Arquivo da categoria: 04. Eduardo Cacella

Sport Club de Juiz de Fora!!!!

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O Sport nasceu de um outro antigo clube de Juiz de Fora, a Sociedade Recreativa Comercial Clube, que tinha sede na esquina das ruas Batista de Oliveira e Halfeld. Em uma das assembléias do Comercial, por sugestão do Dr. Joaquim Pereira do Nascimento, foi criada a parte esportiva do clube, chamada de Sociedade Esportiva do Comercial Clube. Para organizar este departamento foram designados o próprio Joaquim Pereira do Nascimento e o médico Antônio Mourão Guimarães.
Criada a parte esportiva do Comercial Clube esta precisava de um local para ser instalada. Os responsáveis então procuraram o Sr. José Procópio Teixeira, então presidente da Câmara Municipal, proprietário do terreno próximo ao Largo do Riachuelo, propondo alugá-lo.
O Comercial Clube foi então informado que a Sociedade Esportiva já estava organizada e com sede alugada, embora ainda não tivesse sócios. Foi convocada então uma assembléia e convidados todos aqueles que tinham interesse nos esportes. Nesta assembléia foram aprovadas duas propostas vitais para a criação do Sport:

A Sociedade Esportiva do Comercial Clube passaria a se chamar SPORT CLUB JUIZ DE FORA.
O SPORT CLUB JUIZ DE FORA seria uma sociedade independente do Comercial Clube, embora ainda dispondo da sede do Comercial.
Foi então eleita a primeira diretoria do Sport, que tinha os seguinte membros:

Convencionou-se então como data oficial de fundação do clube o dia 24 de setembro de 1916, mas há quem não concorde com essa data. Em entrevista ao jornalista Márcio Guerra, para o Jornal do Sport, em 1987, Arlindo Leite, um dos fundadores do Verdão afirmou que a data correta de fundação é o dia 17 de setembro, uma semana antes da data oficial. Essa provavelmente é uma dúvida que vai ficar na história. Enquanto isso os periquitos têm duas datas para comemorar o aniversário do SPORT CLUB JUIZ DE FORA.

Grandes Obras

1. 1º de outubro de 1916: na administração do presidente Antônio Mourão Guimarães, foi inaigurada, no campo da Rua Benjamim Constant esquina com Santo Antônio, a PRIMEIRA ARQUIBANCADA COBERTA DO ESTADO DE MINAS GERAIS. A data também foi a da inauguração da primeira sede própria do Sport Club Juiz de Fora. Mais tarde a arquibancada foi ampliada na administração do presidente José Procópio Teixeira Filho.
2. 24 de abril de 1933: sob a administração do presidente Pedro Vieira Mendes, foi adquirido um vasto terreno na Avenida Barão do Rio Branco, onde deveria ser construída a praça de esportes do Sport e onde hoje se situa o clube.
3. 16 de janeiro de 1938: já sob a administração do inesquecível Francisco Queiroz Caputo, foi inaugurada a PRIMEIRA PISCINA SUSPENSA DA AMÉRICA DO SUL. Na festa de inauguração foram realizadas diversas provas de natação, que contaram com a presença das maiores autoridades nacionais do esporte na época.
4. 7 de março de 1938: foi inaugurado o Stand de Tiro ao Alvo do Sport.
5. 22 de setembro de 1940: duas grandes obras foram inauguradas no Sport. A Sede Social, com um luxuoso salão de baile, bar, sala de jogos, etc, e uma Quadra Poliesportiva, destinada principalmente à prática de vôlei e basquete.

Curiosidades

Por ser um dos clubes mais importantes do estado e um dos mais tradicionais do Brasil, o Sport sempre teve nomes ilustres entre seus associados e atletas. Como o do ex-Presidente da República Itamar Franco, que atuou e foi campeão pelos times de basquete do Verdãona década de 1950. Outro ex-Presidente da República que foi sócio do Sport foi João Batista Figueiredo. O ex-prefeito Tarcísio Delgado, além de sócio, sempre declarou abertamente ser torcedor do Verdão.

Em 1986, o presidente Francisco Queiroz Caputo e o Sport foram homenageado pela Escola de Samba Unidos do Grizzu, tendo sido tema do enredo.

Em 1987, o Sport montou um departamento de futebol de mesa, comandado por Gilson Nogueira e foi campeão da Taça Juiz de Fora de Futebol de Mesa.

Durante o período em que o presidente Caputo era dirigente, somente por duas vezes o Sport teve mais de uma chapa competindo: em 79 e 85. E em todas as duas Caputo venceu.

Todos os torcedores da velha guarda do Sport contam que o saudoso Fernando de Paiva Matos, um dos maiores nomes da educação de Juiz de Fora, dava uma trabalhão para o patrimônio do clube. Ele via os jogos do Sport próximo ao alambrado e o chutava o tempo todo. Dia seguinte ao jogo, bastava olhar onde havia buraco no alambrado para saber de onde o professor Fernando torceu pelo Sport.

Você se lembra do Anapolina? O atacante que jogou pelo Serrano, de Petrópolis, tirou a chance do Flamengo ser tetracampeão do Rio em 1980, marcando o único gol na partida final. O jogador, em recente trabalho de conclusão de curso da Faculdade de Comunicação Social da UFJF feito pelo aluno Eduardo Rocha, conta em um documentário que jogou no juvenil do Sport e que foi no Verdão que se profissionalizou.

Alberto Surerus, que foi um dos grandes atletas do basquete do Sport, lembra com entusiasmo do bicampeonato conquistado pelo Verdão em 44 e 45. Todas duas decisões foram contra Olímpico e Tupi e definidas nos últimos segundos. Alberto Surerus foi campeão de lance livre em 1952. Ele dividiu o título com Rangel, do Olímpico. Em 20 arremessos foram marcados 15 pontos.

O periquito Clemon Puzer Assis lembra que o Sport venceu o Atlético Mineiro, em pleno Mineirão, por 1 a 0, gol de Eloir. Foi no dia 5 de julho de 1970. Detalhe: esta foi a única derrota do Galo de BH no ano todo.

Fonte:Site Oficial

Campeonato Baiano e sua história!!

Um dos mais antigos estaduais do Brasil, começou a ser disputado em 1905, por quatro equipes: Vitória, São Salvador, Internacional e Clube Bahiano de Tênis. O torneio foi bem equilibrado até 1940, quando o Ypiranga do escritor Jorge Amado havia conquistado nove títulos.
Em 1938, houve dois campeões é que naquele ano nem todos os clubes que disputaram o primeiro turno, vencido pelo Botafogo, quiseram jogar o segundo.
A Liga Baiana de Esportes Terrestres resolveu então fazer outro campeonato, com as inclusões de Bahia, Yankee e Fluminense de Salvador. O Bahia venceu, mas não houve interesse dos dois campeões de fazer um jogo para unificar o troféu.

A solucão foi declarar Botafogo e Bahia campeões. A partir de 1970, os times pequenos não conseguiram acompanhar o crescimento econômico no Bahia (que já disputara até libertadores) e do Vitória.
Os dois gigantes, que fazem um dos clássicos de maior público no País,o Ba-Vi, passaram a tomar conta da competição. Nenhum outro time foi campeão além deles desde então.

Em junho de 2001, o título de 1999 ainda estava indefinido. Bahia e Vitória eram os finalistas daquele ano. O regulamento determinava que o mando de campo da partida decisiva era do Vitória. O Bahia foi aos tribunais desportivos alegando que o estádio do adversário, o Barradão, era pequeno demais para uma final. A Justiça concordou e transferiu o jogo para a Fonte Nova. O Vitória não apareceu ou melhor, foi para o Barradão.Com um clube em cada estádio, não houve jogo e o Vitória perdeu por W.O. Isso daria a taça ao Bahia, mas a Federacão Baiana não soube o que fazer e deixou caso “em aberto”, os anos passaram e a edição de 99 foi parar na Justiça Desportiva, que, ao final, declarou ambos campeões.

Após o título do Fluminense de Feira em 1969,somente o Palmeiras do Nordeste em 2002, ano que teve dois Campeonatos Baianos, um com todos os clubes, menos Bahia e Vitória, e um “Supercampeonato”, ao qual se juntaram os dois “grandes” um time do interior voltou a ser campeão estadual. Em 2006, o vencedor foi outro clube do interior, um clube de Ilhéus, o Colo Colo de Futebol e Regatas.

Fonte:Enciclopédia do Futebol Brasileiro

Hei de Torcer…torcer..torcer…!!!!

Matéria interessante do Jornal O Lance de ontem 13/04/2008,por Cipriano Junior

Na riqueza ou na pobreza, na saúde ou na doença, na alegria ou na tristeza: o juramento
matrimonial poderia ser muito bem adaptado aos cerca de 150 torcedores do América que
foram até Conselheiro Galvão acompanhar a primeira vitória do time no Estadual, por 2 a 0,
sobre o Madureira.Fábio Augusto e Fernando foram os autores dos gols que quebraram uma
escrita de nove jogos sem vitórias no Carioca.

Prova desse amor intenso pelo América pôde ser notado no analista de sistemas Fernando
Alvim,de 53 anos. Apaixonado pelo clube de Campos Salles, ele esteve presente a todos os
jogos da equipe no Campeonato Carioca e, de quebra, se animou com a primeira vitória.

– O nível do nosso time melhorou muito. Já era para ter vencido a última partida, mas, enfim,
a vitória chegou em boa hora. Aliás, já tinha passado da hora – disse.

Na partida, o América não passou grandes sustos para derrotar o Madureira, mesmo fora de
casa.
Apático, o time de Conselheiro Galvão tomou um golpe logo aos nove minutos de jogo, quando
Fábio Augusto foi lançado e, cara a cara com Renan, tocou por baixo do goleiro para abrir o
placar a favor do Alvirubro.

Nem mesmo com a desvantagem no placar o Madureira pressionou e,dessa forma, o América
deuseu golpe fatal aos 17 minutos do 2° tempo.
O lateral-direito Carlinhos cruzou para Fernando, que escorregou dentro da área. Mas a sorte
estava ao lado do América, já que o zagueiro Odvan também falhou e, mesmo caído, Fernando
ampliou a vantagem do América: 2 a 0.
A vitória sobre o Madureira dá um pouco de tranqüilidade aos americanos, que seguem
lutando contra o rebaixamento.
– O América não vai cair. Vamos enfrentar o Resende agora e a torcida vai seguir apoiando.
concluiu Fernando Alvim.

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Os primórdios do futebol em Belo Horizonte e do Clube Atlético Mineiro!!!

Nos primeiros anos do século passado, BH era uma cidade com o traçado claro: a Avenida do Contorno delimitava o espaço nobre, moderno, limpo e urbano destinado às classes altas. A área periférica abrigava as classes mais baixas e não atraía investimentos públicos.
Nessa época, o futebol chegou ao Brasil como um esporte de elite. Os clubes refletiam a hierarquia social e só aceitavam como sócios ou jogadores os membros da alta classe. Havia pouca opção de lazer para os mais pobres. O Atlético Mineiro Futebol Clube foi o primeiro time da capital mineira a aceitar em seus quadros qualquer pessoa, independente de sua classe social. Por isso, esse clube pode ser considerado um dos poucos pontos de integração social da Belo Horizonte do início do século.

Falta de lazer leva a população ao futebol

Havia poucas opções lazer em Belo Horizonte no início do século e essas opções eram dirigidas à elite. O Clube Recreativo, fundado em 1894, o Hipódromo inaugurado em 1906 e as casas de diversões eram incentivados pela Prefeitura através de isenção de impostos e doações.
Por essa época, o futebol começava a se popularizar no Brasil, introduzido por Charles Miller em São Paulo. Em 1903, chegou à cidade o estudante carioca Vitor Serpa, que aprendera a jogar futebol na Suíça. No ano seguinte, Serpa começou a divulgá-lo entre alguns amigos. Em 10 de junho de 1904, Serpa e dezenas de companheiros fundaram o Sport Club Foot-ball, primeira agremiação de futebol criada em Belo Horizonte. O Clube era formado por membros da elite da capital: estudantes, funcionários públicos e comerciantes. O campo foi construído na Rua Sapucaí e, no dia três de outubro, aconteceu a primeira partida de futebol na capital, entre dois times do próprio Clube: o de Vitor Serpa e o do presidente da associação, Oscar Americano. Venceu o time de Serpa, por 2 a 1.

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(Na foto: José Gonçalves, fundador e jogador do Sport Club, primeiro time de futebol de Belo Horizonte)

O futebol começava a ser praticado apenas pela elite da capital mineira, tendência que se refletia em todo o país. Em São Paulo, no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul, os primeiros clubes (Associação Atlética Mackenzie, Fluminense Futebol Clube, Grémio Foot-Ball Porto Alegrense, respectivamente) eram times de elite, que só tinham jogadores e membros da diretoria que fossem universitários, profissionais liberais ou comerciantes. Pessoas de menor condição financeira não entravam.
Ainda em 1904 eram fundados em Belo Horizonte dois clubes: O Plínio Futebol Club e o Clube Atlético Mineiro, que não deve ser confundido com o atual. Esses clubes eram formados basicamente por estudantes. Criou-se, então, uma liga de futebol entre os três clubes e começaram a disputar um campeonato. O Sport Clube se inscreveu com dois times: o Vespúcio e o Colombo. O Atlético também se inscreveu com dois times: o Atlético e o Mineiro. O Plínio entrou no campeonato com apenas um time.
O futebol começava a se destacar entre os membros da elite belorizontina: o campeonato vinha sendo noticiado com certo destaque pelo Minas Gerais, que inclusive publicou na edição de 6 de novembro de 1904 uma tabela da posição dos clubes nesse primeiro campeonato da cidade.
Infelizmente, o campeonato não foi concluído. As chuvas do mês de novembro estragaram os campos e os jogadores, em sua maioria estudantes, entraram em férias escolares e retornaram para suas cidades de origem, já que boa parte deles vinha para Belo Horizonte apenas para estudar. Vitor Serpa retornou ao Rio, aonde veio a falecer em 1905.

Decadência e ressurgimento do “foot-ball”

A primeira experiência do futebol em Belo Horizonte foi intensa, porém fugaz. Em princípios de 1905, a cidade tinha sete associações de futebol: O Sport Club, O Estrada Futebol Clube, o Atlético Mineiro Futebol Club (novo nome do Atlético Mineiro) o Brasil Futebol Clube e o Viserpa Futebol Clube (nome homenageando Vitor Serpa). Apesar de tantos clubes, os jogos foram rareando e o interesse foi diminuindo. Todos esses clubes tiveram vida curtíssima, com exceção do Sport, que sobreviveu até 1909.
Os fãs do futebol foram ficando descontentes com a situação. O máximo que se organizava agora, eram “peladas” esporádicas. Nos encontros no Parque Municipal, os estudantes se reuniam para os passeios de domingo ou para as corridas de bicicletas, também realizadas nos fins de semana. O futebol ficou, durante algum tempo, relegado a segundo plano.

Nasce o Clube Atlético Mineiro

Em março de 1908, um grupo de estudantes se reunia, como de costume, no Parque Municipal. Liderados por Margival Mendes Leal e Mário Toledo, estavam decididos a fundar um novo clube de futebol em Belo Horizonte. Em 25 de março, os rapazes mataram aula e, numa quarta-feira ensolarada, nascia o Atlético Mineiro Futebol Clube, “para sufocar todos os outros”. Seguiram-se outras reuniões, realizadas sempre no Parque, nessa época freqüentado apenas pela elite da capital.
O Atlético nasceu como sendo um time de estudantes, ou seja, da elite belo-horizontina. O que diferenciava o Atlético dos outros clubes é o fato de que, desde os primeiros tempos, seus quadros estavam abertos a qualquer pessoa. Pouco a pouco, o Atlético se firmava como o time do povo. E, em suas primeiras partidas, o time já acumulava vitórias. Em 1909, derrotou o Sport Club três vezes consecutivas, o que determinou a dissolução do time fundado por Vitor Serpa.

O Atlético cresce, junto com o futebol e a cidade

Na década de 10, Belo Horizonte tinha uma população crescendo ininterruptamente. E, graças à fundação do Atlético, o futebol na cidade ganhou um novo ímpeto. Nos três jogos disputados contra o Sport, em 1909, o público presente no campo (local onde hoje fica a Secretaria de Agricultura) foi de cerca de 3 mil pessoas, quando a capital tinha cerca de 30 mil habitantes. Nessa nova “onda” futebolística, viriam a surgir outros dois importantes clubes: o Yale Atlético Clube, em 1910, e o América Futebol Clube, em 1912. O futebol se enraizava, definitivamente, na capital.
O começo, no entanto, foi difícil. A primeira diretoria do Atlético era composta pelos próprios atletas: ao mesmo tempo que cuidavam da parte administrativa, tinham que treinar e jogar no time. Para se ter uma idéia da precariedade do clube, o Atlético ganhou da Prefeitura um terreno para construir seu campo e sede na rua Guajajaras, entre São Paulo e Curitiba. O campo não tinha mais que uns 30 metros de largura por uns 75 metros de comprimento, bem abaixo das medidas oficiais. Não havia marcas laterais e a bola saía de jogo quando rolava pelo barranco abaixo. As traves eram dois paus colocados verticalmente e o travessão era uma corda esticada. Já nos primeiros dias, roubaram as traves. Posteriormente, o Atlético passou a ocupar o campo que foi do Sport Club, ao lado da estação ferroviária.
Enfrentando tantas dificuldades numa cidade tão carente de recursos (a diretoria do Atlético teve que procurar muito para comprar uma bola, e assim mesmo tiveram que se contentar com uma usada, pois nenhuma outra foi encontrada em todo o comércio), o futebol começava a tomar gosto não só da elite, mas do povo em geral. Os jogos atraíam um crescente interesse e o Atlético já contava com uma grande torcida por motivos óbvios: dos três times da capital, o Atlético era o único clube que não impunha restrições à entrada de jogadores ou sócios. O Yale, clube da colônia italiana cuja dissidência daria origem em 1921 ao Palestra Itália, não via com bons olhos a inclusão de não italianos ou descendentes em seus quadros. E o América só aceitava estudantes ou pessoas de posse, sendo um clube altamente elitista.

Time sai invicto e conquista campeonato

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(Na foto: Atlético, primeiro campeão mineiro – 1915)

Em 1914, já com o nome atual de Clube Atlético Mineiro, o time se inscreveu no primeiro torneio de futebol oficial realizado em Belo Horizonte. Invicto, conquistou o título. No ano seguinte, seria disputado o primeiro campeonato estadual de futebol em Minas e o Atlético novamente venceu. Nesses primeiros anos, o Atlético começaria a se impor como o clube mais popular da capital mineira. E é interessante constatar que, apesar de o América ter sido campeão mineiro por dez vezes consecutivas (de 1916 a 1925), o Atlético era o time que mais crescia em Belo Horizonte, sendo inclusive convidado para jogar em outras cidades, o que era bastante raro na época.
A discriminação existente nos outros clubes iria perdurar nos anos vinte e trinta. Só em 1927 o Palestra Itália permitiria o ingresso de não italianos em seus quadros como sócios ou como jogadores, mas ainda assim os não “oriundi” eram quase sempre barrados no time de futebol, dando-se preferência aos “italliani”. Nos anos 30, o América ainda restringia o acesso de jogadores pobres durante os testes aos quais eram submetidos os atletas. Cidinho, o “Bola Nossa”, que foi juiz de futebol nos anos quarenta, conta que, no início dos anos trinta, foi fazer um teste para conseguir entrar nos times juvenis do América e do Palestra, sendo recusado por ambos. Era pobre e não era italiano… No Atlético, foi incluído no time e foi campeão mineiro juvenil no ano de 1934.
No período de 1926 a 1939, o Atlético consolidou sua posição de maior clube de Minas Gerais e o mais popular, ganhando inúmeros títulos, inclusive o de Campeão dos Campeões do Brasil, em 1936 – e revelando craques diversos.
O Atlético ofereceu à população mais pobre de Belo Horizonte uma oportunidade de inserção no lazer da capital. Já em 1927, o jornal Vida Sportiva tecia esse comentário nada lisonjeiro sobre a popularização do futebol:
“O futebol revestiu-se, nos seus começos, de um cachet de fina elegância e alta distinção. Distinção do ‘referee’ (árbitro) e distinção de linguagem do cronista. Tratava-se, não há dúvida, de uma diversão de elites. Depois, dizem que o futebol evoluiu… Generalizou-se, democratizou-se, banalizou-se. E perdeu, no mesmo passo, o primitivo cunho de elegância. Enfim, evoluiu e continua a evoluir… Para o “Bambam-bam”. (Jornal Vida Sportiva, de 19/11/1927)
Era um caminho sem volta. Isso porque o futebol passou a fazer parte do gosto popular e o povo já se identificava com ele. As massas suburbanas segregadas pelo Poder Público se identificaram com a agremiação que as escolhia sem fazer distinções: o Clube Atlético Mineiro.

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Na foto: Atlético – final da década de 20. As fotos desta matéria foram cedidas gentilmente pela ADEMG

Fonte:Cajabis Cannabis,revista da Prefeitura de Belo Horizonte em julho de 1995, intitulado “Os Primórdios do Futebol em Belo Horizonte e a Fundação do Clube Atlético Mineiro”.

Campinense – Tetracampeão Paraibano 1974

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Vencedor dos três primeiros turnos,tudo parecia indicar que o Campinense ganharia
também o último e evitaria qualquer disputa extra pelo título.
Mas o Treze seu maior rival adiou a festa e obrigou o Campinense à disputa de uma
partida que não estava no programa.
De nada adiantou o esforço,pois o Campinense liqüidou logo a fatura ao derrotar o rival
por 2×0 no dia 15 de Dezembro de 1974,gols de Erasmo, Pedrinho Cangula e conseguiu
o sonhado tetracampeonato paraibano, com 47 gois a favor e nove contra, vinte vitórias,
cinco empates e duas derrotas.Clóvis, do Nacional, foi o artilheiro do campeonato, com
dezenove gols.

FICHA DA FINAL(José Ricardo Almeida)

CAMPINENSE 2 x 0 TREZE
Data: 15 de dezembro de 1974
Local: Estádio Presidente Vargas, Campina Grande (PB)
Árbitro: Everaldo França
Renda: Cr$ 85.263,00
Gols: Pedrinho, 45 e Erasmo, 87
Expulsões: Sandoval, 63; Porto e Carioca, 77 e Som, 88
CAMPINENSE: Olinto, Edvaldo, Deca, Paulinho e Agra; Vavá e Dão (Carlinhos); Porto, Pedrinho, Erasmo e Valmir.
TREZE: Batista, Miro, Som, Ivo e Eliomar […]

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Fonte:Placar

Grêmio Tricampeão Gaúcho 1956,57 e 58!!!!

Há 69 anos, o Grêmio Futebol Portoalegrense conquistava o seu primeiro tricampeonato. Isso aconteceu em 1939 e vale a pena rememorar a magnífica campanha tricolor desenvolvida em 37, 38 e 39.E vale justamente porque Foguinho foi, naquela época, o artilheiro do certame, formando com Nené a melhor ala esquerda do Estado.
Lembremos o Grêmio era bicampeão em 13 de fevereiro de 1940 o campeonato de 39 terminou em 40, derrotando o Internacional por 4 a 2, sagrou-se tri-campeão.
O povo saiu, então para a rua, fazendo o carnaval da vitória.

E para usar o lugar comum, vamos dizer que a história se repetiu 20 anos depois. Apenas com outros craques, com outros dirigentes. Quatro gremistas, entretanto, repetiram em 58 o feito de 39.

São eles : Osvaldo Rolia, o Foguinho, que no primeiro tri era meia esquerda; na segunda conquista era o técnico. Ari Delgado, que jogava de zagueiro, e na época da segunda conquista era vice-presidente. Telemaco Frazão de Lima, que em 39 era técnico e presidente, em 58 era o superintendente do Estádio Olímpico. Luís Carvalho, o famoso gordo que atuou no Vasco e no Botafogo, em 39 era o comandante do ataque. Em 57, ano do bi, foi diretor de futebol.

Mas falemos do Grêmio , o que goleou o Santos, empatou com o Botafogo e derrotou todos os times do Uruguai e da Argentina que visitaram Porto Alegre em 1958. O Grëmio possuía um esquadrão de respeito e em suas fileiras se alinham verdadeiros craques.

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Fonte:Revista do Esporte

UM SANTOS na ESTÔNIA

Nesta nova temporada que vai começar em Abril na Estônia temos uma novidade bem brasileira,pelo menos no nome.Novo promovido a terceira divisão do país,com sede na cidade de Tartu,apresento a vocês o SANTOS FC TARTU.Até onde eu sei,por enquanto,o nome não é nenhuma homenagem a matriz brasileira,mas não deixa de ser uma coincidência né..vamos pesquisar

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UNIÃO BANDEIRANTE,um time que marcou o futebol paranaense!!!

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Fundado em 15/11/64, o União foi durante muitos anos um verdadeiro terror para as equipes da capital.Era praticamente imbatível jogando em seus domínios no Estádio Comendador Luis
Meneghel,na Vila Maria.
Administrado pelos fundadores, membros da tradicional família Meneghel, proprietária da Usina Bandeirante,nome inicial do clube,depois fusionou-se com o Guarani e mudou para União.O eterno presidente Serafim Meneghel tornou-se figura lendária no futebol paranaense,
pois não gostava de perder e, às vezes, usava de fatores extra-campo para conseguir um bom
resultado, principalmente pressionando árbitros com uns tirinhos, ou exigindo uma penalidade máxima.

Folclore ou lendas criadas em torno do grande desportista são transmitidas de geração em geração.
A verdade é que, com seu estilo corajoso, Serafim fez o futebol do interior ser respeitado e
enfrentou as mazelas das equipes da capital com a mesma moeda.

Apesar de nunca ter conquistado o título máximo, o União tem tradição e inúmeras
histórias de decisões memoráveis.O clube foi cinco vezes vice-campeão paranaense em 1966,
1969, 1971, 1989 e 1992,sendo que em 1992,esteve muito perto do título,perdendo para o
Londrina na final.Conquistou o campeonato paranaense da segunda divisão 2 vezes (1988 e 1992).

Mesmo não conseguindo o título estadual a equipe obteve outras conquistas:
Copa Norte do Paraná: 1973,Torneio Integração: 2 vezes (1974 e 1975),Taça Itaipu: 1975,Taça Sul: 1975,Torneio Navaro Mansur: 1988.
Também possuía um belo trabalho nas categorias de base onde obteve até títulos internacionais.
Campeonato Paranaense de Juniores (Sub-20): 3 vezes (1995, 2000 e 2002) e a tradicional Dallas Cup – (Sub 17), nos EUA : 2 vezes (1997) e 2000).
Infelizmente o clube fechou as portas em 2007.

ALGUMAS EQUIPES INESQUECÍVEIS

O ESQUADRÃO DE 1966: Orlando, Orlando Maia, Pescuma, Geraldo Roncato e Serafim, Tião Macalé e Charuto. Carlinhos, Eni, Paquito e Tião Abatia. Técnico: Nilton de Sordi, campeão do mundo em 1958, e titular durante muitos anos como lateral-direito do São Paulo F.C.

1966-67 UNIÃO BANDEIRANTES: Orlando, Orlando Maia, Pescuma, Geraldo e Serafim, Charuto, Macalé, Abatiá (Amadeu), Carlinhos, Paquito e Eni (Paulinho), Ademar, Gilberto goleiro, João Carlos, Josué e Waldir.

1968 UNIÃO BANDEIRANTE: Gilberto, Orlando Maia, Pescuma, Geraldo e Serafim, Macalé e Charuto. Osvaldinho, Nondas, Robertinho (Tião Abatiá) e Zé Luiz, (Orlando gol), Celso, Carlinhos, Quarentinha, Palomares (Paquito) e Mário.

1969/70 UNIÃO BANDEIRANTE: Laércio, Osmarino, Josué, Geraldo, Machado, Celso e Tião Macalé; Nondas, Paquito, Carlinhos, Zé Luiz (Ocimar). Rubens, Tião Abatiá, Paulo Roberto, Valério goleiro, Pescuma. Vicente goleiro, Carlos Roberto, Henrique Pereira, Gaúcho.

1970 VICE-CAMPEÃO DO TORNEIO INTEGRAÇÃO EM ANÁPOLIS-GO. Participação de 14 equipes. Rosã, Carlos Roberto, Sílvio, (Celton . Geraldo Roncato e Nilson; Macalé, China, Noriva, Carlinhos e Russinho. Os destaques eram o goleiro Rosã, ex-Ferroviária de Araraquara e Palmeiras.

Fontes:Interior Bom de Bola,Wikipedia e internet