Jardim Verônia Esporte Clube foi fundado no dia 26 de Novembro de 1962. A equipe Rubra fica localizado no Distrito de Ermelino Matarazzo, na Zona Leste da Cidade de São Paulo (SP).
E.C. Madureira – Cubatão (SP)
Esporte Clube Madureira é uma agremiação da Rua 7 de Setembro, 604, no Bairro Vila Nova, em Cubatão (SP). Outras informações é só passar e serão agregadas como de praxe.
Iacanga Futebol Clube e o seu “Pelé bola murcha”
Ao encontrar o Iacanga Futebol Clube, localizada na cidade homônima… Resolvi tentar descobrir fundação e nada achei. Mas o nosso amigo André Martins, matou no peito e deu um belo passe para nos informar que o time é de 1940. Além disso, encontrei uma história bacana dos anos 50, que gostaria de compartilhar com os amigos.
Por: Carlos Cardozo
Ano de 1958. O Iacanga Futebol Clube tinha um time de futebol muito bom, chegando a conquista do titulo regional de futebol. Na equipe, excelentes jogadores, como: Ziquito, Periquito, Nicão, Ditinho, Orlando Castro, Belmiro, Zeca Abdalla, Miziara, Milanez,entre outros. O técnico era o Gero José de Souza.
Canto do Rio Esporte Clube – Três Corações (MG)
Na Cidade de Três Corações, terra do grande Rei Pelé, vem o Canto do Rio Esporte Clube. O clube possui uma sede belíssima, porém o estádio é um contraste. O gramado precisa de reformas e uma obra de infraestrurtura.
Tirando esse ‘mero detalhe’ o time participa da Liga Esportiva Tricordiana (LET). Contando com a colaboração do nosso intrépido André Martins… O Canto do Rio E.C. foi fundado no dia 27 de novembro de 1952.
A “Locomotiva” voltou à Especial a todo vapor
O retorno da Ferroviária de Araraquara à Divisão Especial, levantando o Campeonato da Primeira Divisão de 1966 foi a apoteose de uma temporada irrepreensível. Apenas quatro derrotas em 52 jogos demonstraram o poderio da agremiação da Estrada de Ferro.
Enfrentando o forte “Nhô Quim” de Piracicaba, em duas partidas realizadas no Pacaembu, a AFE empatou a primeira e venceu a segunda, em peleja emocionante e disputada com muito aguerrimento por parte dos litigantes, no encharcado gramado da Municipalidade bandeirante.
A ficha técnica do jogo
Dia 21 de dezembro de 1966, quarta-feira (noite)
Estádio Municipal do Pacaembu, em São Paulo (SP)
Primeiro tempo – 0 a 0
Final – Ferroviária 1 x 0 XV de Novembro de Piracicaba
Marcador – Dorival (contra), aos 10’ do 2º tempo
Renda – Cr$ 12.861,00
Juiz – Armando Marques, auxiliado por Germinal Alba e Wilson Antônio Medeiros
Quadros:
Ferroviária – Machado; Beluomine, Brandão, Rossi e Fogueira; Bebeto e Bazzani; Passarinho, Maritaca, Téia e Pio. Técnico: Agenor Gomes (Manga). Capitão: Fogueira
XV de Piracicaba: Claudinei; Nelson, Kiki, Proti e Dorival; Chiquinho e Lopes; Nicanor, Mazinho, Rodrigues e Piau. Técnico: Gaspar. Capitão: Kiki
Ocorrência – Fogueira, contundido, aos 5’ da fase derradeira, passou a jogar na ponta esquerda, recuando Pio para a lateral.
Eis como a Gazeta Esportiva (através de Solange Bibas) comentou o feito da Morada do Sol:
“O bom filho à casa torna – Não demorou muito, ei-la aí de volta. Nem chegou a cair: saiu de férias. Mas que férias duras, seu moço! A campanha da Ferroviária de Araraquara para retornar ao seu lugar na Divisão Especial foi uma dessas coisas… Era favorita, porque mais primoroso e técnico o seu futebol de alto padrão. Sempre foi figura brilhante, enquanto lutou na Especial. E, se caiu, foi porque os maus fados conspiraram contra a equipe da Morada do Sol. E todo mundo ficou triste quando a “locomotiva” partiu. Ferroviária faz falta na Divisão Especial. Mas, ei-la que retorna. O bom filho à casa torna. Palmas redobradas para a Ferroviária de Araraquara! Porque, quem sobe à Especial é grande! E maior ainda é quem consegue se erguer depois da queda! Benvinda, Ferroviária! Benvinda, “locomotiva” velha de guerra!”
“Sem desmerecer o XV de Novembro de Piracicaba, que lutou bravamente, a Ferroviária acabou fazendo por merecer a vitória, na noite de ontem, uma vitória apertada, que, inclusive, obrigou o quadro de Araraquara a ser mais defensivo, depois do gol e em face da contusão de Fogueira. O XV foi à frente, mas o bloqueio da turma araraquarense existiu sempre, principalmente no “miolo”, onde se postou o próprio Bazzani, onde ficou Bebeto, buscando sempre destruir, embora sem nunca renunciar ao direito de atacar. Apareceu maios o XV, porém, diga-se, defendeu-se muito a equipe vencedora, completando-se em seu sistema recuado.
Não se poderia exigir mais da partida, dos times, dentro daquele estado lastimável da cancha. Temos a impressão, inclusive, que o time mais prejudicado foi o da Ferroviária, pois era tecnicamente melhor. Inclusive, os araraquarenses começaram bem mais certos em seu trabalho, fazendo recuar um pouco Téia, para fugir da marcação, dali partindo com a bola para as tramas curtas com o rápido Maritaca. E vinha sempre o acionamento dos ponteiros, embora Passarinho, pela direita, esquecesse de dar mais velocidade à bola, preferindo o jogo individual, contra uma defensiva rígida, pesada, como a do XV. Mas, com o trabalho de Bebeto, no meio do campo, impulsionando rapidamente a bola, a Ferroviária teve mais presença, conquanto esquecendo um ponto importante para o estado da cancha: os tiros a gol. De resto, o XV, atacando menos, também os esqueceu, resultando daí poucas emoções nas duas áreas. Mas via-se a Ferroviária melhor entrosada e mais rápida em seus movimentos, com uma retaguarda que se apresentava bem posta, com os laterais guardando posição e fazendo coberturas centrais. O XV defendia-se e jogava em profundidade, talvez mais praticamente, porém, sem encontrar caminha para as penetrações, sobretudo porque aquele que parecia ser seu homem mais importante, na ofensiva, o ponta esquerda Piau (também individualista) era sempre bloqueado.
Na realidade, naquele estado da cancha, era difícil, se não impossível, firmar um esquema, a não ser mais em sentido defensivo, mas deve-se dizer que, se o XV tinha Lopes, um grande lutador (primeiro jogando mais atrás, depois saindo e dando maior potencial ao XV), contou a equipe araraquarense com uma dupla central mais móvel, com Bebeto e Bazzani, este experimentado e guardando posição quando o primeiro saía, realizando os dois bom trabalho de revezamento. Ademais, a Ferroviária, como já dissemos, mantinha firme seu setor de retaguarda, com esplêndida antecipação e marcação.
Não houve gols na primeira etapa e, na segunda, perdendo Fogueira, que passou à ponta esquerda, tendo que recuar Pio, trabalhou inteligentemente, abrindo Téia para a esquerda e movimentando o veloz Maritaca na frente. Recuava ainda Passarinho, dando mais força, depois do gol, ao sistema defensivo. Assim um trabalho de maior sentido coletivo, enquanto o XV, lutando leoninamente, andou “abrindo” a defesa, conquanto se possa dizer que as penetrações de Nelson, pelo setor desguarnecido de Fogueira, criou boas situações.
A verdade, porém, é que a Ferroviária, marcando aquele gol, aos 10 minutos, sentiu que podia garantir, como, realmente, garantiu, teimando o XV em levar seu jogo, praticamente todo ele, para o “miolo”, onde Mazinho e Rodrigues eram bloqueados. Piau teve oportunidades, raras, mas faltou a complementação e, se o XV esteve próximo do empate, num lance de contra-ataque a Ferroviária fez o necessário para ganhar, apenas de 1 x 0, mas tendo méritos, indiscutivelmente.
Repetimos: sem desmerecer o XV, um quadro valente e de grande espírito de luta, a Ferroviária pareceu-nos melhor armada, pelo trabalho coletivo, pela melhor compreensão entre seus homens. Isolou praticamente Maritaca na frente, porém, de posse da bola, saindo quase sempre por Passarinho, o quadro de Araraquara mostrou maiores recursos técnicos. Enfim, parabéns ao XV, pelo denodo, mas parabéns maiores à Ferroviária, pelo maior sentido de equipe, pela grande vitória.”
Bola no barbante
Tudo aconteceu aos 10’ do 2º tempo, quando a Ferroviária, por intermédio de Brandão, cortou uma avançada do XV de Novembro. A bola foi enviada em profundidade a Bazzani, que penetrava pelo meio. E desceu alta. Bazzani tentou a cabeçada, apesar de acossado, por trás, por Proti. Saiu a cabeçada do meia para a direita, por onde entrava rapidamente Maritaca. Passou por Dorival, indo quase à linha de fundo, pressentindo a saída de Claudinei. Maritaca chutou e a bola, batendo no braço de Dorival, desviou-se de sua trajetória, entrando para as redes, marcando a vitória grená.
O melhor do jogo
Maritaca merece boa nota, como a merece Rossi, um jogador excelente. Mas temos que dar a Fogueira o destaque maior dentro da partida. No primeiro tempo, foi soberano, na destruição, marcação e cobertura, mostrando uma notável segurança. Na fase final, contundido, passou a ser ponta esquerda, tendo contudo extraordinário espírito de valentia para recuar e também marcar, apesar de “capengar” visivelmente. Um grande jogador, que não se entregou nunca. No XV, Lopes merece registro, pelo espírito de luta, pelo sentido de jogo, vindo a seguir Proti e Kiki. Finalmente, não esqueçamos o valor de Brandão.
O juiz foi assim
Dirigiu a partida o conhecido Armando Marques, auxiliado nas “bandeiras”, por Germinal Alba e Wilson Antônio Medeiros. Partida difícil de ser dirigida, pelo estado escorregadio, pesado, da cancha. Mesmo assim, acompanhando bem todos os lances, Armando Marques mostrou sua categoria. E note-se que houve lances de choque, entre adversários, houve jogadas que pareceram violenta, sendo que, em todos os instantes, Armando Marques estava em cima da jogada, apitando tudo, com precisão.
Como o público viu o jogo
A chuva incessante que caiu ontem sobre São Paulo impediu que um número maior de torcedores fosse ao Pacaembu. Mas os que vieram de Araraquara e Piracicaba, mostraram toda a gama de entusiasmo pelas suas equipes e não se cansaram de as incentivar durante todo o jogo. A alegria maior ficou para os araraquarenses, que desde o início afirmavam que o “XV é freguês”. O público deixou nas bilheterias Cr$ 12.861.000,00 e no final do encontro apareceram muitos torcedores com camisas da Ferroviária, algumas que levaram de casa e outras que arrancaram dos jogadores na hora de invadir o gramado.
E ELA VOLTOU… – Depois de haver perdido todos os seus galões em 1965, conseguiu a Associação Ferroviária de Esportes, um ano depois, reconquistar o seu lugar na Divisão Especial de Profissionais. Tendo produzido para o futebol paulista e brasileiro uma infinidade de bons jogadores como Galhardo, Tales, Baiano, Faustino, Pimentel, Bazzani, enfim, tantos craques, foi preciso preparar nova “fornada” para que o público da “Cidade Morada do Sol” sentisse o seu poderio técnico. Assim é que na noite chuvosa que tornou o Pacaembu verdadeiramente impraticável, a opinião de 70% dos torcedores era a de que o clube de Araraquara não conseguiria levantar o título, na luta contra o seu grande rival, XV de Piracicaba, pois era um quadro leve e não se adaptava ao terreno, naquelas circunstâncias; no entanto, foram bastante diferentes e o resultado foi que a Ferroviária chegou, de maneira brilhante, na noite de 21 de dezembro, ao título máximo da Primeira Divisão de Profissionais, depois de uma campanha brilhante e acima de tudo meritória.
Nossos aplausos ao grande campeão.
Na volta da delegação a Araraquara:
Bandeira da AFE dominando o desfile e as demonstrações de júblio coletivo.
Pelas ruas principais da cidade, o corso da vitória se desenrolou interminavelmente, diante dos olhares do povo que não se cansava de vivar os vencedores do Pacaembu
Fonte:
A Gazeta Esportiva, edições dos dias 22 e 24 de dezembro de 1966.
Edição: Paulo Luís Micali
Mais uma raridade: Irmãos Goulart FC – Olaria (RJ)
Mais uma raridade resgatada! Encontrar escudos perdidos é sempre um momento ímpar na vida de um pesquisador. Imagina quando o ‘achado’ está na lista ‘dos mais procurados’? Ao encontrar o escudo inédito (abaixo) do Irmãos Goulart Futebol Clube (Campeão do Departamento Autônomo de 1956) risco um da minha lista e ainda consegui encontrar um pouco de sua história, juntando o útil com o agradável.
A questão me intrigava era a data de fundação. Descobri que apesar de ter saído no Diário da União em 1932, o time já existia desde 1916. A história do time se entrelaça ao Olaria Atlético Clube e os amigos entenderão ao ler a matéria. Boa leitura!
HISTÓRIA
Em 1916, Custódio Nunes faleceu e Quincas Leandro convidou o Capitão Goulart para constituir o matadouro Irmãos Goulart S/A. Os funcionários da empresa montaram um time: o Irmãos Goulart FC.
Enquanto isso, o Olaria AC iniciava suas atividades no campo do Japonez Football Club, que também ficava na Rua Filomena Nunes. Depois, resolveram instalar sede e campo na Estrada de Maria Angu. Em 1917, o clube alugou um terreno baldio na Rua Leopoldina Rego, que transformou num campo.
Em 1920, mudou de nome para Olaria AC, por sugestão do presidente Silvio e Silva, que queria ampliar as atividades do clube para o tênis, a regata e o escotismo. Foi então que alterou o escudo, para incluir a bola do futebol, a raquete do tênis, o remo das regatas e uma âncora em homenagem à Marinha de Guerra, devido aos inúmeros marinheiros que participavam de suas atividades.
Nesse período, também pretendeu fazer uma fusão com o EC Brasil e o Civil EC (que tinha esse nome porque era formado por policiais civis). A fusão fracassou e o Olaria AC perdeu o time e o campo, que só conseguiu reaver na justiça.
Entre 1925-26 é que finalmente instalou sua sede no nº 251 da Rua Bariri (paralela à Filomena Nunes), onde Custódio Nunes antigamente guardava seus bois e, depois, o Irmãos Goulart FC tinha o seu campo. Após vender o local, o Irmãos Goulart FC desapareceu deixando uma lacuna no futebol da Zona Norte do Rio.
Atualmente, o antigo campo do Irmãos Goulart FC é a sede do Olaria Atlético Clube, com seu estádio Mourão Filho, um amplo ginásio coberto, um salão de festas, uma churrascaria concorrida, um parque aquático que é considerado o maior da zona da Leopoldina, a Sala de Troféus Leibnitz Miranda e uma excelente boutique de material esportivo.
TÍTULO INÉDITO
O momento mais importante do Irmãos Goulart FC aconteceu em 1956. Nesse ano o time Alviverde Olariense se sagrou campeão do Campeonato do Departamento Autônomo (D.A.).
O Departamento Autônomo foi um departamento de futebol do Rio de Janeiro, que substituiu a Federação Atlética Suburbana, que continha clubes de menor expressão da cidade do Rio de Janeiro e que de alguma forma não tinham condições de disputar o Campeonato Carioca.
Os clubes eram amadores e disputavam competições à parte. Embora o nome sugira “autonomia”, o D.A. era ligado à Federação Metropolitana de Futebol, e logo após à Federação Carioca de Futebol e à Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj).
Diário Oficial da União (DOU) de 12/05/1955
IRMÃOS GOULART F. C.
“EXTRATO DE ESTATUTO – Fundado em 1º de agosto de 1932, nesta Capital, onde tem sede e foro por tempo Indeterminado, com fundo social aipi – constituir-se de ilimitado número de -a-· associados, que não respondem pelas obrigações sociais, tem por fiel at. participar e promover festas ,.sporavas de caráter eugênico;
b) o encorrer às festas esportivas oromovida5 ou autorizadas pela Diretoria. Serão administrados por uma diretoria, composta de Presidente (que sere seu representante em Juízo ou fora dêle) -Vice-Presidente -Secretário Geral -1.” e 2e Secretalios – Tesoure’ro Geral -L° e 2.” Tesoureiro -Procurador -Comissão de Esportes (2 membros). O Clube só poderá ser dissolvido por motivo de insuperável dificuldade do seu Objetivo social.
No caso de dissolução do clube serão seus bens liquida-los prarata entre os sócios fundadores Para deliberação nos casos de que tratamos ara. 53 e 54, assim coma para a reforma dos presentes estatutos, será convocada especialmente, uma assembléia geral extraordinária, que resolverá pela maioria de seus membros e dentro dos dispositivos destes Estatutos. Os fundadores e a Diretoria constam em apenso ao estatuto. – Manuel Machado Estéves. (N.° 13.657 -2-5-55 -Cr$ 81,60)”