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Americano Esporte Clube de Cuiabá (MT): escudo dos anos 60

O Americano Esporte Clube foi uma agremiação da cidade de Cuiabá (MT). O clube rubro-negro foi Fundado no dia 12 de Outubro de 1928, e teve como a sua maior glória o título do Campeonato Matogrossense de 1944. Abaixo segue o time posado de 1960.

Fontes: Jornal Estado de Mato Grosso – Felipe Feitosa

América Football Club – Vitória (ES): Primeiro campeão Capixaba em 1917

Contando com a parceria do amigo e jornalista Felipe Feitosa, apresento o ‘Primeiro Campeão do Campeonato Capixaba, em 1917‘: O América Football Club foi uma agremiação da cidade de Vitória (ES). Fundado numa quarta-feira, do dia 03 de Maio de 1916, proveniente de uma dissidência de sócios do Rio Branco. No ano seguinte, foi um dos fundadores da Liga Sportiva Espírito-Santense (LSES) e, também em 1917, tornou-se o primeiro vencedor do Campeonato Capixaba de Futebol.

 Curiosidade do título de 1917

Na equipe campeã, o zagueiro Carlos Lindenberg, que se tornaria governador do Estado do Espírito Santo e Senador da República na década de 1950. A equipe Alvirrubra mandava os seus jogos no Estádio Campo do Paul.

O América conquistou o Torneio Início em quatro oportunidades: 1922, 1923, 1926 e 1943. E no Campeonato Capixaba foi campeão em seis oportunidades: 1917, 1922, 1923, 1925, 1927 e 1928.

 Um clube do povo

O jornal ‘Vida Capichaba realizou uma enquete em 1927 para que os leitores e personalidades de outros veículos de comunicação qual era o clube de futebol ‘Mais querido‘ de Vitória. E no dia 15 de julho daquele ano foi anunciado o vencedor: América FC venceu com 400 votos, 51 a mais do que o Rio Branco; e 158 de diferença para o Vitória FC que terminou na terceira posição.

Contudo, uma década depois, o clube entrou numa grave crise financeira e acabou fechando as suas portas em meados da década de 40, colocando um ponto final numa história rica de títulos e popularidade!

Fontes e Foto: Jornal Vida Capichaba – Wikipédia – Felipe Feitosa

Tabela do Campeonato Capixaba da Segunda Divisão de 1958

O Campeonato Capixaba da Segunda Divisão de 1958, contou com a presença de 14 times:

Recreio Futebol Clube,

Centenário Futebol Clube (Fundado: 06-01-1929),

Guarany Esporte Clube (Fundado: 1955),

Bangu Esporte Clube,

Santa Cruz Futebol Clube (Fundado: 23-10-1928),

Botafogo Futebol Clube,

20 de Novembro Sport Club,

Olímpico Esporte Clube,

Jabaquara Futebol Clube,

Bangu Futebol Clube,

Bonsucesso Futebol Clube,

Itaunas Futebol Clube,

Estrela Futebol Clube,

União Futebol Clube

Fontes: Vida Capichaba – Felipe Feitosa

Torneio Initium de Vitória (ES) de 1927

Transcrevo o texto no jornal ‘Vida Capichaba’:

No dia 24 corrente foi realizado o torneio inicial do campeonato de foot-ball da Cidade. Nada menos de seis clubes disputaram com denodo e galhardia, o título de campeão, fazendo com que a torcida sentisse, durante horas, emoções violentas. Foi uma tarde desportiva movimentada, que levou as instalações da Liga, promotora do meeting, uma assistência regular. Venceu o torneio, sob applausos geraes, a Associação Viminas de Esportes, sendo o vice-campeão o Rio Branco F.C.

Sport Club Americano – Vitória (ES): Campeão Capixaba de 1940

Amigos e membros, mais um escudo desvendado para o deleito dos fãs e adeptos. Contando com a preciosa ajuda do amigo e jornalista Felipe Feitosa, compartilho o extinto Sport Club Americano, campeão do Campeonato Capixaba de 1940, da cidade de Vitória (ES).

Fundado numa quinta-feira, do dia 09 de Maio de 1935, a equipe Alviverde tinha Sede na Rua São Tiago, s/n (em frente a garagem do Alvarez Cabral), em Nova Palestina. Há registro de uma outra sede, que ficava na Rua Santo Antônio, s/n na Vila Rubim, também na cidade de Vitória.

Um ano depois do seu surgimento (1936), o SC Americano já estreava na elite do futebol do Espírito Santo, mas sem destaque. Contudo, a sua maior glória veio no ano de 1940, quando a equipe Alviverde se sagrou campeão Capixaba.

Além desse caneco, o SC Americano também faturou no mesmo ano o título de campeão da Taça Cidade de Vitória (1940), e o Hexa do Torneio Início do Espírito Santo: 1941, 1948, 1949, 1951, 1953 e 1963.

Resumo da História do título Estadual de 1940

O Campeonato Capixaba daquele ano contou com a participação de 8 (oito) clubes:

Sport Club Americano;

América Futebol Clube;

Centenário Futebol Clube;

Rio Branco Atlético Clube;

Santo Antônio Futebol Clube;

Vitória Futebol Clube; todos da cidade de Vitória;

além do Vilavelhense Futebol Clube, de Vila Velha;

e o Vasco da Gama.

 

Campanha

O Sport Club Americano realizou 14 jogos como 10 vitórias, um empate e três derrotas; marcando 36 gols e sofrendo 22; com um saldo de 14.

Primeiro Turno

SC Americano 5 x 2 Vilhavelense FC

SC Americano 1 x 0 Centenário FC

SC Americano 3 x 1 Vitória FC

SC Americano 2 x 0 Vasco da Gama

SC Americano 2 x 1 Rio Branco AC

SC Americano 3 x 1 Santo Antônio FC

SC Americano 6 x 4 América FC

 

Segundo Turno

SC Americano 2 x 2 Vilhavelense FC

SC Americano 2 x 4 Centenário FC

SC Americano 0 x 2 Vitória FC

SC Americano 1 x 2 Vasco da Gama

SC Americano 3 x 1 Rio Branco AC

SC Americano 3 x 2 Santo Antônio FC

SC Americano 3 x 0 América FC

 

Escalações do SC Americano nos seis títulos do Torneio Início

1941: Geovani, Luiz e Itagibe; Lauro, Aladir e J. Pedro; Tilzinho, Didi, Domingos, Toninho e Jerônimo.

1948: Osório, Estevão; Ribeiro, Hamilton e Guilherme; Orlando, Jorge, Silvio, Wilson e Osvaldo.

1949: Bananinha, Teodoro e Wilson; Silvio, Edwaldo e Guimlherme; Hamilton, Eurïdio, Bermudes, Dastro e Dïlson

1951: Bananinha, Ferrarin e Severo; Careca, Luiz e Mauro; Otávio, Joel, Dastro, Dilson e Pedro Amâncio

1953: Bananinha, Loiola e Preto; Geraldo, Basílio e Teodoro; Renato, Carlinhos, Foli, Wilson e Jorge.

1963: Nilo, Zezinho e Dilio; Bolão, Alcionis e Bazú; Helinho, Lauro, Pirajú, Cacau e Vasco II.

 

PS: Ao longo das minhas pesquisas não encontrei nenhuma menção de que o S.C. Americano tenha trocado o alviverde pelo alvianil, e, consequentemente alterado o seu escudo.  

Fontes e Foto: Rsssf Brasil – Folha Capixaba – Felipe Feitosa 

Ilhéus Atlético Clube – Ilhéus (BA)

O Ilhéus Atlético Clube é uma agremiação da cidade de Ilhéus (BA). O clube foi Fundado, numa segunda-feira, do dia 15 de Maio de 1944. Algumas das variações do seu escudo foi inspirado no brasão da cidade.

O clube sempre teve um cunho de participar das competições citadinas. Ao longo do tempo assistiu alguns clubes da cidade disputar a Primeira Divisão do Campeonato Baiano como o Flamengo FC, Vitória Esporte Clube, Ilhéus Futebol e Regatas e Colo Colo.

Então, o Ilhéus AC resolveu tentar o futebol profissional. Na sua estreia no Campeonato Baiano da Divisão de Acesso (Série B), em 1990, bateu na trave terminando com o vice-campeonato só atrás do E.C. Ypiranga (clube do ilustre torcedor: Jorge Amado).

Debuta na Divisão de Acesso nos anos 90

No ano seguinte (1991), nova tentativa, mas dessa vez a campanha foi aquém e o Ilhéus ficou no meio do caminho (o Fluminense FC de Camaçari foi o campeão). Após a competição a diretoria com dificuldades financeiras e sem apoio resolveu desistir da aventura profissional. De lá pra cá o Ilhéus Atlético Clube segue disputando as competições citadinas.

 

Fonte: Rsssf Brasil – Cia. da Notícia

 Fotos : Toque Esportivo – Cia. da Notícia

Pôsteres dos craques dos anos 40: Domingos da Guia

Finalizando “Um Crack por semana”, do Globo Sportivo da década de 40, o maior zagueiro da história do Clube de Regatas Flamengo: Domingos Antônio da Guia (Rio de Janeiro, 19 de novembro de 1912 — Rio de Janeiro, 18 de maio de 2000), ou simplesmente Domingo da Guia.

Revelado pelo Bangu, assim como seus três irmãos e filho (Ademir da Guia, o Divino). Sua ligação com o Bangu é tão grande que seu nome é citado no hino do clube.

Além do Bangu, Domingos da Guia jogou e teve grande destaque no Flamengo, Vasco, Corinthians, Nacional de Montevidéu e Boca Juniors da Argentina.

Quando Domingos foi contratado para jogar no Uruguai, os uruguaios se revoltaram alegando que não precisavam de zagueiro, pois tinham Nasazzi. Quando Domingos foi embora, disseram que só aprenderam o verdadeiro significado da palavra “zagueiro” após a passagem de Domingos pelo país (MAZZIERO DE SOUZA, Kleber – Divino: a vida e a arte de Ademir da Guia. Rio de Janeiro: Editora Gryphus, 2001).

Zagueiro clássico e de excelente técnica, é apontado como o melhor zagueiro brasileiro de todos os tempos. Sua “marca registrada” era sair driblando os atacantes adversários.

Tal jogada de extrema habilidade e risco, mas que sempre foi perfeitamente executada por Domingos da Guia, ficou conhecida como “Domingada”. Pela seleção brasileira foram 30 jogos, sendo 19 vitórias, 3 empates e 8 derrotas. Jogou a Copa do Mundo de 1938, tendo o Brasil ficado em terceiro lugar. Com a seleção ele foi campeão da Taça Rio Branco, em 1931 e 1932, e da Copa Rocca em 1945.

Domingos é pai de Ademir da Guia, maior ídolo da história do Palmeiras e irmão de Ladislau da Guia, o maior artilheiro da história do Bangu (com 215 gols), clube que revelou as duas gerações de craques.

Foi considerado por Obdulio Varela o melhor jogador do Brasil. “O melhor que vocês já tiveram foi Domingos, completo. Campeão lá [Brasil], aqui [Uruguai] e na Argentina”, declarou a um repórter brasileiro em 1970.1

 

Na década de 1930, as competições esportivas internacionais ganharam grande simbolismo e importância. Sobre este aspecto, Eric Hobsbawm afirma que “a dimensão identitária da nação tem um lócus especial nos esportes, estes seriam uma espécie de reduto do nacionalismo moderno, e as Copas do Mundo de futebol ao longo de sua história se transformaram em evento símbolo desse nacionalismo.”

No Brasil, seria a 1° vez que a seleçao brasileira iria completa para a competição – nas últimas duas edições a equipe sempre tinha ido desfalcada por causa de brigas internas. Graças à constituição social e racial do time brasileiro, o time de 1938 se tornou um cristalizador dos ideais de harmonia social e furor nacionalista que eram propagandeados pelo recém instaurado Estado Novo.

Na 1° partida, após grande atuação do zagueiro Domingos e do atacante Leônidas da Silva, ambos mulatos, a equipe nacional venceu os poloneses por 6X5. Por outro lado, a Alemanha perdera seu jogo por 4X2 para a Suíça. Em meio a popularidade de teorias raciais no período, em especial da superioridade da raça ariana propagada pelo regime nazista, começa a se construir no Brasil um discurso que ao contrário de anos anteriores, via na mestiçagem um fator positivo. Tal concepção sobre a constituição étnica brasileira tem em Casa-Grande & Senzala de Gilberto Freyre um dos trabalhos mais importantes.

Dessa forma, o cartunista baiano Djalma Pires Ferreira, mais conhecido como Theo, fez uma caricatura retratando Domingos da Guia, alto e forte, contra um Hitler, baixinho, barrigudo e extremamente assutado com a imagem do brasileiro. Nessa imagem metafórica se inverteria a suposta superioridade racial afirmada por Hitler, estariam os alemães em desvantagem em relação aos mestiços brasileiros, e o resultado esportivo comprovaria tal afirmação.

 

Fontes: Wikipédia – Globo Sportivo

 

Pôsteres dos craques dos anos 40: Zizinho

No penúltimo artigo de “Um Crack por semana”, do Globo Sportivo da década de 40, um cracaço de bola: Tomás Soares da Silva, mais conhecido como Zizinho (São Gonçalo, 14 de setembro de 1921 — Niterói, 8 de fevereiro de 2002), foi um dos grandes meias do futebol mundial. Na publicação do dia 03  de janeiro de 1941, o Mestre Ziza vestindo o Manto Sagrado do Flamengo.