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Sociedade Sportiva Linhas e Cabos – São Paulo (SP): Três edições na Segundona Paulista

A Sociedade Sportiva Linhas e Cabos foi uma agremiação da cidade de São Paulo (SP). Fundado dia 17 de Setembro de 1920, por funcionários do setor de instalação e manutenção dos cabos elétricos da Companhia Light: a Light & Power (atual: AES Eletropaulo).

PRAÇA DE ESPORTES

O seu primeiro campo, nos anos 20, ficava localizada na Rua Glycerio, nº 24. Na década seguinte a sua da Praça de Esportes passou para a Avenida do Estado, nº 10. Ambos ficavam no Bairro Várzea do Glicério ou Baixada do Glicério – Centro de São Paulo (SP).

CORES

Na sua primeira década de existência (anos 20), as suas cores era o vermelho e branco recebendo a alcunha de “Vermelhinhos“. Já em meados da década de 30, o clube com a nomenclatura aportuguesada (Sociedade Esportiva Linhas e Cabos) alterou as cores para alvinegro, sendo chamado diversas vezes como “Alvi-preto“.

SEVERINO GRAGGIANI: ‘O idealizador do 1º Jogo Noturno’

Falar da história de quase duas décadas e meia da Sociedade Sportiva Linhas e Cabos sem mencionar o nome do presidente Severino Rômulo Graggiani seria ignorar um fato histórico para o futebol paulista e quiçá brasileiro.

O fato de uma das alcunhas do clube ser chamado de o “Bando do interventor Severino” ou deste nobre homem ter até hoje um busto na Praça Charles Miller, diante do Estádio do Pacaembu, diz que Severino Rômulo Graggiani teve um papel de destaque.

Ele foi o idealizador e responsável pelo 1º jogo noturno realizado em São Paulo. A história começou em 1923. Era véspera de São João. As fogueiras ardiam em muitos quintais e os balões pontilhavam o céu ofuscando as estrelas.

Mas não era só em função disto que o Cambuci estava mais iluminado que de costume, naquela noite fria de sábado, no dia 23 de junho de 1923. Algo de novo acontecia: 22 homens disputavam uma bola de capotão marrom em um campo rodeado por refletores acesos (sob a iluminação dos faróis de 20 bondes). Tratava-se do primeiro jogo de futebol noturno iluminado por luz elétrica.

A idéia partiu de Severino Rômulo Gragnani, funcionário da Light e membro da Sociedade Esportiva Linhas e Cabos, clube pertencente aos empregados da companhia canadense. Os próprios jogadores se encarregaram de instalar dez projetores de mil watts cada nas laterais do campo, a uma altura de 16 pés, e dois refletores com 10 lâmpadas de cento e 50 watts em cada uma das extremidades, a uma altura de 25 pés.

Falecido em 1951, Severino Rômulo Gragnani foi postumamente homenageado – treze anos depois (1964), um busto de bronze, assentado sobre uma coluna de pedra, foi solenemente inaugurado na lateral esquerda do portão principal do estádio do Pacaembu.

Por ironia, os lightianos apenas puderam comemorar o pioneirismo: a partida terminou com a vitória da Associação Atlética República por 2 a 1, na Praça de Esportes, na Rua Glycerio, nº 24, em Várzea do Glicério, no Centro de São Paulo.

Um segundo jogo noturno foi realizado na véspera do natal de 1923, e nele verificou-se novamente um problema já ocorrido na primeira disputa: quando a bola, marrom (couro natural), saía dos focos de luz, ficava difícil encontrá-la.

No embate seguinte, ocorrido em 12 de janeiro de 1924, um anônimo componente da S. E. Linhas e Cabos deu uma ideia consagradora: pintar a bola de branco (Por motivos desconhecidos, não se encontra até hoje o resultado dessas duas partidas).

Busto de Severino Graggiani, na Praça Charles Miller, em frente do Pacaembu

TRÊS EDIÇÕES NA SEGUNDONA PAULISTA

Em 1926, se filiou na Liga de Amadores de Football (LAF). Após um desentendimento com a LAF, a SS Linhas e Cabos acabou sendo excluída. Assim, em julho de 1927, a SS Linhas e Cabos se filiou a Associação Paulista de Esportes Athleticos (APEA).

Durante esse período, o clube participou de três edições do Campeonato Paulista da Segunda Divisão, nos anos de 1926, 1932 e 1933. A Sociedade Sportiva Linhas e Cabos sobreviveu até abril de 1943 quando encerrou suas atividades devido a despesas e diminuição de seus sócios, o que tornava inviável a sua manutenção.

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE

Até 1939, o clube seguia sendo chamado de Sociedade Sportiva Linhas e Cabos. A Associação Atlética Light & Power, Fundada em Março de 1930, já existia. Tendo, inclusive, enfrentado a SS Linhas e Cabos, no dia 11 de março de 1937, em comemoração pelo sétimo aniversário da AA Light & Power. Em resumo, até 1939, não encontrei nenhum indício de que as duas equipes se fundiram.

Time base de 1926: Adolpho; Zupallo e Ismenio; Gernymo, Vieira e Canhoto; Antonio, Perillo, Francisco, Pastoril e Albano.

Time base de 1937: Jaguaré; Zezé e Chaney; Messias, Maneco e Landé; Filó, Tito, Francisquinho, Pancini e Sebastião.

 

 FONTES: Almanaque do Futebol Paulista de 2001, de autorias de Jorge Farah Neto e Rodolfo Kussarev Jr. – São Paulo Minha Cidade – Correio de São Paulo – Correio Paulistano 

 

Álbum “Varzeana Paulista”, anos 50/60: Grêmio Desportivo e Recreativo Sete de Setembro – Bairro: Água Rasa – Zona Leste – São Paulo-SP

O Grêmio Desportivo e Recreativo Sete de Setembro, do bairro da Água Rasa, situado na Zona Leste, da capital paulistana, foi fundado na data de 7 de setembro de 1931.

O Sete foi campeão de um torneio promovido pelo jornal “O Dia” e, por duas vezes, sagrou-se bicampeão varzeano de futebol, pela “Liga Duque de Caxias”.

O primeiro bicampeonato aconteceu nos anos de 1941/1942 e o segundo bicampeonato nos anos de 1945/1946.

Sua sede se situa na Rua Bom Jesus, 707, no bairro da Água Rasa.

Fontes: site do clube, álbum de figurinhas “Varzeana Paulista” dos anos 50/60, e o historiador Waldevir Bernardo, o “Vie”.

Clube Recreativo Nitroquímica (São Miguel Paulista-SP) no Futebol Profissional

O Clube Recreativo Nitroquímica de São Miguel Paulista, formado pelos funcionários desta empresa, foi fundado em 30 de junho de 1939. Em 1961 com o apoio a diretoria da empresa, resolveu se aventurar no futebol profissional paulista. Foram cinco anos de disputas, nunca conseguindo passar da primeira fase. Com o aumento dos custos e já sem o apoio da empresa para manter o futebol profissional, o clube se retirou e se mantém até os dias de hoje como a principal opção de lazer da população desta região da grande São Paulo. Neste período estes foram os dados gerais:

J

V

E

D

GP

GC

82

28

14

40

121

147

 

 1961

 

28.05.1961

SÃO BERNARDO

3-0

NITROQUÍMICA SÃO BERNARDO DO CAMPO – SP

04.06.1961

NITROQUÍMICA

3-2

HEPACARÉ SÃO MIGUEL PAULISTA – SP

11.06.1961

CORINTHIANS

2-1

NITROQUÍMICA SANTO ANDRÉ – SP

13.06.1961

HEPACARÉ

2-0

NITROQUÍMICA LORENA – SP

18.06.1961

ESTRELA

4-0

NITROQUÍMICA PIQUETE – SP

25.06.1961

NITROQUÍMICA

1-0

VOLKSWAGEN SÃO MIGUEL PAULISTA – SP

27.06.1961

NITROQUÍMICA

3-3

CORINTHIANS SÃO MIGUEL PAULISTA – SP

09.07.1961

NITROQUÍMICA

1-0

CERÂMICA SÃO CAETANO SÃO MIGUEL PAULISTA – SP

16.07.1961

NITROQUÍMICA

1-1

FERROVIÁRIA SÃO MIGUEL PAULISTA – SP

06.08.1961

NITROQUÍMICA

1-0

SÃO BERNARDO SÃO MIGUEL PAULISTA – SP

03.09.1961

FERROVIÁRIA

2-1

NITROQUÍMICA PINDAMONHANGABA – SP

10.09.1961

CERÂMICA SÃO CAETANO

4-0

NITROQUÍMICA SÃO CAETANO DO SUL – SP

24.09.1961

NITROQUÍMICA

1-1

ESTRELA SÃO MIGUEL PAULISTA – SP

01.10.1961

VOLKSWAGEN

4-3

NITROQUÍMICA SÃO BERNARDO DO CAMPO – SP

 

1962

05.08.1962

ESTRELA DA SAÚDE

3-0

NITROQUÍMICA SÃO PAULO – SP

12.08.1962

NITROQUÍMICA

3-0

ESTRELA SÃO MIGUEL PAULISTA – SP

26.08.1962

ITUANO

3-1

NITROQUÍMICA ITU – SP

09.09.1962

NITROQUÍMICA

3-2

IPIRANGA SÃO MIGUEL PAULISTA – SP

16.09.1962

SÃO BERNARDO

6-2

NITROQUÍMICA SÃO BERNARDO DO CAMPO

23.09.1962

HEPACARÉ

1-1

NITROQUÍMICA LORENA – SP

30.09.1962

NITROQUÍMICA

1-1

VOLKSWAGEN SÃO MIGUEL PAULISTA – SP

28.10.1962

NITROQUÍMICA

0-3

CERÂMICA SÃO CAETANO SÃO MIGUEL PAULISTA – SP

04.11.1962

NITROQUÍMICA

2-2

HEPACARÉ SÃO MIGUEL PAULISTA – SP

11.11.1962

IPIRANGA

0-1

NITROQUÍMICA JUNDIAÍ – SP

15.11.1962

CERÂMICA SÃO CAETANO

2-0

NITROQUÍMICA SÃO CAETANO DO SUL – SP

18.11.1962

NITROQUÍMICA

1-4

ITUANO SÃO MIGUEL PAULISTA – SP

25.11.1962

NITROQUÍMICA

4-0

SÃO BERNARDO SÃO MIGUEL PAULISTA – SP

02.12.1962

VOLKSWAGEN

3-2

NITROQUÍMICA SÃO BERNARDO DO CAMPO

09.12.1962

ESTRELA

0-1

NITROQUÍMICA PIQUETE – SP

20.01.1963

NITROQUÍMICA

3-0

ESTRELA DA SAÚDE SÃO MIGUEL PAULISTA – SP

 

1963

01.09.1963

NITROQUÍMICA

1-2

VOLKSWAGEN SÃO MIGUEL PAULISTA – SP

07.09.1963

ITUANO

1-0

NITROQUÍMICA ITU – SP

15.09.1963

CORINTHIANS

0-2

NITROQUÍMICA VOTORANTIM – SP

22.09.1963

NITROQUÍMICA

3-0

ESTRELA SÃO MIGUEL PAULISTA – SP

29.09.1963

HEPACARÉ

5-2

NITROQUÍMICA LORENA – SP

13.10.1963

NITROQUÍMICA

0-1

PROMECA SÃO MIGUEL PAULISTA – SP

19.10.1963

NITROQUÍMICA

3-3

CERÂMICA SÃO CAETANO SÃO MIGUEL PAULISTA – SP

03.11.1963

VOLKSWAGEN

1-0

NITROQUÍMICA SÃO BERNARDO DO CAMPO – SP

10.11.1963

NITROQUÍMICA

5-0

CORINTHIANS SÃO MIGUEL PAULISTA – SP

17.11.1963

ESTRELA

3-0

NITROQUÍMICA PIQUETE – SP

24.11.1963

NITROQUÍMICA

1-0

HEPACARÉ SÃO MIGUEL PAULISTA – SP

01.12.1963

CERÂMICA SÃO CAETANO

1-0

NITROQUÍMICA SÃO CAETANO DO SUL – SP

08.12.1963

NITROQUÍMICA

3-2

ITUANO SÃO MIGUEL PAULISTA – SP

15.12.1963

PROMECA

3-0

NITROQUÍMICA JUNDIAÍ – SP

1964

 

26.07.1964

HEPACARÉ

1-0

NITROQUÍMICA LORENA – SP

02.08.1964

NITROQUÍMICA

2-1

SALTENSE SÃO MIGUEL PAULISTA – SP

09.08.1964

CAÇAPAVENSE

3-2

NITROQUÍMICA CAÇAPAVA – SP

16.08.1964

NITROQUÍMICA

4-5

CORINTHIANS SÃO MIGUEL PAULISTA – SP

23.08.1964

CERÂMICA SÃO CAETANO

1-0

NITROQUÍMICA SÃO CAETANO DO SUL – SP

30.08.1964

NITROQUÍMICA

W0-0

ESTRELA SÃO MIGUEL PAULISTA – SP

13.09.1964

PORTOFELICENSE

1-0

NITROQUÍMICA PORTO FELIZ – SP

20.09.1964

NITROQUÍMICA

1-1

VOLKSWAGEN SÃO MIGUEL PAULISTA – SP

27.09.1964

MONTE ALEGRE

1-0

NITROQUÍMICA SÃO CAETANO DO SUL – SP

04.10.1964

NITROQUÍMICA

1-3

ITUANO SÃO MIGUEL PAULISTA – SP

11.10.1964

NITROQUÍMICA

2-2

HEPACARÉ SÃO MIGUEL PAULISTA – SP

18.10.1964

SALTENSE

2-2

NITROQUÍMICA SALTO – SP

25.10.1964

NITROQUÍMICA

4-2

CAÇAPAVENSE SÃO MIGUEL PAULISTA – SP

01.11.1964

CORINTHIANS

0-0

NITROQUÍMICA VOTORANTIM – SP

08.11.1964

NITROQUÍMICA

2-1

CERÂMICA SÃO CAETANO SÃO MIGUEL PAULISTA – SP

15.11.1964

ESTRELA

3-1

NITROQUÍMICA PIQUETE – SP

25.11.1964

ITUANO

1-1

NITROQUÍMICA ITU – SP

29.11.1964

NITROQUÍMICA

4-0

PORTOFELICENSE SÃO MIGUEL PAULISTA – SP

06.12.1964

VOLKSWAGEN

2-1

NITROQUÍMICA SÃO BERNARDO DO CAMPO – SP

13.12.1964

NITROQUÍMICA

3-2

MONTE ALEGRE SÃO MIGUEL PAULISTA – SP

1965

17.06.1965

ALUMÍNIO

2-1

NITROQUÍMICA ALUMÍNIO – SP

20.06.1965

NITROQUÍMICA

2-3

MONTE ALEGRE SÃO MIGUEL PAULISTA – SP

27.06.1965

CERÂMICA SÃO CAETANO

2-0

NITROQUÍMICA SÃO CAETANO DO SUL – SP

04.07.1965

NITROQUÍMICA

1-2

VOLKSWAGEN SÃO MIGUEL PAULISTA – SP

11.07.1965

ITATIBA

0-1

NITROQUÍMICA ITATIBA – SP

18.07.1965

SÃO JOSÉ

4-2

NITROQUÍMICA SÃO JOSÉ DOS CAMPOS – SP

25.07.1965

NITROQUÍMICA

2-1

ESTRELA SÃO MIGUEL PAULISTA – SP

01.08.1965

CAÇAPAVENSE

3-1

NITROQUÍMICA CAÇAPAVA – SP

08.08.1965

NITROQUÍMICA

3-2

HEPACARÉ SÃO MIGUEL PAULISTA – SP

15.08.1965

NITROQUÍMICA

2-0

ALUMÍNIO SÃO MIGUEL PAULISTA – SP

22.08.1965

MONTE ALEGRE

1-2

NITROQUÍMICA SÃO CAETANO DO SUL – SP

29.08.1965

NITROQUÍMICA

1-1

CERÂMICA SÃO CAETANO SÃO MIGUEL PAULISTA – SP

05.09.1965

VOLKSWAGEN

1-0

NITROQUÍMICA SÃO BERNARDO DO CAMPO – SP

11.09.1965

NITROQUÍMICA

4-1

ITATIBA SÃO MIGUEL PAULISTA – SP

19.09.1965

NITROQUÍMICA

2-2

SÃO JOSÉ SÃO MIGUEL PAULISTA – SP

26.09.1965

ESTRELA

4-2

NITROQUÍMICA PIQUETE – SP

03.10.1965

NITROQUÍMICA

3-1

CAÇAPAVENSE SÃO MIGUEL PAULISTA – SP

10.10.1965

HEPACARÉ

5-1

NITROQUÍMICA LORENA – SP



A maior goleada da história do Brasileirão (1983): Corinthians (SP) 10 x 1 Tiradentes (PI)

A história, no entanto, reservou um revés para a Sociedade Esportiva Tiradentes. Onze dias após ser derrotado pelo adversário, o Corinthians entrou com uma sede incontrolável em mostrar quem mandava no pedaço. Azar do Tiradentes que acabou entrando na história do futebol brasileiro ao sofrer a maior goleada no campeonato Nacional, que aliás perdura até os dias de hoje.

O placar de 10 a 1, retrata bem o que foi o jogo: um massacre do Timão. Diante do que aconteceu nos 90 minutos, o resultado final ficou barato. Poderia ter sido pior para o Tiradentes. O destaque da partida foi o meia Sócrates que marcou, nada mais e nada menos do que cinco gols.

 

S.C. CORINTHIANS (SP)

10

X

1

S.E. TIRADENTES  (PI)

LOCAL: Estádio Osvaldo Teixeira Duarte, ‘Canindé’, em São Paulo (SP)
CARÁTER: 1ª Fase – 6ª Rodada – Taça de Ouro
DATA: Quarta-feira, do dia 9 de Fevereiro de 1983
RENDA: Cr$ 10.656.000,00
PÚBLICO: 17.821 pagantes
ÁRBITRO: Aristóteles Cantalice (PE)
CORINTHIANS: Solito; Alfinete, Mauro, Daniel González e Wladimir;  Paulinho, Sócrates e Zenon (Eduardo, 32 do 2º); Biro-Biro, Ataliba (Vidotti, 32 do 2º) e Paulo Egídio. Técnico: Mário Travaglini
TIRADENTES: Neto; Valdinar, Baiano, Vágner e Zezé (Jeová, 17 do 2º); Zuega, Sabará e Hélio Rocha (Etevaldo, 17 do 2º); Luís Sérgio, Durval e Joniel.  Técnico: Alberino de Paula
GOLS: Sabará, de pênalti, aos 18 minutos (Tiradentes);  Sócrates, de pênalti, aos 24 minutos (Corinthians); Sócrates aos 31 e 42 minutos (Corinthians);  Biro-Biro aos 37 minutos (Corinthians);   Paulo Egídio aos 44 minutos (Corinthians); no 1º Tempo.  Ataliba aos quatro minutos (Corinthians); Wladimir aos oito minutos (Corinthians); Paulo Egídio aos 17 minutos (Corinthians); Sócrates, de pênalti, aos 33 minutos (Corinthians); Vidotti aos 42 minutos (Corinthians); no 1º Tempo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

FONTE: Revista Placar

Taça de Ouro de 1983: A zebra passeou em Teresina – Tiradentes (PI) 2 x 1 Corinthians (SP)

Por falar na Sociedade Esportiva Tiradentes, o clube viveu dois momentos emblemáticos num espaço de 11 dias. Literalmente do céu ao inferno. No primeiro capítulo, do dia 29 de Janeiro de 1983, válido pela 3ª Rodada, da 1ª Fase da Taça de Ouro (atual Campeonato Brasileiro da Série A).

Então líder do Grupo D, o Corinthians foi enfrentar o modesto Tiradentes, em Teresina (PI), acreditando que a vitória seria tranquila. No entanto, empurrado por mais de 40 mil pessoas, o clube piauiense cresceu em campo. Jogando como se fosse uma final de Copa do Mundo, o Tiradentes fez a sua melhor partida em 1983, e foi para o intervalo com a vantagem de dois gols. O segundo, assinalado por Hélio Rocha foi um golaço.

O meia pegou na intermediária e soltou um foguete, acertando o ângulo direito do goleiro Solito, que voou, mas não alcançou. Na segunda etapa, o Corinthians conseguiu equilibrar o jogo e até diminuiu, com Sócrates, marcando de pênalti, mas não o suficiente para evitar a derrota! Fim de jogo, e uma festa que começou no gramado e se estendeu por toda o estado do Piauí. Um dia histórico para o futebol piauiense.

S.E. TIRADENTES (PI)

2

X

1

S.C. CORINTHIANS (SP)

LOCAL: Estádio Alberto Silva, ‘Albertão’, em Teresina (PI)
CARÁTER: 1ª Fase – 3ª Rodada – Taça de Ouro
DATA: Sábado,  do dia 29 de Janeiro de 1983
RENDA: Cr$ 9.945.200,00
PÚBLICO: 41.265 pagantes
ÁRBITRO: Wilson Carlos dos Santos (RJ)
TIRADENTES: Batista; Valdinar, Vágner, Válter Maranhão e Válter Piauí; Zuega, Sabará e Hélio Rocha; Luís Sérgio (Carlinhos), Olivã (Durval) e Joniel.  Técnico: Alberino de Paula
CORINTHIANS: Solito; Alfinete (Zé Maria), Mauro, Daniel González e Wladimir;  Paulinho (Paulo Egídio), Sócrates e Zenon; Ataliba, Casagrande e  Biro-Biro. Técnico: Mário Travaglini
GOLS: Sabará, de pênalti, aos 34 minutos (Tiradentes);  Hélio Rocha aos 39 do 1º Tempo. Sócrates, de pênalti, aos 28 minutos (Corinthians); no 2º Tempo.

 

 

 

 

 

 

 

FONTE: Revista Placar

Foto de 1983: Clube Atlético Taquaritinga – Taquaritinga (SP)

Em 1942 o clube nascia tricolor, inspirado nas cores da bandeira da Itália, almejando promover o esporte na região, tão quanto elevar o nome da cidade no cenário futebolístico. Todavia, como à época o Brasil estava em campanha na II Guerra Mundial do lado oposto aos italianos, legalmente italianos e descendentes não podiam integrar altos escalões e fundar clubes de reunião. Assim, avisado pela Secretaria de Segurança do Estado, fora obrigado a alterar o branco original de suas cores pelo preto, talvez sinal de luto pela afronta. Surgia assim uma combinação de cores única em todo o país.

Até 1954 o clube permaneceu disputando os certames regionais do Campeonato Paulista do Interior. Em pouco tempo tornou-se um clube assíduo da Segunda Divisão de Profissionais. Em revés, do final dos anos sessenta ao início dos setenta, permaneceu licenciado, somente voltando à Terceira Divisão em 1974, e em um período de inconstância (do time e do número de divisões do campeonato estadual) chegou a frequentar a Quarta Divisão. A volta por cima iniciou-se em 1981com o acesso à Segunda Divisão, culminando com o título estadual, deste nível, no ano seguinte. Enfim, em 1983, após 41 anos de sua fundação o clube alcançava a elite do futebol paulista.

O estádio

O título conquistado da segunda divisão do Campeonato Paulista de Futebol assegurava uma vaga entre os melhores clubes do Estado na 1ª Divisão de Profissionais. Contudo, a cidade não possuía um estádio condizível com os padrões e normas requeridos para aquela competição. Aconteceu então o fato mais significativo de toda a história do clube, e talvez do município. A população se mobilizou de tal forma, que em três meses, algo que estava fora do alcance e impedindo a realização de um sonho, enfim concretizou-se tornando o desejo dos cidadãos possível. O mutirão ergueu para a Prefeitura o Estádio Adail Nunes da Silva – no coração de todos os Cateanos, Taquarão.

O jogo amistoso de inauguração contou com um visitante ilustre, o Cruzeiro de Minas Gerais. Casa cheia, a partida ficou gravada para sempre na alma do povo taquaritinguense e na placa honorífica estampada na entrada do Estádio até os dias de hoje.

Títulos

Estaduais

Outras conquistas

FONTES & FOTO: Blog do clube – Revista Placar