Arquivo da categoria: São Paulo

16 de dezembro de 1935 – O dia em que o Tricolor renasceu para o futebol

José Porphyrio da Paz, de farda, na inauguração da Sede do São Paulo, em 1936

O São Paulo Futebol Clube, fundado no dia 25 de janeiro de 1930, celebra na data de hoje os 81 anos do reinício das atividades do clube – em 16 de dezembro de 1935 – em memória aos tricolores que não deixaram os símbolos e tradições são-paulinas desaparecerem.

Neste ano, os associados do São Paulo aprovaram um novo Estatuto. Nele, uma justiça histórica se fez valer: o reconhecimento, por todos, de que o Tricolor foi fundado em 25 de janeiro de 1930. O fato por si só não é novidade. A data já constava nos Estatutos entre 1956 e 1973 (e também posteriormente, em segundo plano). Como se sabe, o São Paulo nasceu em berço de ouro, fruto da fusão de sócios e jogadores de dois grandes times da era amadora do futebol no Brasil – fato que gerou as cores do clube (o vermelho do CA Paulistano, o preto da AA das Palmeiras e o branco comum a ambos), o símbolo, a bandeira, os uniformes…

Também é de conhecimento de muitos que, quando o clube se restabeleceu em 16 de dezembro de 1935, a mesma situação abastada não se repetiu. Reconstruído do zero, os jogadores, sócios e dirigentes do Tricolor batalharam muito para voltar a ocupar um lugar de destaque no cenário nacional.

O CLUBE DA FÉ

Após a conquista de um Campeonato Paulista, em 1931, quatro vice-campeonatos estaduais (1930, 1932, 1933 e 1934), além de outro segundo lugar no Torneio Rio São Paulo de 1933, o Tricolor se viu em meio a tribulações do futebol no Brasil decorridas da disputa entre defensores do profissionalismo e do amadorismo e da consequente cisão das ligas esportivas, que atingiu o ápice durante e após a Copa do Mundo de 1934.

Alijado de vários dos principais atletas do clube por meses, que foram cooptados pela CBD – federação a qual o São Paulo não era federado, o Tricolor foi extremamente prejudicado no Campeonato Paulista. Contudo, pouco tempo depois, os principais clubes da APEA, a federação estadual, abandonaram a entidade e fundaram uma nova liga, desta vez filiada à CBD – que os “conquistou” com rendas e promessas de amistosos internacionais. Esta mudança de rumos dividiu os são-paulinos. Muitos preferiam ver o fim do time a se associarem com a entidade que tanto prejudicou a equipe anteriormente. Mesmo assim, a filiação ocorreu! Isto, aliado a outras disputas internas decorrentes, levou a maioria dos 205 sócios fundadores a aprovar a fusão com o CR Tietê em 14 de maio de 1935.

ARTIGO ESPECIAL COM A HISTÓRIA DETALHADA SOBRE 1930-1935

Na prática, o que aconteceu foi a cessão do patrimônio e passivos do clube (os quais, em maioria, eram débitos com os próprios dirigentes) ao vizinho de Chácara da Floresta, que passou a se chamar Clube de Regatas Tietê-São Paulo. Ou seja, os boatos sobre o prejuízo causado pelo uso do Palácio do Trocadero como sede social não passam de lendas. O futebol profissional do Tricolor, instalado em 1933, era superavitário e o valor dos “passes” de craques como Friedenreich e Araken eram exorbitantes!

Contudo, o Tricolor não acabou ali. Em verdade, em momento algum deixou de existir. Enquanto o CR Tietê-São Paulo, no primeiro estatuto dele após a fusão, rejeitava o uso das cores, símbolos e do nome do São Paulo Futebol Clube, não se apoderando deles, o Grêmio Tricolor, entidade nascida em 9 de fevereiro de 1935 entre os sócios são-paulinos e reconhecida dentro da própria associação, mantinha vivo o legado moral, institucional e histórico do Esquadrão de Aço. Foi este grêmio que articulou a criação do Clube Atlético São Paulo, em 4 de junho de 1935, como também conclamou os tricolores a comparecerem à reunião que selou o destino do clube em 16 de dezembro de 1935.

Por causa dessa fase tempestuosa, o famoso jornalista Thomaz Mazzoni, em 1937, batizou o São Paulo como o “Clube da Fé”, pois só com “a fé em seu destino e o amor ao seu hoje”, o Tricolor voltaria a se tornar um dos grandes do futebol. E foi em 16 de dezembro de 1935 que tudo recomeçou.

A REFUNDAÇÃO

A directoria do Grêmio Tricolor convida todos os srs. conselheiros e consócios para uma nova reunião a fim de tratar de assumptos do interesse geral que terá lugar hoje, ás 20 horas, na rua 11 de Agosto, 9-A.

Vale notar nessas poucas linhas publicadas no jornal Correio de São Paulo do dia 16 de dezembro que convidaram os são-paulinos a se reunirem e a reerguerem o São Paulo Futebol Clube que, especificamente, não tratava da fundação ou refundação de associação alguma. Parecia, meramente, uma reunião normal sobre as atividades do Grêmio. O que demonstra, mais uma vez, a continuidade da entidade.

Embora inativo dentro das quatro linhas entre maio e dezembro daquele ano, o Tricolor Paulista não havia abandonado o coração dos torcedores por um segundo sequer. Esses aficionados se concentraram em frente ao local anunciado com antecedência e, às 19h, grande multidão já aguardava a reunião que daria novos rumos ao Clube da Fé.

Às 20 horas teve início a assembleia mais intensa e emocionante da história do São Paulo. A sessão magna foi aberta pelo Tenente Porphyrio da Paz, cujas palavras de abertura fizeram vibrar a todos na casa. Terminado o discurso, o próprio Porphyrio foi indicado pelos colegas ali presentes a presidir os trabalhos da noite.

Entre exclamações e muita animação foram propostos o estudo e aprovação dos estatutos, trabalho esse que durou mais de duas horas. Aprovados que foram os mesmos, deu-se início então à eleição da Diretoria, que ficou assim constituída:

  • Presidente, Manoel Carmo Meca;
  • 1º Vice-Presidente, Alcides Borges;
  • 2º Vice-Presidente, Francisco Pereira Carneiro;
  • 1º Secretário, Éolo Campos;
  • 2º Secretário, Luiz Felipe Paula Lima;
  • 1º Tesoureiro, Manoel Arruda Nascimento;
  • 2º Tesoureiro, Izidoro Narvaes;
  • Diretor Geral de Esportes: Tenente Porphyrio da Paz.

Meca, o aclamado Presidente, não estava presente no início da assembleia em que foi honrado pois, justamente no dia anterior ao momento tão esperado por todos os são-paulinos, seu filho falecera. Ainda assim, sob luto, compareceu no decorrer da reunião e foi o primeiro signatário da ata que batizou o Tricolor.

A continuidade do clube é demonstrada, mais uma vez, no registro da própria ata datada de 16 de dezembro de 1935, quando o presidente Manoel Carmo Meca prometeu que “os membros da diretoria não mediriam sacrifícios para que o Pavilhão Tricolor voltasse a tremular glorioso nos campos esportivos do Brasil, elevando cada vez mais o nome do São Paulo Futebol Clube, cognominado o Esquadrão de Aço“, apelido este concedido ao Tricolor pelo time de Friedenreich.

Por volta da meia-noite, debaixo de salva de palmas e urras de vivas ao Clube, a São Paulo e ao Brasil, foi finalizada a sessão que trouxe de volta ao mundo o time que futuramente se tornaria um bastião do futebol arte e da competitividade, refletidos na vasta gama de jogadores exemplares e de conquistas obtidas.

 

A ATA

Aos dezesseis dias do mês de dezembro de mil novecentos e trinta e cinco, nesta cidade de S. Paulo, às vintes horas, numa das salas do prédio nº 9ª, da Rua Onze de Agosto, perante grande número de pessoas interessadas que atenderam a um convite feito por intermédio da imprensa pela Diretoria do Grêmio Tricolor, realizou-se a assembléia que teve por fim fundar o ‘São Paulo Futebol Clube’.

Na qualidade de um dos diretores do Grêmio Tricolor presente à reunião, o Sr. Tenente José Porphyrio da Paz, depois de expor os motivos da convocação da assembléia, pediu que indicassem um dos presentes àquela reunião, para dirigir os trabalhos. Por unanimidade foi indicado o nome do Sr. Tenente José Porphyrio da Paz, que assumindo a Presidência da mesa escolheu para seus secretários os Srs. Éolo Campos e Francisco Pereira Carneiro.

Depois de agradecer a sua indicação, o Sr. Presidente deu conhecimento da ordem dos trabalhos que obedeceram a seguinte ordem do dia: a) Leitura, discussão e aprovação dos Estatutos; b) Eleição da diretoria; c) Admissão de sócios como fundadores; d) Isenção de jóia; e) convocação de nova assembléia para eleição do Conselho Deliberativo e Fiscal; f) Registro dos Estatutos.

Atendendo, pois, a ordem do dia, o sr. Presidente mandou que o Secretário procedesse a leitura dos estatutos. Pede a palavra o sr. Dr. José Carlos da Silva Freire, que propôs que a discussão e aprovação dos estatutos fossem feitas por capítulos e pediu permissão para que ele mesmo procedesse a leitura dos estatutos a fim de facilitar os esclarecimentos que fossem necessários in laudo durante a discussão.

Aprovada esta proposta, o sr. Dr. Freire deu início à leitura e o sr. Presidente foi pondo à discussão e aprovação, capítulo por capítulo, sendo aprovados sem debates os capítulos 1º, 2º, 3º, 4º e 5º. Após a leitura do capítulo 6º, o sr. Edgard de Toledo pediu a palavra e propôs que a esse capítulo fosse aumentado o seguinte parágrafo, nas atribuições da Diretoria: ” m) elaborar e afixar em lugar ostensivo da sede social o balancete mensal do movimento financeiro do clube para conhecimento dos associados”. Esta emenda foi recebida com muita simpatia e aprovada unanimemente.

Em seguida, passou-se à discussão e aprovação os demais capítulos, sendo todos eles aprovados e declarados em pleno vigor, desde aquele momento, os estatutos, que em seguida vão transcritos:

[…]

Passa-se depois à segunda parte da ordem do dia: eleição da Diretoria. Depois de diversas indicações foi aclamada e eleita para o primeiro biênio a seguinte Diretoria, que tomou posse imediatamente, entrando logo em função: Presidente: Manoel Carmo Meca; 1º Vice-Presidente: Alcides Borges; 2º Vice-Presidente: Francisco Pereira Carneiro; 1º Secretário: Éolo Campos; 2º Secretário: Luiz Felippe Paula Lima; 1º Tesoureiro: Manoel de Arruda Nascimento; 2º Tesoureiro: Isidoro Narvaes e Diretor Geral de Esportes: Tenente José Porphyrio da Paz.

As terceira e quarta partes da ordem do dia, admissão de sócios fundadores e isenção de joia, foram discutidas conjuntamente, sendo resolvido que fossem aceitos como sócios fundadores a todos que se inscrevessem e preenchessem as formalidades dos estatutos até 31 de dezembro corrente e isento de joia todos os que se inscreverem até 31 de janeiro de 1936.

Antes de levantar a sessão, o sr. Presidente declarou que a diretoria iria tomar as providencias necessárias para que os estatutos fossem prontamente registrados e prometeu que todos os membros da Diretoria estavam dispostos a não medirem sacrifícios para que o pavilhão tricolor voltasse a tremular glorioso nos campos esportivos do Brasil, elevando cada vez mais o nome do São Paulo Futebol Clube, cognominado o ‘Esquadrão de Aço’.

Debaixo de aplausos dos presentes, o sr. Presidente propôs que se consignasse em ata um voto de louvor e agradecimento ao dr. José Carlos da Silva Freire pelo esforço e dedicação que demonstrou na confecção dos estatutos do S. Paulo Futebol Clube e pelo interesse que tem dispensado para tudo que lhe é solicitado pelos seus diretores, sendo esta sua proposta unanimemente aprovada.

Nada mais havendo a tratar, o sr. Presidente declarou encerrado os trabalhos da Assembleia e mandou que se lavrasse a presente ata, o que foi feito por mim, secretário, e assinada pelos presentes.

  • Manoel do Carmo Meca
  • Cid Mattos Viana
  • Francisco Pereira Carneiro
  • Éolo Campos
  • Manoel Arruda Nascimento
  • Izidoro Narvaes
  • Francisco Ribeiro Carril
  • José Porphyrio da Paz
  • Eduardo Oliveira Pirajá
  • Frederico Antônio Germano Menzen
  • Francisco Bastos
  • Sebastião Portugal Gouvêa
  • Dorival Gomes dos Santos
  • Deocleciano Dantas de Freitas
  • Carlos A. Azevedo Salles Júnior

Assinaturas póstumas:

  • Alcides Rodrigues Borges
  • Álvares de Azevedo Bittencourt
  • Pedro Virgolino de Freire Sobrinho
  • Edmundo Granville Sobrinho
  • Thomaz Carlos André Mauri
  • Manoel Martins
  • Lázaro Pedroso
  • Álvaro Magalhães Leite
  • Paulo Brandão
  • Mário Ambuba
  • Edison Fonseca
  • José Azevedo Ribeiro
  • Brasilino Marcucci
  • Manoel Lopes
  • Manoel Pereira Amarante
  • Jarbas de Castro
  • Edgard Toledo
  • Edmundo Toledo
  • Jayme Roso
  • Ariosto Amalfi
  • Egydio Toledo
  • Waldemar R. Albien
  • Herculano Bastos
  • Adonyram Alves de Oliveira
  • Mário Silva Pereira
  • Olívio Alves
  • Antônio Queiroz
  • Joaquim Ribeiro
  • Antônio Góngora
  • Arnaldo Tedeschi
  • Joaquim Garcia
  • Humberto Sprovieri
  • Luís Felipe de Paula Lima
  • Álvaro Moraes
  • Jorge Paulo Moura
  • João Abílio Rogério
  • Ignácio Barbuchi
  • José F. Moreira
  • João Cananta Almeida
  • Pedro Pallow Sobrinho
  • Sebastião Rodrigues Negrão
  • Antônio Martins de Siqueira
  • Antônio Moraes Junior
  • Manoel dos Santos
  • Ruben Pazzanese
  • (Nome ilegível)
  • Bernardino Sampaio
  • José Penido
  • Oswaldo Richtman
  • Durval de Figueira Filho
  • José da Silveira Cintra
  • Luiz de Freitas
  • Cícero Faro
  • Sylvio Faro
  • Eduardo Faro
  • Paulo Ribeiro Villela
  • Polycarpo Meca
  • J. B. Gomes Parnahyba
  • João Sarrea
  • Cyro de Barros Azevedo
  • Aloísio de Souza Vianna
  • Terante J. Abílio
  • João Gomes Martins Sobrinho
  • Diamantino Cravo
  • José de Oliveira Filho
  • Vitoriano Garcia da Fonseca
  • José Moreira de Toledo
  • José Loureiro
  • Antônio M. Sobrinho
  • Renato A. Ribeiro
  • George de Assis Fonseca
  • João Camargo de Souza
  • José Bueno Franco

E outros 206 nomes que assinaram após o lavramento da ata.

Fonte: site do clube

Torneio Início da LECI (São Paulo-SP) – 1930

LIGA ESPORTIVA DO COMÉRCIO E INDÚSTRIA
DATA: 16 DE MARÇO DE 1930
LOCAL: SÃO PAULO / SP

1º JOGO

PLATINA

1-0

REPARTIÇÃO DE ELETRICIDADE

2º JOGO

KNOWLES AND FORSTERS

1-0

ANGLICUS

3º JOGO

GENERAL MOTORS

W0-0

TEXTIS

4º JOGO

ARMOUR

1-0

CASA PRATT

5º JOGO

STANDARD OIL

2-1

ALPARGATAS

6º JOGO

BOSELLO

1-0

MUNICIPAL

7º JOGO

PLATINA

1-0

CAMA PATENTE

8º JOGO

GENERAL MOTORS

1-0

KNOWLES AND FORSTERS

9º JOGO

STANDARD OIL

1-0

ARMOUR

10º JOGO

BOSELLO

1-0

PROGRESSO NACIONAL

11º JOGO

PLATINA

2-1

GENERAL MOTORS

12º JOGO

STANDARD OIL

2-0

BOSELLO

FINAL

PLATINA

0-0

STANDARD OIL (1-0 ESC)

CAMPEÃO – CLUBE ESPORTIVO PLATINA (SÃO PAULO-SP)

Campeonato Paulista da 2ª Divisão (atual Série A2) de 1983: Fichas, resultados e classificação do Quadrangular Final

Campeonato Paulista da 2ª Divisão de 1983

Fase Final

1ª Rodada (Domingo, dia 13 de Novembro de 1983)

XV de Piracicaba

2

X

0

Nacional

Noroeste

1

X

1

Bandeirante de Birigui

 

2ª Rodada (Terça-feira, dia 15 de Novembro de 1983)

Nacional

1

X

1

Noroeste

Bandeirante de Birigui

1

X

2

XV de Piracicaba

 

3ª Rodada (Domingo, dia 20 de Novembro de 1983)

Noroeste

1

X

1

XV de Piracicaba

Bandeirante de Birigui

4

X

1

Nacional

 

4ª Rodada (Domingo, dia 27 de Novembro de 1983)

XV de Piracicaba

1

X

0

Noroeste

Nacional

0

X

1

Bandeirante de Birigui

 

5ª Rodada (Quarta-feira, dia 30 de Novembro de 1983)

XV de Piracicaba

3

X

2

Bandeirante de Birigui

Noroeste

1

X

1

Nacional

 

6ª Rodada (Domingo, dia 04 de Dezembro de 1983)

Nacional

4

X

0

XV de Piracicaba

Bandeirante de Birigui

0

X

1

Noroeste

  XV DE PIRACICABA CAMPEÃO DA SEGUNDONA PAULISTA DE 1983

Classificação Final

CLUBES

PG

J

V

E

D

GP

GC

SG

XV de Piracicaba

9

6

4

1

1

9

8

1

Noroeste

6

6

1

4

1

5

5

0

Bandeirante de Birigui

5

6

2

1

3

9

8

1

Nacional (Capital)

4

6

1

2

3

7

9

-2

FONTE: Revista Placar

Ribeirão Pires Futebol Clube – Ribeirão Pires (SP)

O Ribeirão Pires Futebol Clube, da cidade do mesmo nome, foi fundado na data de 8 de julho de 1911.

Sua sede está estabelecida na Avenida Brasil número 330. no Centro de Ribeirão Pires.

A primeira diretoria do clube foi assim constituída:

  • Presidente José Laurito;
  • Vice-presidente Arcanjo Boareto;
  • Secretário João Duarte Jr.;
  • Vice-secretário Francisco Carpinelli;
  • Capitão Roberto Zimmerman;
  • CobradorJosé Fortes;
  • Fiscais de Campo Antonio Grecco, Arcá Prisco e Jacondino Carcillo.

As primeiras sedes foram provisórias, em imóveis cedidos por integrantes da diretoria. Em 1936 o clube comprou um terreno na Avenida Santo André (atual Conteto) e foi iniciada a construção da sua primeira sede social própria, inaugurada no dia 20 de janeiro de 1940. Nos primeiros anos da década de 40, as atividades consistiam em reuniões dançantes e futebol, no campo ao lado do Moinho da rua Major Cardim.

Em 1947 foi comprado do Sr. João Ugliengo uma área de 30 mil metros quadrados para a construção da praça de esportes, atual área do RPFC. Na década de 50 foi iniciada a campanha para a construção do Estádio Felício Laurito, inaugurado em 1956 com um jogo entre Palmeiras e RPFC, com vitória do alviverde do Parque Antárctica por 4 a 2. O Ginásio de Esportes, que recebeu o nome do seu fundador, João Domingues de Oliveira, foi inaugurado quatro anos depois. A partir de 1960 foram iniciadas várias obras, como a primeira piscina, vestiários, futura sede social e outras dependências.

O Ribeirão Pires Futebol Clube é hoje o mais antigo clube em atividade na região do ABC.

FONTES: A Gazeta, site do clube, livro “Os Esquecidos – Arquivos do Futebol Paulista, da Editora Datatoro, de autoria de Rodolfo Kussarev.

Taça de Prata de 1983: Resultados e classificação da Segunda Fase até o final

Segunda Fase da Taça de Prata – 1983

1ª Rodada (Domingo, 27 de fevereiro de 1983)

Guarany (CE)

6

X

3

Uberaba (MG)

Londrina (PR)

1

X

0

Bangu (RJ)

Americano (RJ)

2

X

0

Itumbiara (GO)

Central (PE)

3

X

0

Maranhão (MA)

2ª Rodada (Quarta-feira, 02 de março de 1983)

Santa Cruz (PE)

3

X

1

Guarany (CE)

Botafogo-RP (SP)

3

X

0

Londrina (PR)

Guarani (SP)

0

X

0

Central (PE)

Portuguesa (SP)

1

X

1

Americano (RJ)

3ª Rodada (Sábado, 05 de março de 1983)

Maranhão (MA)

1

X

5

Guarani (SP)

3ª Rodada (Domingo, 06 de março de 1983)

Bangu (RJ)

1

X

1

Botafogo-RP (SP)

Itumbiara (GO)

3

X

2

Portuguesa (SP)

Uberaba (MG)

5

X

0

Santa Cruz (PE)

GRUPO G

CLUBES PG J V E D GP GC SG
Guarani/SP 3 2 1 1 0 5 1 4
Central/PE 3 2 1 1 0 3 0 3
Maranhão/MA 0 2 0 0 2 1 8 -7

GRUPO H

CLUBES PG J V E D GP GC SG
Uberaba/MG 2 2 1 0 1 8 6 2
Guarany/CE 2 2 1 0 1 7 6 1
Santa Cruz/PE 2 2 1 0 1 3 6 -3

GRUPO I

CLUBES PG J V E D GP GC SG
Americano/RJ 3 2 1 1 0 3 1 2
Itumbiara/GO 2 2 1 0 1 3 4 -1
Portuguesa/SP 1 2 0 1 1 3 4 -1

GRUPO J

CLUBES PG J V E D GP GC SG
Botafogo/SP 3 2 1 1 0 4 1 3
Londrina/PR 2 2 1 0 1 1 3 -2
Bangu/RJ 1 2 0 1 1 1 2 -1

Após o Final da Segunda Fase, os quatro primeiros colocados (Americano de Campos/RJ, Botafogo de Ribeirão Preto/SP, Guarani/SP e Uberaba/MG), das chaves G, H, I e J, foram promovidos e entraram direto na Segunda Fase da Taça de Ouro (equivalente a Primeira Divisão Nacional), naquele mesmo ano.

Os segundos colocados de cada grupo (Central de Caruaru/PE, Guarany/CE, Itumbiara/GO e Londrina/PR), avançaram para a Terceira fase da Taça de Prata.

Se juntaram a essas quatro equipes, os 12 clubes de pior campanha da Primeira Fase da Taça de Ouro: Brasília/DF, CSA/AL, Ferroviário/CE, Fortaleza/CE, Galícia/BA, Joinville/SC, Juventus/SP, Mixto/MT, Moto Club/MA, Paysandu/PA, Rio Branco/ES e Treze/PB.

Terceira Fase da Taça de Prata – 1983

Jogos de Ida (Domingo, 13 de março de 1983)

Ferroviário (CE)

1

X

0

Londrina (PR)

CSA (AL)

4

X

1

Guarany (CE)

Rio Branco (ES)

1

X

1

Mixto (MT)

Juventus (SP)

3

X

1

Itumbiara (GO)

Paysandu (PA)

2

X

2

Central (PE)

Treze (PB)

3

X

2

Brasília (DF)

Galícia (BA)

5

X

2

Fortaleza (CE)

Moto Club (MA)

0

X

3

Joinville (SC)

Jogos de Volta (Domingo, 20 de março de 1983)

Londrina (PR) *

3

X

1

Ferroviário (CE)

Guarany (CE)

0

X

0

CSA (AL) *

Mixto (MT) *

2

X

1

Rio Branco (ES)

Itumbiara (GO)

1

X

1

Juventus (SP) *

Central (PE) *

2

X

1

Paysandu (PA)

Brasília (DF) *

3

X

0

Treze (PB)

Fortaleza (CE)

1

X

0

Galícia (BA) *

Joinville (SC) *

4

X

2

Moto Club (MA)

* Os clubes classificados para a próxima fase

Quartas de Final da Taça de Prata – 1983

Jogos de Ida (Domingo, 27 de março de 1983)

Mixto (MT)

1

X

3

CSA (AL)

Brasília (DF)

1

X

0

Central (PE)

Galícia (BA)

2

X

3

Juventus (SP)

Londrina (PR)

0

X

1

Joinville (SC)

Jogos de Volta (Sábado, 02 de abril de 1983)

CSA (AL) *

4

X

1

Mixto (MT)

Central (PE)

1

X

1

Brasília (DF) *

Juventus (SP) *

2

X

1

Galícia (BA)

Joinville (SC) *

1

X

0

Londrina (PR)

 * Os clubes classificados para a próxima fase

Classificaram-se para as semifinais o CSA/AL, Brasília/DF, Joinville/SC e Juventus/SP. O fato curioso é que nenhum dos times que iniciaram a Taça de Prata avançaram. Todos os quatro semifinalistas vieram da Taça de Ouro.

Semifinais da Taça de Prata – 1983

Jogos de Ida (Domingo, 10 de abril de 1983)

Brasília (DF)

0

X

0

CSA (AL)

Joinville (SC)

0

X

0

Juventus (SP)

Jogos de Volta (Domingo, 17 de abril de 1983)

CSA (AL) *

1

X

1

Brasília (DF)

Juventus (SP) *

2

X

1

Joinville (SC)

Final da Taça de Prata – 1983

Jogos de Ida (Domingo, 24 de abril de 1983)

CSA (AL)

3

X

1

Juventus (SP)

Gols: Rômel aos 41 minutos do 1º Tempo para o CSA. Zé Carlos aos 18 e Josenílton aos 31 minutos para o CSA.Ilo aos 41 minutos descontou para o Juventus, no 2º tempo.

Jogos de Volta (Domingo, 1º de maio de 1983)

Juventus (SP)

3

X

0

CSA (AL)

Gols: Gatãozinho aos sete minutos do 1º tempo. Bira aos 33 e Trajano aos 37 minutos do 2º tempo.

Jogos Extra (Quarta-feira, 04 de maio de 1983)

Juventus (SP) *

1

X

0

CSA (AL)

Gol: Paulo Martins, de pênalti, aos 26 minutos do 2º tempo.

* Com o resultado o  Juventus/SP se sagrou Campeão da Taça de Prata de 1983

 

FONTE: Revista Placar

Taça de Prata de 1983 (ficha-técnica): Bonsucesso (RJ) 2 x 4 Guarani de Campinas (SP)

Depois de duas partidas como visitante, o Bonsucesso se preparava para fazer o seu primeiro jogo em casa. E a vitória colocaria o Bonsuça com um pé na segunda fase. Porém, o adversário não era qualquer um: Guarani de Campinas (SP), que em 1978 tinha conquistado o inédito título de Campeão Brasileiro da Série A.

Outra vez, eu estive presente nessa partida. O nossa mini torcida organizada, neste dia, viajou no ônibus que levavam os jogadores, comissão técnica e dirigentes. O clima era de total otimismo.

E essa atmosfera se materializou na etapa inicial, onde o Bonsucesso mostrou o mesmo futebol dos últimos jogos. E foi para o intervalo com uma vitória justa pelo placar de 1 a 0. Evidentemente, que a nossa mini torcida ficou aguardando o retorno das duas equipes fazendo contas e sonhando com a sonhada classificação.

Contudo, na etapa final, o Bonsucesso esteve irreconhecível e o Guarani aproveitou para virar o jogo. Em 16 minutos, o Guarani já vencia por 3 a 1. O Bonsucesso despertou e ainda diminuiu para 3 a 2 e foi com tudo para buscar o empate. Mas num rápido e letal contra-ataque o Bugre marcou o quarto tento no finalzinho do jogo.

Até hoje eu ainda não sei o que aconteceu nessa partida. Um time que jogou como time grande e em 45 minutos deixou a vaga se distanciar de uma forma tão estranha. Mistérios do futebol.

BONSUCESSO F.C.

2

X

4

GUARANI DE CAMPINAS (SP)

LOCAL:

Estádio Proletário Guilherme da Silveira Filho, no Bairro de Bangu – Zona Rural (atual zona oeste) do Rio (RJ)

CARÁTER:

3ª rodada do Grupo E – Taça de Prata de 1983

DATA:

Sábado, do dia 29 de Janeiro de 1983

RENDA:

Cr$ 123.600,00

PÚBLICO:

309 pagantes

ÁRBITRO:

Aírton Bernardoni (CBF/RS)

BONSUCESSO F.C.:

Jurandir; Jaime, Osmar, Toninho e Denílson; Wilson, Edson e Carlos Alberto; Maurício,Jorginho e Vasconcellos. Técnico: Brito

GUARANI (SP):

Sidmar; Chiquinho (Toninho), Darci (Henrique), Wilson Gottardo e Zé Mário; Júlio César, Éverton e Vílson Tadei; Luís Müller, Marcelo e Luís Carlos. Técnico: Cláudio Duarte

GOLS:

Carlos Alberto aos 30 minutos (Bonsuça); no 1º Tempo. Marcelo aos cinco minutos (Guarani); Vílson Tadei aos 12 minutos (Guarani); Luís Müller aos 16 minutos (Guarani); Toninho aos 35 minutos (Bonsuça); Marcelo aos 44 minutos (Guarani); no 2º Tempo.

FONTE: Revista Placar

União dos Operários Futebol Clube – bairro: Belenzinho – São Paulo (SP)

O União dos Operários Futebol Clube foi fundado na data de 1º  de maio de 1917 e, na época,  sua sede se situava, às margens do rio Tietê, onde existiam alguns clubes de regatas e que se utilizavam desse rio para praticarem treinamentos e competições.

O leito do rio teve sua estrutura alterada e hoje ele caminha quase que em linha reta.

Porém, o clube se situa no mesmo local agora mais próximo à marginal do rio Tietê.

Sua sede está estabelecida na Rua Juvenal Gomes Coimbra número 64 – Catumbi/Belenzinho, na cidade de São Paulo.

Por sete vezes o União dos Operários Futebol Clube disputou o campeonato paulista de futebol, sendo cinco vezes na terceira divisão, nos anos de 1927, 1929, 1930, 1931 e 1933 e  duas vezes na segunda divisão nos anos de 1932 e 1934.

No dia primeiro de maio do ano que vem, o clube irá completar 100 anos de existência.

FONTES: A Gazeta, site do clube, livro “Os Esquecidos – Arquivos do Futebol Paulista, da Editora Datatoro, de autoria de Rodolfo Kussarev.