Tudo começou em 1930 com o time do Democrático que, por questões e exigências políticas incompreensíveis por parte de autoridade municipal da época, teve que mudar a denominação. Chamou-se Esperança em outro período, até que se chegou ao quadro da Fiação e Tecelagem Santa Bárbara no final do decênio de 30.
Após ter participado do Campeonato da Região em 1944, em sua fase municipal, tendo enfrentado União, Cillos, C.A.U.S.B. e Usina Furlan, a representação da Fiação interrompeu suas atividades futebolísticas, por determinação da diretoria da empresa. Em 1945 a praça de esportes da Rua Santa Bárbara encontrava-se fechada.
No campo tudo era matagal, até que uma equipe de atletas ainda juvenis solicitou do Sr. Rafael Cervone autorização para reativá-lo, pois onde os rapazes praticavam o futebol – no chamado campo do “sapo”, atual Centro Social Urbano – não se tinham mais condições de uso. Entretanto, a praça de esportes da Rua Santa Bárbara também necessitava de amplas reformas, principalmente quanto ao nivelamento do campo de jogo.
Foi então que se recorreu ao Dr. Adriano Arcani, superintendente da Usina Santa Bárbara, o mesmo fundador do C.A.U.S.B.. Dr. Arcani, atendendo ao novo grupo, aliado naquela época àqueles que integravam a equipe da Fiação, autorizou que as máquinas da Usina Santa Bárbara procedessem os reparos necessários no estádio localizado em terreno sempre pertencente à Companhia Fiação e Tecelagem Santa Bárbara.
Antes de 1947, ainda na etapa de preparação ao surgimento do novo clube, o mesmo grupo de jogadores juvenis ganhou o uniforme da equipe IMOR, de Indústrias Romi, cujas camisas continham no distintivo a letra “I”. Na foto a seguir, nota-se melhor o “I” na camisa do goleiro Inocêncio Perissinoto.
Assim, no despertar de 1947, exatamente no dia 3 de março, estava fundada a ASSOCIAÇÃO ESPORTIVA INTERNACIONAL. Era praticamente o mesmo conjunto de abnegados, desde o Democrático, agora fortalecido por outros simpatizantes do “esporte-rei” do Brasil. Todos continuavam em ação para o trabalho realmente apaixonante em nome da recreação e do lazer para determinada parcela da população barbarense.
A A.E. Internacional, das cores vermelha e verde, mandava todos os seus jogos no estádio em pleno centro da cidade, bem próximo à linha férrea da FEPASA, entre as ruas Santa Bárbara e Duque de Caxias. Seus diretores fundadores foram: Roberto Leite (presidente e funcionário da COFITESBA), Luiz Rosa, Aramiz Bóttene, Cesário Modenese, Antonio de Toledo Mello, Nazareno Voltani, Mário Largueza, Sílvio Ferreira de Albuquerque, Roldão de Oliveira e Alberto Largueza.
A Internacional fez o seu jogo de estréia em amistoso diante do poderoso time da Usina Santa Bárbara. E os rubroverdes venceram esplendidamente pelo placar de 3×1. Em seus primeiros anos de atividades futebolísticas, a Internacional teve em seu plantel jogadores como Bentinho Ribeiro (o goleiro), o veterano Eusébio Silva (pai do Zezé e Geraldinho), Toninho de Cillo, Augusto Sartori, Adriano Rocha, Burgre, Waldir Zamuner, Baianinho, Dane, João Ananias, Tertuliano, Alfredo Quibao, Paulo Lopes, Izaias Preto (Armindo), Tavico, Airton-Gaio, João Pinto, Toninho Largueza, Pedro Baldassin, Bí Lopes, Testa, Nacyr Lucchette, Maurinho, Xandú, Mingue, Messias Portes, Sinhá e outros.
A Internacional, novo caçula da cidade, logo revelaria dois jogadores para o futebol profissional: o centro médio Fernandinho Quibao e o goleiro Inocêncio Perissinoto, que foram para o XV de Jaú, na antiga 1.ª Divisão da F.P.F.. Inocêncio, após se sagrar campeão da divisão de acesso pelo XV no ano de 51, deixou Jaú para realizar um período de testes em Palestra Itália, na S.E. Palmeiras, tendo, inclusive, atuado pelo alvi-verde no recém-inaugurado Estádio Estadual do Maracanã, no Rio de Janeiro.
Mas não foi feliz no Palmeiras e regressou a Jaú, onde permanecia seu companheiro de Internacional, o Fernandinho Quibao, além do zagueiro Aristides Serra, que havia defendido em Santa Bárbara as equipes do C.A.U.S.B. por vários anos e do União, em breve período.
No panorama local, A.E. Internacional começava a desfilar pelos campeonatos promovidos pela Liga Barbarense de Futebol que teve o “Municipal” sem a Usina Furlan. Eram 4 os clubes barbarenses: União, Cillos, C.A.U.S.B. e Internacional, pela ordem de fundação.
Também no difícil “Campeonato Amador do Interior”, dirigido e patrocinado pela Federação Paulista de Futebol, Santa Bárbara continuava a ter presença marcante nas competições do Setor e Zona, defrontando-se com clubes dos municípios vizinhos. Em 1948, o título de campeão de Santa Bárbara foi conquistado pelo Cillos F.C.. Em
FONTES: Livro “A Memória do Futebol Barbarense… Até os dias de Hoje”, de autoria de J.J. Bellani – Waldomiro Junho