Spartanos Football Club – São Paulo (SP): Campeão do Torneio Paulista da Divisão Municipal de 1921

O Spartanos Football Club foi uma agremiação da cidade de São Paulo (SP). O time Alvinegro foi Fundado na quinta-feira, do o dia 1º de Janeiro de 1914. A sua Sede e o campo ficavam no Bairro da Penha – Zona Leste de capital Paulistana.

O seu grande feito aconteceu no Torneio Paulista da Divisão Municipal de 1921 (os jogos, no entanto, foram realizados no ano seguinte: 1922), quando faturou o título. Na 1ª Fase, em jogo único, no domingo, do dia 12 de fevereiro de 1922, derrotou o Brasil Sport Club por 4 a 2.  Na 2ª Fase, também em jogo único, no domingo, do dia 05 de março de 1922, venceu o Busiris Football Club por 1 a 0. Pela 3ª Fase, também em jogo único, no domingo, do dia 19 de março de 1922, bateu a Associação Athletica Ordem e Progresso por 3 a 1.

Na fase semifinal, no domingo, do dia 26 de março de 1922, enfrentou a Associação Athletica Sul América. Num jogo equilibrado, a partida terminou empatada em 1 a 1. Com o resultado, foi necessário um jogo-extra. Então, no domingo, do dia 02 de abril de 1922, as duas equipes voltaram a se enfrentar. Desta vez, o Spartanos superou o adversário pelo marcador de 2 a 1.

Na grande final, no domingo, do dia 09 de abril de 1922, o adversário foi o Oriente Football Club. Numa partida disputada, o Spartanos venceu apertado por 2 a 1, fincando com o inédito título. A campanha do Spartanos Football Club: foram seis jogos, com cinco vitórias e um empate; marcando 13 gols, sofrendo seis, com um saldo positivo de sete tentos.

Time-base de 1915: Ferraz; Toledo e Miranda (Cap.); Wenceslau, Orlando e Cesário; Benjamin, Eurípedes, Maneco, Vieira e Josias.

 

FONTES: A Gazeta (SP) – Correio Paulistano – Livro “Os esquecidos – Arquivo de Futebol Paulista”, da editora Datatoro, de autoria do amigo e membro Rodolfo Kussarev – Waldomiro Junho

Fotos históricas: Campeonato Mineiro do Interior (Seleção de Uberaba x Seleção de Araguari)

No final de 1947, a Federação Mineira de Futebol organizou o Campeonato de Futebol do Interior, disputado entre as seleções municipais de várias cidades do interior mineiro. A rodada inaugural apresentou uma partida entre as seleções de Araguari e Uberaba, que faziam parte da chamada “7a Zona”.

As fotos a seguir, gentilmente cedidas pelo Arquivo Público Municipal de Araguari, fazem parte de um acervo doado pela família do tradicional esportista araguarino Mário Nunes, e foram tiradas antes do confronto, retratando com perfeição esse momento histórico.

SELEÇÃO DE ARAGUARI – 1947

Em pé: Paulo Flores (Técnico), Macaquita, Paulo Tavares, Dé, João Pequeno, Manoel Preto e Marim; Sentados: Mário Nunes, Patesko, Paulo Borges, Renato e Hélio Pelegrini.

Ficha Técnica:

SELEÇÃO DE UBERABA 4×2 SELEÇÃO DE ARAGUARI
Motivo: Campeonato Mineiro do Interior, 7a zona, 1a Rodada,  Jogo de ida
Local: Estádio Boulanger Pucci, Uberaba – MG
Renda: Cr$ 6.500,00
Árbitro: Idalírio Braga (LAF – Liga Araguarina de Futebol)
S. UBERABA: Veríssimo, Vinícius e Djalma; Tercílio, Abeia e Velho; Ticrila, Ditinho, Anísio, Brandão e Helinho.
S. ARAGUARI: Dé, Tavares e Marim; Macaquita, João Pequeno e Manoel Preto; Mário Nunes, Patesko, Paulo Borges, Renato e Hélio Pelegrini. Técnico: Paulo Flores
Gols: Brandão (1′ do 1ºT, 1×0), Anísio (2 gols antes dos 20′ do 1ºT, 2×0 e 3×0) e Helinho (2ºT, 4×1); Paulo Borges (1ºT, 3×1) e Renato (2ºT, 4×2)

Atletas perfilados para a execução do Hino Nacional.

A foto a seguir evoca tristes lembranças no povo de Uberaba. Afinal, o estádio Boulanger Pucci, palco das grandes jornadas do Uberaba Sport Club, hoje não existe mais, demolido na última década, após conturbado leilão judicial para pagamento das dívidas do clube.

Com os times perfilados, destaque para a bela arquibancada do Estádio Boulanger Pucci, em Uberaba, hoje completamente demolido.

Fontes:
– Jornal Lavoura e Comércio (Uberaba), 06/10/1947, pág. 03
– Acervo do Arquivo Público Municipal de Araguari – MG (Acervo Mário Nunes)

Todos os escudos conhecidos do Paissandu AC, ex-Paysandu CC (Rio de Janeiro-RJ)

Esses são todos os escudos do Paissandu que já encontrei em pesquisas:

1) O único documento timbrado que já vi do Paysandu Cricket Club tinha um desenho estilizado de sua bandeira como o símbolo. Considero esse o escudo do Paysandu Cricket Club. (Na internet circula um escudo de três pontas com um monograma dentro, mas nunca vi esse escdudo fora da internet. Contudo, não o descarto).

2) O mesmo escudo foi usado pelo clube, mudando apenas as iniciais, quando este mudou de nome para Paysandu Athletic Club / Paissandu Atlético Clube. Já vi esse escudo sendo usado até em documentos bem mais recentes, quando o clube já usava o distintivo atual.

3) Esse escudo vi em foto dos anos 40. E tem um azulejo no clube com esse escudo que, contudo, é datado dos anos 90, talvez seja homenagem a um escudo antigo.

4) Escudo usado em algumas camisas sociais do clube em fotos dos anos 60 e 70

5) Esse escudo com as palmeiras (referência às palmeiras da Rua Paissandu, de onde o clube ganhou o nome) aparece a partir dos anos 70

6) Escudo atual. Esse estilo é usado no mínimo desde os anos 90. Por vezes o fundo do escudo é em degradê, ou tem a metade superior em azul claro e a inferior em azul escuro, como no escudo (5). O azul claro pode ser apenas uma referência ao primeiro uniforme do clube – listrado azul celeste e branco. Apenas em 1911 o clube adotou o uniforme em metades azul escuro e branco. Mas as cores oficiais do clube, na bandeira, sempre foram apenas azul escuro e branco.

História completa! Associação Atlética Luziânia – Luziânia (GO): Bicampeão Brasiliense em 2014 e 2016

A Associação Atlética Luziânia é uma agremiação da cidade de Luziânia (GO). A sua Sede fica na Rua Doutor João Teixeira, Q. 02 Lote. 06 / Sl. 7/8, no Centro de Santa Luzia (Atual Luziânia). Seu Estádio é o Serra do Lago, em Luziânia, com Capacidade para 5,564 pessoas. Fundado no dia 13 de Dezembro de 1926, como Associação Athletica Luziana pelo mineiro de Rio Pomba, Manoel Gonçalves da Cruz, um grande desportista, comerciante, professor e pioneiro do automobilismo.

Constituiu a 1ª Diretoria do clube, tendo como Presidente Carlos Machado de Araújo e membros Delfino Meireles e Paulino Lobo Filho. Nesse período, a cidade de Luziânia chamava-se Santa Luzia.

1945: cidade troca de nome

A mudança de nome da cidade de Santa Luzia para Luziânia aconteceu no dia 13 de dezembro de 1945, através da Lei Estadual nº 8.305. No dia 25 de março de 1945, o clube foi reorganizado por Arione Correia de Morais. Para não desagradar os torcedores dos times do eixo Rio – São Paulo as cores do uniforme antes azul e branca para vermelha e branca, semelhantes às do América, do Rio de Janeiro, que tinha a simpatia da maioria dos torcedores e seu nome também foi mudado, passando a ser denominado: Associação Atlética Luziânia.

 

Foto de 1964

1959: clube muda o nome e as cores

Em reunião realizada no Clube Recreativo e Cultural de Luziânia, no dia 26 de julho de 1959, foi eleita a nova diretoria do Luziânia, tendo como presidente Francisco das Chagas Rocha. O presidente eleito mudou novamente a denominação do clube passando a se chamar Luziânia Esporte Clube e alterando o seu uniforme para as cores preta e branca e o escudo semelhante ao do Santos Futebol Clube.

 

Início dos Anos 60: clube entra num processo de crise financeira

O 1º estatuto do Luziânia foi publicado no dia 10 de abril de 1960 sob essa nova direção. O clube passou por um grande declínio. Passou a sofrer com os interesses duvidosos dos políticos. Com essa nova atmosfera rondando o time, criaram pretextos, dividiram a equipe em duas, com a fundação do Fluminense, como se não soubessem que toda divisão é prejudicial, inventaram a tristemente famosa desapropriação da área do Estádio Rochão.

Processos surgiram, a desavença foi implantada e tudo foi destruído. Por muito tempo usaram e abusaram do clube. Mesmo assim, está viva na lembrança dos torcedores apaixonados, fanáticos, pessoas que realmente amam o seu time e estimulam em tudo que se faz, não arredam o pé do Estádio, investem tempo e dinheiro para fazer o clube crescer.

Meados dos Anos 60: Luziânia consegue se reerguer e passa a disputar as competições no novo Estado brasileiro, o Distrito Federal

Uma pessoa deixou seu nome escrito nos anais do futebol de Luziânia: Francisco das Chagas Rocha. Eleito Presidente, quase desconhecido da totalidade da população, resolveu deixar no clube a marca do seu dinamismo, de sua personalidade empreendedora. Já contava com um pequeno grupo de sócios e torcedores dedicados, mas precisava despertar o entusiasmo da cidade toda.

Contava com uma equipe razoável, onde despontavam as estrelas da casa, mas precisava reforçar o time, pois pretendia fazê-lo brilhar nas cidades vizinhas, mormente na recém-nascida Brasília.

Dispunha de um campo típico interiorano, medíocre, desconfortável, sem grama, arquibancadas, muros e vestiários. A Câmara Municipal aprovou e a Prefeitura doou a área do campo de futebol ao clube. Desmembrada parte desta área, loteada e vendida, juntando-se ao dinheiro de que já dispunha, conseguiu construir algo que poderia chamar de seu estádio.

Era o único clube no Distrito Federal que possuía o seu próprio estádio e não parou aí, dispondo de uma sede respeitável e na época invejada até por Brasília. O incansável presidente promoveu o engrandecimento da equipe. Inscreveu o clube na então Federação Desportiva de Brasília, com a permissão da CBD (Confederação Brasileira de Desportos).

Luziânia chegou a ficar 50 jogos sem derrota

Contratou jogadores de outros estados e profissionalizou o clube. O Luziânia tornou-se conhecido, temido e quase imbatível, pois em 1962 esteve invicto em 50 e duas partidas. Clubes poderosos de Brasília e Goiás, além da seleção profissional de Brasília, estiveram atuando em Luziânia e amargaram derrotas ou tiveram que se desdobrar para vencer.

O povo vibrava, iam ao estádio, falavam com carinho de sua equipe. Compravam ingressos, rifas, bingos, pagavam votos à candidata a rainha, porque estavam ajudando uma equipe de valor. No mês de julho de 1965, o Presidente Rocha se afastou.

 

1981: clube muda de nome outra vez

Em reunião, no Colégio Santa Luzia, no dia 9 de novembro de 1981, a denominação do clube foi alterada novamente, passando a se chamar Luziânia Futebol Clube.

Os dirigentes resolveram se aventurar em participar do futebol goiano após a empolgação pelo acesso à primeira divisão em 1992. No entanto, teve fraco desempenho na Primeira Divisão. O time caiu para a Divisão Intermediária e desistiu de participar do campeonato goiano pelas dificuldades financeiras das longas viagens e hospedagens.

Em 1995, após a aventura no futebol goiano, com a queda para a Divisão Intermediária e com o acúmulo de dívidas, o Luziânia solicitou autorização a CBF para retornar ao futebol brasiliense. Os desportistas se uniram e perceberam que seria mais viável disputar o campeonato brasiliense.

1995: nova mudança de nome e das cores

A única exigência da Federação Goiana de Futebol era de que o Luziânia Futebol Clube efetuasse a quitação de todos os débitos perante a entidade. No dia 20 de janeiro de 1995 o presidente Cecílio Sepúlveda Monteiro, protocolou a nova filiação do clube junto a Federação Metropolitana de Futebol, presidida por Tadeu Roriz.

Ao optar pelo retorno ao futebol brasiliense, o clube voltou à sua denominação de fundação, Associação Atlética Luziânia, adotando um novo escudo: a igreja do Rosário, numa sugestão do desportista Albino Inácio Soares e voltando a usar as cores originais no uniforme do clube, a azul celeste e a branca.

Durante o período de retorno ao futebol brasiliense, o Luziânia caiu algumas vezes para a segunda divisão, o clube esteve em alguns momentos para deixar de existir, ninguém queria assumi-lo sem apoio. O Luziânia passou por grandes turbulências, contornadas quase sempre pelos dirigentes Albino Inácio e José Egídio, os quais corriam atrás das pessoas para assumir a diretoria, cobrando junto à imprensa posição das autoridades locais.

 

O Título Inédito de 2014 e o Bi em 2016

O técnico Ricardo Antônio trabalhou nas categorias de base de grandes clubes brasileiros como Cruzeiro, Atlético Mineiro, Vitória, da Bahia e Atlético Goianense. Foi auxiliar de treinadores como Toninho Cerezo e Mauro Fernandes, dentre outros.

Em Brasília trabalhou na base do Ceilândia. O técnico foi o responsável pela montagem do elenco juntamente com o presidente Daniel Vasconcelos, que está no clube desde 2006. Foram contratados o experiente Lúcio Bala (ex-Goiás, Flamengo, Botafogo, Atlético-MG e Santos), Max Pardalzinho (ex-Palmeiras, Goiás, Vila Nova e Guarani) e Vaguinho (ex-Portuguesa de Desportos e Ponte Preta).

Juntaram-se ao goleiro Edmar Sucuri e os experientes Zé Ricarte, Rodriguinho, Chefe, Carlão e Perivaldo, os líderes do grupo. O atual prefeito Cristóvão Tormin foi um dos responsáveis pela conquista, trabalhando na captação de patrocínios e literalmente vestindo a camisa do time.

 

Campanha

Acompanhava treinos e jogos. Na fase classificatória, o Luziânia teve a melhor campanha entre os 12 participantes (com o mesmo número de pontos ganhos do Brasiliense), em 2014. Nos 11 jogos que disputou, venceu sete, empatou dois e perdeu dois. Marcou 11 gols e sofreu cinco.

Nas quartas-de-final, passou pelo Santa Maria, com uma vitória e um empate. Na semifinal, usou do direito de jogar pelo empate por ter a melhor campanha, obtendo dois resultados iguais diante do Sobradinho. E, na grande final, contra o Brasília, também jogou com o regulamento debaixo do braço, ao vencer a primeira partida por 3 x 2 e perder a segunda por 1 x 0.

A torcida acompanhou os jogos sempre com muita dedicação. Depois da final do campeonato, onde os luzianienses lotaram Mané Garrincha, houve um longo congestionamento na BR-040 sentido Luziânia devido uma enorme carreata de torcedores, contendo mais de mil automóveis, com festa madrugada adentro, só terminando na chácara do antigo presidente Remi Sorgatto.

A formação do Luziânia nos dois jogos finais foi a seguinte: Edmar Sucuri, Thompson, Carlão, Perivaldo e Rafinha; Lucas Garcia (Thiago Eciene), Pixote (Aldo), David (Vaguinho), Rodriguinho e Max Pardalzinho (Danilo); Chefe.

Foi a terceira vez que o Luziânia chegou à final do campeonato brasiliense. A 1ª aconteceu em e 1966, quando foi superado pelo Rabello a 2ª em 2012, quando foi superado pelo Ceilândia, que jogava por dois resultados iguais.

 

Rodriguinho chegou ao 10º título do Distrito Federal

Com o título inédito conquistado pelo Luziânia, o meia Rodriguinho passou a ser o segundo jogador a conquistar dez títulos de campeão brasiliense (o outro é o volante Deda). Foram cinco pelo Gama (1997, 1998, 1999, 2000 e 2001), quatro pelo Brasiliense (2006, 2007, 2008 e 2009) e 2014, pelo Luziânia.

Além disso, Rodriguinho foi o principal artilheiro da equipe, com 6 gols marcados. O atacante Chefe foi o vice-artilheiro, com 5 gols. E o que o futebol de uma pequena cidade do Entorno de Brasília pode esperar após a inédita conquista do título de campeão brasiliense?

Primeiramente, torcer para que, com a conquista do título, o Luziânia deixe de ser apenas um time de futebol e passe a ser um clube. Já há a disposição da nova diretoria e do prefeito da cidade para que seja construído um Centro de Treinamento para valorizar as categorias de base e se tornar uma grande força no futebol do Distrito Federal. Em 2016, o Luziânia chegou ao Bicampeonato Candango!

FONTES: Site do clube – Correio Brasiliense – Blog Edição dos Campeões – José Ricardo Almeida – José Egídio Pereira

Álbum “Varzeana Paulista”, anos 50/60: Sete de Setembro Futebol Clube – Bairro: Freguesia do Ó – Zona Norte – São Paulo-SP

OBS: a história do clube já está inserida neste blog.

Fontes: álbum de figurinhas “Varzeana Paulista” dos anos 50/60 e o historiador Waldevir Bernardo (Vie).

Jogo Histórico – Força e Luz(RS) x Internacional(RS)

GE FORÇA E LUZ (PORTO ALEGRE – RS)

1

SC INTERNACIONAL (PORTO ALEGRE – RS)

0

Data: 20 de julho de 1946 Local: Porto Alegre – RS
Juiz: Osvaldo Rola Caráter: Campeonato de Porto Alegre – 1946
Gol: Nadir
Força e Luz(RS): Claudio; Hugo e Wichnewsky; Romeum Armando e Durvalino; Darcy, Orlando, Iturralbe, Ariovaldo e Nadir.
Internacional(RS): Ivo; Castrinho e Nena; Viana, Avila e Ilmo; Eliseu, Rui, Adãozinho, Rebolo e Carlito.

Fonte: Gazeta Esportiva- SP