Arquivo da categoria: História dos Clubes Nacionais

Peri-Peri Esporte Clube – Capim Branco, MG

O Peri-Peri Esporte Clube é um clube da cidade de Capim Branco, MG. Foi fundado em 26 de abril de 1936 por Paulo Sales e Argemiro Cardoso, diretores da fábrica de tecidos Peri-Peri, e localiza-se na área urbana do distrito também homônimo.

Abaixo seguem os dois escudos que podem ser vistos na fachada do clube:

Fonte: Panoramio (foto 1, foto 2) e Informatoz

Aimoré Esporte Clube – Conselheiro Lafaiete, MG

O Aimoré Esporte Clube, fundado em 3 de outubro de 1932, é uma equipe de futebol de Conselheiro Lafaiete-MG.

Mais informações nos são trazidas em reportagem do Correio de Minas às vésperas do seu aniversário de 79 anos (a matéria diz erroneamente que o clube completara 78 anos):

Sem festa, Aimoré Esporte Clube completou 78 anos

O Aimoré Esporte Clube, de Conselheiro Lafaiete completou no dia 3, os seus 78 anos de fundação.  De acordo com a diretoria não houve comemoração e não haverá uma programação festiva alusiva a data.

O tradicional clube alvinegro foi fundado em 1932, tendo como primeiro presidente, João de Castro, já falecido que também foi vereador no município.

A casa do Aimoré é o Estádio Nossa Senhora da Paz, no bairro Sagrado Coração de Jesus, onde a apaixonada torcida mostra a sua loucura pelo time. Em 2009, o campo recebeu iluminação e mais recentemente ganhou um novo gramado, e um poço artesiano. Espera-se em breve a cons-trução de uma arquibancada no local onde atualmente existe um barranco.

Entre as principais conquistas do clube estão o título Amador de 1956, e de campeão do Centenário de 1966, torneio alusivo aos 100 anos de Conselheiro Lafaiete.  Em 1987, foi campeão na categoria Aspirante. Em 2008, em data memorável o Aimoré foi bicampeão Amador diante da sua torcida, derrotando na final o Santanense, de Santana dos Montes. Em 2010, o time Júnior levantou a taça de campeão no campeonato organizado pela Liga de Desportos.

Social Futebol Clube – São João del Rei, MG

O Social Futebol Clube foi fundado em 15 de setembro de 1939. Manda suas partidas no Estádio Paulo Campos, no bairro de Matosinhos, em São João del Rei.

Fonte: São João del Rei Alternativa

Fonte: Times Brasileiros

O clube tem 8 títulos municipais da Liga Municipal de Desportos de São João del Rei: 1948, 1951, 1955, 1979, 1988, 1995-1996 e 2001.

A seguir, um texto contando a história do Social, tal como encontrado no site O Grande Matosinhos.

A HISTÓRIA DO CLUBE ATRAVÉS DE SEUS PRESIDENTES

Escrever a história do Social F. Clube é aprofundar-se num tempo esquecido no passado. Amadurecido nas cabeças de José Nogueira, Inácio Rabelo Guedes, Domingos Cozza, Silvino Araujo, Sebastião Rabelo e Joaquim Zito de Souza, o Social tomou corpo e forma no dia 15 de setembro de 1939, data oficial de sua fundação. Tendo como padroeiro o Senhor Bom Jesus de Matosinhos, exaltado no dia 14 de Setembro, o Social, desde então, vem palmilhando sua trajetória com galhardia e altivez. Fundado no bairro considerado de baixa renda e de pequena população na época, estava destinado ao fracasso, assim como outros que o antecederam. Contrariando, porém, todos os prognósticos, o Social F. Clube encontrou em Dona Cotinha, genitora do Dr. Paulo Campos, uma ferrenha defensora dos ideais dos fundadores. Colocando à disposição do clube uma faixa de terreno de sua propriedade, para que nele se iniciasse, de modo concreto, a trajetória gloriosa do clube, Dona Cotinha lançava a semente do futebol “xavante”. (ZANETTI NETO: 1989)

Xavante, em reconhecimento à garra, o amor, à camisa e a vontade férrea de vencer dos socialinos. O Social Futebol Clube, conhecido como “O Xavante de Matosinhos”, denominação esta em homenagem a uma tribo indígena guerreira e persistente, tal qual a torcida do Social e daqueles que invergam e defendem as suas cores.

Foi seu primeiro presidente, Joaquim Zito de Souza, que no falar dos mais velhos, foi também o fanático chefe de torcida, o qual acompanhava o time aonde quer que ele fosse. Paralelamente à construção da sua sede social em 1948, o Social F. C. consagra-se campeão de São João del Rei, sendo este seu primeiro título oficial, tendo como presidente o Senhor José Pedro Henriques (1947-48). De 1948 a 1950 foi presidente do Social o fantástico e batalhador, Alcides Zanetti, que concluiu a sede social. Em 1951, o Social conquista pela segunda vez o título de campeão da cidade, sob a presidência de Enéas de Oliveira Morais (1950-53). Eleito no seu primeiro mandato (1950-51), através de voto à viva voz, em reunião do Conselho Deliberativo de 15/01/1950 e reeleito (1952-53) em reunião do Conselho, em 20/01/1952. Nesse período, o Social também foi campeão do “Torneio Dario Monteiro”, vice-campeão da cidade, nos segundos-quadros, e campeão do “Torneio Triangular Dr. Ivan de Andrade Reis”. Roberto José da Silva (1989) comenta em seu livro “O Social Futebol Clube” que na administração de Enéas Morais, o Social, representado pelo seu presidente, aceitou empreitar a construção do Grupo Escolar Tomé Portes del Rei, por interveniência do deputado são-joanense Dr. Mateus Salomé, o que não deu bom resultado, dado aos atrasos de pagamentos, advindos do estado de Minas Gerais. Em outubro de 1951, a família socialina enlutou-se: morre Dona Cotinha. O clube sofre uma perda irreparável. Em 03/12/1952, por impossibilidade de continuarem ocupando os mais altos cargos do clube, Enéas e seu vice José Carlos Filho, pedem demissão. Em 17/12/1952, o Sr. Elpídio Lima, antigo chefe da Estação Ferroviária de Chagas Doria e presidente do Conselho Fiscal do Social, aprova as contas do Sr. Enéas, no período de 1950-52. Nesta Assembléia, nomeiam o Sr. José Narciso da Silva, para presidente, e Alcides Zanetti para vice, para cumprirem o restante do mandato de Enéas, e desde já os nomeia para o biênio 1954-55. Narciso e Alcides acabam ficando até 1957, nomeados pela Assembléia de 25/04/1956. Em 1955, o Social conquista o seu terceiro título de campeão de São João del Rei.

Em 24/05/1958, o Conselho expôs os seguintes débitos do clube:
Antônio Otoni Sobrinho………………CR$ 4.000,00 (construção da sede)
Paulo de Resende Campos……………CR$ 17.100,00 (aluguel do campo)
José Soares…………………………………CR$ 1.091,00 (bebidas antigas)
Mário Rodrigues…………………………CR$ 230,00 (tijolos)
Ademar Zerlotini………………………..CR$ 320,00 (empréstimo bancário)
José Narciso………………………………CR$ 4.888,00 (dívida antiga)
Alcides Zanetti………………………….CR$ 13.118,00 (dívida antiga)

Os senhores Ademar Zerlotini e José Narciso cancelaram seus créditos com o clube, o que lhes valeram grandes elogios, bem como, elogios ao Sr. Vitório Zanetti, que ofereceu ao clube, um jogo de camisas de futebol.

Nesta mesma reunião foi consignado voto de pesar da família socialina pelo falecimento das seguintes pessoas:

Sr. Leoni Lombello, pai do conselheiro Sr. Humberto Lombello; Sr. Antônio André Vieira, ex-conselheiro; Srta. Marília, filha do secretário do conselho Sr. Antônio Lopes de Gouveia; Sr. Abelardo, pai do jogador de futebol Antônio Abelardo; à esposa do Sr. Palmiro Giarola; à cunhada do presidente José Narciso; Sr.Ângelo Zanetti; Sr. Liberato José dos Santos, ex-conselheiro.

De vice-presidente na administração anterior, o Sr. Alcides Zanetti torna presidente para o biênio 1958-60, através da Assembléia de25/05/1958 e em seguida para o biênio 1960-61. Portanto entre vice e presidência, o Sr. Alcides Zanetti, deu 15 anos de sua vida, dedicada ao Social, e continua até nos dias de hoje, nas arquibancadas dos estádios, torcendo para o Social.

Em 28/01/1962, o conselho elege para presidente, o comerciante Sr. José Garcia para o biênio 1962-63.

Em 10/05/1964, o conselho elege para presidente no biênio 1964-65 outro comerciante de renome em Matosinhos, Adenor Batista da Costa.

Em Assembléia Geral ocorrida a 06/01/1966, elege-se o novo conselho e nova diretoria do Social, tendo como presidente do conselho, o Sr. Paulo de Resende Campos e presidente executivo, o Sr. Jésus de Oliveira Morais.

Não por culpa do presidente Jesus de Oliveira Morais, mas a partir da sua administração, por contigências de época, o Social Futebol Clube vive um pesadelo em sua existência, que somado às ameaças da década de 50 está muito bem narrado, a seguir, por Zanetti Neto, em Jubileu de Ouro do Social Futebol Clube, 1989:

…após a conquista do título de 1955 e possuindo um forte plantel, o Social começa a sentir o poder econômico dos grandes rivais da época. Começa o aliciamento de seus atletas. São oferecidos objetos de valor aos atletas “xavantes” para se transferirem para outras equipes de nossa cidade e, numa época de difícil valorização de craques, esta oportunidade não poderia passar despercebida e, aos poucos, o Social, para desespero de seus abnegados Diretores: Major Pacheco, Sr. Adolfo, José Soares e outros, vê seus jovens craques envergarem outras camisas: Inácio, Tisca, Fundenga, Gaio, Waldemar, Tereré, Edson, Nortinho etc… Era precisso parar a máquina “xavante” e que outra coisa senão buscar aqueles craques que despontavam no futebol são-joanense? Não possuindo estrutura para enfrentar as investidas dos adversários, o Social se vê em sérias e terríveis dificuldades para armar um bom time para os próximos campeonatos. Os bens materiais e financeiros falavam mais alto. Já não bastava a força de vontade e o amor ao clube. Gerando uma crise interna, refletida necessariamente no esporte, o Social somente consegue caminhar tropegamente, para não sucumbir diante das adversidades que se lhe apresentam.

Na década de 60, tenta uma solução que seria desastrosa: passa a ser um clube profissional. Após uma campanha que deixou o clube em más condições financeiras, que já não era boa e enfrentando uma difículdade terrível, o Social volta à sua humilde origem de amador. Já nesta época, em litígio com os herdeiros de Dona Cotinha e não possuindo nenhum documento que assegurasse a posse do seu campo, o Social perde na justiça e o campo é restituído aos seus donos. É solicitada uma licença à LMD por tempo indeterminado.

Em 1968 [Assembléia de 16/05/1968], assume a Presidência do clube o jovem e então ex-atleta Gelson Rodrigues Vale. Era preciso conseguir outro terreno para se construir o campo de futebol, e sua primeira providência foi tornar isto possível. Entrando em contato imediatamente com os herdeiros de Dona Cotinha, inicia-se uma verdadeira maratona. Viagens, troca de cartas, conversas telefônicas, já que alguns herdeiros residiam fora de São João del Rei, dificultando assim as negociações. Propostas são feitas e desfeitas. O desânimo se apossa de todos, culminando com um golpe fatal: é loteado todo o terreno dos herdeiros, tendo a frente do loteamento o falecido Pedro Motta. Nesse período, faz se sentir a atuação do Dr. Paulo Campos, um dos herdeiros e Presidente do Conselho Deliberativo do clube. Sua ajuda foi fundamental para a solução do problema. Numa última tentativa, Gelson propõe ao dono do loteamento a permuta da sede social por um terreno para se construir o estádio. Pedro Motta, sentindo o drama do clube e amigo particular de Gelson, aceita a troca. E assim, em 1969, o Presidente Gelson entrega à família socialina a escritura do atual terreno onde está localizado todo o complexo esportivo-social do clube. Sempre lembrado e exaltado pela sua visão de grande presidente, Gelson deixa com dignidade, em 1969, a Presidência do Social F. C., na certeza de ter cumprido o seu mandato.

De 1969 a 1975, o Social permanece inativo. Durante sete anos fica afastado das lides esportivas. Neste espaço de tempo é apenas uma recordação na mente dos socialinos. Em 1975, assume a Presidência do clube, que se encontrava em estado caótico, aquele que promoveria a ascensão do Social: Octávio de Almeida Neves, irmão do presidente Tancredo de Almeida Neves. Arrebanhando os mais ferrenhos socialinos e num esforço titânico, começa a construção do atual estádio: Cabe aqui lembrar o nome de José Cesário de Castro, diversas vezes Presidente do Conselho Deliberativo, que foi o responsável pelo muramento do estádio, pois o mesmo era somente uma área aberta. Graças ao Sr. José Cesário, foram feitas as placas de cimento e consequentemente o estádio foi fechado, mesmo enfrentando as mais árduas dificuldades, José Cesário, com firmeza e garra que caracteriza a família socialina, sobrepujou a tudo e a todos conseguindo o seu objetivo.

Em 1976, o Social, devidamente reintegrado e legalizado junto a LMD, está apto para retornar ao cenário esportivo. É marcada a inauguração do novo estádio: 20 de junho de 1976. Social x Minas, jogo válido pelo campeonato da cidade, será a partida que inaugurará o estádio. O coração xavante bate forte. É o retorno do clube ao esporte são-joanense. A família socialina chora e vibra de emoção. E as comemorações? E o jogo? Pela manhã, é celebrada a Santa Missa em Ação de Graças. Bênção das novas instalações e do estádio. Tudo é festa. Abraços, agradecimentos, confraternização, lágrimas, tudo se mistura naquele dia. Octávio Neves, impassível, sereno e com toda humildade que sempre demonstrou durante sua gestão, aceitava os cumprimentos, debitando à sua Diretoria e amigos a grande realização. As solenidades prosseguiam em tom alegre e festivo, mas os pensamentos estavam voltados para o jogo da tarde. Às quinze horas e trinta minutos o juiz dá o apito inicial. É inacreditável. Mas lá estava novamente o Social a lutar em campo. Onze atletas honrando a camisa ”xavante”, renascendo para a posteridade. São eles: Paulo Aurélio, César (Abacate), Toninho (Bota Ovo) Bosco, Caxumba, Zé Antônio, Vicentinho, Jorge Rabelo, Lula e Jorginho. E mais: José Luís, José Espanhol e Gatinho.

O estádio, completamente tomado, vibrava com o jogo, um clássico para comemorar o acontecimento. Movido pela sua galera, o Social F. Clube consegue expressiva vitória sobre o co-irmão Minas F. C., pelo placar de 2×0, dois belos gols de Jorge Rabelo. Era o retorno glorioso do Social F. C..

O terreno para a permuta com a sede social anteriormente mencionado era de propriedade dos herdeiros, que acabaram ajudando e contribuindo na transação, e acabou se dando da seguinte forma: o terreno foi avaliado no ano de 1968 em NCr$12.000,00 (doze mil cruzeiros novos), sendo 5 mil de entrada e o restante financiado em 2 anos.

Na reunião do conselho realizada em 05/06/1969, o presidente Gelson Vale disse que a entrada de 5 mil cruzeiros novos já tinha sido dada, graças a ajuda importantíssima dos socialinos, que acreditaram e compraram títulos do clube e o restante, corrigido pela inflação, que já estava em 10 mil cruzeiros novos teriam que ser pagos, vendendo a sede social. Com a aprovação da venda da sede pelo conselho, no valor de NCr$14.000,00 (quatorze mil cruzeiros novos). Vendida a sede, o Sr. Gelson Vale prestou contas, em reunião de 15/03/1970, passando às mãos do novo presidente eleito, Sr. Jorge Salomão, a escritura do terreno já todo pago, a relação dos bens patrimoniais do clube, e saldo em caixa, na presença do conselheiro Adelmo Ferreira, que confirmou a exatidão dos referidos documentos. (SILVA: 1989, p. 19)

Para o biênio 1970-71, foi eleito presidente do Social o Sr. Antônio Augusto da Silva Neto.

Em 02/06/1972, o conselho, sob a presidência do Sr. José Cesário de Castro, deu posse ao novo presidente eleito, Sr. Armênio Reis, que renunciou em 13/02/1973, alegando motivos particulares. Nesta mesma reunião, após ter sido aceito o pedido de demissão, o Sr. José Nogueira indicou o nome dos senhores José Luiz Baccarini para presidente e Wainer de Carvalho Ávila para vice, para o resto do mandato de 1973 e para o biênio 1974-75, o que foi aprovado pela Assembléia.

Em 20/04/1975, em sua sede social, à Av. Josué de Queiroz, 151 (Cine Arthur Azevedo), sob a presidência do Sr. José Cesário de Castro, elegeu-se para presidir o clube, para o biênio 1975-76, o Sr. Otávio de Almeida Neves, e para vice o Sr. José Nogueira.

Em Assembléia do dia 13/02/1977, foram eleitos para presidente, o Sr. Érico Siqueira, e para vice o Sr. José Nogueira. Neste dia foi prestada uma homenagem póstuma ao Sr. Paulo Agostini, grande colaborador do Social. Em 1978, o Social conquista o vice campeonato da cidade, por incrível que pareça, perdendo somente a última partida para o seu maior rival, o Athletic. Mas, com praticamente o mesmo plantel, no ano seguinte o Social conquista o campeonato de futebol da cidade.

Em Assembléia do dia 07/12/1979, foram eleitos para o biênio 1980-81, o Sr. José Nogueira, para presidente e para vice, os senhores: Gentil Rodrigues de Resende e José dos Santos Zanetti. José Nogueira, um dos fundadores do Social F. C., tido por muitos, ao lado de Alcides Zanetti, um dos melhores presidentes que o clube conheceu. Sua administração seria coroada de êxito e marcada por duas soberbas obras: Sede Social, inaugurada a 15 de setembro de 1979, e o Parque Aquático em 14 de janeiro de 1984. Esses dois patrimônios são responsáveis pela volta da saúde financeira do clube, com aumento do quadro de associados e arrecadações avulsas. Na inauguração da nova sede, comemorando os 40 anos do clube, velhos e novos atletas se encontram, para as festividades e recebimento de medalhas, entre eles, o veterano Edson, que defendeu o Fluminense do Rio de Janeiro e Seleção Brasileira. Aliás, é de grande orgulho para os são-joanenses, em especial para os socialinos, a existência de dois craques que vestiram a camisa da seleção brasileira de futebol, ambos saídos do Social. Além de Edson, também Cláudio Caçapa, que se transferiu diretamente do Social, para o Atlético Mineiro e, em seguida, para ser campeão francês pelo Lyon da França, no ano de 2002.

Em Assembléia do dia 16/05/1982, reelegeu-se para o biênio 1982-83, a chapa do Sr. José Nogueira. Em Assembléia do dia 17/06/1984, tornou a se reeleger para o biênio 1984-85, a chapa do Sr. José Nogueira.

Em Assembléia do dia 20/04/1986, realizou-se eleição para o biênio 1986-87, com duas chapas concorrentes, sendo a chapa nº 1, composta por José Nogueira, Maurício Fazzion e Osvaldo Silveira. A chapa nº 2 foi composta por Carlos Alberto Nery, Newton Sales Borges e José Rabelo de Castro. Saiu vencedora a chapa nº 2. Carlos Alberto Nery, dinâmico e brilhante advogado em nossa cidade, juntamente com seus dois vice-Presidentes: Newton Sales e José Rabelo de Castro, cuja administração revolucionaria o Social e o futebol local. Foi, sem dúvida, uma das mais concorridas eleições que o clube já viu, 518 sócios se comprimiam no salão da sede social para exercer seu direito de votar. Ao final da contagem dos votos, saiu vitoriosa a chapa de Carlos Alberto Nery, com 275 votos, tendo a chapa oponente 243 votos. Empossada no dia 24 de abril, a nova diretoria se desdobrou em reestruturar todos os departamentos, para se fazer uma boa administração. Todo o patrimônio foi vistoriado e muitas reformas tiveram seu início imediatamente. A entrada do estádio recebeu piso de “bloquete”, foi construído um novo bar, atendendo simultaneamente sede, campo e piscina, o conhecido tri-bar. Todo o sistema hidráulico e elétrico recebeu melhoria. Os vestuários da parte esportiva receberam piso de borracha e nova pintura. A parte social recebeu um impulso jamais visto no clube. Eram promovidos bailes alusivos a dias especiais: Dia das Mães, Dia dos Namorados, Dia dos Pais, Aniversário do Clube etc. Surge a expansão do quadro social, em convênio com a firma Sorirama Empreendimentos de Campinas – SP. Em 1987, é montado um grande plantel com excelentes craques e por essas fatalidades do destino o time não conquista o título de 1987, sofrendo apenas três gols durante o campeonato.

No dia 21 de novembro de 1987, mais uma vez, a tristeza se abate sobre a família socialina: falece o ex-presidente e fundador José Nogueira. No dia 22, o Social iria enfrentar, em sua fase final o América R. F.. Os atletas, sentindo o ambiente triste pelo passamento de José Nogueira, entram em campo dispostos a render-lhe uma última homenagem. Conseguem uma expressiva vitória sobre o seu oponente por 2 x 0, dedicando ao ex-presidente José Nogueira esta vitória como uma recompensa por seu amor e trabalho ao Social F. Clube.

No ano de 1988, em que tiveram início as comemorações do JUBILEU DE OURO, foi iniciada a construção do primeiro lance de arquibancada, um velho sonho da família socialina e que se tornou realidade após cinqüenta anos de muita luta e sacrifício. Dotada de uma estrutura supermoderna, a arquibancada, com cem metros de extensão e cinco degraus, é sem dúvida, a maior conquista e o ápice da administração de Carlos Alberto Nery. Como se tudo isso não bastasse, foi substituída também a velha iluminação de lâmpada mista por outra moderna de lâmpada a vapor de mercúrio de 1.000 watts, bem como os postes de concreto por torres de estrutura metálica de dezessete metros de altura cada uma. E no dia 30 de novembro de 1988, o Estádio Paulo Campos reabriu seus portões ao público são-joanense para inauguração do primeiro lance de arquibancada e da nova iluminação, culminando com a entrega de faixas aos Campeões Invictos de 1988, num jogo sensacional com a equipe de profissionais do Tupi F. C. de Juiz de Fora. Estava realizada e consagrada a grande administração do Presidente Carlos Alberto Nery.

Em Assembléia do dia 11/12/1988, realizaram-se novas eleições, para o período de 12/12/1988 a 12/12/1991. Disputaram as chapas: “Invicta”, encabeçada por Gentil Rodrigues; “Azul”, encabeçada pelo Sr. Celso Novais. Saiu vitoriosa a chapa Invicta, com 161 votos, contra 94. Novamente, a família socialina deu uma lição de democracia e civismo. Num ambiente calmo e tranqüilo, as eleições transcorreram normalmente, desde a abertura, às 8h até o seu encerramento às 15h. A nova administração, logo no seu início, deu mostras de sua vontade em trabalhar para o Social F. Clube. Começou pela reforma total do alambrado do estádio e pintura do mesmo; construção de um W. C. no estádio, cobertura da entrada da sede, construção de uma passarela de concreto em volta do estádio, reforma da piscina e dos filtros, compra de aparelhos para aguar o campo, construção e reforma do passeio em frente ao estádio e sede, e pintura de toda a frente do patrimônio do clube.

Em Assembléia do dia 08/12/1991, realizaram-se novas eleições, para o triênio 92/93/94. Duas chapas concorreram: novamente a chapa “Invicta”, encabeçada pó Gentil Rodrigues e a chapa “A Hora do Arranco II”, encabeçada por Carlos Alberto Nery. Saiu vitoriosa mais uma vez, a chapa Invicta.

Em Assembléia do dia 08/01/1995, realizaram-se eleições, para o triênio 95/96/97. Duas chapas concorreram: a chapa “Você Decide”, encabeçada por Carlos Alberto Nery e a chapa “Invicta”, encabeçada desta vez, pelo presidente do Conselho Deliberativo, Mahatma Gandy Câmara. Saiu vitoriosa a chapa Invicta.

Em Assembléia do dia 11/01/1998, realizaram-se eleições, para o triênio 98/99/2000. Duas chapas concorreram: O grupo “Pró Social”, encabeçada por José Cláudio Henriques e a chapa “Recondução”, encabeçada por Gentil Rodrigues de Resende. Saiu vitoriosa a chapa Recondução.

Em Assembléia do dia 14/01/2001, realizaram-se eleições, para o triênio 2001/02/2003. Duas chapas concorreram: a chapa “Recondução”, encabeçada por Gentil Rodrigues e a chapa encabeçada por José Francisco de Castro. Mais uma vez a chapa Recondução foi a vencedora. A relação completa dos presidentes do Social esta no Anexo VIII.

UM POUCO DA HISTÓRIA DO HINO DO SOCIAL FUTEBOL CLUBE

Zanetti Neto (1989) descreveu:

Despertado pelo amor e curiosidade que sempre senti pelo Social F. C., procurei, desde meu ingresso no clube, averiguar a existência ou não do hino oficial do clube. Minhas pesquisas junto aos mais antigos e tradicionais “xavantes”, já que não existia nenhum documento a respeito, trouxeram à luz fragmentos de um antigo hino, mas, por mais que investigasse, não consegui provas autênticas de sua existência.

E assim, no dia 8 de janeiro de 1983, foi apresentado, em reunião, o novo hino do Social, com nova música, aproveitando a antiga letra, hino que foi aprovado por unanimidade, conforme consta no livro de Atas arquivado no clube.

A letra do hino eu a consegui graças a um antigo convite de baile que estava de posse do Sr. Álvaro José de Souza, antigo colaborador do clube, que gentilmente cedeu o convite para a divulgação da letra.

A primeira execução oficial do hino se deu no dia 14 de janeiro de 1984, quando da inauguração do Parque Aquático “José Nogueira”.

Cabe aqui uma sincera homenagem póstuma ao saudoso e exímio músico Francisco Mangabeira da Silva, que foi o autor dos arranjos musicais.

Que todo socialino, ao cantar o hino do Social, se encha de orgulho e que seu coração se rejubile nos doces e melodiosos acordes, demonstrando sua paixão e vaidade em ser “XAVANTE”, que pulsa no peito um coração BRANCO, AZUL E AMARELO. (p. 9)

HINO DO SOCIAL FUTEBOL CLUBE

Letra: Gustavo Campos
Música: Alberico Zanetti Neto

Avante Social,
Clube do meu coração!
Avante Social,
Tens fibra de campeão

Oh! Salve Social,
Tua glória é lutar
Lutar sempre jovial,
Com forças prá triunfar!

O nosso clube de Matosinhos,
Clube da força de vontade,
Tem por lema em seus caminhos
Disciplina, amor e amizade

Pela vitória do esporte
E da raça o engrandecer
O Social porfiará forte
Resoluto, sem esmorecer

Os socialinos, com razão,
Chamam seu clube varonil
Orgulho da nossa São João,
Pela grandeza do Brasil!

FOTOS DO SOCIAL
Fonte: O Grande Matosinhos

Inauguração do Parque Aquático do Social F. Clube

Inauguração do Parque Aquático do Social F. Clube

Estádio do Social F. Clube

Estádio do Social F. Clube

Social Campeão de 1955

Social Campeão de 1955

Músicos em prol da construção da 1ª sede social

Músicos em prol da construção da 1ª sede social

Torcida Social

Torcida Social

Inauguração da pedra fundamental da sede social

Inauguração da pedra fundamental da sede social

Parque Aquático do Social F. Clube

Parque Aquático do Social F. Clube

Time Social de 1942

Time Social de 1942

Time Social Júnior

Time Social Júnior

Fontes:

Escudo – Site do Social
Texto – HENRIQUES, José Cláudio. “Bairro de Matosinhos, berço da cidade de São João del Rei”, citado em O Grande Matosinhos

Esporte Clube Biguaçu deixa de existir

Time da Grande Florianópolis chegou a conquistar a Terceirona do Catarinense

A pequena e barulhenta torcida Fúria Biguaçuense, do Esporte Clube Biguaçu, ficará em silêncio no ano que vem. O clube, que disputou a Divisão Especial em 2012 e ficou em 5º lugar na classificação geral, estará em uma nova cidade, ainda não definida.

– Não recebemos o mínimo de apoio público – disse Taffarel Rodrigues, um dos dirigentes da equipe, ao confirmar a manobra.

Por mínimo, Taffarel define ajuda para transporte e alojamento, além do aluguel do estádio – cerca de R$ 500 por partida. Algo que não deveria depender de prefeitura, mas que acaba sendo realidade de times de menor expressão, não só em Santa Catarina.

Taffarel diz que os empresários negociam com outras cidades para manter o clube, que mudaria de nome. Algo semelhante ao que aconteceu, nos últimos anos, com o Grêmio Barueri (SP). O time paulista chegou a ser transferido para Presidente Prudente (SP), antes de voltar a Barueri.

Fonte: Hora SC

14/12/1971, Fundação da Associação Caxias de Futebol RS

Diante de uma crise financeira, o Flamengo uniu-se ao seu maior rival, o Juventude, originando, no dia 14 de dezembro de 1971, a Associação Caxias de Futebol. A entidade, que usava uniforme nas cores preto e branco, teve Cláudio Eberle como seu primeiro presidente. Quatro anos depois, o Juventude desfez a sociedade e voltou ao futebol. O Flamengo continuou como Caxias, mas com o nome de Sociedade Esportiva e Recreativa Caxias do Sul e com o uniforme grená, azul e branco.

Sport Club Santa Cruz – Juiz de Fora, MG

O Santa Cruz foi um clube de Juiz de Fora, um dos precursores do Campeonato daquela cidade. O Alviverde foi Fundado em 3 de maio de 1919, começou a disputá-lo em 1920. Venceu dois Torneio Início.

Abaixo, uma nota do jornal “O Pharol” sobre o quarto aniversário do clube:

FOOT-BALL

O grande festival organizado pelo Sport Club Santa Cruz em commemoração ao seu 4º anniversario. – Surgindo em 3 de maio de 1919, amparado por um grupo de ardorosos associados, á frente dos quaes se encontravam Jacob Willig, Antonio Justiniano Bastos, Eduardo Lott Filho, Angelo Falci, Francisco Maia e outros, o Santa Cruz com altivez e energia soube impôr-se ao conceito dos outros clubs.

É um club dos mais novos pertencentes á Sub-Liga, porém contando muitos louros.

É elle duas vezes detentor do titulo de campeão do torneio Intium, sendo a primeira em 1921 e a segunda este anno (1923), aliás com grande brilho, conquistando duas ricas taças; e tambem Vice-Campeão do torneio realizado em 1922.

Possue o Santa Cruz grande numero de trophéos, taes como: medalhas, bronzes e taças.

O seu actual quadro é o seguinte:

Carvalho – Paulo, Luiz – Neca, Oscar, Nogueira – José Gomes, João Alves, Adalberto, Wentan e Evilazio.

A actual directoria do Santa Cruz, da qual se encontra á frente o acatado desportista dr. José André Bastos, é a seguinte:

Presidente, dr. José André Bastos; vice-presidente, Francisco Maia; 1º secretario, Antonio Justiniano Bastos, 2º secretario Octaviano Caputti, thesoureiro, Salvador de Moura Fontes; procurador, Luiz Nascimento. Registrando a passagem da data de hoje saudamos ao joven grmio e fazemos votos para que em seu seio seja sempre feito sport por sport.

Salve Santa Cruz !

Para commomorar tão grande data será levado a effeito na vasta praça de sports do valoroso Tupy, sito á avenida Francisco Bernardino, o lindo festival do Sport Santa Cruz.

Seráo disputadas diversas partidas entre os clubs que carinhosamente acceitaram o convite do club anniversariante.

A primeira prova, Santa Cruz:

Tupynambás x Santa Cruz, segundos teams.

Ao vencedor será offerecida uma medalha de prata.

Segunda prova: Pedro Vaz Caminha, primeiros teams.

Tupy F.C. x Renato Dias.

Terceira prova: Pedro Alvares Cabral, primeiros teams.

Sport Club Juiz de Fora x Sport Club Santa Cruz.

Aos vencedores dessas duas provas serão offerecidos dois riquissimos bronzes.

Nota do dia 5 de maio:

FOOT-BALL

Promovido pelo Sport Club Santa Cruz, teve logar ante-hontem no campo do Tupy, o festival commemorativo a passagem de mais um anniversario da fundação do Club.

Apesar da chuva, as provas que correram na melhor ordem tiveram o seguinte resultado:

Primeira prova – Santa Cruz – segundos teams.

Tupynambás x Santa Cruz – vencedor Tupynambás por 3 x 1 juiz Albino Amaral.

Segunda prova-  Pedro Vaz Caminha – primeiros teams.

Renato Dias x Tupy – vencedor Tupy, por 1×0, juiz Joaquim Carvalho.

Terceira prova – Pedro Alvares Cabral – primeiros teams.

Sport Club Juiz de Fora – Santa Cruz – vencedor Sport Club por 2×1, juiz Jayme Motta.

Aos vencedores foram entregues ricos premios que estavam ezposios nas vitrines da Casa Açucena.

Fonte: Jornal “O Pharol”, 3 de abril de 1923 e 5 de abril de 1923.

Consultando o amigo André Oliveira, analisamos a possível existência de um diferente Sport Club Santa Cruz, fundado a 18 de julho de 1958 e sediado no bairro de mesmo nome, às margens da BR-040. Creio mesmo se tratar de outro clube, uma vez que este bairro Santa Cruz me parece um bairro mais recente, que talvez não existisse à época da fundação do primeiro Santa Cruz.

OPERÁRIO-MT: TRÊS CLUBES EM UM

A história do Operário de Várzea Grande-MT é muito confusa e alguns nem sabem. Através de minhas revistas e algumas informações da internet fiz o levantamento abaixo. Por favor, me corrijam ou acrescente algo se necessário.

CLUBE ESPORTIVO OPERÁRIO VÁRZEA-GRANDENSE

O Clube Esportivo Operário Várzea-Grandense foi fundado em 01/05/1949. Foi um dos clubes mais importantes do Estado do Mato Grosso. Ganhou 09 títulos Estaduais (1964, 1967, 1968, 1972, 1973, 1983, 1985, 1986, 1987).  Após alguns anos de altos e baixos em 1994 a equipe se encontrava falida e para fugir das dívidas seus dirigentes pediram o licenciamento junto a federação e fundaram o Esporte Clube Operário.

Contudo, em 2009 um grupo de pessoas da cidade reativaram a equipe, mesmo existindo outro Operário na cidade. Assim neste ano o operário F.C. LTDA jogou a 1° divisão e o C.E.O.V. a 2° divisão.

Escudo antigo

ESPORTE CLUBE OPERÁRIO

O Esporte Clube Operário foi fundado em 06/03/1994. Herdou toda a fama e história do C.E.O.V.. Como não possuía dívidas a equipe nasceu forte e conquistou um bi-campeonato logo de cara. Conquistou o Bi em 1994/95 e o título de 1997. Contudo da mesma forma que seu antecessor teve altos e baixos, culminando com a desistência de disputar o campeonato de 2001. Voltou em 2002 e conquistou o título.

 

OPERÁRIO FUTEBOL CLUBE LTDA..

O operário Futebol Clube LTDA surgiu em 01/05/2002 substituindo o E.C.O. que havia ficado parado por um ano. No campeonato de 2002 a equipe iniciou a competição ainda com a nomenclatura antiga (campeonato começou em 17/02), porém a partir das semi-finais com o novo nome. Ganhou a Copa Governador de 2005 e o Estadual de 2006. Em 2011 fez péssima campanha no Estadual e acabou rebaixado  à 2ª divisão de 2012.

primeira versão

FONTES:

http://www.fmfmt.com.br/index.php

http://pt.wikipedia.org/wiki/Oper%C3%A1rio_Futebol_Clube_Ltda.#T.C3.ADtulos

http://www.rsssfbrasil.com/historicco.htm#mt

http://operariomt.com.br/

http://umtimepordia.blogspot.com.br/2008/11/operrio-futebol-clube-ltda.html

Revistas Placar de 1994 a 2012.

ESPORTE CLUBE PROGRESSO – FRANCISCO MORATO (SP)

 

Assim nasceu o Esporte Clube Progresso

Em 1922 é formada a Companhia Fazenda Belém, nas terras que haviam sido compradas pela Companhia S.P.R . do Barão de Mauá, e que eram constituídas das Fazendas Cachoeira e Borda da Mata.
Somente em 1932 é que foram iniciadas as vendas de lotes aos ferroviários, por preços módicos, como estava estabelecido nos contratos da companhia em Londres.
Em 1935, Adail Jarbas Duelos, Antonio Calvo e outros amigos fundam em São Paulo, mais precisamente na Estação da Luz, a revista Revista Ferrovia, que começa a circular mensalmente, tomando-se o grande elo de ligação entre todos aqueles que trabalhavam na estrada de ferro.
A pequena localidade de Belém da Serra, hoje Francisco Morato, começa nessa ocasião a conhecer sua primeira fase de progresso, com a formação de sua escola primária para abrigar um grande número de crianças que precisavam ser alfabetizadas.
Faltava no pequeno lugarejo um local onde os trabalhadores pudessem divertir-se nos fins de semana. É formada uma comissão de trabalhadores braçais da estrada de ferro. Que procuram o senhor Adail Jarbas Duelos que ouviu a proposta daqueles operários, que eram em sua grande maioria da turma da “Sóca”, quer dizer, eram pessoas que trabalhavam nas tarefas mais difíceis como: colocação de dormentes, pedras, remoção de terra, etc.
Após falar com o senhor Adail, todos foram encaminhados ao chefe Baltazar Fidelis, que prontamente acatou a idéia da formação de um clube dos ferroviários em Belém, recebendo o nome de Sociedade Recreativa e Musical Belém. A partir daquela ocasião passasse a realizar bailes abrilhantados pelo “Jazz Band de Campo Limpo Paulista”, de Jundiaí, Lapa, até a formação do próprio “Belém Jazz Band”.
Estávamos em Maio de 1936, o clube localizava-se nas proximidades, onde hoje está o Supermercado dos Italianos e a Loja Don Paco. Conforme o estatuto pode-se perceber que não havia futebol:

ESTATUTO DO CLUBE PROGRESSO
CAPÍTULO 1°
DA SOCIEDADE E SEUS FINS

Art. 1° – O Clube Progresso, fundado em 13 de maio de 1936, no Distrito de Francisco Morato, município de Franco da Rocha, é constituído de número ilimitado de sócios, sem distinção de sexo, crença, profissão ou nacionalidade.

Art. 2° – Seus fins são os seguintes:
a) proporcionar aos associados e suas famílias, todas as diversões ao seu alcance, instituindo e dirigindo seções esportivas e recreativas e outras julgadas consentâneas com o desenvolvimento da localidade;
b) criar e manter uma biblioteca e
c) na medida de suas possibilidades, criar escolas de ensino primário e de música, aos seus associados e seus filhos.

Sociedade Recreativa e Musical Progresso
Por ocasião do incêndio na Estação da Luz, em novembro de 1946, entre os documentos que foram queimados estavam incluídos os primeiros livros de atas da “Sociedade Recreativa e Musical Progresso”, fundada em 13 de maio de 1936 e que depois passou a chamar-se Clube Progresso de Francisco Morato.
Abaixo, um relato da Revista Ferrovia de outubro de 1937.

“A sociedade recreativa e musical “Progresso”, de Belém, que congrega em seu seio os empregados da Cia. Fazenda Belém e da S.P.R, acaba de lançar à público a seguinte circular, que tem por fim a angariação de donativos para a construção de sua sede social.

“Prezado Sr.:
Este clube, composto inteiramente de empregados da “São Paulo Railway” e da “Companhia Fazenda Belém”, sua filiada, trata, no momento do assunto mais importante de sua vida, representado no levantamento de uma sede a ser construída na Estação de Belém, concorrendo assim, para o progresso da classe a que pertence, além de unir os seus associados e suas famílias, bem como os funcionários das duas companhias que futuramente entrarem para o seu quadro social, de meios recreativos e esportivos, indispensáveis a todos nós.
Desejando, pois, essa diretoria dar inicio às obras da referida sede, resolveu levantar uma campanha para aquisição de donativos de qualquer espécie, materiais, etc. Esperando que os amigos do pessoal da “São Paulo Railway” e da “Companhia Fazenda Belém”, não se negarão a cooperar nesse sentido.
Por isso servimo-nos deste meio para apelar a todos aqueles que simpatizam pelo progresso do esporte e recreação do pessoal, que dispense a sua boa vontade à nossa iniciativa.
Qualquer material será útil, mesmo que não possa ser usado diretamente nas obras, trará beneficio monetário ao clube.
Assim, pedimos o obséquio de remeter qualquer material que nos possa ser oferecido por intermédio da “Estação do Pari”, que nos despachará. Para qualquer donativo em dinheiro pedimos o obsequio de dar aviso à diretoria, a fim de ser procurado mediante recibo oficial.
Certo de que este apelo merecerá da parte de V.S., para que nossa iniciativa seja coberta de êxito”.

A Revista Ferrovia tinha se transformado em um grande sucesso literário, era conhecida por todos ferroviários, desde Santos até Jundiaí, por esse motivo seus proprietários passaram a receber toda atenção dos mais altos dirigentes da “São Paulo Railway”, criando com isso uma amizade muito grande entre o superintendente Baltazar Fidelis e a população ordeira de Vila Belém.
Adail, que naquela época já residia na Vila, consegue trazer grandes melhorias para o local.
Assim, no dia 13 de maio de 1936, havia surgido a “Sociedade Recreativa e Musical Belém”. Através de uma sugestão do senhor Francisco Nunes, que na ocasião era presidente do Nacional da Água Branca, a referida sociedade transformou-se em clube de futebol, recebendo o nome de “Esporte Clube Progresso”, que um pouco mais tarde teve o seu campo construído pela turma da “Sóca”, no mesmo local onde se localizava o clube de baile. Era o ano de 1941.
Recebeu o campo, o sugestivo nome de Estádio Baltazar Fidelis.
A partir dessa ocasião, o futebol de Vila Belém passa a ser respeitado em toda a região, fazendo parte de suas equipes grandes futebolistas, grandes dirigentes, além de uma sensacional torcida.
Infelizmente, nunca pudemos localizar a ata de fundação, com os nomes dos ferroviários pioneiros.
Em 1952, num ato de bondade, a filha do Dr. Francisco Morato, dona Cinira Morato Leme e seu esposo, Dr. Celso Leme, doam uma área de terra de 9.500 metros quadrados, onde hoje está construído o conjunto esportivo.
Em 1954, a Vila Belém recebe o nome de Francisco Morato, e é eleito seu primeiro prefeito Cassiano Gonçalves Passos.
Parabéns aos dirigentes, atletas, funcionários e todos aqueles que aprenderam a gostar e respeitar o Esporte Clube Progresso, que nasceu graças à vontade de homens, que apesar das dificuldades da vida, sabiam e tinham coragem de lutar pela realização de seus ideais.

Fonte: Revista “Gralha Azul”, suplemente cultural N° 1, Abril/Maio de 2006. Distribuição: Franco da Rocha, Caieiras e Francisco Morato.

OBS: ESCUDO VETORIZADO PELO SÉRGIO MELLO