Arquivo da categoria: Blog História do Futebol

Amistosos Internacionais

23/02/1941 –Curitiba- Coritiba 2 x 2 Gymnasia y Esgrima (Argentina)
02/12/1942 – Curitiba Coritiba 2 x 2 Libertad (Paraguai)
12/07/1949 – Curitiba Coritiba 4 x 0 Rapid Viena (Áustria)
11/12/1949 – Curitiba Coritiba 6 x 2 Sol de América (Paraguai)
05/09/1954 – Curitiba Coritiba 2 x 1 Sportivo Luqueño (Paraguai)
06/08/1967 – Curitiba Coritiba 3 x 2 Atlético de Madrid (Espanha)
03/12/1967 – Curitiba Coritiba 1 x 0 Seleção da Hungria
02/06/1968 – Curitiba Coritiba 0 x 0 Nápoli (Itália)
19/12/1968 – Curitiba Coritiba 1 x 0 Seleção da Bulgária
14/01/1970 – Curitiba Coritiba 0 x 0 Sparta (Tchecoslováquia)
28/01/1970 – Curitiba Coritiba 1 x 2 Seleção da Romênia
13/04/1970 – Curitiba Coritiba 0 x 0 CSKA (Bulgária)
17/12/1970 – Curitiba Coritiba 1 x 2 Ujpest (Hungria)
18/01/1971 – Curitiba Coritiba 2 x 1 Seleção da França
29/01/1971 – Curitiba Coritiba 4 x 2 Vojvodina
10/02/1971 – Curitiba Coritiba 1 x 1 Dinamo (Romênia)
17/02/1971 – Curitiba Coritiba 3 x 0 Rapid (Romênia)
13/01/1972 – Curitiba Coritiba 2 x 0 Benfica (Portugal)
26/01/1972 – Curitiba Coritiba 2 x 0 Seleção da Hungria
09/02/1972 – Curitiba Coritiba 3 x 3 Seleção do Zaire
18/07/1973 – Curitiba Coritiba 1 x 0 Seleção do Paraguai
10/06/1980 – Curitiba Coritiba 1 x 1 Saint Mirren (Escócia)
31/05/1985 – Assunção (Paraguai) Coritiba 0 x 0 Cerro Porteño (Paraguai)
06/06/1985 – Curitiba Coritiba 2 x 0 Cerro Porteño (Paraguai)
18/07/1989 – Curitiba Coritiba 1 x 0 Seleção do Japão
26/01/1995 – Curitiba Coritiba 1 x 0 Nacional (Uruguai)
19/01/1998 – Curitiba Coritiba 3 x 1 Seleção da Jamaica
25/01/1999 – Curitiba Coritiba 2 x 1 Cerro Porteño (Paraguai)
01/03/2000 – Monterrey (México) Coritiba 2 x 1 Monterrey (México)
28/06/2002 – Assunção (Paraguai) Coritiba 0 x 1 Olímpia (Paraguai)

Fonte:Historia do Coritiba Site Oficial

O DIA 17 DE ABRIL NO FUTEBOL

17/04/1904 – NASCE O BANGU ATLÉTICO CLUBE, CAMPEÃO CARIOCA EM 1933/1966, VICE-CAMPEÃO BRASILEIRO EM 1985, HOJE NA SEGUNDA DIVISÃO CARIOCA.

17/04/1949 – BRASIL 5 – 0 COLÔMBIA, NA DESPEDIDA DE SÃO PAULO PELA COPA AMÉRICA O BRASIL BATE COM GOLEADA OS COLOMBIANOS COM GOLS DE: Ademir Menezes (2), Orlando Pingo de Ouro, Tesourinha, Canhotinho.

17/04/2005 – FLUMINENSE 3 – 1 VOLTA REDONDA, NO MARACANÃ NUMA DECISÃO INÉDITA O FLU CONQUISTA O TÍTULO COM UM GOL JÁ NOS DESCONTOS DA PARTIDA O HEROI FOI O ZAGUEIRO ANTONIO CARLOS, AILSON (CONTRA) E MARCÃO FIZERAM OS OUTROS GOLS DO FLU E FABIO FEZ O DO VOLTA REDONDA.

17/04/2005 – VITÓRIA 0 – 0 BAHIA, NO BARRADÃO O VITÓRIA CONQUISTA PELA PRIMEIRA VEZ UM TETRA CAMPEONATO BAIANO EM SUA CENTENÁRIA HISTÓRIA.

ANIVERSARIANTES:

17/04/1962 – LELA ex-ponta do Coritiba e Inter de Limeira

17/04/1978 – CASTILLO goleiro uruguaio do Botafogo/RJ

17/04/1984 – MORAIS meia do Vasco

Primeira excursão de um time paranaense no exterior!!!

Primeira Excursão – 1969

ATENÇÃO: Os fatos abaixo estão narrados no tempo presente !

EMBARQUE – Graças ao apoio do jornalista Orlando Duarte, amigo do presidente Evangelino da Costa Neves, o empresário Jules Durainciê organiza a primeira excursão de um clube paranaense à Europa. Na delegação, o presidente Evangelino da Costa Neves é acompanhado pelos diretores José Maciel de Miranda e Munir Calluf, do presidente da FPF, José Milani, dos jornalistas Vinícius Coelho e Ney Costa, do médico Luiz Roberto Vialle, do massagista Antônio Lubian, do técnico Francisco Sarno, além do elenco de atletas. O avião decola as 09h30 do dia 27/07, do aeroporto Afonso Pena, e segue para o Rio de Janeiro, depois Lisboa, Paris, e finalmente Frankfurt.

30/07/69 – Coritiba 1 x 1 Hamburgo
· Local : Hamburgo (Alemanha)

· Gol do Coritiba: Krüger

· Detalhes:
– Primeira partida realizada por um clube paranaense, em solo europeu.

– O Hamburgo é um dos melhores times da Alemanha, e possui diversos jogadores da seleção vice-campeã mundial de 1966, na Inglaterra

– Coritiba entra em campo com Joel; Modesto, Roderley, Nico e Nilo; Lucas e Paulo Vecchio; Passarinho, Krüger, Kosileck e Rinaldo

– O gol do Coritiba: O ponta Passarinho dribla seu marcador três vezes seguidas e sofre a falta. Ele mesmo cobra, na cabeça de Krüger, que manda para o fundo das redes.

– LANCE DO JOGO: Ainda no primeiro tempo, Nico dá um carrinho na bola, dentro da área. O atleta alemão Stein tropeça nas pernas de nosso zagueiro e cai. O juiz, que prejudicou diversas vezes nosso time nessa partida, dá pênalti. Uwe Seller, que nunca perdeu a cobrança de uma penalidade em sua vida, cobra. Joel Mendes voa para o canto, toca com a ponta dos dedos na bola, que bate na trave e sai. A platéia levanta e aplaude a magnífica defesa de nosso arqueiro.


06/08/1969 – Coritiba 2 x 1 Colônia

· Local: Colônia (Alemanha)

· Gols do Coritiba: Paulo Vecchio e Kosileck

· Detalhes:
– Colônia tem vários atletas da seleção alemã (Overath, entre eles)

– Coritiba inicia o jogo perdendo. No intervalo, as mudanças efetuadas pelo treinador Francisco Sarno fazem o time “voar” em campo, possibilitando a virada no placar.

– LANCE DO JOGO: O atacante alemão Ruff chuta do meio da área, Joel Mendes espalma. A bola cai no pé do próprio atacante, que chuta forte, à queima-roupa. Novamente Joel defende. A bola sai e o juiz da partida vem cumprimentar nosso goleiro.

– Gol da vitória: Kosileck recebe um lançamento, dribla o goleiro, e entra com bola e tudo.

– Nos últimos três minutos de partida, só o Coritiba toca na bola, o que gera o famoso “Olé” vindo da torcida adversária.

– Após a partida, o craque alemão Overath declara: “Nunca em minha vida vi um goleiro como esse “, referindo-se à Joel Mendes.

08/08/1969 – Coritiba 0 x 1 Borússia Dortmund
· Local : Dortmund (Alemanha)

· Detalhes:
– Borússia conta com dois atletas da seleção alemã

– Juiz rouba escandalosamente: gol alemão é de pênalti, marcado por um toque de ombro do zagueiro Nico. O juiz também inverte diversas faltas e, no final da partida, não assinala duas penalidades a favor do clube paranaense (em Krüger e Oldack). Nosso diretor de futebol, Munir Calluf, vai até o vestiário do árbitro para tirar satisfações, e mais tarde é suspenso pela FIFA.

– Joel Mendes, novamente, faz defesas espetaculares.

– Além dos 35 mil torcedores pagantes, a partida foi televisionada para toda a Alemanha.

12/08/1969 – Coritiba 1 x 5 Áustria Viena
· Local : Viena (Áustria)

· Gol do Coritiba: Kosileck

· Detalhes:
– O Áustria é o tricampeão nacional

– O Coritiba, muito cansado pelas seguidas viagens, não consegue apresentar o mesmo futebol das partidas anteriores.

– O primeiro tempo acaba 3×0 para o time local.

15/08/1969 – Coritiba 1 x 0 Saint Etienne

· Local: Vichy (França)

· Gol do Coritiba: Oromar

· Detalhes:
– Saint-Etienne é o atual tricampeão francês, líder do campeonato de 1969, e possui sete atletas na seleção nacional.

– Dia 15/08 é o Dia da República de Vichy, pois marca a data da resistência francesa na 2ª Guerra. Cada ano, um grande clube participa da festividade e em 1969 o convidado foi o Coritiba.

– Está em disputa a taça “Pierre Colon”, em homenagem ao aniversário da cidade de Vichy. Esta taça, belíssima, atualmente faz parte do acervo de troféus do clube e é o primeiro troféu internacional recebido por um clube paranaense.

– O estádio fica completamente lotado (20 mil pagantes)

– Gol do Coritiba: Faltando três minutos para acabar a partida, Oromar dribla um defensor e chuta violentamente, da entrada da área, no ângulo do goleiro da seleção francesa.


17/08/1969 – Coritiba 2 x 2 Red Star

· Local : Paris (França)

· Gols do Coritiba: Krüger e Passarinho

· Detalhes:
– No campeonato francês de 1969, o Red Star é o terceiro colocado.

– Coritiba começa perdendo, por 2×0, mas após as modificações efetuadas no intervalo consegue igualar o placar. Os gols coritibanos, aliás, são marcados com apenas dois minutos de intervalo, entre um e outro.

– No final do jogo, Nico salva espetacularmente, debaixo das traves, um chute violento do avante francês.

20/08/1969 – Coritiba 2 x 5 Levski

· Local : Sofia (Bulgária)

· Gols do Coritiba: Rossi e Kosileck

· Detalhes:
– A equipe do Levski, campeã da Bulgária, é base da seleção nacional.

– Em 1968, o Coritiba derrotou a Seleção búlgara. Devido a essa derrota, o time local disputa a partida buscando uma revanche.

– A programação da excursão, inicialmente, previa que essa partida seria disputada contra a seleção Olímpica da Bulgária.

– O árbitro prejudicou o Coritiba. Para se ter uma idéia, a partir de certo momento do jogo, até a torcida local passou a vaiar o juiz, pela quantidade de erros.

23/08/1969 – Coritiba 0 x 0 Bordeaux

· Local : Bordeaux (França)

· Detalhes:
– O Bordeaux é um dos mais conceituados e fortes clubes da França.

– O estádio utilizado para o jogo é belíssimo

– Jogo muito disputado e equilibrado, com lances de perigo para ambas as equipes

– Joel Mendes novamente faz defesas milagrosas

– LANCE DO JOGO: Nilo é atingido por um pontapé, e revida com um soco no rosto do atleta francês. Tumulto generalizado, com diversos dirigentes entrando em campo. O técnico do Bordeaux, inclusive, tenta agredir o atleta Paulo Vecchio.


26/08/1969 – Coritiba 1 x 1 Feyenoord

· Local: Roterdã (Holanda)

· Gol do Coritiba: Kosileck

· Detalhes:
– Feyenoord é bicampeão holandês. Logo em seguida se tornará campeão Europeu, e em 1970 será Campeão Mundial.

– Estádio lotado, 60 mil pessoas presenciam a melhor partida do Coritiba, na excursão

– O jogo é disputado em baixa temperatura, com muita chuva e o campo alagado.

28/08/1969 – Coritiba 2 x 5 Anderlecht

· Local : Bruxelas (Bélgica)

· Gols do Coritiba: Kosileck e Krüger

· Detalhes:
– O adversário é o atual campeão belga.

– O Time paranaense mostra-se visivelmente cansado, pois disputa seu terceiro jogo em questão de quatro dias apenas. Sua defesa mostra-se muito desatenta (o goleiro Joel Mendes falha em dois gols e o zagueiro Roderley em mais um)


01/09/1969 – Coritiba 1 x 2 Múrcia

· Local : Múrcia (Espanha)

· Gol do Coritiba: Kosileck

· Detalhes:
– Coritiba participa do III Torneio Cidade de Murcia, com Valência e Múrcia

– Time paranaense perde a partida, embora domine grande parte do tempo.

02/09/1969 – Coritiba 5 x 2 Valência

· Local : Múrcia (Espanha)

· Gols do Coritiba: Édson, Kosileck (2) e Passarinho (2)

· Detalhes:
– Valência é um dos clubes mais conceituados da Espanha.

– Dias antes, a equipe do São Paulo havia sido goleada pelo Valência, por 4×0.

– Jogando muitíssimo bem, com destaque para o ponteiro Édson, o Coritiba vence a partida e recebe uma Taça em forma de jarra.

O RETORNO – Dois dias após a última partida, o time retorna à Curitiba em um Boing 707 da Varig. O pouso em Curitiba acontece as 14h43 e Paulo Vecchio é o primeiro atleta a aparecer. A torcida recebe os jogadores de forma apoteótica e calorosa, enquanto a banda do Corpo de Bombeiros entoa diversas melodias. Após grande demora para liberação na alfândega, os jogadores seguem em carreata para o estádio, sendo muito festejados pela população curitibana. No dia sete de setembro o clube paranaense estréia no Torneio Roberto Gomes Pedrosa, vencendo o Vasco da Gama por 2×1.

CURIOSIDADES DESSA PRIMEIRA EXCURSÃO:

· Inicialmente estavam previstas 11 partidas, mas foram realizadas 12 no total.

· A rádio clube (PRB-2) acompanhou o clube, efetuando as transmissões com a narração de Ney Costa e comentários de Vinícius Coelho.

· O time-base do Coritiba na excursão foi : Joel Mendes, Modesto, Roderley, Nico e Nilo; Paulo Vecchio e Rinaldo (Lucas); Passarinho, Krüger, Kosileck e Edson

· Além destes, também participaram Célio, Marinho, Rossi, Oldack, Oromar e Antoninho.

· O Artilheiro da excursão foi Kosileck, com oito gols

· Tônica da maioria das partidas: O Coritiba começa tímido e é acuado por constantes avanços adversários. No segundo tempo, após algumas modificações, melhora seu rendimento. Só pra ilustrar, o time fez 4 gols no 1º tempo e 14 gols no 2º tempo.

· As partidas na Alemanha foram iniciadas às 16h, na Áustria as 13h50, na França entre 13h e 14h, 15h30 na Bélgica e entre 17h e 18h na Espanha. Os horários citados são de Brasília (para a Europa, adicionar 4 horas)

· O cansaço causado por diversas viagens e muitos jogos em curto espaço de tempo (12 partidas em 35 dias), pouca adaptação à alimentação européia, constante mudança de temperatura (causando resfriados) e principalmente arbitragens tendenciosas para o time da casa (Hamburgo, Borússia, Saint Etienne, Levski e Múrcia) foram os maiores empecilhos à odisséia alvi-verde, que mesmo com todos esses elementos contra si, teve uma belíssima presença em gramados europeus.

· Os maiores destaques do Coritiba na excursão foram Joel Mendes, Nico, Krüger e Édson.

· Durante a excursão, o Coritiba foi goleado duas vezes pelo placar de 5×2 (Levski e Anderlecht) e por isso a torcida coritibana sofreu muita gozação, por parte dos torcedores dos demais clubes da cidade. O último jogo da excursão também terminou 5×2, mas favorecendo o alvi-verde. Na volta, a piada da semana foi “Voltamos de Simca a dois” (um trocadilho com o nome de um carro famoso da época, o Simca).

Agradecimento especial ao jornalista Vinícius Coelho, que contribuiu com sugestões e correções
Fonte:Historia do Coritiba Site Oficial

Elba de Pádua Lima, o Tim: O maior estrategista do futebol brasileiro

No mapa paulista, em 1916, a cidade de Rifaina era um quase nada e não tinha sequer 500 viventes – uma fazenda crescida, com bode pastando, vaca leiteira no curral e a falta de perspectiva das pessoas maior que o horizonte. Para lá, a Companhia Mogiana de Estrada de Ferro transferiu o chefe de estação Vargas Lima, marido de Tereza Granato. Nesse ano, em 20 de fevereiro, ela pariu o único filho homem do casal: Elba de Pádua Lima – Tim -, que se impôs como craque e estrategista de futebol. Vargas Lima gostava de ler história e geografia, por isso homenageou o rebento com esse nome de ilha italiana, onde exilaram Napoleão Bonaparte.

Se a situação da família já não era boa, com a morte do ferroviário Vargas Lima ficou ainda pior. E ele faleceu no dia em que o guri fez 7 anos. E Tereza, de firmeza italiana e com cinco filhos menores – Tim e as irmãs -, fazia das tripas coração para criar a prole.

Só não pode impedir que o filho fugisse de casa para jogar pelada, onde passou de Ti (nome doméstico) a Tim. E, aos 12 anos, estreou no infantil do Botafogo de Ribeirão Preto. Sua bola levou-o ao time principal em 1931. Três anos após, a Portuguesa Santista fez do rapaz franzino o seu meia-esquerda. E levou Tim para a cidade de Santos, onde ele viu o mar – coisa da natureza que encanta aos do interior, também.

Encantada ficaria a torcida ao vê-lo no certame estadual paulista, abrindo defesas com dribles incríveis. E o escrete de São Paulo o convocou em 1935 para vencer o campeonato nacional de seleções. Disso ao sul-americano de 36, em Buenos Aires, foi só um passo. E lá a imprensa argentina, vendo nele o cérebro do time brasileiro, o cognominaria de El Peón, já que na vida rural é o pião quem controla e conduz o rebanho pelos pampas.

Contudo, saudoso de casa, Tim retornou ao Botafogo de Ribeirão. Mas no interior ele não ficaria, pois o Fluminense carioca fez-lhe um convite financeiramente irrecusável. E por quase 8 anos – ao lado de Romeu Pellicciari – Elba de Pádua Lima seria, e ainda é, das estrelas mais luzentes da constelação do clube tricolor das Laranjeiras.

Com tal brilho, em 38, Tim deu ao Flu o tricampeonato. E foi ao Mundial na França, onde só disputou o jogo de desempate contra os checos, vencidos pelo Brasil para o encanto dos franceses de Bordeaux. Segundo Leônidas, na França, ele vencia também a concentração, pulando a janela do hotel para farrear. Mas Tim não venceu o boicote de Ademar Pimenta, técnico do Botafogo carioca e dessa seleção brasileira. Isso era claro nos treinos preparatórios do escrete, com Pimenta estimulando beques a pará-lo a todo custo, e assim abrir espaço para o alvinegro Perácio jogar a Copa. Nas Laranjeiras, Tim seria ainda bicampeão em 41. Lá, o escrete brasileiro foi buscá-lo pela última vez no ano seguinte. E em 1944, tendo garantido no Fluminense o lugar ao sol, ele se transferiu para o São Paulo.

Na Paulicéia, fez apenas uma temporada, transferido-se para o Botafogo do Rio, no qual ficou até 1947, quando apareceu no Olaria como atleta e técnico. Nessas funções, esteve 2 anos no Botafogo paulista e, até 51, no colombiano Atlético Junior de Barranquilla, junto com Heleno de Freitas e outros sul-americanos, como os argentinos Di Stéfano, Pedernera e Nestor Rossi.

De volta ao Brasil, o técnico Tim de fato fez jus ao epíteto de El Peón: foi o maior estrategista do futebol brasileiro. Para ser entendido, ele expunha a sua tática mostrando como um time de botões se posicionava. E era mais facilmente aceito pelo grupo. Outra de suas características: tratar o atleta com respeito, sem altear a voz, e assim se impor como autoridade democrática – exatamente o oposto de certos treinadores, como o intratável Flávio Costa. Este, manda chuva no Flamengo e na seleção carioca de 43 e 45, quis deixar Tim no banco do escrete estadual – coincidentemente, para escalar Perácio, à época na Gávea. Contudo, por pressão do povo e da mídia, Tim atuou como titular nessas competições, sendo inclusive campeão em ambas.

Elba de Pádua Lima dirigiu times no exterior e pelo País afora. Dentre outros, além da seleção peruana na Copa do Mundo de 82, o San Lorenzo argentino, o escrete carioca e os bons clubes do Rio. Em Moça Bonita, teve o feeling de ver que na cidade paulista de Bauru raiava o maior astro de bola do mundo: Pelé. E, em vão, Tim quis levá-lo para o Bangu, porém a família do futuro Rei não deixou. Como técnico, Elba às vezes era irônico. Um dia, fazendo peneira de candidatos, veio a ele um rapaz dizendo, para agradá-lo: “Não bebo, não fumo nem farreio”. E o rifainense: “Pois você aqui vai aprender a fazer tudo isso”. Outra história, vem do escritor Luiz Eduardo Lages: após ouvir alguém falar que no estádio havia alambrado e vestiários, Tim inquiriu: “E grama, tem?”. Quando o outro confirmou, ele coseu com alfinete: “É só o que precisamos para jogar, o resto não interessa”. Para Zizinho, Tim foi, disparadamente, o melhor técnico que apareceu no Brasil.

Esse treinador ainda cativaria os atletas na mesa, pois cozinhava bem – habilidade exercida com a mesma arte com que jogou e soube ensinar futebol. A culinária foi aprimorada graças à sua proverbial timidez, que o fazia fugir dos fãs, deixando-o em casa a ver a mãe e as 4 irmãs (uma delas atendia pelo suave nome de Coréia) preparar as iguarias. Seu segredo era o tempero. E quem provou do que fez diz que a almôndega ao molho atraía tanto quanto a dobradinha. Daí, houve quem dissesse que Elba fora melhor cozinheiro que craque e treinador – um exagero desmedido, é claro.

Segundo os jornalistas Marcos de Castro e João Máximo, “seu melhor prato, entretanto, continuou sendo por muito tempo o futebol, servido todos os domingos à torcida do Fluminense”. Sim, ele foi notável com os pés. E “o futebol faz parte da história particular de cada brasileiro da nossa época”, dizia o poeta e cronista Paulo Mendes Campos, que jamais renunciou ao direito e ao prazer de sonhar com esse esporte, “por fidelidade à infância e por fidelidade ao orgulho inexplicável de ser brasileiro”. No caso específico do El Peón, a sua bola era tanta que outra sumidade, Romeu Pellicciari – ressentido com a semifinal contra a Itália em 1938 -, revelou: “Se Tim tivesse jogado, nós ganhávamos”. Nas três situações, portanto, são palavras abalizadas de quem sabe das coisas – e como.

Elba de Pádua Lima morreu no Rio em 7 de julho de 1984. Os seus legados ao futebol são a finta, a visão de jogo e o passe preciso, além da estratégia. A viúva herdou as duas filhas. E na História esta certeza de Domingos da Guia: “Eu nunca vi Tim errar”.

FONTE: Papo de Bola – Vida de Craque

Consta que a 1a. bola de futebol entrou em Bangu seis meses antes de Charles Miller

Há uma suspeita, ainda não comprovada, de que o futebol possa ter dado seus primeiros passos, ou chutes, em terras bangüenses, antes que o paulista, filho de ingleses, Charles Miller trouxesse bolas da Inglaterra e iniciasse a prática do esporte em São Paulo. Roberto Assaf, jornalista especializado em futebol, reforça a tese no seu livro, e que também é mencionada por Gracilda de Azevedo.. Consta que a primeira bola entrou em Bangu escondida por Thomas Donohoe, um dos técnicos britânicos contratados pela fábrica Bangu. No campo que existia nos jardins da fábrica, Donohoe, que ficaria conhecido como Danau, jogava futebol com outros funcionários britânicos. “Donohue teria promovido uma animada partida em terreno próximo ao prédio da Companhia, seis meses antes que Miller voltasse da Inglaterra”. Vale ressaltar que os imigrantes especializados começaram a chegar em 1891, na maioria britânicos.

Imigrantes e brasileiros, contagiados por aquele que seria o esporte mais popular do país, tentaram fundar um clube de futebol em 1897, mas a fábrica não permitiu. Só em 1904, quando o administrador era João Ferrer, o clube foi fundado. Sua primeira sede foi na rua Estêvão, numa casa emprestada pela fábrica. O clube só ganharia um estádio em 1947, também construído pela fábrica, bem perto da sede e com o nome “Estádio Proletário Guilherme da Silveira”, homenagem a uma pessoa que teve uma grande importância para o bairro. Em 1933, ano em que foi inaugurada a iluminação pública do bairro, o Bangu ganhava o Campeonato Carioca, o primeiro título profissional do futebol brasileiro.

Muita gente, no entanto, conhece o estádio como “Moça Bonita” e a razão está no início do século 20, quando uma moça, provavelmente bem bonita, morava naquela área, “numa vila com chafariz em frente”. O autor diz que ela atraía a atenção principalmente dos cadetes da antiga Escola Militar do Realengo. Se ela era linda e cheia de graça, como a garota mais famosa, de Ipanema, não se sabe, pois não ficou nenhum registro de sua aparência. Mas o nome como ela ficou conhecida está aí até hoje.

O DIA 16 DE ABRIL NO FUTEBOL

16/04/1963 – BRASIL 5 – 2 ARGENTINA, no Maracanã o Brasil conquista a Copa Rocca diante os portenhos depois de uma derrota em São Paulo o baile no Maraca teve gols de: Pelé (3), Amarildo (2) (Bra), Fernandez, Savoy (Arg).

16/04/1967 – LEONICO 2 – 1 VITÓRIA, na Fonte Nova diante um publico de 20.313 pagantes o Moleque Travesso de Salvador conquistou seu unico titulo baiano o do Campeonato Baiano de 1966 gols de: Zé Reis 2 (Leo); Jorge Bassu (Vit).

ANIVERSARIANTES:

16/04/1926 – JOSÉ POY, ex-goleiro do São Paulo e da Argentina

16/04/1648 – DÉ “o aranha” ex-atacante do Vasco, Botafogo, Bangu e América.

16/04/1960 – BAIDECK ex-zagueiro do Grêmio

16/04/1960 – LITTBARSKI ex-meia da Alemanha e do Colônia

16/04/1977 – LJUNBERG meia da Suécia ex-Arsenal hoje no West Ham

16/04/1983 – ADAILTON zagueiro do Santos ex-Vitória

A “filial” na 1°divisão e o time principal na segunda, acreditem!!!

Amigos estava eu organizando ontem de noite meus arquivos costarriquenhos quando fui mais a fundo nos clubes para saber detalhes de suas histórias.Reparei que existem algumas confusões de nomes parecidos de clubes diferentes.Sendo que uma realmente é inusitada.

Vou começar pela cidade de Puntarenas, onde acho que acontece uma coisa inédita no futebol mundial. O time principal da cidade, o mais tradicional, campeão nacional em 1986 o Municipal Puntarenas milita a 7 anos na segunda divisão.Bom, cansados de tantos anos fora da elite do futebol local, um grupo de empresários resolveu comprar a vaga na 1° divisão do Santa Barbara, clube já extinto.Este novo clube, uma sociedade anônima, se chamou Puntarenas Futbol Club, é da cidade de mesmo nome e usam as mesmas cores do Municipal, inclusive atuam no mesmo estádio, Lito Perez.
Já nasceu vencedor com o investimento realizado, foi campeão do torneio apertura de 2005/06 e da Copa UNCAF de Clubes da Concacaf em 2006.Mas o detalhe que achei mais interessante que os empresários investem no clube mais novo e usam o Municipal Puntarenas, tradicional e mais antigo, como uma espécie de time de base do clube mais novo, não é uma filial oficial, mas sim talvez da pior maneira para seus torcedores.
Não sei dizer qual o sentimento do povo local, mas como torcedor que sou, jamais entenderia uma situação dessas.

Municipal Puntarenas
[img:mpalpuntarenas2.jpg,full,vazio]

Puntarenas FC
[img:puntarenas_fc2.jpg,full,vazio]

Outra confusão que pode ocorrer é em relação ao Cartaginés Sport Club da cidade de Cartago, clube tradicional da 1°divisão local, que atua com uniforme listrado em azul e branco.A confusão a meu ver é com a Associacion Deportiva Cartagena, fundada em 1990, da cidade de Cartagena, que também atua com uniforme listrado e ambos os escudos são bem parecidos.
Neste caso não tem nenhuma ligação entre as equipes.

Cartaginés SC
[img:Cartagin__s.jpg,full,vazio]

AD Cartagena
[img:AD_Cartagena.jpg,full,vazio]

A terceira e última que irei postar também pode causar confusão.Existe um clube que se chama Asociacion Deportiva Guanacasteca, que atua na segunda divisão da cidade de Nicoya na Provincia de Guanacaste e existiu um outro chamado AD Guanacaste FC da cidade de Liberia, também da Provincia de Guanacaste e que em 2002 mudou de nome para Municipal Liberia(atual Liberia Mia) quando conseguiu o acesso a 1°divisão.
Qualquer outra dúvida me perguntem.

Guanacaste FC
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Municipal Liberia
[img:Liberia.jpg,full,vazio]

AD Guanacasteca
[img:A_D_Guanacasteca.jpg,full,vazio]

Bangu, campeão carioca de 1966

Meu pai era torcedor fanático do Bangú, era prefeito de Conceição do Mato Dentro à época da revolução de 64, tendo sido até preso pelo pessoal no DOPS, porque fora ao Rio receber uma ambulância do Jango, para uso da comunidade de Conceição. Acabou sendo solto por influência de um tio que era major do Exército e sabia que ele não era comunista…
O Bangú era um time simpático, dos moços da fábrica de tecidos Bangú e ele gostava de contar histórias do time do Bangú que tinha sido vice-campeão de 65 e em 66 contratara “Don Alfredo Gonzales” (sim, aquele lateral-direito do Uruguai que fora campeão no Maracanazo)…
Ouvi uma história que dizia no 1° dia que Don Alfredo chegou ao Bangú, baixinho, gordito, olhou para o meio de campo e tinha uma turma muito experiente…Pegou uma bola e veio dando embaixadinhas na mesma e quando chegou na metade do caminho deu um chutão na bola para o alto…a bola subiu, subiu, subiu e ao descer…o gordito encheu o peito de ar e deu uma matada sensacional na bola, que escorreu rente ao peito e ao cair rolou pela coxa e ele recomeçou as embaixadinhas até chegar perto do grupo…e se introduziu “Yo soy Alfredo Gonzales, el nuevo entrenador de la equipo de Bangú e estoy en Rio para hacer de ustedes los campeones cariocas”…
Ganhou a confiança do grupo e o time de Ubirajara, Fidelis, Mario Tito, Luiz Albero e Ari Clemente; Ocimar e Roberto Pinto; Paulo Borges, Parada(Jair Pereira), Bianchini e Aladim (Ladeira) foi o campeão de 66, ganhando do Flamengo na final de 3 x 0…
Na minha terra só entravam as ondas médias das rádios do Rio…As rádios de BH quando pegavam eram com o rádio chiando muito, saiam do ar com facilidade, exceto se você tivesse um TRANSGLOBE, meu presente de Natal em 66…

Fonte: João Chiabi Duarte