Arquivo da categoria: Rio de Janeiro (antigo Estado do RJ)

Poster de 1973: Madureira Esporte Clube – Rio de Janeiro (RJ)

EM PÉ (esquerda para a direita): Ivan, Paúra, Dorival, Sidnei, Ruço (ex-Corinthians) e Celso Alonso;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Kaneco (ex-Santos), Silva, Mano, Carioca e Gaspar.

A fotografia se refere ao jogo do Campeonato Carioca da Primeira Divisão de 1973, Fluminense Football Club versus Madureira Esporte Clube, realizado no Estádio de São Januário. No final, a partida terminou empatada sem abertura de contagem.

Colaborou: José Leôncio Carvalho

FONTE: Revista Placar

Amistoso Nacional: E.C. Vitória (BA) 3 x 1 São Cristóvão F.R (RJ)

Na tarde de domingo, do dia 05 de Abril de 1953, o São Cristóvão e Vitória, se enfrentaram no Estádio da Fonte Nova, em Salvador (BA). O Vitória, uma semana antes, se sagrou campeão do Torneio Início baiano, enquanto o time Cadete, dias antes, faturou o título invicto do Torneio Quadrangular, em Campinas (reuniu, o Guarani, Ponte Preta e America-RJ).      

O São Cri-Cri quatro dias antes de enfrentar o rubro-negro baiano, perdeu o técnico Mario Faccini, que se desligou do clube para dirigir o Guarani de Campinas (SP). Assim, que foi escolhido para ser o “treinador tampão” foi o zagueiro e capitão Índio que acumulou as funções de jogador e técnico. O chefe da delegação dos Cadetes foi o Sr. Alvino Braga da Silva.   

E.C. VITÓRIA (BA)     3  X  1  SÃO CRISTÓVÃO F.R. (RJ)

LOCALEstádio Otávio Mangabeira, a “Fonte Nova“, em Salvador (BA)
CARÁTERAmistoso Nacional
DATADomingo, do dia 05 de Abril de 1953
RENDACerca de 120 mil cruzeiros
ÁRBITRORuy Carneiro (Federação Metropolitana de Futebol)
VITÓRIAPeriperi (Maciel); Eduardo e Alirio; Hilton Viana, Nélio e Joel; Tombinho; Otonel, Juvenal, Purunga e Ciro. Técnico: Osvaldo Costa   
SÃO CRISTÓVÃOMariano; Nei e Índio; Manfredo, Severino (José Alves) e Décio; Motorzinho, Humberto; Cabo Frio (Paulo César), Ivan (Cosme) e Carlinhos. Técnico: Índio
GOLSJuvenal, de pênalti, aos 18 minutos (Vitória), no 1º Tempo. Juvenal aos 30 minutos (Vitória);  Tombinho aos 35 minutos (Vitória); Carlinhos (São Cristóvão), no 2º Tempo.

FONTES: Jornal dos Sports – Unica (BA)

Tamoyo Football Club (atual: Tamoyo E.C.) – Cabo Frio (RJ): 1º escudo entre 1915 a 1918

Hoje o Tamoyo Esporte Clube completa 105 de existência!

Uma breve história desta simpática agremiação que fica na cidade de Cabo Frio, na Região dos Lagos no estado do Rio de Janeiro. A sua atual Sede está localizado na Avenida Nilo Peçanha, nº 153, no Centro da cidade.

Fundado no sábado, do dia 15 de Novembro de 1915, com o nome de Tamoyo Football Club. Na década seguinte alterou a nomenclatura para “Tamoyo Sport Club“. Na década de 40, com o aportuguesamento de boa parte dos clubes, a agremiação cabofriense passou a se chamar: Tamoyo Esporte Clube, que perdura até os dias atuais.  

O Tamoyo possui um histórico expressivo em duas modalidades esportivas: Futebol e o Futsal (antigo Futebol de Salão), onde é considerado um dos clubes mais tradicionais do Estado. Em 2015, ano em que completou seu centenário, disputou o Campeonato Estadual sub-20.

No campo, possui diversos títulos do Campeonato Citadino de Cabo Frio. No âmbito estadual, nos anos de 1941 (terminando na 5ª colocação, no geral) e 1942, o Tamoyo participou do Campeonato Fluminense de Futebol.

Na esfera profissional, o clube participou em três oportunidades do Campeonato Carioca da 3ª Divisão, organizado pela Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ): 1982, 1983 e 1985.

FONTES: Wikipédia – Site do Clube – Acervo de Marcelão Marcelo Santos (ex-goleiro da Cabofriense)

Inédito!! Esporte Clube São Bento – Angra dos Reis (RJ): Duas participações no Campeonato Fluminense de Clubes Campeões Municipais em 1962 e 1964

O Esporte Clube São Bento foi uma agremiação da cidade de Angra dos Reis (RJ). A sua Sede social ficava localizado na Rua Arcebispo Santos, nº 94, no Centro da cidade. Foi Fundado em 1950.

Há poucas informações do São Bento. O que foi apurado é que o time foi Hendecacampeão (11 vezes) de Angra dos Reis em  19511952, 195319541955, 19561957,  19581959, 1960, e 1961. Cinco anos depois disputou o III Campeonato Fluminense de Clubes Campeões Municipais de 1962. Na estreia, nem precisou jogar, uma vez que o seu adversário (Guarani Esporte Clube, de Volta Redonda), desistiu de participar. Assim, avançou para a segunda fase.

Time posado de 1973

Posteriormente, participou do Torneio de Campeões do Estado do Rio de 1964, organizado pela Federação Fluminense de Desportos (FFD).

A lista dos clubes inscritos chegou a um total de 19 clubes:

América Futebol Clube (Três Rios);

Associação Atlética Piauí (Fábrica Nacional de Motores – Duque de Caxias);

Bacaxá Futebol Clube (Saquarema);

Cantagalo Esporte Clube (Cantagalo);

Clube dos Coroados (Valença);

Clube Esportivo Mauá (São Gonçalo);

Esporte Clube Metalúrgico (São Gonçalo);

Esporte Clube Operário (Cabo Frio);

Esporte Clube São Bento (Angra dos Reis);

Estrela Dalva (Nilópolis);

Flamengo Futebol Clube (Macaé);

Guarany Futebol Clube (Magé);

Mangueira Futebol Clube (Paraíba do Sul);

Nacional Futebol Clube (Duque de Caxias);

Royal Sport Club (Barra do Piraí);

São José Atlético Clube (Cachoeiras de Macacu);

São Pedro Futebol Clube (São João de Meriti);

Tanguá Futebol Clube (Rio Bonito);

Tupy Futebol Clube (Paracambi);

Desistência e exclusão

No entanto, antes do início da competição, o Mauá de São Gonçalo desistiu de participar. Porém, o maior “mico” ficou por conta do Clube dos Coroados, de Valença.

Após ter a sua inscrição aceita, dias antes de estrear, a Federação de Fluminense de Desportos descobriu que o clube não foi campeão de Valença no anterior, o que impossibilitou a sua participação no torneio. Um erro grotesco da FFD!   

Time base de 1957: Zezito; China e Pindaro; Santos, Benê e João Cidade (Assaid); Artur, Mair, Edson e Ézio.

Time posado de 1976

FONTES: Jornal dos Sports – O Fluminense (RJ) – A Noite (RJ) – Última Hora (RJ) – Acervo de Pedro Almeida

Andarahy Athletico Club – Rio de Janeiro (RJ): escudo e reportagem com lindas fotos de 1930

O Andarahy Athletico Club foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). Fundado numa terça-feira, do dia 09 de Novembro de 1909, tinha a sua Sede e o campo localizados na Rua Prefeito Serzedello Correa (atual Rua Barão de São Francisco), que em 1960 foi vendido ao América e nos anos 90 foi trocado para a construção do Estádio Giulitte Coutinho, no Distrito de Edson Passos, em Mesquita. Atualmente, o campo do Andarahy é o shopping Boulevard (antigo: Iguatemi), no bairro do Andaraí, na Zona Norte do Rio.

De suas fileiras suburbanas saíram alguns jogadores de valor para o futebol do Rio antigo. E, entre outras coisas, se conta a história de um sapo enterrado no campo do Vasco, por uma figura “folclórica” do clube Arubinha. Esse sapo foi vingança da gente do Andarahy, depois de um revés em 1937,  no 2º Turno, para o Vasco, por 12 a 0.

Quadras de Basquete e voleibol

Nessa temporada o Andarahy foi o último colocado no Campeonato da Liga de Futebol do Rio de Janeiro, ano da pacificação nacional. Seria também o último campeonato em que o velho Andarahy tomaria parte na Divisão Maior do futebol carioca.

Curioso que de um modo geral, na era das cisões, o Andarahy esteve sempre junto com o Vasco, na mesma Liga. Mas, o fato é que depois dessa “praga”, o Vasco somente seria campeão carioca depois de um longo jejum, em 1945.

O Andarahy iniciou sua participação em Campeonatos da cidade do Rio de Janeiro, em 1916 na então Liga Metropolitana de Sports Athléticos. Nessa temporada o América foi campeão carioca e o clube do subúrbio ficou colocado em penúltimo lugar, com 10 pontos ganhos e 14 pontos perdidos.

Quadra de Tênis

Mas, conseguiu a façanha de derrotar o campeão por 1 a 0, no returno, assim como venceu o Botafogo por 3 a 2, e o Fluminense por 2 a 1. O Andarahy jamais conseguiu derrotar o Vasco da Gama na sua passagem pelo futebol carioca em campeonatos oficiais.

Foi um clube carioca de grandes campanhas, ganhou o Torneio Início do Campeonato Carioca de 1924 foi vice-campeão carioca em 1921 e 1934, e 3º colocado no Campeonato Carioca em 1924, e 1933. Com a união da FCF e da FMD em 1937, o clube deixa o Campeonato Carioca para sempre.

Estádio Prefeito Serzedello Correa

Abaixo uma reportagem na íntegra do jornal Excelsior, em 1930:   

O Andarahy Athletico Club é uma das nossas instituições desportivas brilhantes tradições. Sua actuação no meio esportivo carioca tem sido efficiente, cooperando sempre pelo maior desenvolvimento da nossa cultura physica.

Excelsior”, que, há muito, vem se interessando pela vida dos esportes entre nós, occupa-se hoje o Andarahy A.C., dedicando-lhe nada menos de quatro páginas, todas illustradas com photographias colhidas na sede do referido club. Na primeira destas páginas encontra-se a actual diretoria do Andarahy, na segunda, o seu primeiro team; na terceira, varios aspectos colhidos na sua sede, quando estivemos, há dias, alli; e na quarta, ou melhor, nesta página, alguns trophéus conquistados brilhantemente, em encontros com outros clubs desta capital.

Pelo avultado número de taças e bronzes ganhos nobremente pelo Andarahy, o leitor avaliará por si o valor desportivo dessa instituição que é, sem exaggero da nossa parte, uma das mais valorosas que possuímos.

Reconhecendo-o é que aqui prestamos esta homenagem, aliás espontânea e desinteressada, como vimos fazendo com os demais clubs, cuja vida tem sido tratada por nós, que, como já dissemos, muito nos interessamos pela prosperidade da nossa cultura physica, através de todos os esportes.

O Andarahy, possuindo um bom campo de foot-ball e locaes apropriados para apropriados para a pratica de outros gêneros esportivos, está destinado a ter cada dia maior actuação nos nossos meios que cultivam o esporte.

Tendo tomado parte em pugnas memoraveis, das quaes tantas vezes sahira triumphante, o Andarahy impoz-se definitivamente no conceito público, tornando-se um dos clubs que desfructam de maiores sympathias populares.

Diretoria de 1930

Para demonstração da sua prosperidade, o Andarahy está actualmente dotando o seu campo de uma excellente archibancada, de onde o público possa assistir com conforto os jogos que, de futuro próximo, se realizarem alli.

Emfim, é uma das nossas mais bem constituídas organizações desportivas, razão pela qual sempre se impôz no conceito e na admiração de quantos, como nós, se interessam pelo esporte no Brasil“.

FONTE & FOTOS: Jornal Excelsior          

Foto rara: Flamengo 4 x 1 Fluminense – amistoso do ‘Dia do Trabalhador’ de 1957

Zagalo (Flamengo) e Pinheiro (Fluminense), no centro o árbitro da FMF , Alberto da Gama Malcher

Em homenagem ao “Dia dos Trabalhador” e com portões franqueados ao público, Flamengo e Fluminense defrontaram-se, na tarde de quarta-feira, do dia 1º de Maio de 1957, no Estádio de São Januário, em caráter amistoso, porém valendo a Taça Brasília. A peleja contou com a presença do exmo. do Sr. presidente da República, Juscelino Kubitschek. O espetáculo, tecnicamente deixou muito à desejar, estando longe daquele clássico renhido e cheio de emoções, de há muito tradicional no futebol metropolitano.

Para a fraqueza do prélio contribuiu muito o Fluminense, que se apresentou cheio de falhas, com um conjunto desarticulado e sem demonstrar o menor senso de coordenação. A vitória do Flamengo por 4 a 1 foi justa e merecida, sem que entretanto, dê margem para que se afirme esteja o rubro-negro reabilitado de seus últimos insucesso. A exibição negativa do Tricolor facilitou em grande parte a tarefa de seu mais ferrenho adversário.

A maior parcela de culpa pela contundente derrota do Fluminense, coube à sua defensiva, principalmente pela maneira dispersiva como atuou. Do começo ao fim da peleja, seus integrantes não se definiram em campo, como fossem calouros a sofrer os impactos psicológicos duma estreia, em match de grande importância.

Dois elementos merecem, contudo, um destaque negativo: Cacá e Altair, que mais pareciam médios volantes que propriamente zagueiros laterais. Amos, avançando em demasia, deixando uma lacuna, que era preenchida pelos avantes do Flamengo.

Os 4 a 1 talvez sejam exagerados para quem ignora o transcurso da partida, mas na verdade foram até modestos para o rubro-negro, que poderia dilatar a contagem, caso assim o desejasse. Os tentos, à exceção do feito por Joel com uma espetacular cabeçada, foram consignados facilmente, sem maiores entraves.

Os erros da retaguarda influíram no ataque chefiado por Valdo. Neste setor, não houve também destaque individual. Telê não foi aquele mesmo dínamo que a torcida está acostumada a ver: Valdo, parece que ficou indigesto com os “gols” feitos na temporada de 56, e Escurinho, que vinha atuando surpreendentemente bem nos últimos compromissos do Fluminense, voltou ao nível que lhe é peculiar.

Um Flamengo à vontade

A fragilidade de estrutura que caracterizou o “onzetricolor, como dissemos, facilitou a tarefa do Flamengo. Este, contudo, houve-se melhor do que no prélio de domingo último, quando deixou-se abater pelo São Paulo e por idêntica contagem. Embora todo o conjunto atuasse a contento, merecem destaque: o goleiro Ari, que demonstrou muita firmeza nas poucas bolas que o ameaçaram; a linha média e os avantes, Joel, Moacir e Henrique.

FONTE & FOTO: Correio da Manhã

Foto de 1914: São Christovão Athletico Club – Rio de Janeiro (RJ)

O clube São Cristóvão de Futebol e Regatas foi fundado no bairro de São Cristóvão, a partir da fusão do Club de Regatas São Christóvão, um clube de regatas fundado em 12 de outubro de 1898, e o São Christóvão Athletic Club, que se restringia apenas ao futebol e disputava o campeonato metropolitano, fundado em 15 de julho de 1909.

A fusão ocorreu no dia 13 de fevereiro de 1943 e o novo clube herdou do futebol a fama conseguida nos campos, já campeão carioca e com bom desempenho nos gramados, assim como os resultados e conquistas.

A primeira partida do São Cristóvão foi disputada em 1 de agosto de 1909 contra o Piedade Football Club, tendo saído vencedor pelo placar de 5 a 1.

FONTES: Site do clube – Jornal Leitura Para Todos (RJ)