Arquivo da categoria: Rio de Janeiro (antigo Estado do RJ)

Foto rara, de 1970: Tupi de Juiz de Fora (MG) 0 x 1 Flamengo (RJ)

EM PÉ (esquerda para a direita): Aluísio, João Carlos, Fred (irmão de criação do PC Caju), Campista, Duílio e Marcos (irmão do lateral Paulo Henrique);
AGACHADOS (esquerda para a direita): Caldeira (falecido em SP, em 2019), Chiquinho (abandonou o futebol profissional em 1974, tornando-se Bancário, falecendo em 2016), Milton (ex-América, de Rio Preto, Flamengo e equipes do México), Ademir e Michila (irmão do Fio Maravilha).

O Clube de Regatas Flamengo descobriu que tem um bom número de torcedores em Juiz de Fora – a 2ª maior cidade mineira – e vai partir para lá com toda a suas forças, a fim de aumentar sua galera.

No domingo, do dia 11 de Outubro de 1970, o Flamengo mandou uma equipe mista para enfrentar o Tupi Foot Ball Club, no estádio Santa Terezinha, em Juiz de Fora, sem cobrar nada pelo jogo amistoso.

Nessa partida, o Galo Carijó fez a estreia de quatro jogadores: Alair, Volmir, César e Luís Augusto, recentemente contratados. A equipe rubro-negra comandado por Dorival Knipel, mais conhecido por ‘Yustrich’ venceu o Tupi pelo placar de 1 a 0.

Colaborou: José Leôncio Carvalho

FONTE: Jornal dos Sports (RJ)

Foto Rara, de 1966: Bangu Atlético Clube – Rio de Janeiro (RJ)

EM (esquerda para a direita): Ubirajara Mota, Luiz Alberto, Pedrinho, Ary Clemente, Fidélis e Jaime;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Ladeira, Parada, Norberto Safioti, Ocimar e Aladim.

FOTO: Acervo pessoal

Inédito!! União Football Club – Rio de Janeiro (RJ): Fundado em 1947

O União Football Club foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). Na década de 50, existiam alguns clubes homônimos, como o mais conhecido de Marechal Hermes, tinha também o de Engenho de Dentro e a equipe de Mesquita (na época era um distrito de Nova Iguaçu).  Um breve resumo dessa equipe foi contado pelo Jornal A Manhã e um documento foi importante para o redesenho do distintivo.

Na quarta-feira, do dia 26 de março de 1947, um pequeno grupo de entusiastas desportistas resolveu fundar, no bairro de Botafogo, o União Football Club, propiciando-lhe recursos para, desde logo, disputar com seus coirmãos jogos de futebol e manter entre seus associados um ambiente de sã camaradagem, norteando os rumos de seu grêmio pelo preceito clássico “meus sana in corpore sano(traduzindo do latim: “Eu sou saudável em um corpo saudável”)

Muitas foram as dificuldades encontradas e logo superadas; exaustivos foram, quase sempre, os esforços dispendidos para a consecução do seu ideal de moços; hoje, porém, decorrido um ano de sua existência, União Football Club, contando em seu seio com uma legião de abnegados sócios, já tem alicerçado o seu futuro, possuindo um acervo de glórias que constitui o orgulho de seus fundadores.

Tendo a sua Sede confortavelmente instalada à Rua Visconde da Silva, nº 89, no bairro de Botafogo (atual Humaitá), na Zona Sul do Rio. A posse da sua segunda diretoria, composta de elementos que, pelo muito que já fizeram, asseguram aos unionistas o progresso sempre crescente do clube.

Eleita em assembleia a que compareceu a maioria dos associados, está assim composta a nova diretoria, que tomou posse na segunda-feira, do dia 12 de abril de 1948

Presidente de honra – Dr. Flavio Pareto Filho

Presidente – Hugo Fizler Chaves;

Vice-Presidente – Heronildes Pires Machado;

1º Secretario – Guilherme Sena;

2º Secretario – José Maria Alves Pereira;

1º Tesoureiro – Delamar Soares;

2º Tesoureiro – Alfredo Figueiredo;

Diretor Esportivo – Ernesto Figueiredo;

Auxiliar do Diretor Esportivo – Nilton de Oliveira;

Diretor de Propaganda – Antonio de Carvalho;

Comissão Recreativa – José Domingos, Antonio Barros e Euclides Formoso.

Os Festejos

No domingo, do dia 16 de maio de 1948, o União Football Club levará a efeito no campo da Escola de Educação Física do Exército, cedido por gentileza do tenente coronel Silvio Santa Rosa, um amistoso de futebol, no intervalo do qual será coroada a “Rainha do clube”, senhorita Wanda dos Santos, eleita em renhidíssimo concurso, sendo distribuídos nessa ocasião os prêmios conquistados pelos cabos eleitorais que maior número de votos apresentou.

Depois, para finalizar com brilhantismo o programa carinhosamente elaborado pela Comissão Recreativa, o União Football Club oferecerá a seus associados e famílias, a seus coirmãos e a Imprensa – um animado baile em sua sede, com o concurso de excelente jazz.

FONTES: Jornal A Manhã (RJ) – Fabiano Rosa Campos

Escudo Inédito da década de 40: Rio Cricket e Associação Atlética – Niterói (RJ)

O Rio Cricket e Associação Atlética é uma agremiação da cidade de Niterói (RJ). A sua Sede fica localizada  na Rua Fagundes Varela, nº 637, no bairro do Ingá, em Niterói. As cores oficiais do clube são o verde e o amarelo, homenagem dos seus fundadores ingleses e descendentes ao Brasil.

Foi no domingo, do dia 15 de Agosto de 1897, por um grupo de jovens ingleses apaixonados pela prática de esportes fundaram uma agremiação chamada Rio Cricket Club, que funcionava informalmente desde 1870, num terreno alugado na Rua Berquó (atual General Polidoro), em Botafogo no Rio de Janeiro, para a prática do cricket, esporte amplamente difundido na Inglaterra.

Após alguns atos de discordância dentro da agremiação, um grupo de fundadores decidiram montar uma outra agremiação na cidade de Niterói, com o clube que ficara sediado da cidade do Rio de Janeiro recebendo posteriormente a denominação de Paissandu Atlético Clube, assim nascendo uma grande rivalidade clubística entre os dois clubes da colônia britânica. Em algumas fontes antigas as partidas entre os dois clubes, nos mais variados esportes, era chamada de Clássico dos Ingleses.

Em 1897, o novo clube, fundado por ingleses e descendentes dissidentes do clube carioca, liderados por George Emmanuel Cox e Basil Freeland, também e provavelmente não por acaso no dia 15 de agosto, ganhou a denominação de Rio Cricket e Associação Atlética, no bairro de Icaraí, na cidade de Niterói, sendo este o 3º clube mais antigo destinado á prática de esportes na cidade, atrás apenas do Grupo de Regatas Gragoatá e do Clube de Regatas Icaraí, ambos fundados em 1895.

No dia 16 de novembro de 1897, foi lavrada a escritura de compra do terreno onde se instalaria o Rio Cricket e Associação Atlética. Em 1978, Carlos Ary Vieira torna-se o 1º presidente de origem luso-brasileira a dirigir o Rio Cricket. Antes dele, todos os quarenta e três presidentes do clube eram de origem britânica.

Futebol bretão

No domingo, do dia 22 de Setembro de 1901, ocorreu a 1ª partida de futebol oficialmente realizada no Estado do Rio de Janeiro, no campo do Rio Cricket. Neste dia, Oscar Alfredo Cox, que viria posteriormente a ser fundador e presidente do Fluminense Football Club, atravessou a Baía de Guanabara para enfrentar os praticantes de críquete e tênis do clube inglês. Ainda cerca de quinze observadores assistiram o jogo que terminou empatado em 1 a 1, causando espanto a crônica da época, não habituada a relatar embates finalizados sem vencedores.

Em 1906, o clube participou do 1º Campeonato Carioca de Futebol, ficando com a 3ª colocação. Foi no campo do Rio Cricket que foi definido o primeiro campeonato carioca de futebol.

Em 1916, ao contrário do que algumas fontes sugerem, o Rio Cricket jamais abandonou a prática do futebol, teve que se licenciar do Campeonato Carioca (do qual era convidado especial, já que na época pertencia a outro estado) apenas por conta da I Guerra Mundial, quando muitos de seus jogadores foram defender a Inglaterra.

Em 1920, o clube retomou as atividades futebolísticas, as quais mantém até hoje. O clube, no entanto, nunca se profissionalizou, mantendo-se amador como o futebol era em seu princípio. Em 1927, se sagrou campeão do Torneio Início de Niterói, organizado pela Liga Sportiva de Amadores (LSA).

Em 2006, o clube voltou a disputar uma partida de futebol contra o Paissandu Atlético Clube após quase 92 anos, nos jogos comemorativos dos 105 anos do futebol no estado do Rio de Janeiro (realizados na sede do Rio Cricket). O Rio Cricket foi derrotado por 2 a 1.

O clube participou das primeiras edições do Campeonato Carioca em: 1906, 1908, 1911, 1912, 1913, 1914 e 1915 e do campeonato niteroiense em 1925, 1926, 1927, 1928 e 1929.

FOTO: Acervo de Auriel de Almeida

FONTE: livroRio Cricket e Associação Atlética, Mais de um século de paixão pelo esporte”, de autoria de Patrícia Iorio e Vítor Iorio

Amistoso Internacional de 1971: C.R. Vasco da Gama (RJ) versus F.K. Vojvodina (Iugóslavia)

O Clube de Regatas Vasco da Gama enfrentou, em amistoso, o Fudbalski klub Vojvodina, da Iugoslávia (atual Sérvia), no domingo, às 17h45min., do dia 31 de janeiro de 1971, no Estádio de General Severino, em Botafogo, na zona sul do Rio. O clube de São Januário até o momento tinha realizado quatro jogos em 1971 (três derrotas e um empate):

17 de janeiroVasco1X2FlamengoArraial do Cabo/RJamistoso
20 de janeiroVasco1X2America/RJGeneral Severiano/RJamistoso
24 de janeiroVasco0X2Dínamo Bucareste (Romênia)General Severiano/RJamistoso internacional
27 de janeiroVasco1X1Sporting (Portugal)General Severiano/RJamistoso internacional

Véspera do jogo

Sem vitória na temporada, o Vasco da Gama precisava vencer para dar uma reposta aos seus torcedores. O técnico Paulo Amaral estava entusiasmo em conseguir a primeira vitória na temporada de 1971, principalmente após o treino de sexta-feira, quando os titulares golearam os reservas por 5 a 0, além de apresentarem um ótimo rendimento.

O treinador não pode contar com Dé Aranha, uma vez que o mesmo extraiu um dente, no sábado (30/01/71), que dificultava sua recuperação das dores musculares. Com isso, acabou substituído pelo atacante Silva.

Já a equipe do F.K. Vojvodina, da cidade de Novi Sad/IUG, apesar de ocupar uma boa posição no Campeonato Iugoslavo, ainda não conseguiu vencer no Brasil. Na sexta-feira (29/01/71), foi derrotado pelo Coritiba por 4 a 2, em Curitiba/PR.  

Crônica do jogo

O Vasco da Gama chegou ao seu quinto jogo consecutivo na temporada sem vitória, ao empatar em 1 a 1, com o F.K. Vojvodina, da Iugoslávia, em General Severiano, num jogo fraco sob todos os aspectos. Apesar da fragilidade do time adversário, o Vasco não conseguiu se impor em campo e acabou sendo vaiado pela sua torcida no final do jogo.

Parecia que o Vasco venceria o jogo facilmente pela disposição mostrada no início, mas o time voltou a apresentar uma série de erros. O principal deles fo insistir nas penetrações pelo meio, quando a área adversária estava sempre bem protegida, com seis ou sete jogadores.

Outra falha foi tentar centros pelo alto sobre a área do Vojvodina, já que a maioria dos seus defensores eram altos e ganhavam todas. O Vojvodina jogou trancado e explorando os contra-ataques rápidos e por diversas vezes pegou a defesa vascaína desprevenida, levando perigo ao gol de Valdir Appel.

A primeira chance de gol foi do Vasco, numa cabeçada de Silva raspando o travessão, ao completar um centro de Eberval da esquerda. Logo em seguida, Valdir salvou com uma bonita defesa, após um chute de Dirnaer, que tinha ‘endereço certo’.

Depois desses lances, o jogo ficou pouco preso ao maio de campo, já que o miolo da área do Vojvodina estava congestionado e o Vasco não conseguia penetrar. E o time iugoslavo, procurando explorar os contra-ataques, poucas vezes conseguia uma boa jogada, principalmente em consequência da fraca condição técnica da maioria dos seus jogadores, que nem lateral sabiam bater direito.

Se no primeiro tempo o jogo não agradou, piorou na etapa final. As várias modificações no Vojvodina não melhoraram em nada a situação do time enquanto o Vasco continuava no seu jogo, sem alcançar sucesso. O Vojvodina abriu a contagem aos 30 minutos, numa falta cobrada por Mikezic, rasteiro, no canto direito de Valdir. Aí o Vasco foi todo à frente em busca do empate.

O Vojvodina em contra-ataques, pegou algumas vezes a defesa do Vasco desprevenida. Aos 34 minutos, entretanto, Alcir empatou, ao receber um centro na medida de Silva. O jogo continuou no mesmo ritmo, frio e de pouca movimentação até o seu final, quando o Vasco foi vaiado pela sua própria torcida, devido à fraca atuação.

Paulo Amaral pediu paciência aos torcedores

Após a partida, o técnico do Vasco, Paulo Amaral pediu paciência à torcida, prometendo que dias melhores virão: “Eu compreendo a impaciência da torcida, mas na realidade o que menos importa nesses amistosos são os resultados. Eles valem, isso sim, para que tenhamos uma ideia do que se deve fazer para armarmos o time capaz de dar as alegrias que a torcida exige”, afirmou Paulo Amaral.

No entanto, o treinador disse que iria estudar possíveis mudanças para o jogo da quarta-feira, do dia 03 de fevereiro de 1971, diante do CSKA, da Bulgária, também no Estádio de General Severiano.   

Para o jogo contra o CSKA, já poderei contar com Dé (Aranha). Entretanto, o Silva jogou muito bem e ainda não decidi quem vai jogar, Na apresentação dos jogadores amanhã (segunda-feira, dia 1º/02/71), vou estudar as alterações do time. É possível que o Celso volte ao gol, no revezamento que estou fazendo com os goleiros, porque quero conhece-los bem. É isso só é viável em amistosos”, concluiu Paulo Amaral.

E, no jogo diante do CSKA, da Bulgária, o Vasco da Gama finalmente conseguiu a 1ª vitória, ao bater o seu oponente pelo placar de 3 a 1, trazendo a calma de volta ao time para a sequencia da temporada.

C.R. VASCO DA GAMA (RJ)                  1          X         1          F.K. VOJVODINA (YUG)

LOCALEstádio de General Severiano, no bairro de Botafogo, na Zona Sul do Rio (RJ)
CARÁTERAmistoso Internacional de 1971
DATADomingo, do dia 31 de janeiro de 1971 
HORÁRIO17 horas e 45 minutos (de Brasília)
RENDACr$ 13.746,00 (treze mil e setecentos e quarenta e seis cruzeiros)
PÚBLICO2.088 pagantes
ÁRBITROJosé Marçal Filho (FCF)
AUXILIARESWilson Dias Durão (FCF) e Azenclever e Barreto (FCF)
CARTÃO VERMELHOPijovic (Vojvodina) aos 39 minutos do 2º Tempo (jogo violento)
VASCOValdir Appel; Fidélis, Moacir, Joel Santana e Eberval; Alcir Portela e Buglê; Luiz Carlos, Jaílson, Silva e Gilson Nunes. Técnico: Paulo Amaral
VOJVODINAPopovic; Aleksic, Jovanic, Kourliza e Medovic; Brvic e Karamamovic; Ivenic (Pirmater), Mikezic (Pijovic), Dirnaer (Stanic) e Liceiner (Dzenco).
GOLSMikezic aos 30 minutos (Vojvodina); Alcir Portela aos 34 minutos (Vasco), no 2º Tempo.

FOTOS: Acervo Valdir Appel – Tribuna da Imprensa (RJ) – Correio da Manhã (RJ)

FONTES: Diversos jornais do Rio (RJ)

Torneio Magalhães Pinto de 1966: União Soviética foi a grande campeã!

URSS – Campeã

O Torneio Magalhães Pinto, foi realizado entre os dias 3 a 6 de fevereiro de 1966 (quinta-feira a domingo). A competição contou com a participação do Atlético Mineiro, Cruzeiro, Flamengo e a Seleção da U.R.S.S. (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), que fez uma excursão pelo continente sul-americano, visando a preparação para a Copa do Mundo de 1966, na Inglaterra.

Vice-campeão

O América Mineiro tentou participar, mas…

Um fato curioso, foi que o América Mineiro tentou participar do quadrangular. Para isso tentou junto a Federação Mineira de Futebol (FMF), transferir o seu jogo da Campeonato Mineiro referente ao ano de 1965, do dia 05 de fevereiro de 1966, diante do Valeriodoce para outra data. 

Inclusive, o clube enviou o representante o Sr. Lauro Gentil para uma reunião na sede da CBD (Confederação Brasileira de Desportos, atual CBF), terça-feira, às 19h30min., do dia 19 de janeiro de 1966. Apesar do esforço do Coelho, a resposta definitiva foi de que seria impossível a sua inclusão no quadrangular.

Terceiro lugar

A Seleção Uruguaia foi cogitada a disputar

Sem cobrar cota, revertendo a arrecadação das partidas em benefício das vítimas das enchentes no Rio, a Seleção do Uruguai veio ao Brasil a fim de excursionar para realizar vários amistosos. Com isso foi cogitado a sua entrada no Torneio Magalhães Pinto de 1966, o que elevaria o número para cinco equipes. Porém, no final a Celeste não participou.

Quarta colocação

Os soviéticos livres, leves e soltos em Belo Horizonte

Na noite de terça-feira, do dia 1º de fevereiro de 1966, os jogadores do selecionado soviético saíram do Brasil Palace Hotel, onde estavam hospedados em Belo Horizonte/MG, informando que “iriam numa recepção”.

No entanto, foi descoberto, que na realidade os russos foram no Cine Art-Palace, assistir a um filme de strip-tease, chamado: “Noites Quentes do Oriente(filme italiano, que revela a vida noturna em países orientais), que é impróprio para menores de 18 anos.

EM PÉ (esquerda para a direita): Neco, Pedro Paulo, William, Procópio, Piazza e Raul;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Natal, Tostão, Evaldo, Dirceu Lopes e Hilton Oliveira (Foto: Arquivo Estado de Minas)

Cruzeiro e URSS estreiam com goleada e decidem o título

O Torneio Magalhães Pinto, teve a sua jornada dupla, na quinta-feira, do dia 03 de fevereiro de 1966. A diretoria do Cruzeiro que havia prometido um “bicho” de Cr$ 200 mil para cada jogador em caso de vitória, pelo visto motivou os jogadores.

Após um primeiro tempo equilibrado, com empate em dois gols, o Cruzeiro voltou para a etapa final e goleou o Flamengo pelo placar de 6 a 2, no Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte/MG

CRUZEIRO E.C. (MG)        6          X         2          C.R. FLAMENGO (RJ)

LOCALEstádio Magalhães Pinto, o Mineirão, em Belo Horizonte/MG
CARÁTERTorneio Magalhães Pinto de 1966
DATAQuinta-feira, do dia 03 de fevereiro de 1966
HORÁRIO21 horas e 15 minutos (de Brasília)
RENDACr$ 74.470.000,00 (setenta e quatro milhões e quatrocentos e setenta mil cruzeiros)
PÚBLICO36.121 pagantes
ÁRBITROJoaquim Gonçalves (CBD)
AUXILIARESJuan de La Passion Artês (FMF) e José Teixeira dos Santos (FMF)
CRUZEIROTonho; Pedro Paulo, William (Celton), Vavá e Neco; Wilson Piazza e Dirceu Lopes; Wilson Almeida (Natal), Tostão, Marco Antônio e Hilton Oliveira. Técnico: Airton Moreira.
FLAMENGOValdomiro; Murilo, Ditão (Jayme Valente), Luís Carlos e Paulo Henrique; Carlinhos e Jarbas (Mansilha); Neves, César Lemos (Aírton), Silva Batuta e Rodrigues (Osmar). Técnico: Armando Renganeschi.
GOLSSilva Batuta aos 20 e 27 minutos (Flamengo); Dirceu Lopes aos 24 minutos (Cruzeiro); Tostão aos 37 minutos (Cruzeiro), no 1º Tempo. Wilson Piazza, de pênalti, aos 18 minutos (Cruzeiro); Tostão aos 22 e 41 minutos (Cruzeiro); Marco Antônio aos 29 minutos (Cruzeiro), no 2º Tempo.

Na partida de fundo, a diretoria bem que tentou motivar seus jogadores com a promessa de pagar Cr$ 200 mil pela vitória diante do selecionado soviético e mais Cr$ 300 mil pelo título.

EM PÉ (esquerda para a direita): Canindé, Hélio, Grapete, Vander, Vanderlei Paiva e Warley Ornelas;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Buião, Lacy, Paulo Santana, Edgard Maia e Tião. (Foto: Arquivo Cláudio Aldecir)

Porém, o que se viu foi um Atlético Mineiro ser goleado pela União Soviética pelo placar de 6 a 1, no Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte/MG. Após um primeiro tempo com cinco tentos a zero, os russos retornaram num ritmo menor assegurando o direito de decidir o título contra o Cruzeiro.    

ATLÉTICO MINEIRO (MG)           1          X         6          SELEÇÃO DA U.R.S.S.

LOCALEstádio Magalhães Pinto, o Mineirão, em Belo Horizonte/MG
CARÁTERTorneio Magalhães Pinto de 1966
DATAQuinta-feira, do dia 03 de fevereiro de 1966
HORÁRIO19 horas e 15 minutos (de Brasília)
RENDACr$ 74.470.000,00 (setenta e quatro milhões e quatrocentos e setenta mil cruzeiros)
PÚBLICO36.121 pagantes
ÁRBITROArmando Marques (CBD/RJ)
AUXILIARESDoraci Jerônimo (FMF) e José Alberto (FMF)
ATLÉTICO-MGOsias; Canindé, Zé Borges (Vander), Bueno e Dawson; Aírton e Bougleux; Buião (Ronaldo), Toninho, Noventa e Ronaldo. Técnico: Paulo Amaral
URSSKavazashivilli; Ponomaryov, Shesternyov, Afonin e Danilov; Malafeev (Voronin) e Jussanov (Biba); Chislenko, Slava Metreveli, Kopaev (Serebrianikov) e Meshki (Jmelnitski). Técnico: Nikolay Morozov 
GOLSKopaev a 1 e aos 16 minutos (URSS); Jussanov aos 4 minutos (URSS); Chislenko aos 19 minutos (URSS); Meshki aos 26 minutos (URSS), no 1º Tempo. Kopaev aos 12 minutos (URSS); Toninho aos 15 minutos (Atlético-MG), no 2º Tempo.

A jornada dupla, de o Torneio Magalhães Pinto de 1966, no domingo, do dia 06 de fevereiro de 1966, começou com a disputa do 3º lugar, entre Flamengo e Atlético Mineiro, no Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte/MG

No final, melhor para o Rubro-negro carioca que bateu o Galo pelo placar de 1 a 0, ficando com a 3ª colocação do torneio.  

O primeiro tempo, foi fraco, com o Atlético um pouco melhor. No segundo tempo, com a entrada de Aírton na vaga de Carlinhos Violino, o Flamengo melhorou e dominou o jogo. Após perder uma série de gols, aos 37 minutos, saiu o gol.

Aírton dominou a bola na intermediária adversária e passou a César Lemos, na entrada da área. O ponta-de-lança deu um drible de corpo em Vander e, já com Luisinho batido, chutou rasteiro. A bola bateu no pé da trave e sobrou limpa para Neves que tocou alto para o gol, antes de entrar a bola resvalou na cabeça de Aírton, mas o árbitro assinalou o tento para Neves.

EM PÉ (esquerda para a direita): Murilo, Ditão, Jaime, Franz, Carlinhos e Paulo Henrique;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Carlos Alberto, Nelsinho, Almir Pernambuquinho, Silva e Osvaldo (Foto: Revista Cruzeiro)

O Galo ainda tentou o empate, mas o rubro-negro por pouco não ampliou o marcador. Fim de jogo e o Flamengo ficou com a terceira colocação, enquanto o Atlético terminou na 4ª posição.

ATLÉTICO MINEIRO (MG)           0          X         1          C.R. FLAMENGO (RJ)

LOCALEstádio Magalhães Pinto, o Mineirão, em Belo Horizonte/MG
CARÁTERDisputa do 3º lugar do Torneio Magalhães Pinto de 1966
DATADomingo, do dia 06 de fevereiro de 1966
HORÁRIO15 horas (de Brasília)
RENDACr$ 104.704.000,00 (cento e quatro milhões e setecentos e quatro mil cruzeiros)
PÚBLICO52.422 pagantes
ÁRBITROJoaquim Gonçalves (CBD)
AUXILIARESLuís Pereira (FMF) e José Teixeira (FMF)
ATLÉTICO-MGLuisinho; Canindé, Vander, Bueno e Dawson; Aírton e Bougleux; Ronaldo, Toninho, Noventa (Henrique Frade e depois Paulista) e Noêmio (Pio). Técnico: Paulo Amaral
FLAMENGOValdomiro (Franz); Leon, Luís Carlos, Jayme Valente e Paulo Henrique; Carlinhos (Aírton) e Jarbas; Neves, César Lemos, Silva Batuta e Rodrigues. Técnico: Armando Renganeschi.
GOLNeves aos 37 minutos (Flamengo), no 2º Tempo.

Na partida de fundo, foi definido o grande campeão do Torneio Magalhães Pinto de 1966. E a Seleção da União Soviética bateu o Cruzeiro pelo placar de 1 a 0, e ficou com o título, na tarde de domingo, no Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte/MG

O gol da partida saiu aos 5 minutos da etapa final. O tento foi marcado pelo veterano atacante soviético Ivanov, que, mesmo sem condições físicas, encheu o pé numa bola que lhe foi passada por Banishevski, com o goleiro fora do gol, viu a bola morrer no fundo das redes.  

EM PÉ (esquerda para a direita): Voronin, Lev Yashin, Shesternyov (capitão), Danilov, Sabo e Ponomaryov;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Chislenko, Banishevskiy, Porkuyan, Malofeyev e Khusainov. (Acervo pessoal)

A URSS ganhou cota de 24 mil dólares pelas duas exibições, correndo por conta da FMF (Federação Mineira de Futebol), as despesas com estadia, alimentação e, inclusive, diversões (cinema).

CRUZEIRO E.C. (MG)        0          X         1          SELEÇÃO DA U.R.S.S.

LOCALEstádio Magalhães Pinto, o Mineirão, em Belo Horizonte/MG
CARÁTERFinal do Torneio Magalhães Pinto de 1966
DATADomingo, do dia 06 de fevereiro de 1966
HORÁRIO17 horas (de Brasília)
RENDACr$ 104.404.000,00 (cento e quatro milhões e quatrocentos e quatro mil cruzeiros)
PÚBLICO52.432 pagantes
ÁRBITROArmando Marques (CBD/RJ)
AUXILIARESJuan de La Passion Artês (FMF) e Doraci Gerônimo (FMF)
CRUZEIROTonho; Pedro Paulo, William, Vavá e Neco; Wilson Piazza e Dirceu Lopes; Wilson Almeida (Natal), Tostão, Marco Antônio (João José) e Hilton Oliveira. Técnico: Airton Moreira.
URSSLev Yashin, ‘Aranha Negra’; Ponomaryov, Shesternyov, Afonin e Guetmanov; Voronin e Jusainov (Serebrianikov); Slava Metreveli (Chislenko), Ivanov (Biba), Banishevskiy e Meshki (Kopaiev). Técnico: Nikolay Morozov 
GOLIvanov aos 5 minutos (URSS), no 2º Tempo.

FOTOS: Estado de Minas (MG) – Acervo de Cláudio Aldecir – Revista Cruzeiro – Acervo pessoal

FONTE: Dados pessoais – Jornal dos Sports (RJ)

Fotos raras: America F.C. 5 x 0 A.A. Portuguesa, pelo Campeonato Carioca de 1975

America dá goleada na Portuguesa, no toque: 5 a 0  

Com uma atuação tranquila e inteligente o America Football Club esperou que a Associação Atlética Portuguesa Carioca cansasse no segundo tempo, para chegar a uma goleada de 5 a 0, na tarde de sábado, no Estádio Mario Filo, Maracanã, válido pela 7ª rodada do segundo turno do Campeonato Carioca de 1975.

O jogo começou em ritmo lento. A primeira jogada de gol pertenceu ao America, num chute de Ivo, defendido sem maiores problemas pelo goleiro Sérgio. A Portuguesa deixou apenas Felipe na frente e a maioria das suas jogadas começava sempre nos pés do habilidoso Eraldo.

Num cruzamento de Orlando, aos 27 minutos, quase Tadeu marca. Ele subiu e cabeceou para fora. Oito minutos depois, num chute de Ivo, Sérgio mandou para escanteio.

Flecha abriu o placar

Flecha, fora da foto, bateu cruzado, acertando o canto direito do goleio Sérgio, abrindo o placar.

O primeiro gol do America ocorreu quase ao final do primeiro tempo, ou seja, aos 42 minutos. Tadeu tocou na direita para Ivo e este cruzou rasteiro, Orlando passou para Flecha, bem colocado, tocou no canto direito de Sérgio, que nada pode fazer.

Na etapa final, o treinador americano Danilo Alvim tirou Paulo César, que se mostrava inibido, e colocou Gilson Nunes. A alteração, segundo o técnico afirmou no vestiário, foi de caráter psicológico, já que Paulo César errou passes primários, porque seus companheiros reclamavam.

A Portuguesa ameaçou o gol de Ado aos 5 minutos, quando Eraldo tocou na medida para Felipe e este chutou forte à direita do arqueiro americano. Aos 17 minutos, o treinador da Lusa Luís Mariano tirou o seu melhor jogador – Eraldo – e fez entrar Oberdã.

Tadeu amplia para o Mecão

Um minuto depois, quase o America aumenta. Flecha chutou, Sérgio largou e Tadeu, na pequena área, acertou a trave. O segundo gol surgiu aos 22 minutos. Gilson Nunes cruzou da esquerda para a direita e Neco que acompanhava a jogada tocou para Flecha. Este chutou cruzado e a bola passou pelo goleiro Sérgio. Gilson Nunes caído tocou para o gol e quando a bola ia entrando, Tadeu apenas conferiu.

Logo a seguir, Renato entrou no lugar de Bráulio, no America, e Germano no de Jair, na Portuguesa. A substituição do America foi muito boa, já que Renato jogou avançado e deu mais velocidade à equipe.

Ivo Wortmann tocou para o fundo das redes, assinalando o 4º gol.

Ivo marca duas vezes em três minutos

O 3º gol foi marcado por Ivo aos 30 minutos. Orlando chutou forte no travessão e no rebote Ivo escorou de cabeça. Sérgio, fora da jogada, não poderia fazer nada. Três minutos depois, Ivo marcou novamente. Após tabelar com Tadeu, recebeu na frente, e tocou no canto esquerdo, e a bola foi morrer no fundo das redes.

Flecha, de pênalti, marcando o último gol da goleada

Flecha, de pênalti, fez o último

O quinto gol foi marcado através de um pênalti duvidoso de Fernando em Flecha. O próprio Flecha, aos 35 minutos, cobrou e encerrou o marcador. Aos 41 minutos, Flecha foi derrubado na área e o árbitro não marcou, neste sim, um pênalti claro. 

AMERICA F.C. (RJ)           5          X         0          A.A. PORTUGUESA CARIOCA (RJ)

LOCALEstádio Mario Filho, o Maracanã, no bairro do Maracanã/RJ
CARÁTER7ª rodada do 2º Turno, do Campeonato Carioca de 1975
DATASábado, do dia 24 de Maio de 1975
HORÁRIO17 horas (de Brasília)
RENDACr$ 76.504,50 (setenta e seis mil, quinhentos e quatro cruzeiros e cinquenta centavos) 
PÚBLICO7.735 pagantes
ÁRBITROLuís Carlos Félix (FCF – Federação Carioca de Futebol)
AUXILIARESIvan Balcassa de Melo (FCF) e Mauro Rui dos Santos (FCF)
AMERICAAdo; Orlando, Alex, Geraldo e Paulo Maurício; Ivo, Bráulio (Renato) e Tadeu; Neco, Flecha e Paulo César (Gilson Nunes). Técnico: Danilo Alvim
PORTUGUESASérgio; Calibé, Daniel, Fernando e Sued; Carlinhos e Carlos Magno; Jair (Germano), Felipe, Russo e Eraldo (Oberdã). Técnico: Luís Mariano
GOLSFlecha aos 42 minutos (America), no 1º Tempo. Tadeu aos 22 minutos (America); Ivo aos 30 e 33 minutos (America); Flecha, de pênalti, aos 35 minutos (America), no 2º Tempo.

FOTOS: Acervo pessoal  

FONTES: Acervo pessoal – Jornal dos Sports (RJ) – Diário de Notícias (RJ)

Amistoso Estadual de 1975: Seleção de Nova Iguaçu (RJ) x America Football Club (RJ)

America, em ritmo de treino, vence o selecionado Iguaçuano

Com uma boa atuação, embora seus jogadores se poupassem visivelmente, o America Football Club derrotou a Seleção de Nova Iguaçu, pelo placar de 2 a 1, no Estádio Augusto Simões, em Mesquita/RJ, em jogo que fez parte dos festejos de mais um aniversário da emancipação política do município.

A partida assistida por cerca de 10 mil pessoas e, antes do seu início, a torcida derrubou cerca de cinco metros do alambrado, sem consequências graças à pronta intervenção da polícia.

O America começou muito melhor, dominando amplamente o seu adversário que parecia sentir os efeitos de enfrentar uma equipe de grande categoria. Logo aos 9 minutos, Manoel progrediu bem e lançou Mauro, que tocou para o fundo das redes.

A partir daí, o clube da Campos Sales diminuiu o ritmo, sentindo que poderia vencer sem maiores dificuldades. Isto permitiu uma reação do combinado Iguaçuano, que acabou chegando ao empate aos 30 minutos, quando Orlando atrasou mal e o atacante Da Costa se aproveitou para roubar a bola, driblar o goleiro Beto e deixar tudo igual, para delírio dos torcedores.

No período final, o America continuou jogando em ritmo de treino, mas mesmo assim dominava e perdia inúmeras chances de gol. Até que aos 28 minutos, Neco foi à linha de fundo, centrou forte para trás e Expedito, que substituiu Mauro, testou firme e sem qualquer chance para o goleiro, recolocando o Mecão em vantagem.

Nos minutos finais, o jogador Sabugo, do selecionado Iguaçuano, saiu de campo ensanguentado e sob suspeita de fratura no nariz. Ele foi atingido violentamente, mas de forma involuntária, pelo zagueiro Alex, que cabeceou o rosto de Sabugo, na tentativa de afastar uma bola centrada na área.               

SELEÇÃO DE NOVA IGUAÇU (RJ)      1          X         2          AMERICA F.C. (RJ)

LOCALEstádio Augusto Simões (propriedade do A.A. Volantes), em Mesquita/RJ
CARÁTERAmistoso Estadual de 1975
DATADomingo, do dia 02 de Fevereiro de 1975
HORÁRIO16 horas (de Brasília)
RENDAPortões abertos
PÚBLICO10 mil pessoas
ÁRBITROAntônio Melo (LDNI – Liga Desportiva de Nova Iguaçu)
AUXILIARESEdílson Falcão (LDNI) e Luís Fernando (LDNI)
NOVA IGUAÇULulu (Roberto); Lázaro, Déo, Ailton e Sabugo; Cacalo e Osvaldinho; Nuri, Da Costa, Dibarro (Edílson) e Paulo Preto (Helinho). Técnico: Julinho
AMERICABeto; Orlando (Fidélis), Alex, Geraldo e Álvaro; Renato e Ivo; Flecha (Neco), Manoel, Mauro (Expedito) e Paulo César. Técnico: Danilo Alvim
GOLSMauro aos 9 minutos (America); Da Costa aos 30 minutos (Seleção Iguaçuana), no 1º Tempo. Expedito aos 28 minutos (America), no 2º Tempo.

FONTES: Acervo pessoal – Jornal dos Sports (RJ)