NOME: Corintians Atlético Clube
CIDADE: Santa Maria / RS
FUNDAÇÃO: 30 de abril de 1932
CORES OFICIAIS: verde / branco
Arquivo da categoria: Escudos
Clubes do Rio Grande do Sul – EC São Lourenço (São Lourenço do Sul-RS)
Clubes do Rio de Janeiro – EC Maricá (Maricá-RJ)
Clube Athletico Paulista, da Moóca – São Paulo (SP): 1º escudo!!
O Clube Athletico Paulista uma agremiação da cidade de São Paulo (SP). Fundado na segunda-feira, do dia 06 de Fevereiro de 1933, as suas cores eram o branco, preto e vermelho. A sua Sede e o Estádio (Antigo Campo do Antarctica FC) ficava na Rua da Moóca, nº 326 e 328, no Bairro da Moóca, em São Paulo. O 1º Presidente: Dr. José Carlos da Silva Freire.
O ano de 1933 foi marcante, uma vez que o futebol brasileiro entrou na era do profissionalismo. Essa nova realidade não fácil. Muitos clubes fecharam as portas, outros optaram em seguir no amadorismo e outra parte precisou se ‘virar’ para continuar na ativa.
Esse foi o caso do Sport Club Internacional (Fundado no dia 19/08/1899), que nos últimos anos já vinha sofrendo para se manter em atividade. Então, no dia 10 de dezembro de 1932, foi realizado uma Assembléia Geral, onde o estatuto do S.C. Internacional foi radicalmente reformado e registrado em cartório (nº 44.333). As mudanças foram aprovadas por unanimidade.
Outra Assembléia Geral aconteceu 19 dias depois (29/12/1932). Baseada na letra ‘F’ do Artigo 77 dos estatutos em vigor foi aprovado por unanimidade poderes ilimitados ao presidente para solicitar ao Conselho Superior da APEA, a necessária autorização para a troca de nome e de cores, bem como para processar qualquer outra alteração que se tornasse necessária e no momento em que o referido presidente julgasse oportuno.
Então, na segunda-feira, dia 06 de fevereiro de 1933, o Correio de São Paulo assim descreveu a mudança de nome, informada pela Associação Paulista de Esportes Atléticos (APEA):
“Dar consentimento prévio para que o Esporte Clube Internacional, da categoria dos ‘Fundadores’ altere a sua denominação para “Clube Atlético Paulista“, bem como as suas cores que passarão a ser vermelha, branca e preta, na conformidade da autorização e desenhos com que instruiu o pedido, devendo pagar as taxas e emolumentos decorrentes das alterações autorizadas, para segurança de seus direitos como sucessor que fica sendo do Esporte Clube Internacional“. E assim nasceu o Clube Atlético Paulista.
FONTE: Correio de São Paulo
Clubes de Goiás – Associação Atlética Alexaniense (Alexânia-GO)
Sport Club Internacional – São Paulo (SP): Escudo e uniforme de 1928
Excursão à Manaus, em 1929 – 5º e último Jogo: Seleção do Amazonas 0 x 3 Paysandu (PA)
Finalmente o Paysandu realizava sua última partida em sua pioneira excursão ao Amazonas, e ainda estava invicto. O adversário era agora a seleção amazonense. O jogo realizou-se no dia 8 de Agosto, numa quinta-feira e novamente o público foi numeroso no Parque.
Para arbitrar o jogo foi mais uma vez convocado o inglês H.W. Blake. Antes do duelo principal, houve uma preliminar entre o Manaos Sporting e o Independência, que terminou em 1 x 1.
Entravam no gramado os dois protagonistas daquela. Equiparadas as equipes, os capitães Sandoval e Pequenino fizeram o sorteio. Ganhou o selecionado amazonense que deu a saída de bola às 17 horas e 25 minutos, através de Leopoldo.
Após muitas investidas de lado a lado, Pitota, em boa colocação, abria a contagem ao marcar o primeiro gol do Paysandu. E assim terminava o primeiro tempo com a vantagem dos visitantes por 1 x 0.
Reiniciado o jogo, Setenta e Sete deu um chute à gol que foi rebatido pelo goleiro Elias, indo a bola cair nos pés do mesmo que a passou para Quarenta (que estava impedido) e chutou a gol, mas Elias fez um giro com a mão na bola, mandando-a para fora, sem que a mesma ultrapassasse a linha do gol.
Mesmo assim, com essas duas irregularidades, o juiz validou o ponto. A torcida aplaudiu friamente, não concordando com a marcação. É a vez de Arthur Moraes penetrar na área amazonense com velocidade onde acabou se chocando com Pequenino, caindo dentro da área.
O juiz marcava o pênalti. Houve protestos por parte dos amazonenses mas o juiz manteve a decisão. Sandoval cobrava a penalidade e assinalava o terceiro gol do Paysandu. O interessante é que o goleiro Elias ainda se achava do lado de fora da trave, tendo corrido ligeiramente a seu posto para defender, o que não conseguiu.
Em seguida, devido a validade dos dois últimos gols, que consideraram irregulares, os jogadores do Amazonas resolveram abandonar o campo, com apoio e aplausos da torcida. Cinco minutos depois o juiz deu por encerrada a partida com a vitória do Paysandu sobre a seleção do Amazonas por 3 x 0.
Os atletas paraenses, em frente à arquibancada, saudavam os jogadores amazonenses e a torcida, recebendo assim muitos aplausos. Já estando os visitantes na arquibancada, foi entregue ao capitão do Paysandu a Taça Doutor Dejard de Mendonça como também uma bola oferecida pelo Bazar Sportivo, a melhor casa de materiais esportivos de Manaus.
E assim, com uma campanha invicta e levando mais um troféu para sua galeria, finalizava assim a primeira excursão do Paysandu ao Amazonas. A delegação paraense embarcava no vapor Hildebrand, no dia 10 de Agosto, deixando Manaus rumo à Belém do Pará.
SELEÇÃO DO AMAZONAS 0 X 3 PAYSANDU (PA)
LOCAL: Estádio Parque Amazonense, em Manaus (AM)
DATA: Quinta-feira, dia 8 de Agosto de 1929
CARÁTER: Amistoso Nacional
PÚBLICO: 6 mil pessoas
HORÁRIO: 17 horas e 25 minutos
ÁRBITRO: inglês H.W. Blake
AMAZONAS: Elias; Waldemar e Humberto; Pequenino, Eduardo e Fonseca; Dico, Luiz, Leopoldo, Leonardo e Augusto.
PAYSANDU: Castilho; Milton e Abílio; Pery, Sandoval e Barbadiano; Cobrador, Pitota, Quarenta, Setenta e Sete e Arthur Moraes.
GOLS: Pitota (Paysandu), no 1º Tempo. Quarenta (Paysandu); Sandoval (Paysandu), no 2º Tempo.
FONTES: Jornal do Commercio – Gaspar Vieira Neto – Site Baú Velho
Excursão à Manaus, em 1929 – 4º Jogo: São Raimundo E.C. (AM) 2 x 2 Paysandu (PA)
Após o emocionante empate com o Nacional, o Paysandu é convidado para realizar um jogo que não estava programado. O convite veio da diretoria do time suburbano do São Raimundo.
A delegação paraense aceitou de bom grado o convite e se dirigiu ao bairro de São Raimundo, local onde seria disputado o jogo. Interessante é que esse duelo não teve tanta atenção e destaque da imprensa, chegando a mesma a classificá-lo como um simples treino.
Mas não era assim que pensavam os dois times pois ambos estariam em campo com sua força máxima. Talvez, por ser um time de subúrbio e de um bairro, na época, afastado da zona central e habitado por pessoas de baixa renda, além de ainda ser o São Raimundo ser considerada uma equipe fraca naquele ano, tenha contribuído para a imprensa não ter dado o merecido destaque.
O jogo foi marcado para o dia 6 de Agosto, uma terça-feira. No dia marcado para o duelo, todo o comércio do bairro foi fechado para que todos os habitantes do local acompanhassem a partida.
Naquele dia, antes do jogo, a diretoria do São Raimundo ofereceu, no almoço, uma churrascada para os jogadores visitantes. O jogo seria no campo do São Raimundo, no próprio bairro. Para juiz foi escolhido Márcio Oliveira, conhecido como Pequenino, que era jogador do Nacional.
A entrada foi franca, fazendo com que a torcida comparecesse em massa. O jogo começou às 16 horas da tarde. Em campo, os dois times partiram bruscamente em busca da vitória.
No final, o placar acusou um empate de 2 x 2. Após o fim do jogo, ambos os times dirigiram-se à sede do São Raimundo, acompanhados de muitos populares, onde houve uma bela recepção para os visitantes.
SÃO RAIMUNDO (AM) 2 X 2 PAYSANDU (PA)
LOCAL: Estádio do São Raimundo, em Manaus (AM)
DATA: Terça-feira, dia 6 de Agosto de 1929
CARÁTER: Amistoso Nacional
PÚBLICO: Entrada franca
HORÁRIO: 16 horas
ÁRBITRO: Márcio Oliveira, ‘Pequenino’
SÃO RAIMUNDO: Cândido; Waldemar e Quincas; Quinô, Anacleto e Normando; Clarindo, Edgundes, Olympio, Zequinha e Paiva.
PAYSANDU: Castilho; Milton e Abílio; Pery, Sandoval e Barbadiano; Cobrador, Pitota, Quarenta, Setenta e Sete e Arthur Moraes.
FONTES: Jornal do Commercio – Gaspar Vieira Neto