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Clube Atlético Mineirense – Mineiros do Tietê (SP): Duas participações no Campeonato Paulista Amador do Interior, em 1956 e 1958

O Clube Atlético Mineirense é uma agremiação do município de Mineiros do Tietê (com uma população de 12.038 habitantes, segundo o censo do IBGE/2021), que fica a 297 km da capital do estado de São Paulo.

A sua Sede e o ‘Estádio Clube Atlético Mineirense’, localizados na Rua Edgard Ferraz (esquina com a Rua da Abolição), s/n, no Centro de Mineiros do Tietê.

Surgiu por volta de 1925, com o nome de Associação Atlética Palmeirinha. Em 1930, já havia mudado sua denominação para Associação Atlética Mineirense, possuindo campo de futebol.

Na segunda-feira, do dia 12 de Fevereiro de 1951, o clube foi reorganizado, sendo eleito como Presidente o senhor Joaquim Ferreira Henriques. A partir daí, novamente o nome foi alterado para “Clube Atlético Mineirense“.

A sede social ficava na Rua Santa Cruz, n° 13, no Centro. E seu campo de futebol, ainda durante a presidência de Joaquim P. Henriques, foi denominado Estádio “Dr. Salvador Mercadante”.

Em 1959, sob a presidência do Dr. Jackei Roque, empreendeu-se uma campanha para a compra da sede social, que era alugada. Num total de 24 cotistas financiaram a compra, ressarcidos depois pelo Mineirense.

O Clube Atlético Mineirense participou de duas edições do Campeonato Paulista Amador do Interior. Em 1956, ficou no Setor 27, Sediado na cidade de Jaú, na Liga Jauense de Futebol (LJF). Fizeram parte os seguintes times:

Associação Atlética Itapuí (Itapuí), Associação Atlética Igaraçuense (Igaraçu), Clube Atlético Brotense (Brotas), Clube Atlético Botafogo (Dois Córregos), Associação Atlética Mocoembu (Dois Córregos), Associação Atlética Barra Bonita (Barra Bonita) e Mineirense.  

Depois esteve presente no Campeonato Paulista Amador do Interior de 1958, onde ficou no Setor 24, sediado no município de Barra Bonita. Os times que fizeram parte da chave: Associação Atlética Barra Bonita (Barra Bonita), Associação Atlética Macatuba (Macatuba), Associação Atlética Igaraçuense (Igaraçu do Tietê) e Mineirense. Em meio a disputa, o clube fez um amistoso, na quinta-feira, do dia 15 de Maio de 1958, diante do XV de Jaú.

jogo entre o Clube Atlético Mineirense e Desportivo Brasil

Entre os anos de 1961 e 1962, sob a presidência de Carlos Alves Mamede, foi construída a nova sede social, na Rua Maria Elídia Ferraz de Arruda, n° 178, fruto de uma dinâmica campanha popular de arrecadação de fundos, quando até mesmo a Usina da Barra colaborou.

FOTO: Acervo de Marcelo Domingos

FONTES: Google Maps – site Eppromocoes “Achados Históricos de MIneiros do Tietê – A Gazeta Esportiva (SP)

Seleção Brasileira: a história dessa foto rara de 1963!

Uniforme de treino

A CBD (Confederação Brasileira de Desportos), por meio do técnico Aymoré Moreira convocou 29 jogadores, na terça-feira, do dia 05 de Fevereiro de 1963, para o Sul-Americano da Bolívia (atual Copa América), que transcorreu entre os dias 10 a 31 de março daquele ano.

O chefe da delegação Canarinho foi Edgar Leite de Castro; secretário, Edson de Oliveira; delegado, Abílio de Almeida; médico e supervisor, Hilton Gosling; técnico, Aymoré Moreira; assistente, Mario Celso de Abreu, o Marão; dentista, Mário Trigo; massagista, Eduardo Santana, “Pai Santana”; sapateiro e cozinheiro, Aristides; roupeiro e almoxarife, Ubirajara Ferreira.    

 A relação dos jogadores convocados:

Mineiros: Marcial (goleiro, Atlético-MG); Procópio (zagueiro, Atlético-MG); Massinha (lateral-direito, Cruzeiro); Geraldino (lateral-esquerdo, Cruzeiro); Hilton Oliveira (ponta-esquerda, Cruzeiro); Rossi (atacante, Cruzeiro); Luís Carlos (atacante, Cruzeiro); Amaury (cabeça-de-área, Cruzeiro); Marco Antonio (atacante, América Mineiro); Ari (América Mineiro); Nerival (meia, Cruzeiro); Fifi (meia-atacante, Atlético-MG).

Cariocas: Ubirajara (goleiro, Bangu); Mario Tito (zagueiro, Bangu); Itamar (lateral-esquerdo, America); Jorge (lateral-direito, America); Altamiro (atacante, São Cristóvão).

Paulistas: Henrique (goleiro, Corinthians); Ferrari (lateral-esquerdo, Palmeiras); Tarciso (zagueiro, Palmeiras); Píter (zagueiro, Comercial de Ribeirão Preto); Ílton Vaccari (meia, Guarani); Almir da Silva (atacante, Taubaté); Tião Macalé (meia, Guarani); Joaquinzinho (Juventus); e Oswaldo (atacante, Guarani)

Gaúchos: Flávio Minuano (atacante, Internacional); Cláudio Danni (zagueiro, Internacional).

Seleção Brasileira de Futebol (1963)
EM PÉ (esquerda para a direita): Henrique (Corinthians/SP), Jorge (America/RJ), Mario Tito (Bangu/RJ), Ílton Vaccari (Guarani/SP), Píter (Comercial-SP) e Itamar (Madureira);
AGACHADOS (esquerda para a direita): Altamiro (São Cristóvão/RJ), Flávio Minuano (Inter/RS), Joaquinzinho (Juventus/SP), Tião Macalé (Guarani/SP), Oswaldo (Guarani/SP) e  “Pai” Santana (massagista).

O treinador no Sul-Americano foi Mario Celso, o ‘Marão’, tendo Aymoré Moreira na supervisão.

Os convocados se apresentaram no domingo, do dia 10 de Fevereiro de 1963, na Sede da CBD, de onde seguiram para a Colônia de Férias do SESC, em Venda Nova, em Belo Horizonte/MG para o início dos treinos.

Curiosidade

Na lista apresentada pela CBD, o lateral-esquerdo Itamar, constava como jogador do Madureira Atlético Clube, porém, um mês antes da convocação o atleta tinha sido vendido para o America Football Club

No sábado, do dia 02 de Fevereiro de 1963, a diretoria do Tricolor Suburbano recebeu o valor de Cr$ 3 milhões e mais os passes de dois jogadores: Nai e Domingos e o direito de escolher outro jogador do elenco do America, caso Domingos não quisesse se transferir para Conselheiro Galvão.  

Segundo o contrato firmado, O America pagou a Itamar Cr$ 1 milhão, a título de luvas, e mais um salário mensal de Cr$ 70 mil. 

Sobre a foto: Brasil A x Cruzeiro e Brasil B x Atlético-MG  

Na tarde da segunda-feira, do dia 18 de Fevereiro de 1963, a Seleção Brasileira foi divida entre A (titulares) e B (reservas). Então, a Seleção A enfrentou o Cruzeiro, empatando em 1 a 1. Já a Seleção B jogou e venceu o Atlético Mineiro pelo placar de 3 a 1.

Estádio Juscelino Kubitschek de Oliveira, no bairro Barro Preto, em BH

Ambos os jogos-treinos, foram realizados no Estádio Juscelino Kubitschek de Oliveira (capacidade para 15 mil pessoas, de propriedade do Cruzeiro), no bairro Barro Preto, em Belo Horizonte.

Um público regular, que gerou uma Renda de Cr$ 336.600,00, com ingresso vendidos a Cr$ 100,00.

O ensaio constou de quatro etapas, a primeira e terceira reservada a Seleção A x Cruzeiro e as demais para a Seleção B x Atlético-MG.

1ª Etapa

Na primeira fase, que teve a duração de 30 minutos, Seleção A e Cruzeiro empataram em um tento, com gols de Ari para o Escrete Canarinho aos 10 minutos, em jogada individual, iludiu vários adversários, terminando por passar por Norival e chutar, sem defesa para Tonho. Em seguida, após boa troca de passes entre Elmo e Emerson, culminou com ótimo lançamento para Antoninho que marcou para Raposa.

2ª Etapa

Depois, foi à vez da Seleção B x Atlético-MG, que durou meia-hora, sem abertura de contagem.   

3ª Etapa

Retornaram a Seleção A e Cruzeiro, por mais 30 minutos, o melhor momento foi um pênalti a favor do Brasil, aos 8 minutos, mas que o goleiro Mussula voou, espalmando para escanteio. O placar permaneceu inalterado, ficando em 1 a 1.

4ª Etapa

Para finalizar, mais meia-hora para Seleção B x Atlético-MG. Logo aos 5 minutos, o Brasil abriu o placar. Joaquinzinho fez excelente passe para Altamiro que driblou o goleiro e colocou  a bola rente a trave.

Aos 26 minutos, Oswaldo escapou pela direita e deu passe para Flávio Minuano, que se aproveitou da indecisão de Bueno para marcar o segundo da Seleção.  

Dois minutos depois, era a vez de Flávio Minuano fazer ótimo lançamento para Joaquinzinho que tocou na saída do arqueiro atleticano. Nos acréscimos, Mario Jorge deu chute fraco, mas o goleiro Ubirajara falhou, permitindo o gol de honra do Galo.

Treinador gostou do que viu

O técnico Aymoré Moreira não pode contar com o zagueiro Procópio Cardoso, Almir e Luís Carlos, todos lesionados. O treinador gostou do desempenho: “Pouco a pouco, vamos armando a seleção ideal“, completou Aymoré, que no dia seguinte dispensou o meia Fifi, do Atlético-MG, por não ter se apresentado juntamente com os demais atletas.

Sul-Americano de 1963: Brasil faz campanha ruim

Apesar da satisfação de Aymoré Moreira, o desempenho no Sul-Americano de Futebol, na Bolívia, foi decepcionante. Sete países participaram do torneio onde se enfrentaram em turno único.

A Seleção Brasileira terminou na 4ª posição, com cinco pontos em seis jogos: duas vitórias, um empate e três derrotas; marcando 12 gols, sofrendo 13 e um saldo negativo de um. A campeã invicta foi a Bolívia (11 pontos), com o Paraguai em segundo (nove), e a Argentina na 3ª colocação (sete).

SELEÇÃO BRASILEIRA ‘A’        1          X         1          CRUZEIRO (MG)

LOCALEstádio Juscelino Kubitschek de Oliveira, no bairro Barro Preto, em Belo Horizonte/MG
CARÁTERJogo-treino
DATASegunda-feira, do dia 18 de Fevereiro de 1963
RENDACr$ 336.600,00
PÚBLICO3.366 pagantes
ÁRBITROGraça Filho (FMF – Federação Mineira de Futebol)
AUXILIARESJosé do Patrocínio (FMF) e Lúcio Alves (FMF)
BRASIL AMarcial (Henrique); Massinha, William, Cláudio e Geraldino; Ílton Vaccari e Amaury; Nerival, Rossi, Marco Antônio e Ari. Técnico: Aymoré Moreira
CRUZEIROTonho (Mussula); Juca, Raul (Vavá), Benito Fantoni (Dilsinho) e Jairo; Nuno e Nelsinho (Raul); Antoninho, Elmo, Émerson (Dirceu) e Norival. Técnico: Leonízio Fantoni, ‘Niginho’
GOLSAri aos 10 minutos (Brasil); Antoninho aos 11 minutos (Cruzeiro), no 1º Tempo

SELEÇÃO BRASILEIRA ‘B’        3          X         1          ATLÉTICO MINEIRO (MG)

LOCALEstádio Juscelino Kubitschek de Oliveira, no bairro Barro Preto, em Belo Horizonte/MG
CARÁTERJogo-treino
DATASegunda-feira, do dia 18 de Fevereiro de 1963
RENDACr$ 336.600,00
PÚBLICO3.366 pagantes
ÁRBITROGraça Filho (FMF – Federação Mineira de Futebol)
AUXILIARESJosé do Patrocínio (FMF) e Lúcio Alves (FMF)
BRASIL BHenrique (Ubirajara); Jorge, Mario Tito, Píter e Itamar; Ílton Viccari e Tião Macalé; Altamiro, Joaquinzinho, Flávio Minuano e Oswaldo.
ATLÉTICO-MGFábio; Coelho, Eduardo, Bueno e Klébis; Dinar (Zico) e Fifi (Afonsinho); Toninho (Maurício), Nilson (Carlinhos), Mário Jorge e Noêmio. Técnico: Wilson de Oliveira
GOLSAltamiro aos 5 minutos (Brasil); Flávio Minuano aos 26 minutos (Brasil); Joaquinzinho aos 28 minutos (Brasil); Mário Jorge aos 37 minutos (Atlético-MG), no 2º Tempo.

Pesquisa, texto e redesenho do escudo e uniforme: Sérgio Mello

FOTO: Acervo de Memória Setembrina (@setedesetembrofcbh)

FONTES: Jornal dos Sports – Diário de Notícias (RJ) – Correio da Manhã (RJ)

Associação Atlética Scarpa – Sorocaba (SP): Fundado em 1930

O Associação Atlética Scarpa foi uma agremiação da cidade de Sorocaba (SP). Fundado no domingo, do dia 12 de Outubro de 1930, com o nome de Clube Atlético Britânia. Doze anos depois (1942), o nome foi alterado para Clube Atlético Botafogo.

No entanto, três anos se passaram (1945), e novamente a diretoria mudou a nomenclatura para “Associação Atlética Scarpa“. Faturou os títulos do Torneio Início e do Campeonato Citadino de 1946.

Time posado na década de 50

No ano seguinte (1946), o Scarpa foi Campeão do Torneio Início (vencendo o Fortaleza, na final, pelo placar de 2 a 0) e depois, entre 24 de Março e 30 de Março de 1947, disputou a 11º Campeonato Citadino, da Liga Sorocaba de Futebol (LISOFU) de 1946, se sagrando campeão. O Clube Atlético Votorantim ficou com o vice-campeonato.

Praça de Esportes

FONTES E FOTOS: Wikipédia – Acervo de José Fernando Vieira – Brasilbook

Associação Atlética Bandeirantes – Garça (SP): Fundado em 1952

Associação Atlética Bandeirantes  foi uma agremiação da cidade de Garça, com cerca de 40 mil habitantes, está a 415 km da capital do estado de São Paulo. Sua Fundação aconteceu em 1952. Não confundir com o Bandeirantes Futebol Clube, também do Garça, fundado em 1942.

Presidido pelo esportista João Bento, o Bandeirantes  possuía o seu campo, ainda de terra, no bairro Vila Mariana. Considerado por pessoa que viveram aquela época o melhor time amador da história de Garça e o legitimo campeão da temporada de 1950.

FOTO de 1956
EM PÉ (esquerda para direita): Tão Acorinte, Navarro, Cury, Tóti, João Alexandre Colombani e Tonhão;
AGACHADOS (esquerda para direita): Hélio Moraes, Igurê, Walter Barretto, Pirajuí e Rosarinho.

O Tricolor Garcense disputou duas edições do Campeonato Paulista da 3ª Divisão (atual Série A-3): em 1956, onde se sagrou campeão do Setor 30 do interior do Estado de São Paulo; e 1958.

Aliás, voltando ao ano de 1956, o time também estava disputando o Campeonato Paulista do Interior. Como as duas competições eram conflitantes e o elenco enxuto, a diretoria enviou um oficio a Federação Paulista de Futebol (FPF), comunicando a sua desistência do Paulista do Interior, alegando que seus compromissos no Paulista da 3ª Divisão, o impediam de continuar na luta.

FOTO: Acervo de Wanderley Tico Cassolla (1969)

FONTES: Wikipédia – Blog do Marcão – A Gazeta Esportiva (SP)

Associação Esportiva Guarda Civil de São Paulo (SP): Fundado em 1940, enfrentou o São Paulo F.C.

A Associação Esportiva Guarda Civil de São Paulo foi uma agremiação da cidade de São Paulo (SP).  A sua Sede ficava localizada na Rua Brigadeiro Tobias, nº 110, no Centro de São Paulo (SP). Nos anos 50, a sua Sede passou a ser na Avenida da Luz, nº 464/3º andar.

Fundado na sexta-feira, do dia 21 de Junho de 1940, por iniciativa do coronel Christiano Klingelhoefer e do capitão Oswaldo P. Trindade, respectivamente diretor e sub-diretor da Guarda Civil.

A agremiação foi destinada para a prática de diversas modalidades esportivas como: futebol, pugilismo e lutas, esgrima, motociclismo, esportes aquáticos, gymnastica, voleibol, atletismo, xadrez, bola ao cesto (basquete) e remo

No início do mês de julho em conformidade com os artigos 25º e 37º dos Estatutos do clube, foram feitas as seguintes nomeações para o preenchimento dos vários cargos de administração e esportes, ou seja, a 1ª Diretoria:

Presidente – 1º Tenente Cazuza de Barros;

Secretário Geral – Tenente Arminio M. Gaia Filho;

1º Secretário – Amaury da Graça Martins;

1º Thesoureiro – Dr. Alarico de Toledo Piza;

2º Thesoureiro – Inspetor-chefe, João Odulio Teixeira;

Director Geral de Esportes – Inspetor-chefe, Alfredo Mainardi;

Director de Futebol – Rodrigo Soares de Oliveira;

Director de Pugilismo e Lutas – Inspetor Court Edgard Knoepfel;

Director de Bola ao Cesto e Voleibol – Sr. Amadeu Ribeiro;

Director de Esgrima – Inspetor Francisco de Paula Ferreira;

Director de Motocyclismo e Cyclismo – Inspetor-chefe, Rufino Lomba;

Director de Esportes Aquáticos – Inspetor-chefe, Oscar Muller;

Director de Gymnastica e Athletismo – Sub-inspetor Ernesto Debeus.

Campeão da Divisão dos Funcionários Públicos

No mesmo ano, o time da Guarda Civil se filiou na Liga de Futebol do Estado de São Paulo (LFESP). Em 1942, o clube se sagrou campeão da Divisão dos Funcionários Públicos.

Pelo Torneio dos Campeões de 1942, enfrentou o São Paulo F.C.

A conquista lhe rendeu vaga para participar do Torneio dos Campeões de 1942, organizado pela Federação Paulista de Futebol (FPF). A competição reunia os campeões amadores, em jogos eliminatórios para definir o campeão da cidade de São Paulo.

O vencedor garantia vaga para decidir contra o campeão do Interior o título do estado de São Paulo. Na tarde de sábado, às 15 horas, do dia 14 de novembro de 1942, no estádio do Pacaembu, a Associação Esportiva Guarda Civil estreou diante do São Paulo Futebol Clube (amadores), que levantaram o título da Divisão Extra.  

No final, melhor para o Tricolor Paulista que venceu por 1 a 0. Segundo o Correio Paulistano, a partida foi equilibrada e que o empate seria o resultado mais justo.

A partida teve um bom público, que viu o único gol da partida ser assinada aos 25 minutos do segundo tempo, por intermédio do zagueiro Moacir. O árbitro da peleja foi o Sr. Vitor Carratú, que teve boa atuação.  

Guarda Civil: Lazaro; Orestes e Antoninho; Medina, Navarro e Carlito; Mainardi, Carrara, Jaime, Almirat e Alves.

São Paulo F.C.: Faganelo; Alfredo e Moacir; Batista, Ari e Luiz; Ministro, Lima, Cirano, Caramurú e Rodrigues.

A equipe foi mencionada em diversos jogo amistosos até os anos 50. A partir daí, até a década de 70, o Guarda Civil era mencionado em eventos relacionados no pugilismo. A última nota encontrada foi no início dos anos 80. A partir daí nada mais foi encontrado.

Algumas formações:

Time base de 1941: Luchesi; Orestes e Antoninho (Ambrosio); Medina, Navarro e Carlito; Luiz, Carrara, Jaime, Almirat e Alves.

Time base de 1942: Lazaro; Orestes e Antoninho; Medina, Navarro e Carlito; Mainardi, Carrara, Jaime, Almirat e Alves.

Time base de 1955: Abílio (Veludo); Silva (Piquini) e Juba (Carlos Gomes); Rubens, Alaor e Carmo; Gomes (Gazeta), Wilson (Moreno), Gonçalo, Miro e Carlito.

Time base de 1956: Julio; Negrinho (Pacco) e Bino (Carlos Gomes); Silva (Amadeu), Juba (Maurinho) e Carmo (Gazeta); Tulão (José), Gilberto (Lima), Gonçalo (Brandão), Miro (Rosa) e Carlito (Doze).

Time base de 1957: Julio (Spineli); Negrinho (Valdomiro) e Bino (Carlos Gomes); Mineiro (Silva), Juba e Carmo; Gazeta (Pila), Lima, Gonçalo (Novo), Miro e Carlito.

Desenho, uniforme e texto: Sérgio Mello

FOTOS: Acervo da Guarda Civil do Estado de São Paulo – Acervo de Marco Antonio Auricchio

FONTES: Correio Paulistano (SP) – A Gazeta Esportiva (SP)         

Escudo Inédito de 1905: Sport Club Internacional – São Paulo (SP)

O Sport Club Internacional foi uma agremiação da cidade de São Paulo (SP). A sua Sede ficava Rua (atual Avenida) Senador Queirós, nº 5, no Centro da capital paulista. Fundado no sábado, do dia 18 de Agosto de 1899, graças a uma cisão do 1º movimento de criação do Sport Club Germânia, que nasceria um mês mais tarde.

Primeira reunião

É que alguns desportistas do movimento discordaram do nome e partiram, então, para o Germânia. A primeira reunião, foi presidida pelo Sr. Antonio de Campos, e, mais 23 rapazes de diversas nacionalidades (brasileiros, ingleses, alemães, franceses, italianos e portugueses.

Julio Antonio Villa Real, Henrique Vanorden, Ernesto Ey, Carlos Brasche, René Vanorden, Ch. Holland, W. Holland, Frank Robotton, Otto Sahloembach, Victor Wiskhof, Andrey Robotton, Otto Krische, Leopoldo Villa Real, Carlos Guimarães, Nicolás Edwards, Alberto Savoy, José Alt, Claudio de Carvalho, Kurt Hartling, Franz Mikolasch, Hans Nobling, Germano e Rodolfo Wakuschaffe.

Propostas do nome

A primeira proposta de nome foi dada pelo Sr. Hans Nobiling: o nome do clube seria Sport Club Internacional ou Sport Club Germânia. Por 15 votos contra cinco foi aprovado Sport Club Internacional e, imediatamente, se retiraram  da sala os senhores Hans Nobling, e os irmãos alemães Germano e Rodolfo Wakuschaffe (que 18 dias depois, o trio fundou o Sport Club Germânia, que, a partir de 1942, tornou-se o Esporte Clube Pinheiros). Dessa forma, com exceção desses três que saíram, os demais 21 nomes citados, foram considerados fundadores.

As escolhas das cores (vermelho e preto), a equipe começou a ser montada após, e os treinos realizados na Chácara Dulley, que se tornaram onde hoje é a Avenida Tiradentes.

Primeira Diretoria

A Diretoria provisória do Sport Club Internacionalfoi constituída pelo Presidente Antonio Carlos e René Vanorden, foi indicado para orientar o time que defendia o clube.

Então, no sábado, do dia 21 de Outubro de 1899, foi definido a 1ª Diretoria da agremiação rubro-negra paulistana:

Presidente – Antonio Campos;

Vice-Presidente – Sotto Mário Filho;

Secretário – Júlio Villa Real Filho;    

Capitains – Nikolas Edwards e W. Holland.

PS: Todas as estas reuniões e decisões acima, foram tomadas numa das Salas do Grêmio Literário Português.

Estatutos e os primeiros jogos

Cerca de cinco meses depois, na sexta-feira, do dia 16 de março de 1900, os estatutos do clube foram aprovados e realizados os primeiros os jogos contra os estudantes do Mackienzie College.

Foto de 1900

Clube ajudou a fundar a Liga Paulista

A partir daí o clube progrediu rapidamente e foi alugado um prédio na esquina das ruas José Bonifácio e São Bento, no distrito da Sé, no Centro da cidade. O Internacional, já que aceitava os sócios sem ter aceito, ao contrário dos demais que estavam ocupados às suas colônias, ou como o Mackenzie, que só aceitava seus alunos. Neste mesmo prédio, foi fundado no sábado, do dia 14 de Dezembro de 1901, a Liga Paulista de Football (LPF), que existiu até janeiro de 1917.

Além do futebol, outras modalidades esportivas tiveram grandes e brilhantes reuniões, como a Esgrima, por exemplo, sob o comando de Carlos Penna.

Campeonato Paulista de 1902: Internacional ficou na penúltima posição

Apesar dos esforços ingentes, sobremaneira de Antonio Casemiro da Costa, o “Costinha” – goleiro do Internacional, e fundador e presidente da 1ª Liga, o clube ficou em penúltimo lugar no 1º Campeonato Paulista de Futebol de 1902, com 13 pontos perdidos.

Declínio e saídas

E seus principais atletas como Jorge Mesquita, Geraldo Toledo e Casemiro da Costa, se sentiram desanimados. Assim, os dois primeiros se transferiram para o Paulistano, enquanto Costinha abandonou os campos.

Até Mário Cardim, uma das figuras de maior realce na vida do clube e do futebol paulista em seus primórdios, dedicado secretário do clube, desistiu de assinar atas pouco gloriosas.

Enfim, Campeão Paulista em 1907

Em 1903, era triste a situação do Internacional, terminou o Paulista na penúltima colocação com 12 pontos perdidos. Mas no ano seguinte (1904), houve uma grande reação e aí surgiram os irmãos Prado: Armando, Mário e Juvenal. Vieram ainda Cox Murray, Thompson de Santos, Duarte e Cunha Vasconcelos. Assim, foi formado um elenco poderoso e renovado. No final, o clube terminou na 3ª colocação com nove pontos perdidos.  

A seguir, novo esmorecimento e queda nos anos de 1905 e 1906, ficando na 3ª posição (nove pontos perdidos) e na 4ª posição (oito pontos perdidos), respectivamente.

Mas chegou 1907, sua grande conquista! O Internacional se sagrou campeão do Campeonato Paulista da 1ª Divisão em 1907. Conquistando a Taça Penteado, tendo Mário Prado, Juvenal Prado, Dinorah de Assis, Leo Bellegardo e Fachini foram os principais astros.

Campanha

DATARESULTADOSLOCALGOLS
12 de maioInter1X1AmericanoVelódromoMunhoz
23 de junhoInter2X1Inter de SantosVelódromoOrmundo e gol contra do goleiro santista
29 de junhoInter3X0São Paulo ACVelódromoLeo (dois) e Quartim
28 de julhoInter3X0GermâniaVelódromoDinorah, Ormundo e Leite
11 de agostoInter3X0PaulistanoVelódromoLeo (três)
1º de setembroAmericano1X3InterVelódromoEinfuher, Leite e J. Carvalho
15 de setembroPaulistano0X2InterVelódromoOrmundo e Leo
20 de outubroGermânia3X3*InterVelódromoOrmundo, Leo e Dinorah
15 de novembroSão Paulo AC1X1InterVelódromoM. Mendes

* Após julgamento da LPF, foi decidido vitória a favor do Germânia.

Classificação final

Classificação – Final
TimePGJVEDGPGCSG
1Internacional161072123716
2Paulistano11*105141415– 1
2Americano11*1043320173
4Germânia101050518162
5São Paulo Athletic692251116– 5
6Internacional de Santos49126722– 15
PG – pontos ganhos; J – jogos; V – vitórias; E – empates; D – derrotas; GP – gols pró; GC – gols contra; SG – saldo de gols

1928: Bicampeão Paulista

Em 1908 (3ª posiçãosete pontos perdidos) e 1909 (3ª posiçãosete pontos perdidos), outras decepções, podendo apenas se colocar em relevo os 4 a 0 contra a Associação Athletica das Palmeiras na última temporada.

Em 1911 e 1912, o Internacional não participou do certame, retornando em 1913, quando ficou na 4ª posiçãonove pontos perdidos. Em 1915, novamente se ausentou.

O clube seguiu jogando o Campeonato Paulista, até a década de 30, passando pelas: Liga Paulista de Football, Liga de Amadores de Football e Associação Paulista  de Esportes Athleticos.   

Nesse período, o Internacional chegou ao seu segundo título do Campeonato Paulista em 1928, com 11 pontos perdidos, em desempatecom o Paulistano.

Fim da linha em 1933

Em 1933, com o advento do regime profissional, o clube optou em se  fundir ao Antarctica Futebol Clube, origem ao financiamento do clube, que, por sua vez, fundiu-se ao time em 1937, dando origem ao Atlético Paulista, que em 1938 acabou sendo incorporado pelo São Paulo Futebol Clube.

Desenho do escudo, uniforme e texto: Sérgio Mello

Colaborou: pesquisador Vítor Dias

Imagem do escudo: Moisés H. G. Cunha

FONTES: Wikipédia – Jornal A Gazeta (SP)