Arquivo da categoria: Escudos

Associação Atlética Mackenzie College – São Paulo (SP): Existiu entre 1898 a 1923

A Associação Atlética Mackenzie College foi uma agremiação da cidade de São Paulo (SP). Fundada em 18 de agosto de 1898, por alunos da Universidade Mackenzie, participou por 13 vezes do Campeonato Paulista. O Mackenzie foi o 1º clube fundado no Brasil por brasileiros e para brasileiros para a prática do futebol e o primeiro neste país a praticar o basquetebol.

Em 1896, um professor, Sr. Augusto Shaw, retornava dos Estados Unidos e começava a fazer uma grande propaganda de esportes como o basquete, o futebol e o rugby. Muitos alunos se interessaram por estes “divertimentos” e em 1898 se reuniram para fundar a Associação Atlética Mackenzie College.

Entre os fundadores do Mackenzie estava Belfort Duarte. Esse maranhense, estudante do colégio, foi quem fundou, anos mais tarde, o America Football Club do Rio de Janeiro, além de ter sido o responsável pelo fato de o America ter tantos “clones” pelo Brasil inteiro. Mesmo em São Paulo, Belfort Duarte viria a fundar um América FC em 1916 (que mais tarde se chamaria Tremembé FC). Foram alguns alunos do Mackenzie que introduziram, em 1902, o futebol em Santos e em Sorocaba.

Dentre os maiores ídolos do clube se encontra Manuel Nunes, também conhecido como Neco (apesar de no Mackenzie ele preferia ser chamado de Nunes, pois não jogando no Corinthians ele fala que preferia ser outro, ele atuou em 1915, pois a maioria dos jogadores do Corinthians foram emprestados e outros clubes porque o Alvinegro não disputaria nenhuma Liga aquele ano, somente amistosos).

O Mackenzie foi um dos fundadores da primeira liga de futebol do Brasil, a Liga Paulista de Futebol. Em 3 de maio de 1902 o primeiro jogo oficial da história do futebol paulista e brasileiro foi realizado entre Mackenzie e Germânia, tendo a equipe vencido por 2 x 1 com um gol de Eppingaux, um dos fundadores, que será conhecido para sempre como o autor do primeiro gol oficial do futebol brasileiro.

Em 1920 o Mackenzie se juntou à Portuguesa e formou o Mack-Port. A nova equipe durou 3 anos. Em 1923 a união se desfez e o Mackenzie se retirava de campo.

FONTES: Gazeta Sportiva Ilustrada – Wikipédia – Marlon Krüger Compassi

Sport Club Germânia – São Paulo (SP): Década 40

O Sport Club Germânia (atual Esporte Clube Pinheiros) foi uma agremiação da Cidade de São Paulo (SP). Fundado no dia 07 de Setembro de 1899, por Hans Nobiling, os irmãos Wahnschaffe, A. Ravache, O. Behmer, Guilherme Kawall, Jorge Riether, Witte, Ernst Deininger e outros.

O desportista, com este grupo de amigos de diversas nacionalidades, resolveu fundar uma equipe de futebol em razão de sua origem: nascido na Alemanha, desejou que seu time recebesse o nome de Germânia, mas como havia portugueses, espanhóis e italianos, entres outras nacionalidades, na fundação houve a opção por chamar o time de Sport Club Internacional para congregar as várias nacionalidades.

Voto vencido, mais tarde Hans, junto com os irmãos Wahnschaffe, afastou-se da equipe. Exatos dezoito dias depois os três fundaram a sua própria equipe. Com o nome de Sport Club Germânia a equipe disputou 26 vezes o Campeonato Paulista de Futebol, conquistando o título nos anos de 1906 e 1915, e chegou a contar em suas fileiras com Arthur Friedenreich, o primeiro craque do futebol brasileiro.

No futebol, o primeiro uniforme titular tinha camisa com a metade direita preta e a metade esquerda azul, calção e meias pretas. Mais tarde adotou camisa com listras verticais azuis e pretas, calção branco e meias pretas. Tinha ainda uniforme reserva com camisa e calção branco e meias pretas.

A equipe viu-se obrigada a mudar de nome no decorrer da Segunda Guerra, quando o governo do Brasil proibiu que equipes existissem com nomes de outros países através da campanha de nacionalização — desta forma, o Palestra Itália de São Paulo tornou-se a Sociedade Esportiva Palmeiras, o de Minas Gerais tornou-se o Cruzeiro Esporte Clube, o Hespanha Foot Ball Club, da cidade de Santos, tornou-se o Jabaquara Atlético Clube e o Sport Club Germânia tornou-se o Esporte Clube Pinheiros.

Com o final da Segunda Grande Guerra e com o advento do futebol profissional, assim como muitas outras equipes da época o Pinheiros optou por se tornar um clube social com suas áreas de recreação e esportes amadores.

 

FONTES: Gazeta Sportiva Ilustrada – Marlon Krüger Compassi

Seleção Brasileira de Futebol: Uniformes dos anos de 1914, 1916, 1917 e 1919-53

Seguindo as especificações da reportagem da Gazeta Sportiva Ilustrada, redesenhei os uniformes seguindo os escudos de cada ano referido da Seleção Brasileira de futebol entre 1914 a 1953.

FONTES: Gazeta Sportiva Ilustrada – Marlon Krüger Compassi

Associação Athletica das Palmeiras – São Paulo (SP): Escudo dos anos 20

A Associação Athletica das Palmeiras foi uma agremiação da cidade de São Paulo (SP). Fundada em 9 de novembro de 1902, suas cores eram preta e branca. Foi campeã do Campeonato Paulista da 1ª Divisão por três vezes: em 1909, 1910 e 1915. Seu mais célebre uniforme, tinha camisa branca com uma listra horizontal preta, calção e meias pretas. Também jogou com camisa preta, calção branco e meias pretas.

Jogou ainda com uniforme diverso no título paulista de 1909: camisa com a metade esquerda preta e a metade direita branca, calção branco e meias pretas. Sua característica de time elitista pode ser comprovado pelo fato de que, até 1915, só doutorandos, engenheiros e bacharéis de Direito podiam jogar pelo time paulistano.

FONTES: Gazeta Sportiva Ilustrada – Wikipédia – Mercado Livre – Marlon Krüger Compassi

 

Grêmio Esportivo Veronese – Canoas (RS): Escudo e uniforme dos anos 50

Grêmio Esportivo Veronese foi Fundado no dia 1º de Maio de 1942, pelo diretor da Fábrica de Gaitas Veronese, Fiorello Veronese, que era também presidente e técnico do time. O clube usava uniforme nas cores Azul, Preto e Branco ou, em outras oportunidades com camisetas, calções e meias brancas, conforme relata José Luiz Tavares Maciel.

A sede ficava na Rua Machadinho, na Vila Rio Branco (atual Bairro Rio Branco) e o time tinha como apelido:Time das Gaitas, pelo fato de ser financiado pela Fábrica de Gaitas Veronese, cuja sede também ficava no mesmo bairro.

Grêmio Esportivo Veronese foi o primeiro representante da cidade de Canoas no Campeonato Gaúcho da 1ª Divisão de Profissionais de 1960, terminando na última colocação. Nos 14 jogos disputados, nenhuma vitória. Foram quatro empates e 10 derrotas; marcando 13 gols e sofrendo 31, somando apenas quatro pontos. As equipes de Aspirantes ficou em 7º lugar e a de Juvenil classificou-se na 5ª colocação.

Talvez o fato da péssima campanha na elite do futebol gaúcho acabou colaborando para que no ano seguinte (1961) o Grêmio Esportivo Veronese tenha encerrado suas atividades, deixando uma importante lacuna no futebol de Canoas.

TÍTULOS CONQUISTADOS:

Campeão Canoense de 1952, 1953;

Tricampeão Profissional de Canoas nos anos de 1956, 1957, 1958;

Campeão do Torneio Início de Canoas nos anos de 1952 e 1953;

Campeão Estadual Amador da 5ª Região em 1952;

Campeão Estadual Amor da Região Nordeste em 1952;

Vice-Campeão Estadual de Amadores em 1952;

Vice-Campeão Estadual da Região Nordeste em 1953;

Campeão do Torneio da Semana da Pátria de 1956;

Campeão Metropolitano da Série “B” em 1959;

Campeão do Torneio de Encerramento da Série “B” também em 1959;

Campeão Metropolitano Invicto da Série “B” Juvenil em 1959.

 

FONTES: Acervo de Xico Júnior – Marlon Krüger Compassi

Esporte Clube São José – Porto Alegre (RS): Escudo e uniforme de 1946

O Esporte Clube São José é uma agremiação da cidade de Porto Alegre (RS). O ‘Zequinha’ foi Fundado no dia 24 de Maio de 1913, como Sport Club São José, por um grupo de alunos católicos do Colégio São José de Porto Alegre, derivando daí o nome da agremiação. O 1º campo do clube foi num local chamado “Montanha“, onde se localiza o Hospital Militar, na avenida Cristóvão Colombo, no bairro Floresta. O 1º presidente foi Leo De La Rue, tendo sua gestão entre os anos de 1913 e 1914.

O clube mudou várias vezes sua sede, até que em 1939 foi comprado o terreno do atual estádio. O Estádio Passo D’Areia foi inaugurado em 24 de maio de 1940. Em sua abertura, o São José recebeu o Grêmio, mas perdeu na ocasião pelo placar de 3 x 2. Atualmente o estádio já não possui mais nenhuma arquibancada da época, que era de madeira. No lugar existem 3 arquibancadas, duas nas laterais e uma atrás do gol, esta em direção à avenida Assis Brasil, todas totalmente cobertas, que somadas comportam cerca de 10 mil pessoas.

A sua Sede e o Estádio Passo D’Areia (possui sintética, vistoriada e aprovada pela FIFA em 2011), que ficam localizados na Avenida Assis Brasil, 1.200 – Bairro Passo D’Areia, possui ainda salão de festas, churrascaria, ginásio, piscina e quadras sintéticas de futebol para aluguel, estrutura que muitos clubes do interior não possuem.

As suas é azul e branco (em 1996 adotou o vermelho e branco, uma vez que fez uma parceria com as Tintas Renner e o time se chamava: Renner/São José. Porém, o escudo não sofreu nenhuma alteração).

No final dos anos 1960, houve uma fusão do São José com o Clube de Regatas Almirante Barroso. A agremiação chegou a ser apelidada “Zé Barroso“. O uniforme apresentava camiseta com listras largas azuis e brancas. Nessa época, o Zequinha conquistou um dos maiores títulos da sua história, a Copa Governador do Estado em 1971.

Em 1981, treinado por Vasques, o São José foi campeão da Segundona, conquistando o direito de disputar a Divisão Especial em 1982. O time, porém, enfrentou problemas e foi rebaixado no mesmo ano. Voltou a primeira divisão em 1996, depois de uma parceria com o Renner. Durante esta parceria, o São José usou um uniforme em vermelho e branco como o velho Renner.

Em 1998, num lance de marketing ousado, o São José contratou o centroavante Careca, ex-São Paulo e Napoli para atuar em alguns jogos do Gauchão. O time da Zona Norte tem como principais façanhas ter sido duas vezes vice-campeão do Citadino de Porto Alegre, em 1937 e em 1948, campeão da Copa Governador do Estado, em 1971, campeão do torneio de acesso em 1963, e campeão da Segunda Divisão do Campeonato Gaúcho em 1981. Está na elite do futebol gaúcho desde 1999. Sua melhor colocação na primeira divisão foi um 4º lugar em 2010.

Em âmbito nacional, o São José disputou o Campeonato Brasileiro da Série C nos anos de 1997, 1998, 2001 e 2003 e o Campeonato Brasileiro da Série D em 2009 e 2010. Disputou também a Copa São Paulo de Futebol Juniores, em 2007 e 2008.

No ano de 2006, fez boa campanha no Campeonato Gaúcho, alcançando a classificação para a segunda fase com uma rodada de antecedência. No andamento do Campeonato Gaúcho de 2007, o clube ousou e fez a contratação mais impactante de sua história, ao trazer o experiente e renomado goleiro Danrlei, ex-Grêmio. Para a temporada 2008, outro grande nome do futebol estadual foi contratado, o atacante Fabiano, ex-jogador do Inter, e isso somado a outros bons jogadores, rendeu ao São José novamente o 7º lugar, repetindo a boa campanha de 2006.

O ano de 2010 foi especial para o São José, que conseguiu sua melhor campanha no Campeonato Estadual, com a 4ª colocação, conquistando a vaga para a série D do Campeonato Brasileiro de Futebol, e ainda emplacou o artilheiro do Gauchão 2010. Neste mesmo ano, o São José conseguiu de forma inédita uma vaga para disputar a sua primeira Copa do Brasil, em 2011, beneficiado pelo ajuste das vagas destinadas aos clubes do Rio Grande do Sul.

O São José já participou do Campeonato Gaúcho da 1ª Divisão em 22 vezes: 1973, 1974, 1975, 1976, 1982, 2000, 2001, 2002, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2008, 2009, 2010, 2011, 2012, 2013, 2014, 2015 e 2016.

No Gauchão da Segundona foram 23 oportunidades: 1958, 1960, 1961, 1962, 1963, 1964, 1965, 1967, 1981, 1983, 1984, 1985, 1986, 1987, 1988, 1989, 1990, 1991, 1992, 1993, 1994, 1995, 1999. Por fim, na Série B da 1ª Divisão foram duas participações: 1997 e 1998.

 

FONTES: Wikipédia – Site do Clube – Marlon Krüger Compassi

Clube Esportivo Aimoré – São Leopoldo (RS): Escudo e uniforme de 1943

HISTÓRIA
Fundado em 26 de março de 1936, o Aimoré é um dos clubes de futebol mais tradicionais do Rio Grande do Sul. Natural de São Leopoldo, o time realizou sua primeira partida contra o Voluntários, no dia 5 de abril de 1936, e perdeu por 3 a 1. A primeira vitória, no entanto, veio na semana seguinte, no dia 12 de abril do mesmo ano, quando a equipe bateu o 20 de Setembro por 3 a 2.O primeiro presidente foi João Inácio da Silveira. Apesar da fundação ter ocorrido em 1936, o clube passou a ser profissional no ano de 1953, quando recebeu um convite especial do Sport Club Internacional para fazer parte da primeira divisão do futebol gaúcho.
A PEDRA FUNDAMENTAL
A hístoria do novo estádio do Aimoré, passa pelo lançamento da pedra fundamental em 1957, segundo relembra o ex-Presidente, Edmar Kappel, quando havia uma vontade da equipe dirigente em construir um novo estádio na velha Taba Índia, no Bairro Rio dos Sinos. Através do empresário João Correa da Silveira, já na época, um grande colaborador do Clube, o Aimoré conseguiu gratuitamente que a firma Dietschi, Travi (empresa construtora, com sede em Novo Hamburgo ) elaborasse uma planta para a nova praça de esportes.A planta foi concluída e mostrada á diretoria, mas na mesma época, surgiu um movimento com apoio do primeiro Patrono, Lulu Weinmann, Erich Schmidt, Aloísio Boll, e outros aimorésistas, que imaginavam para o clube uma nova e ampla área que a Velha Taba para se construir o novo estádio. Surgiu, então, a possibilidade de se permutar a área do bairro Rio dos Sinos por outra, bem maior, no outro extremo da cidade, em terras pertencentes á Sociedade Padre Antônio Vieira.
O PATRONO
Dificilmente, na existência de um clube de futebol de uma cidade do interior, uma pessoa tenha, há tantos anos, prestado tanta ajuda e colaboração, incentivo e palavras de fé. João Corrêa da Silveira, ex-presidente, conselheiro nato, torcedor desde início dos anos 40, patrono do clube, empresário, tem sido, ao longo dos anos o grande incentivador. Jamais pediu para ser patrono, foi indicado para a honrosa função; nunca, em momento algum, sugeriu que dessem seu nome ao estádio, a denominação aconteceu em 1989. Até hoje, nos momentos difíceis, ele é chamado a ajudar. Jamais negou um auxílio e só lamenta que não possa assistir a todos os jogos da equipe. Muito se poderia e deveria escrever sobre o trabalho e o apoio desde empresário e cidadão benemérito e bairrista, mas não haveria palavras que espelhassem toda sua ajuda, a não ser, em nome do clube, uma só: OBRIGADO, “seu” João. Por tudo o que o senhor fez e ainda fará pelo Aimoré.
O TIME DE 1959
Apenas seis anos após a profissionalização, o Aimoré alcançou sua maior glória. Sagrou-se vice campeão gaúcho da Série A ao perder para o Grêmio, em Porto Alegre, sendo que o time da capital fez o gol do título em uma jogada irregular, aos 47 minutos da segunda etapa. Ainda na década de 1960, o Aimoré realizou grandes campanhas e revelou um dos maiores meias da história do futebol brasileiro, Mengálvio.Em 1962, o atleta foi adquirido pelo Santos Futebol Clube e foi bi-campeão mundial pela seleção brasileira com a linha ofensiva mais famosa de todos os tempos na América do Sul: Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe.Ainda nesta fase o Aimoré viajou pela América em um torneio onde, enfrentou River Plate e inclusive o campeão mundial Boca Juniors em plena La Bombonera. Placar final 1 a 1.

Até hoje o “ninho de cobras” do Aimoré de 1959 é considerado um dos maiores times da história do futebol brasileiro com uma campanha única de 62 partidas e apenas 3 derrotas na temporada.

DÉCADA DE 70
Depois de ótimas campanhas na década de 1960, o Aimoré manteve-se forte durante toda a década de 1970. Foi nessa época que o clube formou e revelou o então zagueiro Luiz Felipe Scolari, que mais tarde se tornaria um dos treinadores brasileiros mais conceituados em todo o mundo, tendo sido campeão da Copa do Mundo de 2002, no Japão, com a seleção brasileira, e vice-campeão da Euro 2006, com Portugal. Em 1972 o Aimoré se sagrou vice campeão da Taça Governador do Estado.
DÉCADA DE 80
Na década de 1980, o Aimoré experimentou também o sabor das vitórias nas categorias de base. Em 1981 e 1987, o clube conquistou o Campeonato Gaúcho de Juniores (Sub-21). Também nesses dois anos, o elenco profissional foi vice-campeão da Série B do Campeonato Gaúcho.A partir da década de 1990, o Aimoré não conseguiu repetir o bom desempenho em campo das décadas anteriores. Para reestruturar suas finanças, ficou de 1997 a 2006 sem disputar competições profissionais, mas sempre mantendo as categorias de base e todo o seu patrimônio, um dos maiores em clubes gaúchos.Num espaço de tempo de 57 anos, idade do C.E. Aimoré, há uma pessoa que já trabalhou no clube em 11 anos, dando o seu talento e amor ás equipes que orientou, na função de treinador. Este homem chama-se Carlos Benevenuto Froner. Carlos Froner. Froner. “Capitão” Froner.

Seja como chamarmos seu nome, o que importa é que ele é uma legenda viva na existência do Clube, onde, em todos os períodos que atuou na velha Taba Índia, no Rio dos Sinos, onde chegou como treinador em 1949, até o Cristo Rei, foi um formador de craues, um disciplinador, um homem talentoso e profissional. Mais: ganhou amor pelo Clube, o que ele reitera sempre. Ainda em 12 de julho de 1992, quando treinador da equipe principal, Carlos Froner disse em uma entrevista ao repórter Luiz Gonzaga, da Revista RUA GRANDE, entre tantas afirmações, uma frase que emociona.Tenho o Aimoré enraizado em meu coração.Este homem que conquistou títulos para o Clube, desde 1949/50, quando foi bicampeão leopoldense de futebol, até a famosa “Academia Froner” que ele formou em 1959 e foi Vice-Campeã Gaúcha, passando pelas fortes equipes que formou em 60, 61, 62, 63, 66, 89 e 92, revelando craques para o futebol brasileiro e projetando o nome do clube além de fronteiras da cidade, tem extensa folha debons serviços prestados ao Aimoré.

Além das equipes índias que orientou, ele, que começou sua carreira treinando o Grêmio Esportivo Leopoldense, em 1947, atuou, com destaque, treinando os times do Grêmio, Inter, Caxias, Juventude, Esportivo, Cruzeiro (Porto Alegre), Floriano (agora, Novo Hamburgo), Joinville, Chapecoense, Atlético Paranaense, Farroviário, Matsubara, Pato Branco Flamengo, Vasco, Bahia, Vitória (Salvador, Bahia), Santa Cruz (Pernambuco), Ceará, Clube do Remo, e, em 1966, dirigiu a Seleção do resto do mundo, em 1975.

São frases suas, sobre o Aimoré, que revelam, em seudepoimento, todo amor que possui ao Clube, na entrevista concedida em 12/6/1992.

Clube já perdeu muito tempo trazendo jogadores emprestados de clubes maiores e em fim de carreira, sem conseguir boas colocações nas competições que toma parte. Estou aqui para ajudar, para transmitir uma ova filosofia, mais apropriada aos tempos.

Carlos Froner: Durante 11 períodos, treinador do C.E. Aimoré. Uma legenda na história de 57 anos do Clube. Foto menor: recebendo, em 16-12-1985 das mãos do vereador Leoni Flores, autor do projeto de lei, o título de Cidadão Leopoldense, outorgado em sessão solene pelo Governo Municipal, por relevantes serviços prestados ao esporte gaúcho e brasileiro.

É filosofia de trabalhar o jogador que é de casa, formá-lo sem gastar muito com ele para que depois, ele possa ter sucesso em um Clube maior e, assim, proporcionar recursos ao Aimoré.

Dói-me muito ouvir e ler notícias de que o Clube não faz boa campanha. Acho que faz, pois quando aceitei voltar ao Clube, não pretendia só ganhar as partidas, mas, sim, criar jogadores aqui dentro, formando novamente uma Academia de futebol, um celeiro de craques. Acredito que a torcida já está sentindo uma evolução para melhor, pois se esses jogadores forem mantidos, amanhã serão astros do futebol gaúcho.

Comecei, agora, meu trabalho, do marco zero. O Clube atavessa muitas dificuldades e eu preciso entende-las.Mas, formar jogadores é o ideal, pois, para dar um exemplo, em 1966, quando estive também aqui, promovi onze jogadores da equipe juvenil (hoje, chamados juniores) e obtivemos a quarta colocação no campeonato gaúcho e o vice-campeonato no interior.

Nos períodos em que trabalhei no Aimoré, tive a felicidade de formar muitos craques. Relembro, alguns: Mengálvio, que foi para o Santos, em 60, jogar ao lado de Pelé, e depois jogou na Seleção; Abílio, foi para o Palmeiras, o Suli para o Grêmio e depois para o São Paulo. Marino e Fernando, para o Grêmio . Gilberto Andrade, Soligo, Kim e Alfeu, que jogaram no Inter, entre tantos outros nomes que, mais tarde, tiveram projeção estadual.

A maior alegria que vivi no Aimoré aconteceu em meados de 1962, quando fui dispensado do Internacional e vim treinar o Aimoré. O Aimoré era o lanterna do primeiro turno, A equipe saiu campeã do returno, mas, lástima, nada valeu para classificar pois o campeonato era por pontos corridos. Mas, no último jogo, justamente contra o Inter, ainda no antigo estádio dos Eucaliptos, a equipe colorada precisava apenas um empate para ser campeã. O Aimoré deu um banho de bola, chegou a estar vencendo por 3×0 e nossos jogadores chegaram ao ponto de ir tabelando área a dentro do Inter, voltando para nossa defesa, para não fazerem mais gols. No final, ganhamos por 3×1 e o Inter perdeu o campeonato. Foi minha redenção, pois estava muito magoado com minha dispensa que achei precipitada, que poderia ter encerrado minha carreira antecipadamente. Mas, essa vitória, confesso, foi preparada desde o dia em que voltei ao Aimoré. E foi conquistada lá dentro da casa do Inter, diante da torcida deles.

O RETORNO EM 2006
A partir de 2006, com o apoio da Prefeitura de São Leopoldo, o Aimoré voltou ao cenário profissional.
O TÍTULO EM 2012
O ano de 2012 começou com algumas dúvidas no Cristo Rei. O clube iria disputar a Segunda Divisão do Campeonato Gaúcho e houve quem pensasse em não participar da competição para poder reorganizar a “casa”. Mas antes do meio do ano, grandes nomes da história índia se uniram em prol do Aimoré. E o resultado dessa união, foi a conquista do primeiro título oficial do clube. Com uma campanha invejável, com quase 80% de aproveitamento, o Índio Capilé coroou sua campanha em uma final inesquecível contra o Gaúcho de Passo Fundo no Estádio Cristo Rei no dia 18 de novembro de 2012. Vitória índia por 2 a 0 (o Aimoré já havia vencido o primeiro jogo por 3 a 0 em Passo Fundo), gols do volante Toto e do atacante Lukinhas de apenas 19 anos. Diretoria, funcionários, comissão técnica e atletas que participaram da campanha vitoriosa de 2012 jamais serão esquecidos, pois foram eles que proporcionaram ao torcedor índio capilé a honra de soltar o grito de CAMPEÃO.

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FONTES:  Marlon Krüger Compassi – Site Oficial do Clube