Curiosidades do Futebol Gaúcho

• Luiz Carvalho, um dos maiores atacantes da história gremista, se despediu duas vezes do GRENAL. A primeira foi em 1934, com derrota de 2 a 1. Voltou em maio de 1938 e jogou mais quatro GRENAIS, até a despedida final em primeiro de novembro do mesmo ano. Luiz Carvalho jogou 29 clássicos e marcou 17gols.

• O goleiro Manga, o “Manguita Fenômeno”, jogou o GRENAL pelos dois lados. Na fase colorada, entre 1974 e 1977, Manga jogou 19 clássicos, com dez vitórias, cinco empates e quatro derrotas. Levou 16 gols. Na sua passagem pelo Grêmio, na temporada de 1979, “Manguita” disputou 4 clássicos, com dois empates, uma vitória e uma derrota. Sofreu quatro gois.

• O Dr. Luiz Pinto chaves Barcellos, foi o presidente mais jovem a assumir a presidência do Grêmio. Quando foi eleito em 1924, tinha apenas 24 anos.

• Carlitos, o maior goleador da história do GRENAL, disputou seu último clássico em 25 de maio de 1951. Da estréia em junho de 1938 à despedida, foram 14 anos de GRENAL, com 62 jogos e 40 gols marcados.

• Daison Pontes, ex-zagueiro do Passo Fundo, detém um recorde negativo: foi expulso 18 vezes entre a959 e 1974, uma delas poragressão ao árbitro

•As cores tradicionais da Dupla, já estavam presentes nos uniformes do primeiro clássico, em 18 de julho de 1909. O Grêmio com camisetas metade azul, metade branco e calções pretos. O Internacional com camisetas listradas de vermelho e branco e calções brancos.

Fonte:Anuário do Futebol Gaúcho 2000

O JOGO EM QUE A ESPANHA PRECISAVA VENCER POR 11 GOLS E VENCEU

Para que achou estranho o resultado do jogo GUAMANBI 10 X 0 LEÔNICO pela segunda divisão baiana ano passado, vejam o que aconteceu com a Espanha em 1983 pelas eliminatórias da eurocopa de 1984.

É quase senso comum de que a Espanha, por mais que se esforce, nunca monta seleções vencedoras. Pior, quando a equipe é boa, cede às pressões do favoritismo e da responsabilidade. Mas, há 24 anos, os espanhóis conseguiram fazer o que muitos consideravam impossível e buscando um resultado dos mais improváveis. E foi um feito tão inesperado que suscitou dúvidas – até justificáveis – a respeito da lisura do resultado.

Tudo aconteceu em 21 de dezembro de 1983. Mas, para entender essa história, é necessário voltar um pouco mais no tempo, a 5 de junho de 1982. A Copa da Espanha nem começara, mas Malta a Islândia já haviam aberto o Grupo 7 das Eliminatórias para a Eurocopa de 1984, a ser realizada na França. Com gols de Spiteri-Gonzi e Fabri, os malteses surpreenderam e vencem por 2 x 1 (Geirsson descontou para os escandinavos).
Como os outros integrantes do grupo eram Holanda, Espanha e Irlanda, e apenas uma seleção teria á vaga no torneio continental, estava claro que aquele jogo não teria maiores conseqüências. Na partida seguinte, ainda havia espaço para mais surpresas, quando a Islândia empatou em um gol com a Holanda. Mas parou por aí. De resto, o que se viu foi um domínio de espanhóis e holandeses, com os irlandeses tentando acompanhar sem muito sucesso. Assim, a Holanda bateu a Irlanda, que empatou com a Espanha em um emocionante 3 x 3 em Dublin e passou pela Islândia. Os ibéricos também venceram os escandinavos.
Foi quando começaram os fatos fora do programado. Malta receberia a Holanda, mas estava proibida de mandar essa partida em seu território pois o único estádio internacional do país, o Ta’Qali, estava em reformas. Por proximidade geográfica, os insulares pretendiam levar a partida para o sul da Itália continental ou para a Sicília. Os holandeses aproveitaram a oportunidade e ofereceram £ 20 mil (em valores da época) para que o jogo fosse realizado mais ao norte, onde a torcida laranja poderia comparecer. Os malteses aceitaram e levaram a peleja para Aachen, na Alemanha Ocidental.

Foi um massacre e o placar final – 6 x 0 para os laranjas – só não foi mais largo porque o goleiro maltês Bonello fez diversas defesas extraordinárias. Quem não gostou disso foi a Espanha, que se sentiu prejudicada. Os ibéricos protestaram na Uefa, pedindo a anulação da partida ou, então, que seu jogo como visitante contra Malta também tivesse o local convenientemente alterado. Em vão.
Com essa vitória, a Holanda começava a se destacar no grupo, com um saldo de gols bastante avantajado. Na partida seguinte, a Holanda foi a Sevilha com 6 jogadores de características defensivas, em busca de um empate precioso com a Espanha. Mas não funcionou e, com um gol de pênalti de Señor, os ibéricos alcançaram os laranjas na liderança do grupo.

A Irlanda ainda daria um último suspiro ao vencer Malta, mas uma derrota para a Espanha deixava os verdes fora da briga. Depois, foi a vez de os espanhóis irem a Malta. O estádio Ta’Qali (na foto como está hoje, após novas reformas) continuava em más condições, o que motivou mais reclamações da Espanha. Mesmo assim, o jogo foi realizado. Malta surpreendeu e chegou a fazer 2 x 1, mas a Espanha ainda conseguiu virar para um suado 3 x 2, com o gol da vitória marcado por Gordillo aos 40 minutos do segundo tempo.
A Espanha disparava na liderança, mas a Holanda estava com várias partidas a menos. Os laranjas se recuperaram, vencendo a Islândia e a Irlanda em Dublin. E novamente os dois líderes se enfrentam. Em Roterdã, Houtman pôs a Holanda na frente, mas Santillana empatou. No segundo tempo, Gullit fez o gol da vitória da Holanda, que igualava os pontos espanhóis, mas estava com clara vantagem no saldo de gols, por conta, principalmente, dos 6 x 0 sobre Malta.
Faltavam apenas 3 jogos para definir o grupo, todos com Malta como visitante. Em um jogo de eliminados, a Irlanda fez 8 x 0 em Malta. A seguir, a Holanda quase repetiu a goleada de Aachen ao fazer 5 x 0. Os holandeses comemoraram a classificação, pois abriam dois pontos e 11 gols de saldo de vantagem em relação à Espanha, que receberia os malteses em Sevilha no jogo decisivo.
E daí voltamos ao 21 de dezembro de 1983. Atuando em casa, a Espanha tem de vencer por improváveis 11 gols de diferença para se classificar à Eurocopa. Por isso, começam pressionando e, logo aos 3 minutos, conseguem um pênalti. Señor perde. O 0 x 0 permaneceria no marcador até o 16º minuto, quando Santillana põe a Espanha na frente. O problema é que, aos 24, Degiorgio empata para Malta. Os espanhóis teriam pouco mais de 60 minutos para marcar 11 gols.
Só conseguiram fazer mais dois no primeiro tempo, sempre com Santillana. Aos 4 do segundo tempo, Rincón faz o 4º gol espanhol. O goleiro maltês Bonello reclama que é alvo de mísseis atirados pela da torcida da casa, a ponto de levar um cartão amarelo. Com isso, não só ele, mas toda a defesa de Malta se enerva e a seleção alvirrubra leva 4 gols – dois de Rincón e outros dois de Maceda – em apenas 7 minutos (dos 12 aos 19 da segunda metade da partida).
A 15 minutos do fim, os ibéricos ainda precisavam de 4 gols para eliminar a Holanda. Santillana diminuiu o déficit espanhol marcando seu 4º gol na partida. Logo depois, o atacante maltês Degiorgio é expulso por fazer cera em uma cobrança de lateral. Malta acabou naquele momento. Rincón também fez seu 4º na partida e Sarabia, aos 35, deixou a Espanha a um gol da façanha histórica. E esse gol veio aos 41, com Señor, o mesmo que perdera um pênalti logo no início da partida. Com esse 12 x 1, a Espanha chegava a 13 pontos e saldo de 16 gols, os mesmo números da Holanda. Mas como os espanhóis haviam marcado 24 gols – dois a mais que o holandeses – garantiram a vaga.
Foi a vez de a Holanda protestar na Uefa. Muitos acharam estranho o resultado da partida de Sevilha, insinuando que o teria sido combinado. A entidade européia analisou o vídeo-teipe do jogo e manteve o placar e a classificação espanhola.

FICHA TÉCNICA
Espanha 12 x 1 Malta
Eliminatórias da Eurocopa de 1984
Local: Estádio Sánchez Pizjuan (Sevilha-ESP)
Público: 25 mil
Árbitro: Erkan Göksel (TUR)

Espanha: Buyo; Señor, Goicoechea e Camacho; Victor, Maceda e Gordillo; Rincón (Marcos Alonso), Sarabia, Santillana e Carrasco

Malta: Bonello; E. Farrugia, Tortell, Holland e Azzopardi; Buttigieg, Demanuelle, Fabri e R. Farrugia (M. Farrugia); Degiorgio e Spiter-Gonzi

Gols: Santillana (16/1º), Degiorgio (24/1º), Santillana (26 e 29/1º), Rincón (2 e 12/2º), Maceda (17 e 18/2º), Rincón (19/2º), Santillana (31/2º), Rincón (33/2º), Sarabia (35/2º) e Señor (41/2º)

Expulsão: Degiorgio (32/2º)

Entre os argumentos que colocavam e dúvida a honestidade daquele 12 á 1, foi lembrado o fato de que os espanhóis não venciam por mais de 5 gols de diferença desde 1978.

E ai o que vocês acham deste jogo?

O DIA 1º DE ABRIL NO FUTEBOL

01/04/1908 – É fundado no bairro de Almagro em Buenos Aires o San Lorenzo grande clube do futebol argentino.

01/04/1947 – BRASIL 3 – 2 URUGUAI, pela Copa Rio Branco no Rio de Janeiro em São Januário o Brasil venceu com gols de: Tesourinha, Heleno de Freitas, Jair R. Pinto (Bra), Medina, Pini (Uru).

01/04/1953 – BRASIL 2 – 3 PARAGUAI, em Lima pela Copa América o Brasil caiu ante aos paraguaios com gols de: Romero, Gavillan, Fernandez (Par), Baltazar (2) (Bra) com este resultado o Paraguai se sagrou campeão.

01/04/1956 – AMÉRICA/RJ 5 – 1 FLAMENGO, na segunda partida da final do campeonato carioca de 1955 o América humilhou e não foi mentira, goleada com méritos.

01/04/1984 – NAUTICO 5 – 1 CORINTHIANS, pela segunda fase do brasileiro de 84 o Náutico foi a forra contra o timão que havia goleado o Timbu por 4 ä 0 na abertura do fase e com show de Mirandinha que fez 2, Heider, Newmar e Paulinho; Casagrande fez o do timão.

01/04/1984 – REMO 0 – 0 UBERLÂNDIA, em Belém apesar do sufoco o time mineiro segurou o Remo e conquistou a segunda divisão do brasileiro daquele ano.

01/04/1986 – BRASIL 4 – 0 PORTUGAL, em São Luis/MA o Brasil conseguiu vencer seu primeiro amistoso preparativo para a Copa de 86, depois de duas derrotas na europa para Alemanha OC. e Hungria os gols foram de:Casagrande (2), Alemão e Careca.

ANIVERSARIANTES:

01/04/1958 – Tita ex-meia-atacante do Flamengo, Vasco, Grêmio, Pescara/Ita e Puebla/Mex.

01/04/1975 – Washington ex-atacante do Galicia, Atlético/PR formou no Fluminense/RJ ao lado de Assis o casal 20.

01/04/1976 – Clarence Seedorf meia do Milan e da Seleção Holandesa.

Brasil x Russia em 1958 – 3 minutos arrasadores de Garrincha

Finalmente Garrincha e Vavá entraram no time contra a Russia. O que Garrincha fez nos 3 primeiros minutos do primeiro tempo contra a Russia em 1958, beirou o absurdo.

Dizia um cronista soviético que nunca viu na vida um jogador sozinho enlouquecer todo o time em apenas 3 minutos.

A narração de Edson Leite está gravada a partir do segundo minuto de jogo, desta forma:

…….Escala Garrincha pela direita, vê Pelé colocado, vai ser encurralado por trás, passa para Pelé, entrou na área, chutou para o arrrrrrco….a bola bate na trave outra vez e vai a córner. ( Garrincha já tinha chutado uma bola na trave no primeiro minuto). Numa magistral jogada de Pelé, quando o meu cronômetro marca 2 minutos de jogo no primeiro tempo.

……Vai Zagalo bater o córner para o Brasil, levantando para dentro da área, sobe Vavá, recupera o central russo e despeja para o meio de campo. Sobe na bola Belini e ganha do adversário, lança para Didi, que pôs a bola no terreno, tem Garrincha pela direita e Zagalo pela esquerda, demora demais, tenta o drible, deu para Vavá, entrou na área, pode marcar, atira e é goooool. Vavá, em início irresistível do Brasil, em apenas 3 minutos, 2 bolas na trave e 1 no fundo do gol.

…..Placaaaaar na Suécia……..1 a 0………..o Brasil vence!

(a narração do primeiro gol dá conta que o lançamento foi do Didi, mas eu tenho quase certeza que a bola foi lançada para o Garrincha, que levou a bola para linha de fundo e cruzou para Vavá marcar).

[img:BR_RUSSIA.jpg,full,centralizado]

Yustrich, de goleiro a técnico durão

Dorival Knipel começou no futebol aos 18 anos como goleiro do Flamengo, onde jogou até 1944. Ganhou o apelido de Yustrich por sua semelhança física com Juan Elias Yustrich, famoso goleiro argentino, do Boca Juniors. Neste período conquistou os títulos cariocas de 1939 e o tricampeonato de 1942 a 1944. Em 1944 foi para o Vasco da Gama, transferindo-se depois para o América, também do Rio de Janeiro.
Na década de 1950, já era técnico de futebol, com fama de disciplinador e durão: não permitia que atletas sob seu comando fumassem, deixassem a barba por fazer e usassem cabelo comprido. Não tolerava atrasos e falta de empenho nos treinamentos.
Arrogante e de temperamento explosivo, gostava de exibir sua valentia. Era chamado de Homão por causa de sua alardeada macheza e pelos seus quase 1,90 m de altura e seu físico avantajado ou, segundo um cronista esportivo, paquidérmico. Envolvia-se em constantes atritos com jogadores, colegas, dirigentes e a imprensa.

Em Portugal

Em 1953, foi expulso do Atlético Mineiro pelos próprios jogadores, descontentes de verem alguns colegas preteridos pelo técnico. Em 1955, estava no Futebol Clube do Porto, de Portugal , para fazê-lo campeão em 1956, após um jejum de 16 anos. No mesmo ano, o Porto venceu a Taça Portugal e pela primeira vez fazia a chamada dobradinha, ao conquistar no mesmo ano os dois maiores títulos daquele país.
Mesmo com essas conquistas, Yustrich era antipatizado por alguns de seus jogadores, entre eles Hernani Silva, o ídolo do time. Em 1958, o Porto goleou o Oriental por 5 a 0 e Yustrich mandou os seus jogadores agradecerem ao público o apoio que lhes tinha sido dado. Hernani foi o único a não cumprir a ordem porque não estava para «alimentar as palhaçadas do treinador», Foi o suficiente para se iniciar uma discussão áspera que culminou com um troca de socos. No final da temporada, Yustrich foi dispensado.
Suspeita-se que a saída de Yustrich tenha sido exigida pela PIDE, a temida polícia secreta do então ditador Oliveira Salazar. O regime salarazista tinha seu clube preferido, o Sporting, de Lisboa, e não via com bons olhos o sucesso do Porto, conduzido por um brasileiro.

De volta ao Brasil e ao Atlético

Em 1959, dirigiu o Vasco da Gama. Em 1964, estava no modesto Siderúrgica, da cidade mineira de Sabará e conquistou o título estadual, quebrando a hegemonia dos grandes clubes. O Siderúrgica havia arrebatado um título estadual pela última vez em 1937. Do Siderúrgica, foi para outro time do interior, o Villa Nova, de Nova Lima.
Em seguida, foi dirigir novamente o Atlético Mineiro e foi responsável por uma das melhores fases do Galo, várias vezes campeão mineiro sob sua direção.
Yustrich se tornou técnico da seleção brasileira por uma única partida e de uma maneira peculiar. Em dezembro de 1968, o Atlético foi convidado a representar o Brasil num amistoso contra a antiga Iugoslávia. Vestindo a camiseta canarinho, o Atlético venceu por 3×2.
Em 1969, na preparação da seleção brasileira para a copa de 1970, então dirigida por João Saldanha, foi programada uma partida contra a seleção mineira., no Estádio do Mineirão. Mas quem entrou em campo, vestindo a camiseta vermelha da Federação Mineira, foi o Atlético, que venceu a seleção que se tornaria campeã do mundo por 2 a 1. Ao final da partida,. Yustrich obrigou seus jogadores a darem a volta olímpica no gramado, usando a camisa alvinegra do Atlético que vestiam por baixo da vermelha da Seleção de Minas. O Mineirão quase veio abaixo. Isto lhe valeu a inimizade de João Saldanha.
No Atlético Mineiro, Yustrich deu uma atenção especial a um jovem jogador vindo do Rio, de nome Dario, que se consagraria com o maior artilheiro do Galo até então. Com treinamentos especiais, Yustrich deu ao jovem Dario as condições técnicas e a autoconfiança que lhe faltavam, fato que o próprio jogador reconhece publicamente.
No entanto, com o jogador uruguaio Cincunegui, Yustrich teve desentendimentos que culminaram com seu afastamento do Atlético. Criticado pelo treinador por haver retardado por uma semana seu retorno de férias, o uruguaio e Yustrich passaram a ter discussões cada vez mais fortes. A certa altura, Cincunegui teria apontado um revólver para Yustrich.

No Flamengo: incidente com Saldanha

Em 1970, Yustrich foi para o Flamengo cercado de grandes expectativas e começou o ano arrasador. Em fevereiro, pelo Torneio de Verão, a vitória de 6×1 sobre o Independiente da Argentina, com cinco gols no primeiro tempo, deixou a torcida empolgada com o novo treinador. Mas os resultados seguintes decepcionaram. Com apenas oito vitórias em 25 partidas no primeiro semestre de 1971, a diretoria rubro-negra atribuiu a má fase do clube aos métodos rígidos de Yustrich e optou por demiti-lo.
Mas o fato mais marcante de sua passagem pelo Flamengo foi vivido fora de campo. Convencido de que seria convocado para comandar a seleção brasileira, caso João Saldanha, que estava em baixa, fosse demitido, Yustrich começou a carregar nas críticas ao treinador.
Saldanha, que andava irritado com Yustrich desde o jogo-treino no Mineirão, entrou armado de revólver na concentração do Flamengo, mas Yustrich não estava no local. Este gesto colocou Saldanha na berlinda e bastou um empate da seleção com o modesto time do Bangu, para que fosse demitido. Foi substituído por Zagallo.

Final de carreira

Depois do Flamengo, treinou o Corinthians e o Coritiba. Em 1977, estava novamente no futebol mineiro, desta feita no Cruzeiro, onde, já de início, tomou uma medida que desagradou aos jogadores: proibiu o jogo de sinuca na concentração. Mas naquele ano o Cruzeiro sagrou-se campeão mineiro.
Do Cruzeiro, Yustrich foi dispensado por conta de uma discussão em torno de um fato banal. Após um jogo em Araxá, um jogador deu a camisa para um garoto que invadira o gramado. Yustrich mandou o roupeiro buscar a peça. O presidente do clube não permitiu. Armou-se o bate-boca e o treinador foi demitido ali mesmo à vista de todos.
Este incidente teria sido apenas o pretexto para dispensar um treinador já desgastado. Yustrich tentara tirar o zagueiro Brito, campeão mundial em 1970, da equipe titular, por ter o hábito de fumar. Não conseguiu, porém, vencer a oposição dos outros jogadores e da diretoria. Daí, como forma de mostrar seu descontentamento, substituía Brito durante as partidas sempre que tinha oportunidade. O craque se irritou a tal ponto que, ao ser substituído pela enésima vez, jogou a camiseta suada no rosto do treinador diante do público.
Yustrich encerrou no Cruzeiro sua carreira de treinador. Retirou-se para o mais completo anonimato e só foi notícia novamente com sua morte, em 1990. Este isolamento é a razão de serem hoje incompletas e distorcidas as informações sobre ele, aliado ao fato de nutrir antipatia pela imprensa, a ponto de proibir repórteres de entrevistar seus jogadores e até de ficar nas proximidades dos vestiários. Alguns cronistas esportivos chegam a atribuir a ele a nacionalidade argentina, numa evidente confusão com seu homônimo do Boca Juniors, também já falecido.

Dorival Knipel nasceu em Corumbá a 28 de Setembro de 1917 e ganhou o apelido de Yustrich pelas semelhanças físicas com Juan Elias Yustrich, famoso guarda redes argentino do Boca Juniors. Dorival Yustrich notabilizou-se por ser um técnico exigente, disciplinador e arrogante. Na década de 1950, já como treinador com fama de disciplinador, não permitia que os seus atletas fumassem, deixassem a barba por fazer e usassem cabelo comprido. Não tolerava atrasos e falta de empenho nos treinos. No Brasil, ganhou a alcunha de “Durão” porque, além da arrogância que exibia, tinha uma compleição física que impunha respeito. Envolvia-se em constantes atritos com jogadores, colegas, dirigentes e até com a imprensa. Ainda no Brasil, em 1953, foi expulso do Atlético Mineiro pelos próprios jogadores, descontentes pela forma como Yustrich tratava alguns atletas.
Completamente surrealista a foto em cima, publicada no jornal A BOLA em 1958, em que Yustrich, já como treinador do FC Porto, salta do banco para insultar um árbitro acabando por espezinhar Hernâni (um ídolo do FC Porto na altura) que tinha acabado de ser expulso. Mas os atritos entre Yustrich e Hernâni já vinham de longe. Em 1958, o FC Porto goleou o Oriental por 5-0 e Yustrich mandou os jogadores agradecerem ao público o apoio que lhes tinha sido dado. Hernâni foi o único a não cumprir a ordem porque não estava para “alimentar as palhaçadas do treinador”, foi o suficiente para se iniciar uma discussão que culminou com um troca de socos. No final da temporada Yustrich foi dispensado.
Apesar do mau feitio, foi Dorival Yustrich que levou o FC Porto ao título nacional (1955/56) após um jejum de 16 anos.”O FC Porto é um elefante adormecido que não sabe a força que tem” comentou Yustrich depois de ser campeão.
Yustrich terminou no Cruzeiro a sua carreira de treinador. Retirou-se para o mais completo anonimato e só foi notícia novamente em 1990, ano do seu falecimento.
A verdade é que para o FC Porto voltar aos êxitos, depois de um jejum de 16 anos, foi necessário contratar…um louco!!!

Depois deste artigo sobre o “homão”, apelido dado ao forte técnico Yustrich, segue uma leve ilustração pinçada em um Blog sobre as características do referido técnico. Logicamente faz parte do folclore e não teria nunca aplicação na vida real.

– Um gerente de criação de uma agência de propaganda que era muito amigo e pouco chefe, não trazia para a empresa um resultado muito bom.. Pensou-se que o oposto também poderia ser complicado, mas resolveram arriscar. Foi sugerido um novo gerente de criação do tipo do Yustrich. Como seria a coisa?

E vem aquela menininha recém-formada apresentando o layout….. e o chefe Yustrich responde aos berros: “ Você tem coragem de me trazer esta m….? Precisa suar a camisa, minha filha! Você não está mais na casinha da mamãe não! Ou aprende a trabalhar, ou vai pra rua, porra!” E tome bofetão.

Pensando bem, sabe que poderia funcionar? rs

Fontes : Wikipédia e Blogs

Piaui – Torneio Governador Alberto Silva 1973

Torneio Governador Alberto Silva 1973

Participantes
AUTO ESPORTE CLUBE (TERESINA)
ESPORTE CLUBE BOTAFOGO (TERESINA)
ESPORTE CLUBE FLAMENGO (TERESINA)
FLUMINENSE ESPORTE CLUBE (TERESINA)
PARNAHYBA SPORT CLUB (PARNAÍBA)
PIAUÍ ESPORTE CLUBE (TERESINA)
RIO NEGRO ESPORTE CLUBE (TERESINA)
RIVER ATLÉTICO CLUBE (TERESINA)
SOCIEDADE ESPORTIVA TIRADENTES (TERESINA)

10.01.1973
BOTAFOGO 3 x 2 FLAMENGO
TIRADENTES 3 x 1 FLUMINENSE
14.01.1973
AUTO ESPORTE 4 x 1 PIAUÍ
PARNAHYBA 4 x 0 FLUMINENSE
18.01.1973
PIAUÍ 1 x 0 BOTAFOGO
RIO NEGRO 2 x 1 RIVER
21.01.1973
PARNAHYBA 4 x 1 BOTAFOGO
RIO NEGRO 4 x 0 PIAUÍ
03.02.1973
RIVER 4 x 1 FLUMINENSE
TIRADENTES 8 x 0 BOTAFOGO
04.02.1973
FLAMENGO 2 x 1 RIO NEGRO
PARNAHYBA 1 x 0 PIAUÍ
07.02.1973
RIVER 2 x 0 BOTAFOGO
TIRADENTES 3 x 0 RIO NEGRO
24.01.1973
TIRADENTES 3 x 0 AUTO ESPORTE
FLAMENGO 6 x 1 FLUMINENSE
28.01.1973
RIVER 3 x 3 PIAUÍ
PARNAHYBA 0 x 0 AUTO ESPORTE
11.02.1973
RIO NEGRO 1 x 0 PARNAHYBA
14.02.1973
FLUMINENSE 3 x 2 AUTO ESPORTE
TIRADENTES 3 x 0 PIAUÍ
18.02.1973
FLAMENGO 4 x 3 PIAUÍ
RIVER 1 x 0 AUTO ESPORTE
PARNAHYBA 0 x 2 TIRADENTES
21.02.1973
PIAUÍ 5 x 1 FLUMINENSE
RIO NEGRO 4 x 3 BOTAFOGO
28.02.1973
AUTO ESPORTE 4 x 0 RIO NEGRO
TIRADENTES 2 x 0 FLAMENGO
11.03.1973
FLAMENGO 1 x 1 PARNAHYBA
AUTO ESPORTE 3 x 0 BOTAFOGO
FLUMINENSE 3 x 2 RIO NEGRO
14.03.1973
FLUMINENSE 2 x 1 BOTAFOGO
FLAMENGO 1 x 0 AUTO ESPORTE
18.03.1973
FLAMENGO 2 x 1 RIVER
25.03.1973
TIRADENTES 1 x 0 RIVER
01.04.1973
PARNAHYBA 2 x 1 RIVER

CF CLUBES J V E D GF GC SG PG
1 TIRADENTES 8 8 0 0 25 1 24 16
2 FLAMENGO 8 5 1 2 18 12 6 11
3 PARNAHYBA 8 4 2 2 12 6 6 10
4 RIO NEGRO 8 4 0 4 14 16 -2 8
5 AUTO ESPORTE 8 3 1 4 13 9 4 7
6 RIVER 8 3 1 4 13 11 2 7
7 FLUMINENSE 8 3 0 5 12 27 -15 6
8 PIAUÍ 8 2 1 5 13 20 -7 5
9 BOTAFOGO 8 1 0 7 8 26 -18 2

JOGO-EXTRA (DECISÃO DA 5ª VAGA)
04.04.1973
RIVER 3 x 0 AUTO ESPORTE

FASE FINAL

08.04.1973
FLAMENGO 3 x 0 RIO NEGRO
PARNAHYBA 0 x 0 TIRADENTES
11.04.1973
RIVER 1 x 0 RIO NEGRO
15.04.1973
FLAMENGO 0 x 0 RIVER
PARNAHYBA 1 x 1 RIO NEGRO
18.04.1973
TIRADENTES 4 x 2 RIO NEGRO
22.04.1973
TIRADENTES 2 x 1 RIVER
PARNAHYBA 0 x 1 FLAMENGO
29.04.1973
FLAMENGO 0 x 0 TIRADENTES
PARNAHYBA 2 x 0 RIVER

CF CLUBES J V E D GF GC SG PG
1 FLAMENGO 4 2 2 0 4 0 4 6
2 TIRADENTES 4 2 2 0 6 3 3 6
3 PARNAHYBA 4 1 2 1 3 2 1 4
4 RIVER 4 1 1 2 2 4 -2 3
5 RIO NEGRO 4 0 1 3 3 9 -6 1

DECISÃO DO TORNEIO
16.05.1973
FLAMENGO 1 x 1 TIRADENTES (na prorrogação: Flamengo 1 x 0 Tiradentes)

CAMPEÃO: FLAMENGO

Fonte: Revista Placar

Torneio João Durval Carneiro ( Taça Cidade de Feira de Santana ) 1967

Torneio João Durval Carneiro ( Taça Cidade de Feira de Santana ) 1967

Participantes
Associação Despotiva Bahia de Feira ( Feira de Santana-BA )
Esporte Clube Vitória ( Salvador-BA )
Fluminense de Feira Futebol Clube ( Feira de Santana-BA)
Sport Club do Recife ( Recife-PE)

1ª rodada ( 03/09/1967)

Bahia de Feira 1 x 0 Vitória
gol: Maromba

Fluminense 0 x 0 Sport

2ª rodada ( 07/09/1967)

Vitória 1 x 0 Fluminense
gol: Ronaldo

Bahia de Feira 3 x 0 Sport
gols: Maromba, Freitas e Baixa[contra]

3ª rodada (10/09/1967)

Fluminense 1 x 1 Sport
gols: Pinheirinho (Flu); Cici (Spo)

Bahia de Feira 1 x 0 Vitória
gol: Robertinho

Campeão: Associação Desportiva Bahia de Feira

Fonte: Ubiratan Brito