Arquivo da categoria: 04. Eduardo Cacella

Esporte Clube 15 de Novembro

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O Esporte Clube 15 de Novembro, nome com o qual surgiu, foi fundado em 15 de novembro de 1911, por operários de uma indústria de calçados – Vetter & Irmão, que passaram a praticar o futebol, um novo esporte que aparecia na região.
Em 1917, juntamente com duas outras entidades locais (Sociedade Alemã de Tiro e a Sociedade de Canto), participou da fundação da Sociedade Concórdia, um clube social com vários departamento
Em 12 de abril de 1943, a Diretoria da Sociedade Concórdia resolveu extinguir o departamento de futebol, que tornou-se independente, até no nome : E. C. Independente, adotando as cores branca e preta. Esta decisão provocou muitas polêmicas, mas a verdade é que o futebol progrediu.
Após um grande movimento popular, o E. C. Independente recebeu o seu nome de origem, E. C. 15 de Novembro e foram adotadas as cores originais : amarelo, vermelho e verde. Isso aconteceu no dia 29 de setembro de 1949.Em 1957, o “15” conquistou o seu primeiro e importante título :
Campeão da Zona Sul do Estado.

Mas no ano de 1960 foi iniciada a conquista de muitos e importantes títulos a nível estadual, na categoria especial de amadores. Com uma equipe modesta, sob o comando do treinador Raul Freitas, o “15” conquistava o campeonato estadual, Série Branca. Muita raça e entusiasmo dos jogadores, para alegria de uma torcida que, aos domingos, prestigiava o clube no Estádio dos Eucaliptos (hoje Estádio Sady Arnildo Schmidt).O feito repetiu-se em 1961, 1963,1964 e 1966.

Em 1968 veio o primeiro título do Absoluto de Amadores. E o “15” continuava a conquistar títulos e mais títulos : 1970, 1971, 1972, 1973, 1976, 1977, 1982, 1987, 11920 e 1992.
O E. C. 15 de Novembro é o maior ganhador de títulos
amadores do Estado do Rio Grande do Sul.No ano de 1988, no Estado do Paraná, o 15 de Novembro conquistou o primeiro título de Campeão Sul-brasileiro de Futebol Amador, disputado contra clubes catarinenses e paranaenses.Em 1975 passou a chamar-se CLUBE 15 DE NOVEMBRO, por força da fusão com a Sociedade Concórdia, cuja denominação deixou de existir : tudo passou a ser Clube 15 de Novembro.Em 1994 profissoinalizou-se, disputando a segundona do futebol gaúcho. Sagrou-se vice-campeão, com passagem para a Série B da primeira divisão. Em 1998 obteve o segundo lugar na Copa Abílio dos Reis, o que lhe deu o direito de disputar a Série A da primeira divisão, juntamente com Juventude, Grêmio, Internacional e outros clubes da elite gaúcha.

Em 1999 outra vez disputou a Série B e, com extraordinário brilho, voltou à Série A. Preparou-se cuidadosamente, ficou campeão da fase classificatória – Chave 2, e conquistou o direito de participação no Octogonal final do Gauchão/2000, etapa disputada somente pelos grandes do futebol riograndense. Após brilhante campanha, o estreante “15” ficou em 5º lugar, atrás somente de Grêmio, Internacional, Caxias e Juventude.A primeira grande campanha aconteceu em 2002. Com um excelente plantel, o “15” chegou às finais do Gauchão, disputando o título contra o S.C. Internacional. Foi vice-campeão e este fato mobilizou ainda mais a direção do Clube.Em 2003 não foi diferente, Mercê de uma campanha melhor do que em 2002, o “15” chegou outra vez ao vice-campeonato gaúcho. Outra vez contra o S. C. Internacional, de Porto Alegre.Em 2004, com outro grande elenco, o “15” chegou ao terceiro lugar na Copa do Brasil. intercalando jogos desta competição com o certame gaúcho. Uma verdadeira maratona de jogos.

A Copa do Brasil fez história, promoveu o “15” e o município de Campo Bom além das fronteiras brasileiras. Em terceiro lugar, só perdeu posição para Santo André, que foi o campeão, e o Flamengo carioca, segundo colocado. À frente. logicamente, de todos os clubes brasileiros tradicionais em grandes competições. Veio o ano de 2005 e o “15” conseguiu armar mais uma grande equipe. Foi o melhor nas etapas iniciais do Gauchão e classificiu-se para as finais, jogadas, outra vez, contra o Internacional, de Porto Alegre.No Beira-Rio, vitória do Inter, 2 a 0. Na final de Campo Bom, vitória do “15” por 3 a 2 (2 a 0 nos 90 minutos e 1 a 2 na prorrogação).Como o regulamento não estipula o saldo de gols e como a prorrogação não deixa de ser um complemento do jogo disputado anteriormente, muitos especialistas entendem que o “15” é o campeão de direito do Gauchão/2005.Mas os torcedores do Rio Grande do Sul e do Brasil viram, na realidade, um grande time de futebol, que em 2006 vai outra vez disputar a Copa do Brasil. Para alegria dos torcedores.2006 – Muito planejamento, contratações e novamente uma bela equipe. Vários certames, o Gauchão, a Copa do Brasil e a Copa Emídio Perondi.Na Gauchão, as coisas não andaram como deveriam andar. Intercalando o Gauchão, jogos pela Copa do Brasil, viagens, etc., dando pouco tempo para recuperação física e técnica.

Na Copa do Brasil, o “15” eliminou, na primeira fase, o Noroeste de Baurú, vencendo em casa pelo escorte de 4 a 1 e perdendo em São Paulo por 2 a 0. Na segunda fase, o “15” eliminou o Grêmio Portoalegrense, a quem venceu em Campo Bom, por 1 a 0. Perdeu no Estádio Olímpico pelo mesmo escore e eliminou o clube da capital nas penalidades máximas por 6 a 5. Foi eliminado, na terceira fase, pelo Volta Redonda, que venceu o primeiro jogo, no Rio de Janeiro, por 1 a 0. Em Campo Bom, vitória do “15” por 2 a 1. O gol qualificado beneficiou o Volta Redonda.E na terceira competição do ano, o “15” sagrou-se Campeão da Copa Emídio Perondi. Derrotou, nas finais, a Ulbra, de Canoas, por 3 a 1 (no Complexo Esportivo da Ulbra) e por 3 a 0 no jogo disputado em Campo Bom.
No ano de 2007, o clube não fez boa campanha no Gauchão. Participou somente da primeira fase, permanecendo, contudo, na elite do futebol gaúcho.

Fonte:Site Oficial

Argentina: Futebol e Guerra

Em 1976, foi instaurada uma ditadura militar de extrema-direita na Argentina. Os militares ficaram apenas sete anos (de março de 1976 a dezembro de 1983). Apesar de ter durado menos tempo, a ditadura portenha conseguiu ser muito mais violenta com a oposição.

O número de torturados, mortos e “desaparecidos” pelo regime argentino superou em muito o “nosso” regime militar, fazendo milhares de vítimas. Na América do Sul, a ditadura argentina só foi superada em violência e número de vítimas pelo regime ditatorial instaurado pelo general Augusto Pinochet no Chile, que governou o pais de 1973 a 1990.

Argentina vence a copa de 78 em casa

Em 1978, a seleção de futebol da Argentina venceu a Copa do Mundo em casa, a ditadura argentina aproveitou a conquista do título mundial para fazer propaganda e ganhar popularidade. Apesar de invicto, o time brasileiro perdeu a chance de disputar a final quando foi superado em saldo de gols pelo time da casa depois que a seleção da Argentina goleou a seleção do Peru (6×0).

A goleada atraiu suspeitas de fraude. Ainda hoje, muitos torcedores brasileiros suspeitam que houve “marmelada”. Segundo essa versão, o time peruano teria sido subornado para “entregar” o jogo. Até o fato de o goleiro da seleção peruana, Ramon Quiroga, ser um argentino que se naturalizou peruano, contribuiu para aumentar as suspeitas. De qualquer modo, com ou sem trapaça, a seleção argentina venceu a seleção holandesa na final.

A seleção brasileira teve que se conformar com o terceiro lugar e com o título de “campeão moral”. A Copa de 1978 também é lembrada pela partida que ficou conhecida como a “Batalha de Rosário”, na qual brasileiros e argentinos se enfrentaram num jogo que terminou empatado (0x0).
Argentina e Inglaterra: rivais na guerra e no futebol

Guerra das Malvinas

Em 2 de abril de 1982, para desviar a atenção da opinião pública dos problemas internos, o governo ditatorial argentino resolveu apelar novamente para o nacionalismo: iniciou uma guerra contra o Reino Unido pela posse das ilhas Falklands (a Guerra das Malvinas, com as ilhas são chamadas pelos argentinos).

O tiro saiu pela culatra: a guerra terminou com uma humilhante derrota para as forças armadas argentinas, cuja rendição se deu em 14 de junho do mesmo ano. Com a derrota militar para os britânicos, a opinião pública da Argentina se voltou contra o governo, que entrou em colapso. No ano seguinte, a ditadura chegava ao fim na Argentina. Curiosamente, a Guerra das Malvinas aumentou a rivalidade entre as seleções de futebol da Inglaterra e da Argentina (sem falar em briga de torcidas).

A rivalidade já existia antes da guerra e teria começado na Copa do Mundo de 1966, realizada na Inglaterra: numa das partidas, a seleção inglesa derrotou a seleção argentina por 1×0 num jogo marcado por uma arbitragem polêmica, que resultou na expulsão do então capitão do time argentino, Antonio Rattín, considerada injusta pela maioria dos torcedores argentinos.

Maradona e a “mão de Deus”

Na Copa de 1986, realizada no México, que acabou vencida pela Argentina, os argentinos viram num jogo contra a seleção inglesa, uma chance de se “vingarem” da derrota na guerra. Dessa vez, os argentinos saíram vitoriosos (2×1). Foram dois gols de Maradona, o segundo foi legítimo, mas o primeiro foi feito com a mão. O craque argentino afirmou cinicamente que esse gol foi de cabeça, a mão que se viu era “de Deus”.

Muita gente misturou política e futebol, seja para fazer propaganda, seja para difundir a discórdia e o preconceito. No entanto, também é verdade que o futebol-arte supera as diferenças políticas e ideológicas. Um exemplo disso ocorreu em 1969 , durante uma excursão na África, o Santos de Pelé jogou dois amistosos no antigo Congo Belga: o pais estava dividido por uma guerra civil, mas os dois lados fizeram uma trégua para ver o “Rei” jogar.

Fonte:Tulio Vilela

Flamengo x América de Minas Gerais

Quem não se lembra daquele famoso jogo em que o Flamengo de Varginha jogou contra o grande time do América Mineiro que na época contava com jogadores do quilate de Zé Maurício,Celso Augusto,Luiz Carlos Hippie,Ananias,Warner,Jorge Nobre,Claudio Barbosa,Claudio Reginatto,Luiz Carlos Gaúcho,Wagner,Paulinho e tantos outros. É, pois foi neste dia que o juizão Marcus Vinicius dos Santos sentiu a força e a fúria da torcida Varginhense e não é que o danado fez de tudo para que o América mesmo com aquele timaço ganhasse ilicitamente do nosso Mengão dentro de Varginha! Se ferrou, pois a torcida ficou furiosa e fez com que no grito e na raça dos jogadores o Mengão empatasse aquela partida e se demorasse mais um pouco tería virado, quem se lembra? E neste dia os heróis Rubro Negro foram estes aí, em pé: Santos,Beto,Alves,Josías,Moacir,Walmir Vinhas(Que se eu não tiver enganado era o treinador) e Neneca. Agachados: O bom velho Jorge Santos,Cirío,Julinho,Palhinha,Bilau e Lelé. As crianças não estou reconhencendo, me parece que a menina é a filha do Beto nosso latera de Boa Esperança e o menino eu não estou reconhecendo. Mais foi um grande jogo e me lembro bem, pois estava lá na Flapaineira acompanhando a encrenca, teve de tudo naquele dia, rádio,chinelos e outros bichos mais, da-lhe Mengãoooooo… E quanto aos gols do Mengão foram marcados pelo Palhinha se eu não tiver errado e se eu tiver errado me corrijam, ok?

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Fonte: Gilberto Beneton

CIANORTE DERROTA CORINTHIANS,um jogo que entrou na história!!!

10/03/2005

Cianorte amanhece nesta quinta-feira com bom tempo e embalada pelo sonho que o país inteiro viu na noite de verão do dia anterior. Nem o mais entusiasta da vitória de Davi sobre o Golias apostaria que o modesto time da cidade do Noroeste paranaense, fundado há apenas três anos, venceria com folga o quase nonagenário Corinthians (de “tradições e glórias mil”, como reza seu hino), tornando coadjuvante o badalado elenco da equipe paulista. Pois, na noite de nove de março de 2005 cravou-se, no estádio Willie Davids, em Maringá: Cianorte 3 x 0 Corinthians, pela Copa do Brasil.

A vitória dos sonhos (que teve até gritos de “olé” no final e gol de bicicleta) permite ao Leão do Vale perder por até três gols de diferença, desde que marque um (1 x 4, 2 x 5, etc) na partida de volta, no Pacaembu, no dia 6 de abril, para avançar à terceira fase do torneio. Mais: se cair por 3 x 0, o Cianorte ainda não vai ser desclassificado, podendo ganhar a vaga nos pênaltis.
O time que jogou em Maringá porque não tem luz em casa (o estádio Albino Turbay) deixou estupefato o técnico argentino Daniel Passarella (estreante no banco corintiano), o goleiro Fábio Costa, os meias Carlos Alberto e Roger, o atacante Tevez numa seqüência iniciada aos oito e terminada aos nove minutos. Neste curto espaço, o abriu dois gols na conta.

O primeiro teve notável colaboração de Fábio Costa, que viu a bola saída de uma cobrança de escanteio escorrer por suas mãos e encontrar, sozinho, o zagueiro Édson Santos, que concluiu de cabeça. O segundo gol, aos nove, teve méritos do lateral-direito Daniel Marques, que chutou rasteiro e com força, da intermediária. A bola desviou no atacante Márcio Machado e enganou Fábio Costa: 2 x 0.
Muito longe do que pede o seu figurino, o Timão teve suas chances quase que restritas à chutes de Roger, disparados de fora da área: aos 15, a bola passou à direita da trave de Adir; aos 23, o goleiro rebateu e a zaga aliviou.
Aos 33, a ocasião esteve com Gil, mas o cabeceio do atacante passou à direita. Pouco depois, veio o lance da noite: Márcio Machado recebeu na entrada da área, pela direita, e emendou uma bicicleta, encerrada no canto direito de Fábio Costa: irresistível 3 x 0.

Para o segundo tempo, Passarella pôs outra atração de peso: Gustavo Nery (também estreante), lateral-esquerdo da Seleção Brasileira e que passou o semestre passado no Werder Bremen, da Alemanha. Nery socorreu a baixa de Roger, que, machucado, ficou no vestiário.
Cuidadoso, o técnico Caio Júnior fez sair do intervalo um Cianorte calculista e ainda mais vigoroso na marcação (em instantes de maior pressão, houve linha com até cinco defensores). A tática funcionou: apesar de ter a posse de bola, o visitante demorou a criar oportunidades.

Apesar da cautela, o time paranaense seguiu importunando a noite de Fábio Costa, que segurou em dois tempos um petardo de Daniel Marques, que cobrara falta, aos quatro minutos. Aos 17, quem quase festejou foi Valdiran, que substituíra Binho, cinco minutos antes.
E foi num lance que envolveu Valdiran que a tarefa de segurar o resultado tornou-se menos árdua aos 25 minutos: ao tentar roubar a bola do atacante, o zagueiro Anderson entrou de carrinho e recebeu um cartão vermelho.

Com um a menos, o Corinthians teve curiosamente, sua grande chance, aos 30: Gil invadiu a área e chutou forte, mas não o suficiente para vencer o atento Adir, que segurou firme. Mas o Cianorte, motivado por gritos de “olé” de uma torcida que contaminara até os fiéis do Timão, respondeu grosso: aos 33, um chute de Rocha voou a centímetros do travessão.
O alvinegro só teve lampejo de grande time aos 38, numa troca de passes entre Carlos Alberto, Tevez e Gil. Mas os passes galácticos esbarraram em Adir, novamente.
Em Maringá, passou-se a semana falando num time dos sonhos, que viria de outra galáxia. O pessoal de Cianorte talvez não tivesse percebido, mas este esquadrão irresistível, pelo menos, por uma noite de verão, lhe soou docemente familiar.

CIANORTE 3 x 0 CORINTHIANS

Cianorte: Adir; Édson Santos, Diego e Fábio Carioca; Daniel Marques, Cuca, Rocha, Robert (Dario) e Maurício; Binho (Valdiran) e Márcio Machado (Djames)
Técnico: Caio Júnior
Corinthians: Fábio Costa, Coelho, Sebá, Anderson e Edson; Wendel (Bobô), Fabrício, Carlos Alberto e Roger (Gustavo Nery); Gil e Tevez
Técnico: Daniel Passarella
Data: 09/03/2005 (quarta-feira)
Local: Willie Davids, em Maringá (PR)
Horário: 21h45 (de Brasília)
Gols: Édson Santos, 8, Márcio Machado, 9 e 36 do 1º
Renda: R$ 380.000,00
Público: 19.500 pagantes
Árbitro: Elvécio Zequetto (MS)
Assistentes: Rogério Carlos Rolim (PR) e Gilson Bento Coutinho (PR)
Expulsão: Anderson, 25 do 2º
Cartões amarelos: Wendel. Cuca, Roger, Fabrício e Fábio Carioca

Fonte: Ayrton Baptista Jr., do FutebolPR

O FUTEBOL EM PONTA GROSSA

O esporte, como fenômeno de massas, é bastante recente. No caso do brasileiro, foi a partir da década de 1910 que as atividades esportivas começaram a marcar o ritmo de vida moderno.
Importadas da Europa, as práticas esportivas se enquadravam nos princípios “civilizatórios”, próprios do estilo de vida “moderno”. Atividades como a ginástica, o boxe, a patinação o ciclismo e principalmente, o futebol ganharam destaques nas cidades brasileiras. As ruas e os clubes eram ocupados com manifestações esportivas, fazendo aumentar o clima de agitação urbana.
O futebol, inicialmente praticado pelas elites, difundiu-se velozmente. Ligas amadoras surgiram para organizar partidas e campeonatos. as populações mais pobres começaram a fundar seus próprios times, em bairros ou locais de trabalho.
O entretenimento, a saúde, a rivalidade e até mesmo o narcisismo precediam a remuneração e o profissionalismo.

A partir da década de 1930, com a criação da Liga Pontagrossense de Desportos, o futebol passou a atrair um grande número de aficionados. Já incorporada ao cotidiano urbano, a prática esportiva era vista como uma forma de normatizar socialmente as massas.
Desde a década de 1920, a cidade acompanhou acirrados certames locais disputados por times como o Operário, o OLinda , o Savóia, o Guarany , o União Campo Alegre, o Aymoré, o Corinthians, o Americano, o Germânia , o Castelo Branco , o Bloco Esportivo Pontagrossense e o Nova Rússia , entre outros.

Os Clubes representavam comunidades de bairros, como o Nova Rússia e o Olinda (Olarias). Representavam também segmentos ligados a uma categoria profissional específica, como é o caso do Operário (ferroviários de São Paulo-Rio Grande), ou grupos étnicos, como o Germânia. Já o Guarany tinha a preferência da elite local.
Campos de futebol espalharam-se pela cidade, Nova Rússia, União Campo Alegre, Olinda, Operário e Guarany tinham estádios próprios na década de 1930.
Mesmo com a profissionalização do Operário e do Guarany na década de 1950, os times de bairro continuava a proliferar na cidade. O Flamengo da Vila Madureira , o São Cristóvão do bairro Oficinas , são exemplos de times amadores que continuaram atraindo fiéis e inflamados torcedores ponta-grossenses.

Fonte:Desconheço

Torneio Pentagonal de Guadalajara, em 1960.

Jogos do SP

03.02.1960 Torneio Pentagonal de Guadalajara 1960

Guadalajara (México) Jalisco
Club Deportivo GUADALAJARA (México) 0 X 6 SÃO PAULO Futebol Clube (Brasil)
JOSÉ POY (ALBERTINO); ADEMAR, DE SORDI e SERGIO (FERNANDO SÁTYRO); DINO SANI e VICTOR; PEIXINHO, NECO, GINO ORLANDO, CARLOS CÉSAR (BAZZANINHO) e ROBERTO (JURACY).
Técnico Vicente Feola
Gols: ROBERTO; CARLOS CÉSAR; GINO ORLANDO; BAZZANINHO (3)
Árbitro Desconhecido
Não houve jogador do SPFC expulso nessa partida
Renda Desconhecida
Público Desconhecido
*Torneio de Inauguração do Estadio Jalisco.

06.02.1960 Torneio Pentagonal de Guadalajara 1960

Guadalajara (México) Jalisco
ATLAS Club de Fútbol (México) 0 X 0 SÃO PAULO Futebol Clube (Brasil)
JOSÉ POY; ADEMAR, DE SORDI e RIBERTO; DINO SANI e VICTOR; PEIXINHO (JURACY), NECO, GINO ORLANDO, CARLOS CÉSAR (BAZZANINHO, depois FERNANDO SÁTYRO) e ROBERTO.
Técnico Vicente Feola
Gols: Não houve gol do SPFC marcado nessa partida
Árbitro: Juan de la Cruz (México)
Expulso: Roberto
Renda Desconhecida
Público Desconhecido

11.02.1960 Torneio Pentagonal de Guadalajara 1960

Guadalajara (México) Jalisco
Club Atlético SAN LORENZO de Almagro (Argentina) 2 X 2 SÃO PAULO Futebol Clube (Brasil)
JOSÉ POY; ADEMAR, DE SORDI e RIBERTO (CARLITO); DINO SANI (FERNANDO SÁTYRO) e VICTOR; SILVIO, NECO, GINO ORLANDO, CARLOS CÉSAR e ROBERTO.
Técnico Vicente Feola
Gols: GINO ORLANDO; ROBERTO
Árbitro: Pablo Rodríguez (México)
Não houve jogador do SPFC expulso nessa partida
Renda Desconhecida
Público: 40000

17.02.1960 Torneio Pentagonal de Guadalajara 1960

Guadalajara (México) Jalisco
Club Deportivo El ORO (México) 0 X 4 SÃO PAULO Futebol Clube (Brasil)
JOSÉ POY; ADEMAR, DE SORDI e RIBERTO; DINO SANI e VICTOR; PEIXINHO, NECO, GINO ORLANDO, CARLOS CÉSAR e ROBERTO.
Técnico Vicente Feola
Gols: NECO; PEIXINHO; GINO ORLANDO; CARLOS CÉSAR
Árbitro Desconhecido
Não houve jogador do SPFC expulso nessa partida
Renda Desconhecida
Público Desconhecido

Fonte: http://spfcpedia.blogspot.com/

Futebol Feminino:Torneio Início do Paraibano será dia 5 de abril

Terça, 18 de Março de 2008 08h40
GLOBO.COM

O Torneio Inicio do Campeonato Paraibano de Futebol Feminino acontece no próximo dia 5 de abril, no estádio Evandro Lélis, em Mangabeira, em João Pessoa. No dia 13 ocorre o início da competição, com as partidas acontecendo na Capital.
Os dez clubes participantes serão divididos em dois grupos (A e B), jogando entre si, no primeiro turno, classificando os dois melhores para o cruzamento olímpico. No segundo turno os times do Grupo A enfrentam os times do B, com os dois primeiros de cada clube se classificando para o cruzamento olímpico.
Fazem parte do grupo A – Pedrafoguense, COPM, Goiás, CCCLB e Portuguesa; B – Santos, River Plate, Santa Cruz, Desportiva e Auto Esporte. Os jogos do torneio inicio serão os seguintes: Goiás x Portuguesa;

Clubes de futebol e a Segunda Guerra Mundial

Clubes de futebol foram alvo da vigilância da polícia política durante a Segunda Guerra Mundial
Medidas influenciadas pela política nacionalista do Estado Novo obrigaram clubes a expulsar associados de origem estrangeira. Reuniões de diretoria só podiam ser realizadas com autorização da DEOPS

Pesquisa do historiador Alfredo Oscar Salun aponta que na época da entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial, em agosto de 1942, Corinthians e Palmeiras foram forçados a expulsar cerca de 150 sócios de origem estrangeira, inclusive alguns de seus dirigentes. Os dois clubes estavam entre as entidades atingidas pela legislação repressora do Estado Novo, especialmente de 1941 até 1945, quando aumentou o rigor na vigilância da polícia política aos grupos estrangeiros e seus descendentes.
Equipes mais populares da época, Palestra Itália (antigo nome do Palmeiras) e Corinthians atraíam grande número de torcedores de origem imigrante, muitos dos quais operários, caracterizando-os como times populares. “Quando o Brasil declarou guerra à Itália, Alemanha e Japão, a vigilância aos estrangeiros pela Delegacia de Ordem Política e Social (DEOPS) aumentou, devido a suspeitas de espionagem”, conta Salun.

“No Palestra Itália, predominavam os italianos, e no Corinthians havia também italianos, além de espanhóis, alemães e até árabes”, explica o historiador, que pesquisou os efeitos das medidas de nacionalização para sua tese de doutorado no Núcleo de Estudos de História Oral (NEHO) na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP.
Após a entrada do Brasil na guerra, o Conselho Nacional de Desportos (CND) baixou uma série de regulamentações para o esporte, em acordo com o projeto nacionalista do regime do Estado Novo (1937-1945). “Os clubes de futebol foram atingidos, tendo que expulsar dirigentes e associados estrangeiros, principalmente os ligados aos países do Eixo, rotulados como ‘Súditos do Eixo’.”

Vigilância
A desobediência às normas de nacionalização poderia levar ao fechamento dos clubes. “No caso do Palestra Itália, isso gerou rumores não confirmados de que dirigentes do São Paulo manobravam nos bastidores para tomar seu patrimônio”, relata Alfredo Salun. “Os boatos e a mudança de nome para Palmeiras, em 1942, tornaram o episódio marcante na história do clube e dos seus torcedores, ao contrário dos fatos ocorridos no Corinthians.”
A aplicação das leis levou a destituição do presidente do Corinthians Manuel Correncher, espanhol de nascimento. “O clube conquistou vários títulos na gestão de Correncher, considerado uma figura folclórica, comparada a de Vicente Matheus”, conta Salun. “A presidência foi assumida por Mario de Almeida, interventor indicado pelo CND, que ocupou o cargo por alguns meses, até o clube escolher um novo presidente.”

“Em um clube é uma história conhecida e celebrada e no outro, silenciada e apagada”, destaca o historiador. Nesse aspecto, o pesquisador desenvolve um trabalho em História Oral, com torcedores, jogadores e dirigentes. “Esses clubes não foram os únicos na capital paulista que foram alvos da repressão, mas tinham maior torcida e prestígio.”
Reuniões de diretoria dos dois clubes só eram feitas com autorização da DEOPS e a presença de um agente do órgão. “Os clubes também precisavam de permissão oficial para jogos fora de São Paulo, especialmente no litoral, devido a importância estratégica das regiões costeiras na Segunda Guerra Mundial.”
Após as expulsões, Corinthians e Palmeiras realizaram uma “campanha de nacionalização” para atrair novos sócios, nascidos no Brasil. “A imprensa da época viu essa iniciativa como uma prova de patriotismo”, diz Salun. “Os estrangeiros expulsos começaram a retornar aos clubes após 1945, como reflexo do final da Guerra, de medidas liberalizantes adotadas pelo governo de Getúlio Vargas e o fim da perseguição à ‘quinta-coluna’, espiões e os ‘Súditos do Eixo’.”

Fonte:USP-Julio Bernardes