O Clube Atlético São Francisco é uma agremiação da cidade de São Francisco do Sul (SC). Sediado na Rua Barão do Rio Branco, 614, no Centro da cidade; o clube Alvirrubro foi Fundado no dia 26 de Março de 1931, a partir da fusão do lendário Bataclan Sport Club(que ao longo da década de 1920 rivalizou de igual para igual com o Ypiranga) e do novato Deodoro Futebol Clube. As cores foram tiradas de cada um dos clubes: o vermelho do Deodoro e o branco do Bataclan, clube este vindo da elite da cidade, que contrapunha com o Ypiranga, time dos estivadores.
Arquivo da categoria: Santa Catarina
Grêmio Esportivo Joinville – Joinville (SC): Duas participações na Elite Catarinense
O Grêmio Esportivo Joinville foi uma agremiação da cidade de Joinville (SC). A equipe rubro-negra (que depois adicionou o branco, passando a ser tricolor) foi Fundado no dia 03 de Outubro 1933. A sua Sede e o Estádio Capitão Irapuan Xavier Leal, ficava nas imediações da Estação Ferroviária. O 1° Presidente foi Ludgero Pinto.
ELITE CATARINENSE
O Grêmio Esportivo Joinville participou do Campeonato Catarinense da 1ª Divisão, entre 1935 a 1940, organizado pela Associação Catarinense de Desportos (ACD).
Na prática, pode ser considerado Estadual só em 1935 e 1936, uma vez que a ACD era filiada a Federação Brasileira de Futebol (FBF), entidade rival naquela época da CBD (Confederação Brasileira de Desportos).
A partir de 1937, a ACD se filiou a FCD (Federação Catarinense de Desportos), tendo seus campeonatos de 1935 e 1936 reconhecidos como citadinos e não estaduais.
Nesse ano, o campeão da ACD se classificava para o Estadual da FCD, onde também entravam os campeões de Florianópolis, Blumenau, e qualquer outra liga existente. Com isso, o Grêmio Esportivo Joinville jogou a ACD “Estadual” em 1935 e 1936.
Em 1941, o Grêmio ficou inativo, retornando em 1942, quando disputou o Campeonato da Segunda Divisão de Joinville. Vale esclarecer que no dia 13 de Janeiro 1942 a ACD mudou o nome para Liga Joinvillense de Futebol (LJF). No final das contas, o Grêmio Esportivo Joinville foi do ‘topo‘ ao ‘porão‘, dentro da mesma entidade, num espaço de nove anos.
FONTE: Jornal A Notícia
Clube Atlético São Francisco – São Francisco do Sul (SC): escudos & uniformes dos anos de 1937 e 1938
O Clube Atlético São Francisco é uma agremiação da cidade de São Francisco do Sul (SC). Sediado na Rua Barão do Rio Branco, 614, no Centro da cidade; o clube Alvirrubro foi Fundado no dia 26 de Março de 1931, a partir da fusão do lendário Bataclan Sport Club (que ao longo da década de 1920 rivalizou de igual para igual com o Ypiranga) e do novato Deodoro Futebol Clube. As cores foram tiradas de cada um dos clubes: o vermelho do Deodoro e o branco do Bataclan, clube este vindo da elite da cidade, que contrapunha com o Ypiranga, time dos estivadores.
ESTÁDIO INAUGURADO EM 1933
Desde o início já rivalizava de igual para igual com Ypiranga local, América e Caxias de Joinville. Seu patrono era o gerente geral da Empresa de Navegação Carl Hoepcke, o Sr. Otto Selinke, que dá nome ao Estádio do Clube.
Por falar no Estádio, o mesmo foi inaugurado no dia 17 de Setembro de 1933, na Avenida Barão do Rio Branco, com um festival esportivo. No jogo de fundo, o Athletico acabou derrotado pelo America de Joinville, pelo placar de 2 a 1.
PARTICIPAÇÕES NA ELITE CATARINENSE
Ao longo da sua história, o Athletico participou de 12 edições do Campeonato Catarinense da 1ª Divisão: 1936, 1937, 1938, 1939, 1949, 1950, 1956, 1957, 1960, 1962, 1964 e 1965. Dentre essas edições, o melhor resultado aconteceu em 1938, quando ficou com vice-campeonato estadual.
Em 1936 filiou-se á Associação Catarinense de Desportos (ACD) tendo disputado o estadual da cidade numa zona que contava com os outros dois rivais locais: Bangu e Ypiranga. Em 1937, as zonas foram integradas e o Athletico sagrou-se vice-campeão de Joinville, sendo superado apenas pelo Caxias.
Em 1938, foi criada a Associação Esportiva de São Francisco do Sul, da qual o Athletico foi campeão. O titulo assegurou-lhe participação no Campeonato Estadual.
Seu primeiro adversário foi o Caxias, campeão da ACD. Após duas vitórias 6 a 1 e 3 a 0 e apenas uma derrota 2 a 1, eliminou o rival e classificou-se para a final contra o CIP de Itajaí, que havia eliminado o Avaí.
A decisão entre times do Norte gerou polêmica. Todos queriam que o jogo fosse em Joinville, para que os torcedores de ambos os clubes pudessem acompanhar com mais facilidade a final.
Contudo, a Federação Catarinense de Futebol (FCF), de forma inflexível, manteve a decisão para Florianópolis, onde o publico não estava muito interessado pelo jogo. Era o 3º jogo, já que em Itajaí o CIP venceu por 4 a 0 e, em São Francisco do Sul, o Athletico havia vencido pelo placar de 2 a 0.
Não havia saldo de gols e quem vencesse o jogo decisivo no Campo da Liga, marcaria seu nome no rol dos campeões. Então, no dia 16 de abril de 1939, as duas equipes se enfrentaram. Melhor para o CIP de Itajaí, que venceu o Athletico por 2 a 0, ficando com o título Estadual de 1938.
Mais do que perder o título, o resultado abalou muito os francisquenses, que tinham montado um dos melhore times da história da região Norte. Não á toa, seu elenco foi todo desmanchado, já que América e Caxias tomaram seus principais jogadores.
Nos anos seguintes o Athletico passou a ser coadjuvante do Ypiranga e também ficou um breve período desativado. O seu retorno ocorreu em 1943, quando voltou a disputar campeonatos oficiais, agora pela Liga Joinvillense de Desportos, mas sem brilho.
Após mais uma breve paralisação, voltou forte em 1948, quando terminou na 3ª colocação em 1948. Em 1949 e 1950 alcançou seu auge ao conquistar o Bicampeonato da Liga Joinvillense, abatendo sem dificuldades América e Caxias, que também neste período, viviam seu auge.
O Clube Atlético São Francisco disputou ainda os campeonatos da Liga Joinvillense de 1951 á 1955, porém, sem voltar a fazer frente a América e Caxias, que inclusive, foram campeões estaduais neste período.
Em 1956 foi campeão francisquense batendo o Ypiranga. Durante todo o restante da década de 1950 e 1960 ficou envolvido na disputa doméstica e em amistosos contra clubes da região. A partida da década de 1970 retraiu ainda mais suas aparições, concentrando-se na parte social.
Seu ultimo titulo foi o campeonato invicto da Liga Francisquense de Futebol em 1996. Atualmente mantém um forte time de veteranos e possuiu um estádio muito bem conservado, em região muito privilegiada no centro da cidade. Além das mensalidades dos sócios, o clube se mantém com os alugueis de salas comerciais que fez ao longo de todo o seu estádio.
FONTES & FOTOS: Jornal A Notícia – Rsssf Brasil – Wikipédia – Site do Clube
Glória Futebol Clube – Joinville (SC): Uniforme de 1938
O Glória Futebol Clube é uma agremiação da cidade de Joinville (SC). A sua Sede fica localizada na Rua 15 de Novembro, 2.250, no Centro de Joinville.
O Alviverde foi Fundado no dia 09 de Julho de 1928, por alguns desportistas da cidade como: Guilherme Lerch, Felippe Baumer, Rod. Baggenstoss, Henrique Baggenstoss, Eugênio Baggenstoss, Kurt Baggenstoss, Paulo Baggenstoss, Alex Nass, Rodolpho Ganzenmueller, Carlos Mueller e Procopio Lemos.
FONTE: A Notícia
São Luís Atlético Clube – Joinville (SC): Escudo e uniforme de 1942
No início de 1942, a Liga Sportiva São Luiz da cidade de Joinville (SC) (Fundado em 21 de junho de 1930), mudou de nome, passando a se chamar São Luís Atlético Clube. No dia 08 de Março de 1942, inaugurou o seu Estádio da Avenida Getúlio Vargas. Disputou o campeonato catarinense de 1957 pela 2ª Zona.
FONTE: A Notícia
Liga Sportiva São Luiz – Joinville (SC): Escudo e uniforme de 1938
A Liga Sportiva São Luiz foi uma agremiação da cidade de Joinville (SC). Fundado em 21 de junho de 1930, disputou o campeonato catarinense da Associação Catarinense de Desportos em 1935 e 36. Em 1942 mudou de nome para São Luís Atlético Clube que disputou o campeonato catarinense de 1957 pela 2ª Zona. Hoje é um clube de campo a beira da BR-101 com campo, vestiários, piscinas, área de churrasco e salão social.
FONTES: Rsssf Brasil – Jornal A Notícia
América Futebol Clube – Joinville (SC): Escudo e uniforme de 1938
O América Futebol Clube foi fundado no dia 14 de julho de 1914, por um grupo de jovens entusiastas do futebol, modalidade de esporte já conhecida e praticada em outras cidades do Brasil. A fundação ocorreu na sala de espera do então Cinema Floresta, localizado na principal artéria de Joinville, a histórica Rua do Príncipe, em frente à lateral da Catedral Diocesana e ao lado da conhecida Farmácia Vieira. A história do clube oficializa como fundadores quatorze cidadãos, a saber: Pedro Firmino de Menezes, Lázaro Bastos, José Bonifácio da Silva, Jorge Mayerle, Domingos Grassani, Otto Stein, Manoel Miranda, Manoel Soares, Casimiro Silveira, Aristides Bechara, Willy Schaever, Frederico Corrêa Lenz, Rodolfo Zimmer, Bernado Wolf. A primeira Diretoria oficialmente eleita era formada por cinco dos quatorze fundadores e mais dois novos sócios do clube, a saber: Pedro Firmino de Menezes, Presidente; Lázaro Bastos, Vice-Presidente; José Bonifácio da Silva, 1º Secretário; Gerson de Menezes, 2º Secretário; Jorge Mayerle, 1º Tesoureiro; Casimiro Silveira, 2º Tesoureiro; Edgard Schnaider, Capitão Geral. As reuniões da Diretoria eram realizadas na sala de espera do Cinema Floresta, de propriedade de Austergílio de Menezes, irmão de Pedro Firmino de Menezes, o primeiro Presidente do clube curiosamente, dois pernambucanos da cidade de Floresta, que chegaram a Joinville atraídos pelo progresso industrial e crescimento do então jovem município, de apenas 63 anos, que fora fundado em 1851, março, dia 9.
HISTÓRIA
Uma bem conservada “Acta da Assembléia Geral, realizada aos 21 dias do mês de março de 1915”, contém, dentre outras, estas preciosidades: “Ficou assentado dar-se estatutos à sociedade (America Foot-Ball Club), ficando incumbido de organisal-os o membro de directoria Dr. Lazaro Bastos, que para esse fim se ha de entender com o sócio Carlos Gomes ( de Oliveira) o qual, por sua vez, procurará conseguir de outras sociedades de Foot Ball os respectivos estatutos para servirem de normas aos nossos. O Campo destinado ao Ground passará por alguns melhoramentos procurando-se recortar-lhe de alguns valos para canalisar e dar evasão as águas que custumam sobrar pela chuva; e, como para esses melhoramentos são necessárias algumas dispesas, está aberta entre os sócios uma subscripção para esse fim.
Se essa subscripção aberta não for suficiente para atender a esse dispendeo mais uma se há de abrir, para a qual pedimos a bôa vontade dos mesmos sócios. Como é necessário, fica aberto um credito para ocorrer as despesas com a compra de uma bola. Os socios do America Foot-Ball Club, quando tiverem de apresentar-se em campo disputando match com outros, usarão o seginte uniforme: calção branco, camisa vermelha e bonnet branco. (Assinaram a ata os quatorze fundadores e Aristóbulo Dela Peña Mitre). Eis outra “acta” curiosa: “Aos 25 dias do mez de Fevereiro de 1917 presentes socios em numero maior de 20 para esta Assembleia convocada pelo Presidente do America Foot-Ball Club cidadão Pedro Firmino de Menezes, por este foi aberto a secção expoz os motivos que o levaram a convocar a presente secção ou reunião extraordinaria de conformidade com a letra A do artigo 22 dos Estatutos da sociedade, esplicando que o desenvolvimento da sociedade continuava tolhido a vista do Ground achar-se completamente estragado por nelle haver Francisco Nicodemus ter praticado escavações, retirando terra e areia do terreno situado à rua do Mercado (hoje Avenida Coronel Procópio Gomes de Oliveira, complexo educacional do Senai) aonde funciona”.
Assinam a ata os membros da primeira diretoria e mais os sócios Horácio Oliveira, Alfredo Schwarz, Rodolpho Magdalena, Manoel de Miranda, Eugenio de Barros, João Alves Machado, Júlio Machado, José Rocha Coutinho, José Alves Machado, Carlos Schwartz, Erich Redlich, Pedro Americo Farias, Carlos Lopes Pereira, Hercilio Gomes Corrêa, Eugenio Pereira de Macedo, J. Ribeiro, José Herminio Corrêa, João (ilegível), Osvaldo José Gonçalves).
GALERIA
A sede social do América Futebol Clube desde julho/1997 é enriquecida com um Memorial, patrimônio cultural cujo acervo ostenta 150 troféus, taças, objetos, historiados, identificados, acessados a sistema de dados por computador, além de outras 40 peças, representativas de fatos, sem a devida identidade histórica. O referido Memorial apresenta uma rica Galeria de Presidentes do América Futebol Clube, do primeiro, Pedro Firmino de Menezes, período de 1914 a 1917, ao atual, João Barbosa, em 2006. Das 39 dedicadas pessoas que exerceram o cargo de Presidente do América Futebol Clube, de 1914 a 1997, ao longo de 83 anos de existência, 35 figuram na Galeria de Presidentes, faltando quatro que a atual Administração procura resgatar. Completa o Memorial América Futebol Clube uma notável coleção de fotografias identificando fatos históricos, jogos, títulos, acontecimentos, promoções, em molduras padronizadas, brancas, fundo vermelho, mostrando a história do clube desde 1915. A coleção de fotos reúne 120 quadros, identificados, memorizados em computador, com fotografias em preto-e-branco e coloridas, tendo em disponibilidade outras 40 nas mesmas condições de identificação, ainda não catalogadas em razão do dimensionamento do Memorial, às quais se juntam outras 30 não historiadas.
ANTIGUIDADES
O leque de antigüidades do Memorial América Futebol Clube é encabeçado pela “Tassa Luiz Collaço, 18/julho/1926, offerecida pela Directoria do América ao vencedor do jogo América x Hercílio Luz” relíquia que ostenta o nº 001 da coleção que compõe o acervo do patrimônio cultural do clube. A taça nº 002 registra “Ao América Futebol Clube, Guarany Ponta Grossa/PR, 14/julho/1928”. Seguem-se taças de 1929, 1933, 1935, 1937 até o ano de 1997, dos mais diversificados modelos e materiais, estilos, faixas, camisas, que se constituem em parte viva da história do América Futebol Clube. O rol de peças de antigüidades inclui uma fotografia original do primeiro time formado pelo América, 1914/1915, para jogo com o extinto Teutonia, camisa vermelha, gravata branca, bermudão branco, meia vermelha, bonés listrados de vermelho e branco, foto não colorida. A formação do time é esta: Frederico Corrêa Lenz, Rodolfo Magdalena, Willy Schaever, João Acácio de Oliveira (juiz), Jorge Mayerle, Bernardo Wolf, Otto Stein, Aristóbulo Dela Peña Mitres, Edgard Schnaider, Domingos Grassani, Carlito Gomes, Manoel Miranda Fernandes. O registro do primeiro aniversário do clube, em 14/julho/1915, edição do periódico “Gazeta do Commercio” é igualmente uma peça singela no Memorial do clube, como se vê pela foto. Outra peça antiga e histórica no Memorial América Futebol Clube, por sua originalidade, é uma foto do time rubro posando antes do jogo América 3 x 1 Savóia, levado a efeito em 1938, quando o clube contava 24 anos de fundação. A foto retrata a pequena arquibancada de madeira (Pavilhão Austergílio de Menezes), nela estando acomodada a cadela “Balalaica”, então mascote do América. O local era o campo da Rua do Mercado, atual Avenida Coronel Procópio Gomes de Oliveira, onde hoje está instalado o conjunto educacional do Senai. Por seu valor histórico é peça valiosa no Memorial América Futebol Clube, a foto documentadora do título de Campeão Estadual da Zona Norte, em 17/janeiro/1944, conquistado frente ao grande rival Avaí, de Florianópolis, Capital de Santa Catarina, em partida disputada no Campo da Rua do Mercado, vitória do América por 3×1, com o detalhe de que as duas equipes posaram juntas.
DESTAQUES
Ao longo de uma existência de 83 anos (julho/1997), o América Futebol Clube registra em seus arquivos históricos, como parte do Memorial, acontecimentos que mereceram justificado destaque. Tais destaques são referências de jogos com clubes de renome no futebol do Brasil, das principais unidades federadas do País, principalmente o eixo Rio de Janeiro-São Paulo, em número elevado, o que impossibilita a descrição de todos. Um dos maiores destaques é a vitória do América Futebol Clube sobre o festejado tricolor das Laranjeiras, o Fluminense Futebol Clube, em 11/março/1951, pelo escore de 2×1. Neste ano o Fluminense veio a sagrar-se Campeão do Rio de Janeiro. A cidade de Joinville comemorava o Centenário de Fundação, 9/março/1951. O América era Campeão do Centenário e Campeão de Joinville e, meses após, Campeão do Estado de Santa Catarina, rumo ao bi. Idêntico destaque e repercussão teve o encontro amistoso realizado em Joinville, em 19/fevereiro/1957, entre América Futebol Clube e Santos Futebol Clube, de São Paulo. O destaque do encontro foi o então garoto Pelé, de 17 anos de idade, que no ano seguinte seria o astro da Seleção do Brasil, em Estocolmo, Suécia, quando o Brasil se sagrou pela primeira vez Campeão do Mundo. O América perdeu o jogo pelo placarde de 5×3, em acontecimento de repercussão nacional, pois o Santos Futebol Clube, à época, era uma equipe das mais consagradas no futebol brasileiro. Acontecimento de envergadura foi, também, a presença do Vasco da Gama, Rio de Janeiro, para jogar com a Seleção de Joinville cuja base era o América Futebol Clube. O encontro amistoso foi realizado em 21/fevereiro/1958, no Estádio Olímpico do América, com vitória vascaína pelo escore mínimo. O Vasco da Gama foi o clube que mereceu a mais entusiástica recepção em Joinville.
RELÍQUIAS
O Memorial América Futebol Clube conta em seu acervo histórico com peças que se constituem em verdadeiras relíquias. É o caso da camisa envergada por muito tempo pelo exímio craque Cocada e da faixa de Bicampeão Estadual de 1947/1948. A estas juntam-se as faixas de Bicampeão Estadual de 1947/1948 de dois outros renomados jogadores, Euclides e Renê. E a faixa de Bicampeão do Estado de 1951/1952 do fervoroso americano Euclides, ainda hoje ligado ao seu clube de coração, há mais de cinqüenta anos. Integram o rol de relíquias do clube as bolas usadas nos jogos decisivos do Campeonato de Futebol Amador de 1995/1996, vencidos pelo América e a artística faixa de campeão de 1993 da Liga Joinvilense de Futebol, categoria amador.
INTERNACIONAL
O América Futebol Clube foi a primeira agremiação catarinense a realizar um encontro internacional de futebol em Santa Catarina, mais precisamente, em Joinville. Foi um jogo amistoso com o campeão do Paraguai, o Club Libertad, realizado em 1942, quando o América comemorava 28 anos de fundação e sagrava-se Campeão de Joinville. O Libertad venceu pelo escore de 6×1. América Futebol Clube tem a seu crédito o mérito de recepção ao primeiro clube da Europa a preliar em Santa Catarina. Trata-se do famoso Rapid, de Viena, Campeão da Áustria, em jogo amistoso de caráter internacional, realizado em 17/julho/1949, dentro das comemorações do 35º aniversário do América. Os austríacos venceram por 5×3, em acontecimento de grande repercussão.
PROFISSIONAL
O América Futebol Clube tem duas fases distintas em seus 83 anos de existência, julho de 1997. Na condição de time profissional,levantou dois bicampeonatos estaduais, 1947/1948, 1951/1952, outro título em 1971, e um torneio estadual, em 1955, com o sabor e valor de um Campeonato do Estado, o Torneio Nelson Maia Machado,primeiro cronista esportivo de Santa Catarina, que reuniu as principais equipes de todos os quadrantes do Estado barriga-verde. Outro fato marcante na vida do América Futebol Clube, na época do profissionalismo, foi o título de Vice-Campeão de Santa Catarina, em 1953, deixando escapar o tricampeonato, diante do Clube Atlético Carlos Renaux, de Brusque, em 13/dezembro/1953, ao perder pelo placarde de 3×2, em seu campo, em Joinville. A sucessão de títulos Estaduais na história do América Futebol Clube, na era do profissionalismo tem uma seqüência digna de nota. É o caso do título de Campeão Estadual da 4ª Zona, alcançado em 16/agosto/1959, após um jejum de sete anos, embora não represente o título máximo da temporada no âmbito estadual. Registra o Memorial América Futebol Clube, na fase do futebol profissional novo fato marcante, ocorrido em 1962. Naquele ano o América sagrou-se Bicampeão Invicto da Zona Norte do Estado, recuperando a posição de força legítima no futebol de Santa Catarina. A trajetória do América Futebol Clube no cenário catarinense do futebol profissional apresentou destaque novamente no ano de 1971. Capitaneado pelo presidente Kurt Meinert, de saudosa memória, o América Futebol Clube reconquistou a hegemonia do pebol barriga-verde, sagrando-se Campeão Estadual, o último do cartel de memoráveis jornadas, na fase do profissionalismo. Ainda na fase do profissionalismo, tem destaque na vida do América Futebol Clube a brilhante conquista de tricampeão da Liga Joinvilense de Futebol, fato histórico ocorrido em 27/setembro/1953, em jogo disputadíssimo frente ao rival Caxias Futebol Clube, cujo equilíbrio de forças justificou o empate a dois gols, façanha que protagonistas do jogo, americanos daqueles tempos, guardam com carinho na lembrança, por ter sido um grande acontecimento. O período de profissionalismo do América Futebol Clube apresenta fatos significantes, envolvendo jogadores famosos. Quarentinha, ex-Seleção Brasileira, jogou no América em 1968. Beto Fuscão, Seleção Brasileira em 1976, vestiu a camisa do América em 1972. Lico, Campeão Mundial Interclubes, pelo Flamengo, em 1981, foi jogador do América em 1974/1975. Três craques, três histórias.
AMADOR
No ano de 1976 o América Futebol Clube desativou o futebol profissional, atendendo apelos da comunidade que ensejou fusão com o rival Caxias Futebol Clube e a fundação do Joinville Esporte Clube, pelo lapso de tempo de dez anos, findo o qual poderia ter voltado ao futebol profissional, via disputa estadual. No futebol e outras modalidade de esporte amador, o América Futebol Clube tem um verdadeiro cartel de conquistas nas mais diversificadas categorias.
FONTES: A Notícia – Site do Clube (http://www.americafutebolclube.com.br/?page_id=4)
INDEPENDENTE ATLÉTICO CLUBE – CURITIBANOS/SC
O CANARINHO DE CURITIBANOS
O Independente Atlético Clube, de Curitibanos-SC, cidade localizada no centro do Estado, no Meio Oeste Catarinense, foi fundado 08.02.1956 por Orocimbo Caetano da Silva e mais uma dezena de esportistas locais.
As cores escolhidas para o clube foram o amarelo e o azul, que o tornaram conhecido como Canarinho do Alcapão da Baixada.
O ALÇAPÃO DA BAIXADA
O local onde o Independente A.C. mandava os seus jogos era o Estádio Municipal de Curitibanos, que ficava num terreno hoje ocupado pela Secretaria de Obras do Município, na rua Benjamin Constant. Era mais conhecido como o ‘Alçapão da Baixada’ já que os times da cidade eram quase imbatíveis jogando em casa.
Uma reportagem do jornal ‘A Notícia’, de Joinville, feita na ocasião que o América foi derrotado pelo Independente no estádio, evidencia o que era o alçapão:
‘A Noticia’, 04/11/1959:
“Ainda não descobrimos, como é que um campo de futebol que não serve nem para partidas de várzea pode ser considerado oficial para partidas de Campeonato Estadual; o seu gramado é completamente acidentado, com as áreas esburacadas e carécas, cheio de saliências, campo idêntico ao do C.A. Baependi de Jaraguá do Sul, é bem verdade que existe uma certa segurança para os jogadores e juízes, pois uma parte do gramado é cercado por um pequeno alambrado.”
O INDEPENDENTE NO CAMPEONATO ESTADUAL DE 1959
Sob a presidência de Ney Aragão Paz, o Independente aventurou-se pela primeira vez na disputa do Campeonato Catarinense, jogando a edição de 1959, que na sua Fase Preliminar, jogada entre Junho e Agosto, foi dividida em quatro Zonas Regionais.
Alocado na Zona Oeste, o time Canarinho teria pela frente outros cinco adversários que lutariam por duas vagas na fase final, que teria oito clubes no total.
Por Curitibanos ficar localizada bem no centro do Estado, o Independente não sofreu muito com as viagens nesta fase, tendo que percorrer apenas 70 km para jogar em Tangará, 95 km para enfrentar os times de Caçador, 90 km para chegar até Lages e exaustivos 115 km para jogar em Joaçaba.
A excelente campanha na Fase Regional, que lhe valeu a 2ª colocação no grupo, garantiu ao Independente o direito de disputar a fase final do Estadual, o que colocaria a cidade pela primeira vez no mapa do futebol catarinense.
Além do velho conhecido Comercial, de Joaçaba, agora os curitibanenses teriam pela frente os mais temíveis clubes do Estado, todos da região litorânea, o que demandaria longas viagens e altos custos. Para se ter uma ideia, a distancia para se jogar em Brusque era de 250 km, em Criciúma era de 280 km, em Joinville ou Tubarão era de 300 km, e em Florianópolis era de intermináveis 310 km. Vale ressaltar que as estradas precárias, de chão batido, nesta época, faziam com que estas viagens levassem de duas a três vezes mais tempo do que nos dias de hoje.
Logo a euforia deu lugar á preocupação já que não havia orçamento para uma jornada deste porte, e assim, o clube só não desistiu do campeonato porque o Prefeito Municipal, José Bruno Hartmann, garantiu que conseguiria dar o apoio financeiro que o clube precisaria.
Na base da confiança nas promessas, o clube iniciou a disputa da Fase Final em Setembro, e no Turno, enfrentou de igual para igual todos os adversários, tendo vencido de forma espetacular o América de Joinville, um dos mais fortes concorrentes ao título.
Quando o Turno foi encerrado, em Novembro, o caixa estava praticamente zerado, porém, a Lei Municipal n. 423, aprovada em 16 de Novembro, que concedia auxilio ao clube, colocou tudo em ordem.
Por conta do Campeonato Brasileiro de Seleções, o Campeonato Estadual ficou paralisado até Março de 1960, quando o returno foi retomado.
Esta paralisação, do ponto de vista técnico, foi muito prejudicial para o Independente, já que enquanto os clubes do litoral, semana após semana, afiavam os seus times em jogos amistosos contra clubes de força equivalente, em Curitibanos, por conta do isolamento geográfico e da escassez de bons times na região, estes tipos de jogos aconteciam mês sim, mês não.
Deste modo, a campanha do Independente no returno foi muito ruim, com apenas um ponto conquistado e duas goleadas sofridas, uma delas de 8×2 para o América, que assim tirou a desforra da derrota sofrida no turno no Alçapão. Curiosamente esta derrota sofrida para o Independente tirou o América da briga pelo título, ficando apenas com o 3º lugar, com 2 pontos atrás do Caxias e 3 pontos atrás do campeão Paula Ramos.
O Independente terminou em 7º lugar, á frente do Comercial de Joaçaba, colocando-se assim, como o melhor time de todo o Oeste Catarinense.
Esta inesperada e brilhante campanha do Independente Atlético Clube, marcou o auge do futebol de Curitibanos em nível estadual, feito que não conseguiu ser repetido pelo seu grande rival, o Flamengo Futebol Clube, na década de 1960, e muito menos pelo patético Curitibanos Esporte Clube, que em 2000, foi o lanterna da Segundona Catarinense.
FASE PRELIMINAR
ZONA OESTE:
Comercial (Joaçaba)
Vasco da Gama (Caçador)
Caçadorense (Caçador)
Independente (Curitibanos)
Internacional (Lages)
Juventus (Tangará)
Jogos:
Não apurados
Classificação:
1º Comercial
2º Independente
FASE FINAL
PARTICIPANTES:
América (Joinville)
Atlético Operário (Criciúma)
Carlos Renaux (Brusque)
Caxias (Joinville)
Comercial (Joaçaba)
Hercílio Luz (Tubarão)
Independente (Curitibanos)
Paula Ramos (Florianópolis)
Jogos:
TURNO
17/09/1959: PAULA RAMOS 2X0 INDEPENDENTE
04/10/1959: INDEPENDENTE 1X1 ATLÉTICO OPERÁRIO
11/10/1959: CAXIAS 3X2 INDEPENDENTE
Gols: Mickey 25-1T e Eri 40-2T.
Time: Daniel, Escurinho e Eri; Waldir, Fauth e Romeu; Tôco, Nano, Clidon, Mickey e Tião.
18/10/1959: INDEPENDENTE 1X1 CARLOS RENAUX
25/10/1959: HERCÍLIO LUZ 4X2 INDEPENDENTE
02/11/1959: INDEPENDENTE 3X2 AMÉRICA
Gols: Cledon 14-1T, Cledon 4-2T, Toco 30-2T.
Time: Margarida, Escurinho e Eri; Waldir, Fauth, Menegatti e Waldir; Tôco, Romeu, Cledon, Mike e Tião.
09/11/1959: INDEPENDENTE 4X2 COMERCIAL
Classificação:
1º Paula Ramos 11 pontos
2º Caxias 10
3º Hercilio Luz 8
4º América, Hercílio Luz e Operário 7
7º Independente 6
6º Comercial 0.
RETURNO
13/03/1960: INDEPENDENTE 1X3 PAULA RAMOS
20/03/1960: ATLÉTICO OPERÁRIO 2X0 INDEPENDENTE
27/03/1960: INDEPENDENTE 2X3 CAXIAS
Gols: Clidon 29-1T e Mickey 35-2T.
Time: Daniel, Zeca e Eri; Fauth, Menegatti e Waldir; Tôco, Romeu (Lima), Clidon, Mike e Tião.
03/04/1960: CARLOS RENAUX 5X1 INDEPENDENTE
10/04/1960: INDEPENDENTE 3X3 HERCÍLIO LUZ
17/04/1960: AMÉRICA 8X2 INDEPENDENTE
Gols: Rubens 31-1T e Clidon 23-2T.
Time: Lotário, Zeca e Eri; Tauth (Lima), Romeu e Feio; Tôco, Waldyr, Clidon, Rubens e Tião.
24/04/1960: COMERCIAL 3X1 INDEPENDENTE
Classificação:
1º Paula Ramos 20 pontos (campeão).
2º Caxias 19
3º América 17
4º Atlético Operário 16
5º Carlos Renaux 15
6º Hercílio Luz 12
7º Independente 7
8º Comercial 6.
O INDEPENDENTE NO CAMPEONATO ESTADUAL DE 1962
Em 1962, o Independente voltou á participar do Campeonato Estadual, que desta vez, foi dividido em cinco Zonas Regionais.
Alocado na 4ª Zona, que compreendia os clubes do Meio Oeste e Serra Catarinense, o Independente tinha apenas três adversários para superar e assim, alcançar novamente a fase final da competição.
Seus adversários seriam o Flamengo Futebol Clube, seu rival na cidade, além de Grêmio Atlético Guarany e S.E.R. Olinkraft, de Lages.
A campanha não foi boa e lhe rendeu apenas a 3ª colocação, atrás de Guarany e Flamengo, que assim, seguiram adiante no campeonato.
O FIM DO INDEPENDENTE
O Independente A.C. foi perdendo força gradativamente ao longo da década de 1960, chegando a ficar em terceiro plano na cidade, atrás de Flamengo F.C. e Juventus A.C.
Em 8 de Fevereiro de 1972, numa tentativa de reeguer o clube, o prefeito Helio Anjos Ortiz autorizou a concessão de uma contribuição o clube, porém, nem este gesto foi suficiente para recolocá-lo na vitrine do futebol Regional ou Estadual.
Acredita-se que ainda na década de 1970 o clube sucumbiu definitivamente, desaparecendo para sempre.
Acervo do autor.
Informações de Sebastião Alves e Jonas Poletto