Cacique Futebol Clube – Nova Iguaçu (RJ)

O Cacique Futebol Clube é uma agremiação da cidade de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense (RJ). Fundado no dia 12 de Outubro de 1951, a sua Sede fica localizada no Bairro de Marapicu, em Nova Iguaçu.

O clube é filiado a LDNI (Liga de Desportos de Nova Iguaçu), a segunda liga mais importante do futebol fluminense. O Cacique possui dois títulos citadinos: 2001 (invicto) e 2003, além do Bicampeonato da Taça Cidade de Nova Iguaçu em 2002 e 2003. Presidido por Flávio de Souza, o Cacique manda os seus jogos no Estádio Róbson Ribeiro, com capacidade para 1.500 pessoas.

 

Fontes: André Luiz Pereira Nunes – Liga de Desportos de Nova Iguaçu

O dia em que o C.A. Paulistano disse adeus ao futebol

 

O DIA EM QUE O PAULISTANO DISSE ADEUS AO FUTEBOL

 

Nenhum clube conquistou tantos títulos no regime amador deste país como o Clube Atlético Paulistano. Por tudo isto mereceu a alcunha de GLORIOSO. O alvirrubro do Jardim América, representando a elite paulistana no nascedouro deste jogo, chegou inclusive a uma façanha, inédita até hoje, seu tetra campeonato paulista (1916, 1917, 1918 e 1919). E além dos ONZE CAMPEONATOS levantados (1905, 1908, 1913, 1916, 1917, 1918, 1991, 1921 – todos na sua fase áurea, e mais os campeonatos de 1926, 1927 e 1929, na caída final,  jogando na Liga de Amadores, quando se revoltou contra os primeiros ensaios do profissionalismo em terras bandeirantes.

Além destes títulos, o Clube Atlético Paulistano assinalou a grande conquista do primeiro Campeonato Brasileiro de clubes na década de vinte, derrotando o Fluminense FC do Rio de Janeiro e o SC Brasil, do Rio Grande do Sul.

Isto para não falar na sua antológica e memorável excursão à Europa em 1925. Foi então o primeiro clube brasileiro e sul-americano a jogar em campos europeus, com grandes resultados, derrotando seleções e clubes importantes, perdendo apenas um jogo em dez partidas.

Muitos troféus, taças e lauréis em cotejos interestaduais e internacionais colecionou o Paulistano que possuiu sem dúvida os dois maiores e mais talentosos Monstros Sagrados das décadas de 10 e 20 do futebol brasileiro: Rubens de Moraes Salles – um centromédio de notável carreira e Arthur Friedenreich, um dos melhores atacantes e goleadores da história brasileira em todos os tempos.

1929 – A DESPEDIDA DOS CAMPEÕES

Quando o Paulistano se desentendeu na APEA, em fins de 1925, por ocasião da decisão do campeonato contra a A.A. São Bento, sua revolta era um grito de contestação ao futebol profissional que na última metade da década de vinte já começava a se pronunciar e que conflitava com os ideais do Paulistano. Foi aí que em sua sede nasceu a Liga de Amadores. Com ele se juntavam três outros clubes pioneiros do futebol paulista: o S.C. Germânia (hoje Pinheiros), S.C. Internacional de Antonio Casemiro da Costa, desaparecido no advento do novo regime, juntamente com a A.A. das Palmeiras, outro clube pioneiro. Alguns clubes pequenos se juntaram a eles nesta Liga de Amadores, o derradeiro grito de revolta dos adeptos do Amadorismo.

A Liga de Amadores teve curta duração, no entanto. O Profissionalismo já era uma realidade, da qual apenas alguns poucos tentavam se afastar. Quatro anos, quatro campeonatos. O Paulistano campeão em 1926, 1927 e 1929. No certame de 1928, ele teve que ceder as honras da liga ao S.C. Internacional, e mais uma vez numa decisão “extra”.  Além dos seus onze títulos de campeão paulista, o Paulistano esteve envolvido em outras decisões – como em 1920, por exemplo, quando seria penta campeão se vencesse – e perdeu todas.

No último ano de sua vida no futebol, o Paulistano foi absoluto na Liga. Com apenas 6 pontos perdidos, um time já cansado de glórias, chegou outras 6 vezes a f rente do segundo colocado, não sem certa surpresa, a modesta A.A. Portuguesa, da cidade de Santos. E neste campeonato já pontificam a A.A. Ponte Preta, de Campinas,  (3º lugar, com 15 pontos), a A. Portuguesa de Sports (4º lugar, com 16 pontos, o Hespanha F.C. (hoje Jabaquara A.C.). da cidade de Santos (6º lugar com 18 pontos); o veterano C.A. Santista, outro baluarte do amadorismo; a A.A. São Bento – também reduto de expressão do regime quase morto e do famoso Colégio de Padres; e o Paulista F.C., da cidade de Jundiaí, presente desde o primeiro Campeonato da Liga.

Uma agremiação quase de várzea – o Antárctica F.C. – um dos antepenúltimos colocados do certame, com 24 pontos perdidos foi o derradeiro adversário do Glorioso em sua trajetória no futebol.

A SÚMULA DO JOGO

Fazia mau tempo. Era um domingo 15 de dezembro de 1929. A partida teve lugar no campo do Jardim América (campo do Paulistano). O clube alvirrubro vinha de resultados negativos, mas mesmo assim uma ótima assistência lotava o campo. O Antárctica, adversário do campeão, era um time modesto do bairro da Moóca. No entanto, uma grande atuação dos companheiros de Arthur Friedenreich levou o Paulistano a sua consagradora vitória de 6 a 1. Era a derradeira exibição do Paulistano no futebol. Quem viu, viu, quem não viu não veria nunca mais aquela camiseta tradicional nos verdes gramados brasileiros.

Os dois quadros entraram em campo assim constituídos:

Paulistano – Nestor, Clodoaldo e Barthô; Romeu, Rueda e Abbate; Luizinho, Joãozinho, Fried, Milton e Zuanella.

Antárctica – Damião, Jahu e Roque; Romano, Mona e Coca; Delphim, Alfredinho, Maxa, Spitaletti e Mathinas.

No quadro do Paulistano aparecia o extrema-direita Luizinho. Era o hoje Doutor Luiz Mesquita de Oliveira – mais tarde um notável extrema-direita, campeão pelo Palestra Itália e pelo São Paulo F.C.. O árbitro do encontro foi o senhor Cecarelli do São Bento.

No primeiro tempo o Paulistano construiu praticamente sua grande vitória. Milton, no primeiro minuto de jogo, abriu a contagem e o mesmo Milton, aos oito minutos, fez 2 a 0. Ambos em lançamento de Fried; aos 26 minutos Fried marcou o terceiro gol e aos 28, outra vez Fried lançou Milton, goleador da partida, para estabelecer 4 a 0. Foi aí que surgiu aos 36 minutos aquele que viria a ser o “gol de honra” do Antárctica, de autoria de Spitaletti. Fried, aos 39 minutos, quase em cima do apito do árbitro, marca Paulistano 5 a 1 e assinala seu último gol pelo clube do Jardim América. Na fase final, um gol somente. O derradeiro gol da história do Paulistano no futebol: o menino Luizinho, aos 39 minutos, no finzinho da partida.

Assim se conta a derradeira página do futebol no Paulistano. No jogo preliminar pelo Campeonato de Segundos Quadros, a vitória pertenceu ao Antárctica F.C., por 5 a 2. E este time secundário do clube da Moóca foi campeão paulista da Liga de Amadores em sua divisão.

O resto é saudade. Saudade de tanta gente boa. Saudade dos remanescentes do futebol de ouro do Paulistano, como o goleiro Nestor, a zaga Clodô e Barthô; os médios Rueda e Abbate; o extraordinário Arthur Friedenreich.

 

Fontes: texto copiado, na íntegra, de um antigo recorte retirado do jornal “Popular da Tarde”, salvo engano dos anos setenta, que guardo em meu acervo. O texto não traz a assinatura do autor.

Fotos: http://acervoshistoricos.blogspot.com.br

Jogo Histórico – Olaria(RJ) x Tamoio(RJ)

OLARIA (RIO DE JANEIRO-RJ)

6

TAMOIO (SÃO GONÇALO-RJ)

2

DATA: 14 de março de 1943 LOCAL: Campo do Metalúrgico,em São Gonçalo/ RJ
JUIZ: Oscar Pereira Gomes CARÁTER: Amistoso Nacional
GOLS: Rebolo (4), Aldo e Labatut / Miguel e Nico
Olaria(RJ): Julio; Vital e Paulo; Floriano, Leleco e Nerino (Ismael); Osvaldo, Labatut (Haroldo), Rebolo, Aldo e Danúbio.
Tamoio(RJ): Américo; Helio e Waldir; Deco, Carreira e Tonho; Nico, Birauba (Marinho), Miguel, Jaime e Waldemar (Lilico)

América Esporte Clube – Maceió (AL): Escudo inédito

Amigos e membros, após alguns dias fazendo contatos, cheguei até o jornalista Sidney Barbosa, depois até o pesquisador Laércio Becker e por fim no maior pesquisador do futebol alagoano na atualidade: Lauthenay Perdigão.

Lauthenay foi ex-jogador, depois jornalista, escritor e pesquisador, que recentemente lançou o livro “História do Futebol Alagoano – Arquivos Implacáveis(num total de 199 páginas).

Neste link uma reportagem feita pelo GloboEsporte.com sobre esse livro:

http://globoesporte.globo.com/al/noticia/2014/10/memoria-lauthenay-perdigao-lanca-livro-sobre-historia-do-futebol-em-al.html.

Com esse ‘Trio de Ferro‘ uma promessa de novos resgates. O primeiro deles se trata do vice-campeão alagoano de 1945: O América Esporte Clube foi uma agremiação da cidade de Maceió (AL).

Após uma fusão entre o Andaray Football Club (fundado no dia 22  de Fevereiro de 1939) e Oceano Esporte Clube (fundado no dia Primeiro de Janeiro de 1936), nascia o América Alagoano numa quinta-feira, do dia 02 de Fevereiro de 1944.

Tanto o Andaray F.C. quanto o Oceano E.C. disputavam o Campeonato Alagoano da Segunda Divisão até 1943. Contudo, como ambos não tinham condições financeiras para continuar fecharam suas portas.

Apaixonados pelo futebol, os dirigentes dos dois clubes se juntaram e criaram o América Esporte Clube, que era formado mais por estudantes universitários. A ideia deu resultado e no ano seguinte a equipe Alviverde debutava na elite do futebol alagoano.

Ao todo foram 5 (cinco) campeonatos alagoanos: 1944, 1945, 1946, 1948 e 1949. O principal título aconteceu em 1948, quando o América Alagoano se sagrou campeão do Torneio Início. Já no Campeonato alagoano, o América bateu na trave em 1945, ficando com o vice-campeonato de baixo de muita polêmica que explicarei abaixo.

 

Breve relato do Campeonato Alagoano de 1945

A competição foi disputado com dois turno de pontos corridos. Participaram 10 (dez) clubes: Santa Cruz, CRB, CSA, Comércio, Esporte Clube Maceió, Barroso, Alexandria, Olavo Bilac, ADA e América.

O Santa Cruz não esteve muito bem no primeiro turno. Entretanto, na segunda etapa perdeu apenas uma partida. O campeonato foi cheio de problemas, o Santa Cruz terminou conquistando o título de uma forma imprevista.

O jogo programado era Comercio e Santa Cruz. Se o Comercio ganhasse, o Santa Cruz iria disputar o título com o América. Contudo, aconteceu o que ninguém esperava. O Comercio entregou os pontos ao Santa Cruz que se sagrou campeão sem disputar a partida programada. Quem não gostou desta decisão foi o América. Seus dirigentes protestaram junto a Federação, mas sem sucesso.

 PS: Gostaria de esclarecer que este clube jamais foi vermelho e branco! Desde a sua fundação até o seu último dia o América sempre foi alviverde!

 

 Fontes: Lauthenay Perdigão (Laureado jornalista, ex-jogador e pesquisador do futebol alagoano) – Laércio Becker – Rsssf Brasil 

Fotos: Museu dos Esportes

 

Curiosidades do Futebol Alagoano

Fundada em 14.03.1927 como Coligação Esportiva de Alagoas, transformou-se em 14.03.1934, em Federação Alagoana de Desportos e, desde 14.02.1991 aos dias atuais, chama-se Federação Alagoana de Futebol.

» Boa parte dos clubes de Alagoas, são conhecidos por siglas, vejamos:
CRB – Clube de Regatas Brasil; CSA – Centro Sportivo Alagoano;
ASA – Agremiação Sportiva Arapiraquense, mas foi fundado com o nome Agremiação Sportiva de Arapiraca; CSE – Clube Sociedade Esportiva, mas chamou-se Centro Social Esportivo até 1998.

» 22/01/1948 CSA 22 x 0 E.C.Maceió – nesta partida Caio Mário fez 10 gols, igualando o recorde anterior de gols em uma única partida que pertencia a Mascote, jogador do Sampaio Corrê/MA.

» Fernando Collor de Mello, ex Presidente do Brasil, já foi dirigente de futebol. Presidiu o CSA em 1976.

» Até se tornar o grande clube do futebol das Alagoas, o ASA de Arapiraca, foi eternizado por Francis Hime e Chico Buarque com a música “E se”. Num dos trechos da música, que tornavam o clube sinônimo de pequeno, tinha o seguinte verso: “E se o Arapiraca for campeão…”

» Com o surgimento no futebol profissional do Corinthians e o crescimento do Asa e outros clubes interioranos, o CSA acabou rebaixado para Segunda divisão em 2003 e 2009.

» Em 1999, o CSA, conquistou o Vice-campeonato de uma competição continental, a Copa Conmebol, proeza que dificilmente outro clube do estado alcançará. Teve ainda o artilheiro do campeonato, Missinho (05 gols). A final foi com o Talleres, da Argentina.

» O Dínamo Esporte Clube, de Maceió, durante muito tempo ficou conhecido como o time da família crustácio – é que os dirigentes eram os irmãos Mané Caranguejo, Jorginho Siri, Pêu (campeão Intercontinental pelo Flamengo/RJ) e dona Maria, mãe dos três.

» Joãozinho Paulista, no campeonato alagoano de 1984, fez 34 gols, tornando-se o recordista em uma única competição do alagoano. Onze anos depois (campeonato alagoano de 1995), o meia Inha quebraria o recorde de Joãozinho ao fazer 37 gols. Os dois jogavam pelo CRB.

 

Fonte: Site do C.S. Capelense