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16/02/1930 – 1º Jogo: Cruzeiro do Sul (AM) 1 x 1 União Sportiva (PA)

Finalmente, no dia 16 de Fevereiro de 1930, o alvinegro paraense faria sua estreia em gramados do Amazonas contra o Cruzeiro do Sul. Numerosa torcida compareceu ao Parque naquela tarde de domingo, e, antes do embate principal, houve um jogo preliminar entre os times reservas do Libertador e do Manaos Sporting que terminou com a vitoria do Libertador por 5 x 2.

Time do Cruzeiro do Sul, de 1930

Às 15 horas chegavam ao Parque, em automóveis, os jogadores da União Sportiva que ficaram na arquibancada vendo o final do jogo preliminar. Às 16 horas ingressava no campo o árbitro Francisco Oliveira. Logo depois chegava ao centro do campo o Tenente-Coronel Oliveira Góes, representante do governador, junto com Mem Xavier (mandatário da FADA).

A banda de música da polícia se fazia presente, tocando o seu vasto repertório musical. Entravam em campo os dois times, recebendo grande salva de Palmas. Depois,posaram para fotografias. O time visitante, por cada um de seus jogadores, empenhavam um cartaz com uma letra cada um,formando a inscrição “AMAZONAS-PARÁ“.

O jogo iniciou -se às 16 horas e 10 minutos sendo o chute de saída dado pelo representante do governador. A partida corria equilibrada quando o jogador Vinte e Sete abria a contagem para os visitantes. Em desvantagem, o time amazonense corria atrás do prejuízo quando Cyro, vendo o jogador Aristheu com a bola e indeciso para quem a passaria, resolveu avançar em direção ao zagueiro paraense.

Pressionado, Aristheu deu um passe para o goleiro Listo, mas o chute foi mal cronometrado e acabou marcando um gol contra, empatando para o Cruzeiro do Sul. E assim terminou o primeiro tempo em 1 x 1.

Começado o segundo tempo, começou a cair uma chuva torrencial, seguido de uma forte ventania, transformando o campo em um grande lago e prejudicando o andamento do jogo. Embora os dois times jogassem com afinco, em busca da vitória ,o placar não se alterou terminando empatado. Às 17 horas e 55 minutos acabava a partida, com ambas as equipes sendo muito ovacionadas pela torcida. À noite, os jogadores da União Sportiva visitaram a sede do Rio Negro, onde foram bem recebidos pelos diretores e associados do clube.

 

Página do Jornal do Commercio anunciando o resultado do primeiro jogo da União Sportiva em Manaus quando empatou com o Cruzeiro do Sul.

CRUZEIRO DO SUL F.C. (AM)   1          X         1          UNIÃO SPORTIVA (PA)

LOCAL: Estádio Parque Amazonense, em Manaus (AM)

CARÁTER: Amistoso Nacional

DATA: Domingo, 16 de fevereiro de 1930

ÁRBITRO: Francisco Oliveira

HORÁRIO: 16h10min. (de Brasília)

PÚBLICO E RENDA: Não divulgados

CRUZEIRO DO SUL: Elias; Caboclo e Waldemar; Pedro,Maluco e Lisboa; Cyro, Edgard, Leopoldo, Tácito e Augusto.

UNIÃO SPORTIVA: Listo; Victor Lourena e Aristheu; João Lourena, Marituba e Tirteu; Erberto, Joãozinho, Aristóbulo, Alcides e Adolpho.

PRELIMINAR: Libertador 5 x 2 Manaos Sporting

GOLS: Vinte e Sete (União Sportiva); Aristheu, contra (Cruzeiro do Sul), no 1º Tempo.

 

FONTE : Gaspar Vieira Neto – Jornal do Commercio

 

Independente Esporte e Cultura – Município de Ipiaú (BA): Fundado em 1949

Modelo de 1966

O Independente Esporte e Cultura foi uma agremiação do Município de Ipiaú (BA). Fundado no dia 19 de agosto de 1949, por um grupo de jovens sob a liderança de Álvaro Martins (irmão de dona Zélia, esposa de Dr. Salvador da Matta). O rubro-negro ipiauense  se tornou o bicho papão do interior da Bahia nas década de 1960 quando acumulou inúmeros títulos e reuniu grandes atletas.Sua estrutura assemelhava-se às dos clubes profissionais e sua maneira de jogar era tão harmoniosa que chegou a ser comparada a uma orquestra.

1966 - Em pé: Betinho, Dí, Everaldo Barbosa, Gaso da Serraria, Jasson, João Grio, Américo Pintor (o Massagista) e Jaime Cobrinha. Agachados: Caribé, Denancí, Gagé, Daniel Macêdo, Gino, Orlindo Lopes e Lourival Paneli.

Sua estrutura assemelhava-se às dos clubes profissionais e sua maneira de jogar era tão harmoniosa que chegou a ser comparada a uma orquestra. Na galeria de mitos do Independente tem atletas que fizeram fama sem saírem da cidade e outros que já atuaram em grandes equipes do futebol profissional brasileiro, cabendo aí um destaque especial ao goleiro Betinho, considerado um dos melhores do país, a ponto de ter sido levado para o Santos F. C. por nada menos que Pelé, o Rei do Futebol.

Modelo de 1971

Infelizmente o arqueiro optou pela boemia, empreendendo fugas constantes da concentração, faltando a treinos, discutindo com a diretoria do clube que acabou lhe dispensando. Ainda jogou no Vitoria e na ADJ (Jequié). Foi acometido de uma tuberculose e morreu na cidade de Cachoeira. No Independente também brilharam Gagé, ídolo no Leônico e no Bahia, Davi, que mostrou competência no Vitoria, Atlético Mineiro e Guarani de Campinas, Tanajura, artilheiro do Brasil ao marcar 23 gols em uma das edições do Campeonato Baiano de profissionais.

Dos 11 títulos conquistados pelo Independente os que mais marcaram a sua fanática torcida foram os de 1965/66 e de 1968/69. Nesse período a equipe estava no seu apogeu.”Parecia jogar por musica. Era como se fosse uma orquestra, cada craque tinha a virtuosidade de um instrumento ultra afinado”, define o radialista Orlindo Lopes, dedicado pesquisador do futebol local e ex-jogador do clube.

Na foto, da direita pra esquerda: José Hagge Midlej, Clemente Mariani (Banco da Bahia), Julival Ferrari (Loja Céu de Estrelas), Milton Santos (Farmacia Plantão Noturno) e o Odontólogo Dr. João “Monstrin”, em visita ao que viria a ser a nova sede do clube.

Seu Edval Ferreira, o treinador, era o maestro dessa harmoniosa orquestra. Jamais haverá consenso da melhor formação do Independente, contudo todos classificam como “fora de serie” o elenco formado por Betinho, Everaldo Barbosa, Humberto Cabeleira, João Grilo, Huguinho; Jasson, Bueiro,Caribé; Gagé,Tanajura e Lourival Panelli.

Com um toque de bola rápido, ocupando todo o campo, esse time massacrava os adversários, aplicando goleadas humilhantes, impondo seu nome onde quer que fosse. Outros ídolos do Independente foram João Néga, Nena (goleiros), Zé Plínio, Dilermando, Wilson, apelidado de “Folha Podre”, Peneira, Orlindo Lopes, Bocão, Daniél Macêdo, Gaso da Serraria, Bidinho, Gino, Mundinho, Dí e Nelsinho.não se pode esquecer dos ancestrais Badú, Tatai, Antonio Regina, Licinho e Antonio Chapéu.

O que garantia ao Independente um bom elenco em campo era uma excelente estrutura nos bastidores. Sua dedicada diretoria não media esforços para buscar atletas de alto nível. Estes eram farejados e garimpados pelo astuto Jaime Cobrinha, raposa velha da cartolagem amadora. As articulações de Jaime Cobrinha apoiadas pelo presidente Julival Ferrari (Jujú da Loja Céu de Estrelas) e avalizadas por toda a diretoria do clube que dentre outros membros contava com os baluartes Odilon Costa, Cesário Barreto, José Hagge, Polibio Ferreira, Antonio Guanabara, Sandoval Bonfim, Zenildo Borges e Hildebrando Nunes.

 

Maria Adélia Leal Jaqueira, natural de Ipaú, representou o Esporte Clube Bahia no Concurso Miss Bahia e foi eleita em 1972

EMPATE COM O BAHIA

Numa ensolarada tarde do ano de 1971, a ipiauense Maria Adélia Leal Jaqueira, ostentando o honroso titulo de “Miss Bahia”, compareceu ao Estádio Pedro Caetano e deu o pontapé inicial do jogo entre o Esporte Clube Bahia, campeão estadual, e o Independente Esporte e Cultura, campeão municipal.

Nesse momento histórico a bela das passarelas se colocou ao lado da fera dos gramados, o atacante Valter Bôte que seria duas vezes campeão do Intermunicipal, pela Seleção de Ipiaú, e atuaria em clubes profissionais como o Fluminense de Feira de Santana, a ADJ, de Jequié, e o América de Teófilo Otoni (MG). O resultado do jogo foi 2 a 2. Na oportunidade Bôte, então um adolescente de 15 anos, mostrou aos craques do “Esquadrão de Aço” que ele também sabia muito de futebol.

 

 FONTES & FOTOS: Blog Certeza da Vitória – Notícias de Ipiaú – Giro em Ipiaú1 – Ubaitaba – José Américo da Matta Castro é jornalista da Revista Bahia em Foco

 

Foto Rara, de 1967: Conquista Esporte Clube – Vitória da Conquista (BA)

EM PÉ (esquerda para a direita): Zé Maria Áreas (técnico), goleiro, Moisés, não identificado, não identificado, Diva, Tolica e Jaimilton;

AGACHADOS (esquerda para a direita): Piolho, Dão, Maninho, não identificado, não identificado, Dão Mijão e ex-jogador (roupeiro).

FOTO: Blog Diário de Vitória da Conquista 

Fotos Raras, de 1959: Humaitá Futebol Clube – Vitória da Conquista (BA)

Em Vitória da Conquista, o Humaitá Futebol Clube em 1959 já tinha o título de Campeão. Em 1960, disputa a final com o União e vence de 2×0, recebendo o Título de Bi Campeão. Na época, todo time tinha o seu mascote. Uma criança vestida com a farda oficial do time, entrava em campo junto com os jogadores antes do início da partida. O mascote do Humaitá era Jerome Luis Barros Cairo, filho do saudoso Lourival Cairo e Stelita Barros Cairo, popularmente conhecida por D. Zinha. O mascote do União era Piolho. Presidente do Humaitá, Lourival Cairo tinha o futebol como parte de sua alma. Organizado, competente e dedicado, muitas vezes ia a Salvador com seu DKV, uma perua Vemaget, somente para comprar fardamento para o alvo e verde.

Lourival Cairo era o maior incentivador e empreendedor do futebol em Conquista e região. O Estádio Lomanto Junior iria ser chamado Estádio Lourival Cairo, mas a política muda o que ela quer! Desde o império romano a história se repete, apesar de Lomanto ter sido um grande homem. Lourival era  proprietário da Confeitaria Araci, o point da cidade, onde a sociedade se reunia para o lazer, deliciando sorvetes, picolés, esquimós, dust miller, salada de frutas,  preparados por ele; e bolos, salgados, pelas mãos mágicas da professora de arte culinária, D. Zinha. Havia também 8 bancas de sinuca, 3 de gamão, balcões e 30 mesas. Quando o Humaitá ganhava uma partida, a Confeitaria superlotava. Era algo harmonioso. O estabelecimento funcionava, onde hoje funciona O Conquistão, na Pça. Nove de Novembro. Até o time perdedor participava da festa, sem brigas nem xingamentos.

 

 

Os jogadores daquela época tinham mais amor ao esporte, que propriamente a profissão e os torcedores iam ao Estádio para se divertir, sem arremesso de objetos. Os jogos eram realizados no Estádio Edvaldo Flores, que esgotavam suas bilheterias, enquanto João do Rolete, o João Aprijo, vendia roletes de cana espetados em palitos de bambu. Baleiros, vendedores de alimentos e bebidas ganhavam um bom dinheiro e a Polícia permanecia tranquila. Não havia desordem, enquanto na Rádio Clube, Hélio Gusmão narrava e comenta com Gilson Moura os destaques. Hoje, após 48 anos, a presença da CAESG e do Nono Batalhão de Polícia Militar é indispensável e latinhas de qualquer tipo de bebida dentro do Estádio ficaram proibidas a venda. Analisando a história, somente neste campeonato bahiano em que o Vitória da Conquista brilhou intensamente com grandes vitórias, alegrando a cidade; na década de 50 e 60 o Humaitá proporcionava o mesmo com uma equipe de jogadores como Edson Maciel, Raudenis, Pelé, Mário Seixas, Nego da Barra, Batatinha, Everaldo, Nego, Alexandre, Zoinho, Louro, Wender, Cide, com a diretoria formada por Lourival Cairo, Osvaldo Fiscal, Cicinato, Isaac, Zelito, Vitor e João. Ailton Vela se destacava como um bom juiz.

Relembrando os bons tempos, seria importante que o Vitória da Conquista tivesse seu Mascote, como também os outros times. Jerome Luis Barros Cairo, eis mascote do Humaitá, neto de Sinhorinha Cairo, sobrinho de João, Gildásio, Eurípedes, Osmário, Miro Cairo, Hormindo Barros etc., hoje é médico em Campinas – SP, casado com a médica Dra. Áurea Abe, com dois filhos formados. Dr. Jerome é irmão de Antônio Roberto, diretor da Cambuí Veículos e do músico, ambientalista e presidente do MCMP, André Cairo, que esteve personificado de Madame Jamorri, torcendo pelo Conquista e fazendo protestos no Lomantão contra a violência, a corrupção e o fedor do Pinicão. Cairo, parabeniza o Vitória da Conquista pela excelente campanha. “Não venceu na final, mas foi mais que campeão”, finaliza.

 

FONTE: André Paulo Barros Cairo (Blog Paulo Nunes) . Ascom/MCMP

Foto de 1981: Serrano Sport Club – Vitória da Conquista (BA)

O Serrano Sport Club é uma agremiação da cidade de Vitória da Conquista (BA). Fundado em 22 de dezembro de 1979, tem a sua Sede na Rua Siqueira Campos, nº 1.363, no Centro da cidade.

Em 1981 fez sua estreia no Campeonato Baiano da 1ª Divisão. O time revelou grandes craques para o futebol baiano e brasileiro, a exemplo de Claudir (campeão brasileiro de 1988 pelo Bahia), Zó e Keu, gêmeos que jogavam no meio de campo e no ataque (Keu chegou a jogar no Corinthians) e Pena (que jogou no Palmeiras e no Benfica de Portugal).

Atualmente, o rubro-verde é administrado por um grupo de empresários que têm direito, cada um, a um voto nas decisões a serem tomadas. No mês de setembro de 2013 a equipe transferiu suas atividades para a cidade de Teixeira de Freitas, no extremo sul do estado, onde mandou seus jogos até o final da temporada de 2014, inclusive do Campeonato Baiano da Primeira Divisão de 2014.

O Serrano realizava seus jogos no Estádio Lomanto Júnior, mais conhecido como Lomantão, em Vitória da Conquista, com capacidade para 11.538 pessoas. O estádio é público, mantido pela prefeitura municipal de Vitória da Conquista.

Grandes clubes já enfrentaram o Serrano no estádio como o Vasco da Gama, Flamengo, Bahia, Vitória, Botafogo, Fluminense, Santa Cruz, Ponte Preta e Náutico.

Com a mudança para a cidade de Teixeira de Freitas, o Serrano manda suas partidas no Estádio Municipal Antonio Pereira de Almeida, com capacidade para 2.700 pessoas, recentemente reformado.

Os confrontos entre o Serrano e o Vitória da Conquista, chamados de Clássico do Café, configuram um clássico do futebol baiano opondo os clubes da mesma cidade, Vitória da Conquista.

Serrano Sport Club, 1981. De pé: Matias (Massagista) - Nelson - Luis Carlos - Nade - Mailson - Lulinha - Dino e Naldinho (Preparador Físico). Agachados: João Cavalinho - Djalma - Palinha - Diva e Orlando.

FONTE & FOTO: Wikipédia – Blog Relíquias do Futebol

 

Esporte Clube Estrela de Março – Salvador (BA): Escudo novo

O Esporte Clube Estrela de Março é uma agremiação da cidade de Salvador (BA). Fundado em 1961, tem a sua Sede localizada na Avenida Joana Angélica, nº 283 / Sala 04, no Bairro de Nazaré, em Salvador.

No mesmo ano de fundação debutou no Campeonato Baiano da 2ª Divisão  de 1961. Quatro anos depois ficou com o vice-campeonato da Segundona ao perder o título para o Redenção Futebol Clube, obtendo acesso à 1ª Divisão, em 1965.

Em 1966, disputou pela única vez na sua história a 1ª Divisão do Campeonato Baiano. Na estréia, em 11 de junho, foi derrotado em 2 a 0 para o São Cristóvão Atlético Clube com dois gols de Dalmar. Na sua segunda partida, em 19 de junho, foi duramente derrotado pelo Esporte Clube Vitória por 10 a 0.

No primeiro turno a equipe não somou nenhum ponto. No segundo turno, em 1º de fevereiro de 1967, empatou com o Galícia Esporte Clube com gol de Augusto marcando seu único ponto na história do Campeonato Baiano da 1ª Divisão.

No total em 14 jogos foram 13 derrotas e um empate sem vitórias. Marcou 3 gols e sofreu 60 gols. Augusto foi o artilheiro da equipe marcando 2 gols. O outro gol foi marcado por Hélio.

Desde então o clube participou por dezenas de vezes da 2ª Divisão sem conseguir o acesso, o qual esteve próximo em 1988, quando perdeu o título para o Galícia Esporte Clube. Apenas o campeão era promovido naquele ano.

Atualmente, o Estrela de Março, que disputa anualmente o Campeonato Baiano Feminino, voltou ao futebol profissional. Disputou o Torneio Seletivo para a 2ª Divisão Profissional em 2013, a divisão de base disputou e 2012 o Campeonato Baiano de Futebol nas categorias sub-16 e sub-18, tendo como sede o Estádio Edgard Santos, na cidade de Simões Filho.

 

FONTES:Wikipédia – Página do clube no Facebook