Agosto e no segundo por emocionante 6 a 5.

Em 1936 o Fluminense foi campeão derrotando o Flamengo em uma melhor-de-três partidas, pois estes dois clubes terminaram o campeonato empatados com 23 pontos, com o América terminando em terceiro com 22 pontos. A vitória do Fluminense sobre o América na última rodada por 4 a 2, em 6 de Dezembro, definiu o Flu como finalista e eliminou o América. No turno houve empate por 1 a 1.

No Campeonato Carioca de 1938 o Fluminense foi campeão na penúltima rodada, ao empatar de 2 a 2 contra o América, pois ao fazer 24 pontos já não poderia mais ser alcançado pelo vice-campeão, o Flamengo, que tendo perdido para o clube rubro por 1 a 0 chegaria no máximo aos 23 pontos. O América terminou em quinto, com 18 pontos.

O Campeonato Carioca de 1946 foi sensacional e 4 clubes (América, Fluminense, Botafogo e Flamengo) terminaram empatados com 26 pontos, sendo necessária uma fase final que ficou conhecida como Supercampeonato para definir o campeão. No final desta fase o Fluminense terminou como super-campeão com 11 pontos ganhos e o América não pontuou. No clássico de 24 de Novembro o Fluminense ganhou por 8 a 4 (confronto com maior número de gols entre estes clubes) e em 14 de Dezembro outra goleada significatica, neste dia por 6 a 2. O destaque destes dois clássicos foi Rodrigues, que marcou 3 gols em cada um deles.

No primeiro jogo deste clássico no Estádio do Maracanã, pala terceira rodada do Campeonato Carioca em 26 de Agosto de 1950, o América venceu o Fluminense por 3 a 1. O Fluminense vinha de dois empates (contra Olaria e Bonsucesso) e o América, que havia goleado o Botafogo por 4 a 2 na primeira rodada, empatara na segunda rodada contra o Madureira, o que não motivou mais do que cerca de 15.000 pessoas (11.061 pagantes) a comparecerem a este clássico. No segundo turno 38.494 espectadores pagaram ingressos (uns 10.000 não devem ter pago) viram nova vitória do América por 1 a 0. No final o América seria vice-campeão e o Fluminense ficaria em sexto lugar.

A primeira vitória do Fluminense sobre o América no Maracanã só aconteceria em 23 de Dezembro de 1951 por 4 a 0 (2 gols de Carlyle, Joel e Telê Santana) perante 44.094 espectadores (35.280 pagantes), público pouco menor (46.989 / 38.866 pagantes) do que no empate por 1 a 1 em 30 de Setembro de 1951. Neste Campeonato Carioca de 1951, o Fluminense sagrou-se campeão e o América terminou em sexto lugar.

Em 16 de Fevereiro de 1954 estes clubes fariam o primeiro clássico no exterior, com vitória do América por 3 a 2 no Estádio Centenário, pela Copa Montevidéu.

Em 31 de Dezembro de 1954 o Jornal dos Sports divulgou pesquisa de torcidas do IBOPE em que o Flamengo era a maior torcida do Rio de Janeiro com 29% da preferência, em seguida vinham Fluminense com 19%, Vasco 18%, América 6%, Botafogo 5%, Bangu 2% e São Cristóvão 1%. O fato da torcida do América aparecer como maior do que a do Botafogo era natural, pois até então o América havia sido campeão carioca em 6 ocasiões (1913, 1916, 1922, 1928, 1931 e 1935) e considerando as ligas principais, o Botafogo só havia conquistado 5 títulos (o polêmico de 1907, 1910, 1930, 1932 e 1948), já que 4 títulos do Botafogo foram conquistados em ligas mais fracas (1912, 1933, 1934 e 1935), sem a mesma repercussão, enquanto o América disputava grandes clássicos cariocas. No confronto entre estes clubes, o América chegou a golear o Botafogo por 11 a 2 em 3 e Novembro de 1929.

Provavelmente só a partir da década de 1960, quando o Botafogo teve grandes momentos, é que sua torcida superou a do América, talvez inclusive, ocupando grande parte do espaço que antes pertencia ao clube rubro da rua Campos Sales. Na década de 50 era comum América e Bangu disputarem partidas com bons públicos que superaram em algumas ocasiões a 30.000 pessoas, como no jogo de 18 de Novembro de 1951 (2 a 2) quando 38.646 espectadores (29.380 pagantes) compareceram ao Maracanã ou no primeiro jogo entre eles neste estádio (América 3 a 1 em 7 de Outubro de 1950), quando 33.515 pagaram ingressos . Em um simples amistoso do América contra o Portsmouth , da Inglaterra, 24.005 espectadores compareceram ao jogo (17.864 pagantes) em 8 de Junho de 1951 (América 3 a 2).

No dia 16 de Fevereiro de 1955 o América ganhou do Fluminense por 3 a 0, conquistando o Vice-campeonato carioca de 1954.

O América foi campeão do Terceiro Turno do Campeonato Carioca de 1955, já em 17 de Março de 1956, após derrotar o Fluminense por 2 a 0 com um público provável de mais de 100.000 espectadores no Maracanã, que proporcionaram uma fabulosa renda de Cr$1.684.404,00 . Já em 21 de Janeiro, pelo segundo turno, o América havia goleado o Fluminense por 5 a 1, na maior goleada americana na história deste clássico. Na final o América perderia o título carioca para o Flamengo, em jogo muito controvertido e o Fluminense terminaria o campeonato em quarto lugar.

Após este jogo, Fluminense e América disputariam mais 9 jogos por diversos campeonatos cariocas, com 4 vitórias do Fluminense e 5 empates. Além disto jogaram 4 partidas pelo Rio-São Paulo com 2 vitórias do Flu, 1 empate e apenas 1 vitória do América, em 29 de Abril de 1959 por 4 a 2. O Flu sagrou-se campeão carioca em 1959 e do Torneio Rio-São Paulo em 1957 e 1960. Isto tudo até o dia 18 de Dezembro de 1960, quando este clássico fez a final do Campeonato Carioca deste ano, disputado por 12 equipes pelo critério de pontos corridos, em turno e returno.

Pelo retrospecto acima pode parecer que o Fluminense tenha chegado como favorito a este jogo final na última rodada do campeonato, mas esta é uma conclusão falha, pois o América só tinha perdido uma partida até então (para o Bangu em 21 de Agosto), assim como o Fluminense (para o Flamengo em 20/11) e a partida anterior entre ambos foi disputada em 14 de Agosto e havia terminado empatada por 1 a 1, portanto uma final bem equilibrada, apesar do Fluminense ter a vantagem do empate pois tinha 1 ponto a mais do que o América na contagem geral, até então.

Perante um público pagante de 98.099 espectadores, o Fluminense fez 1 a 0 com Pinheiro, mas o América virou, com gols de Nilo e do lateral-direito Jorge, o grande herói do título do América, Campeão Carioca de 1960.

No Campeonato Carioca de 1961, um público pagante de 53.347 espectadores viu a vitória tricolor por 1 a 0, logo na primeira rodada do campeonato, em jogo motivado pelo fato de confrontarem-se as 2 melhores equipes do campeonato passado, embora no final o Fluminense tenha ficado em quarto lugar e o América apenas em sexto.

Pelo Campeonato Carioca de 1968 o Fluminense venceu o América por 2 a 0 perante 141.689 espectadores, em rodada dupla que reuniu ainda o jogo Botafogo 4 a 0 Vasco, pela última rodada deste campeonato que teve o Botafogo como campeão.

No dia 27 de Abril de 1969 o América venceu o Fluminense pelo 1º turno do Campeonato Carioca por 2 a 0 perante 61.278 espectadores, com dois gols de Jeremias, sendo que no 2º turno o Fluminense ganhou por 2 a 1 perante 29.894 pagantes, com gols de Lula para o Flu aos 8′ do 1º tempo e de Edu para o América aos 19′ do 2º, com Flávio marcando o gol da vitória aos 40′ do 2º tempo, em campeonato que o Fluminense seria campeão.

Após 1960, estas duas equipes só voltariam a disputar uma final no dia 17 de Agosto de 1969, quando o Fluminense venceu o América por 1 a 0 na final da Taça Guanabara deste ano perante 67.492 espectadores, com um gol de Flávio aos 41 minutos do segundo tempo, sagrando-se campeão.

O primeiro clássico entre Fluminense e América por uma competição nacional (o Torneio Rio-São Paulo é regional) foi disputada pelo Torneio Roberto Gomes Pedrosa em 17 de Setembro de 1969 e o América venceu por 2 a 1 perante 13.704 espectadores pagantes.

Pelo Campeonato Carioca de 1970 mais um grande público de 61.667 pagantes viu a vitória do Fluminense por 3 a 1 em 16 de Agosto, que deu-lhe o título de campeão do primeiro turno , com o América sagrando-se vice-campeão . Como este campeonato declarava campeão quem fizesse mais pontos no decorrer do campeonato, o Vasco foi campeão do segundo turno e do campeonato ao vencer o Botafogo por 2 a 1 em 17 de Setembro, na penúltima rodada, quando o empate do Fluminense com o América no dia anterior por 0 a 0 permitiu-lhe ser campeão por antecipação neste jogo. Na última rodada o Fluminense venceu o Vasco por 2 a 0 mas já não podia mais alcançar-lhe, com o campeonato indicando ao seu final o Vasco campeão com 29 pontos, o Fluminense vice com 28 e o América quarto com 24, mesma pontuação do terceiro colocado, o Botafogo.

No dia 11 de Outubro de 1970 o Fluminense conquistou a primeira vitória sobre o América por uma competição nacional ao vencer o time rubro por 3 a 0 perante 28.291 espectadores com 2 gols de Flávio e 1 de Samarone, pelo Torneio Roberto Gomes Pedrosa/Taça de Prata que ao seu final daria o primeiro título nacional ao Fluminense.

Pela nova versão do Campeonato Brasileiro feito sob medida para atender aos objetivos políticos do regime militar e da ARENA, seu braço político, Fluminense e América empatariam por 0 a 0 em sua primeira partida no dia 19 de Setembro de 1971.

A primeira vitória do Fluminense pela nova versão do Campeonato Brasileiro seria em 16 de Setembro de 1973, perante 17.473 pagantes, por 2 a 0, com dois gols de Adílson, aos 19 do 1º e aos 9 do 2º tempo.

O América foi campeão da Taça Guanabara de 1974 ao bater o Fluminense na final, como em 1960 com gol de seu lateral-direito, desta vez Orlando, perante 97.681 pagantes. No final deste campeonato o América foi o terceiro colocado e o Fluminense quinto.

O Fluminense foi campeão da Taça Guanabara de 1975 em um jogo eletrizante, disputado com extrema dedicação pelas duas equipes, em que o gol da vitória só saiu aos 14 minutos do 2º tempo da prorrogação, através de Roberto Rivelino, de falta. Na final deste campeonato o Fluminense seria o campeão e o América quinto colocado.

A primeira vitória do América pela nova versão do Campeonato Brasileiro seria em 30 de Novembro de 1975, quando venceu por 1 a 0 perante 41.768 pagantes, com gol de Expedito aos 25 do 2º tempo.

No Campeonato Carioca de 1976 o Fluminense, campeão do terceiro turno e o América, campeão da repescagem, além de Vasco, campeão do primeiro turno e do Botafogo, campeão do segundo, disputaram um quadrangular final para decidirem este campeonato. Por este quadrangular final, o Fluminense derrotou o América por 2 a 0 em 21 de Agosto, perante 50.097 pagantes, com gols de Doval e Gil. No final deste campeonato, o Fluminense seria campeão e o América terceiro.

Pela Taça Rio 1982 o América foi campeão ao vencer o Fluminense, que não tinha nenhuma chance de ser campeão, na última rodada, por 4 a 2 perante 22.571 espectadores. No final deste campeonato o América seria terceiro e o Fluminense quinto.

Fluminense e América só voltariam a se encontrar em uma final na Taça Guanabara de 1983, quando o Fluminense foi campeão ao derrotar o América na final com 2 gols de Assis, perante 79.275 pagantes. Este título seria o primeiro de um time que seria tricampeão carioca a partir deste ano e campeão brasileiro de 1984 entre outros títulos conquistados. O América terminou este campeonato em quarto.

O último clássico entre Fluminense e América pelo Campeonato Brasileiro foi em 30 de Outubro de 1988, perante 11.566 pagantes e o Fluminense venceu por 2 a 0, com gols de Washington aos 9 e Romerito aos 30, ambos no 2º tempo.

A maior goleada do Fluminense sobre o América aconteceu pelo Torneio Rio-São Paulo de 2002, quando o Fluminense venceu por 8 a 0 no Estádio do América, em Edson Passos na Baixada Fluminense, em 27 de Janeiro, com uma grande atuação do meio-de-campo Roger, que além de liderar o time fez 3 gols, completando o placar, Magno Alves (2), César, Flávio e Paulo César.

Espera-se que em 2008 os dirigentes dos dois clubes comemorem centenário deste grande clássico com uma festa retumbante, pois neste período uma história linda foi construída!

Conclusões sobre a história do Clássico Fluminense x América

Fluminense e América encontraram-se em decisões ou jogos decisivos em vários momentos de suas histórias centenárias, o que torna este clássico muito charmoso, com brilho próprio oriundo de uma história sensacional e como observa-se, com um vazio de grandes jogos após 1983, pois em 1986 uma nova direção da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro sustentada por estranhas ligas do interior e com apoio político do Vasco da Gama fez com que os grandes clubes se enfraquecessem demasiadamente, com o RJ perdendo a liderança histórica do Campeonato Brasileiro, com o Campeonato Carioca deixando de ser a ‘galinha dos ovos-de-ouro”, por perder os grandes jogadores para outras praças, logo perdendo também os grandes públicos de outrora e com perseguições à maioria dos clubes grandes e mesmo de muitos pequenos que não concordavam com os desmandos da federação e de seus aliados.

Alguém que começou a acompanhar futebol após 1986 terá uma pálida idéia do que já foi o futebol do Rio de Janeiro e principalmente não entenderá motivo de um Fluminense x América ser considerado um clássico, daí a necessidade de se divulgar a história dos clássicos do Fluminense através do Portal TorcidaTricolor

O Fluminense mantém vantagem histórica neste clássico, pequena vantagem em competições nacionais e as decisões entre estes clubes sempre foram muito acirradas.
Por Alexandre Magno Berwanger
http://www.classicosdofluminense.com.br/