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Alecrim Futebol Clube – Natal (RN): Escudo dos anos 50

Prestes a completar o seu Centenário, encontrei uma foto da década de 50, do Alecrim Futebol Clube , cujo escudo é diferente dos modelos conhecidos pela maioria. Agremiação alviverde foi Fundado em 15 de agosto de 1915, e a sua sede fica na cidade de Natal (RN). O Alecrim é heptacampeão estadual, sendo o terceiro clube potiguar com maior número de participações na Série A. Ao todo 11 participações em campeonatos nacionais, sendo as mais recentes a Série D, em 2011, e a Copa do Brasil de 2015.

Um dos fundadores que virou Presidente da República

Café Filho

Um dos seus fundadores foi Café Filho (que assumiu a presidência da república após o suicídio de Getúlio Vargas, onde governou entre 24-08-1954 a 08-11-1955), que havia atuado como goleiro na equipe esmeraldina.

Surgimento

No dia 15 de agosto de 1915 um grupo de rapazes formado por Lauro Medeiros, Pedro Dantas, Cel. Solon Andrade, José Firmino, Café Filho (presidente da República e ex-goleiro do Alecrim em 1918 e 1919), Lauro Medeiros, Humberto Medeiros, Gentil de Oliveira, José Tinoco, Juvenal Pimentel e Miguel Firmino, em reunião realizada na casa do Cel. Solon Andrade, fundaram no então longínquo bairro do Alecrim, próximo da atual Igreja São Pedro, o Alecrim FC. A ideia inicial que motivou a fundação do clube esmeraldino tinha como objetivo principal ajudar de forma filantrópica as crianças pobres do bairro que lhe deu origem.

EM PÉ (da esquerda para direita): Monteiro, Miguel de Lima, Petit, Mangueira, Petita e Baracho. AGACHADOS: Chiquinho, Driblador, Biró II, Miltinho e Índio

Alguns afirmam que o Alecrim foi fundado em 15 de agosto de 1917. Entretanto, no dia 26 de setembro de 1916, o jornal A República n.º 215 publicava a seguinte notícia na coluna “Várias”: “No bairro do Alecrim, alguns moços fundaram o Alecrim Foot Ball Club que manterá uma escola nocturna gratuita para o ensino às creanças pobres daquelle bairro. Louvamos a iniciativa dos jovens daquella associação, que por esta forma esforçam-se para extinguir o analphabetismo que em grande escala se desenvolve no nosso paiz” (grafia da época).

Apesar desta notícia ter sido publicada em 1916, isto não significa que o Alecrim Futebol Clube tenha sido fundado nesse ano, pois como a cidade do Natal se concentrava praticamente na Ribeira, e o Alecrim – chamado de bairro novo – localizava-se na zona rural de Natal, é possível que a notícia tenha sido publicada com atraso, pois como pesquisador observamos que certas notícias – de acordo com o interesse da imprensa – muitas vezes eram publicadas um ano após o fato.

Recentemente, o historiador Alberto Medeiros durante o desenvolvimento de sua pesquisa sobre a história do clube alecrinense, encontrou na Federação Norte-rio-grandense de Futebol (FNF), papel timbrado da década de quarenta com a data de fundação do Alecrim F.C. de 15 de agosto de 1915.

Além disso, na época, jogadores e torcedores de ABC e América de Natal faziam parte da elite da cidade, enquanto o Alecrim FC era composto basicamente de negros e descendentes de índios, o que os expunham a todo tipo de preconceito, que aliás, era muito comum no início do desenvolvimento do esporte bretão em nosso país.

Década de 70

O Alecrim nos anos 70 era chamado de “o vingador” do futebol do Rio Grande do Norte, pois os times de outros estados quando vinham a Natal ganhavam de ABC e América de Natal e perdiam para o esquadrão esmeraldino. Exemplo de força do clube verde nesta década foi o caso do Rampla Júnior do Uruguai que numa excursão ao Brasil estava invicto: 0 a 0 com o Americano (RJ); 2 a 1 no Democrata de Governador Valadares (MG); 2 a 0 no Fortaleza (CE); 1 a 1 com o Treze (PB); 2 a 2 com o Náutico de Recife; vindo a perder finalmente para o Alecrim por 1 a 0 com gol do artilheiro Rui.

EM PÉ (da esquerda para direita): Batata, Aurílio, Ivan Xavier, Batista, Ticão e Carlão. AGACHADOS: Marcos Pitôco, Marcos Pintado, Tiquinho, Lambari e Edmílson.

Os grandes dirigentes, baluartes e abnegados da história do Alecrim foram: Bastos Santana, Severino Lopes, Humberto Medeiros, Cel. Veiga, Cel. Pedro Selva, Clóvis Mota, Walter Dore, Brás Nunes, Rubens Massud, Wober Lopes Pinheiro, Gabriel Sucar, Cel. Solon Andrade, além do grande patrono Monsenhor Walfredo Gurgel (nome da atual sede campestre do clube). Foi na gestão do Governador Walfredo Gurgel que foi doado o terreno da Av. Alexandrino de Alencar, posteriormente vendido ao Ministério da Marinha que proporcionou recursos para a compra do terreno da atual sede campestre.

 

Fontes: Wikipédia – Jornal A República – Blog no Ataque

Fotos: Arquivo pessoal de Ribamar Cavalcante

Associação Riograndense de Atletismo (ARA): Década de 10 a 40

Resumo da História:

As primeiras tentativas de se fundar uma Liga de esportes, entre eles o futebol, no estado datam de 1916. Segundo o pesquisador Luiz G. M. Bezerra, seis clubes da capital (ABC, América, Centro Esportivo, Atheneu SC, Cricket Club, Sport Club de Natal e Centro Náutico Potengi) fundaram a Liga Norteriograndense de Desportos Terrestres (LNDT) e empossaram um presidente, Luiz Potiguar Fernandes, em 27 de fevereiro de 1916. Contudo, esta Liga não prosperou.

A atual Federação Norteriograndense de Futebol (FNF) foi fundada em 14 de julho de 1918, com o nome de Liga de Desportos Terrestres do Rio Grande do Norte, no camarote do comandante do encouraçado “Deodoro(algumas fontes citam o “Minas Gerais”), por inspiração de abnegados como o tenente Aníbal Leite Ribeiro, Afonso Monteiro Chaves (que algumas fontes citam como tendo sido o primeiro presidente da Liga) e Emanuel Murtinho Braga (tio do futuro craque Nilo Murtinho Braga, que jogaria no América de Natal e depois no futebol do Rio de Janeiro, chegando a ser titular da seleção brasileira na Copa de 1930).

O objetivo da Liga era cuidar do futebol e do atletismo no estado. Os clubes fundadores foram o ABC, o América e o Centro Esportivo Natalense, de acordo com o estatuto da própria FNF. Algumas fontes citam como seu primeiro presidente, o líder do movimento dos escoteiros no Rio Grande do Norte, Luiz Soares de Araújo.

O fato é que, logo no seu início, a Liga sofreria numerosos recessos, inesperados e imprevisíveis. Devido ao seu amadorismo, a Liga e os clubes existentes não registravam os acontecimentos em atas, o que tornava difícil o registro histórico, a certeza sobre a realização de alguns campeonatos e a homologação de títulos. Muitas divergências internas entre os membros da Liga e clubes afiliados causavam inércia e displicência por parte da mesma na organização dos campeonatos.

De acordo com o pesquisador Everaldo Lopes, ao longo de sua existência, a FNF já teve quatro endereços. O primeiro, numa pequena casa situada nos fundos do terreno do estádio Juvenal Lamartine. Depois, mudou-se para o centro da cidade, num casarão que servia de sede da Cruz Vermelha, ao lado do antigo cinema Rex. O terceiro endereço ficava no terceiro andar do edifício Melilo, em frente ao mesmo cinema Rex. E finalmente, o seu endereço atual, no estádio Juvenal Lamartine (Tribuna do Norte, 24/07/05).

A Federação já foi também chamada de Associação Riograndense de Atletismo (ARA), e posteriormente (1942) de Federação Norteriograndense de Desportos (FND). O nome atual foi assumido em 1976. Ao longo de sua história, muitos dos presidentes da Federação foram oficiais militares.

Em 1919, disputou-se o primeiro campeonato estadual oficial, e a década de 1940 marca o início das discussões sobre o profissionalismo no futebol do estado, finalmente implantado em 1950. Em 2005, a FNF contava com o número de 12 clubes de 8 diferentes municípios na primeira divisão do campeonato estadual e mais 56 outros clubes e associações afiliadas.

No final de julho de 2005, o Ministério Público intervio na FNF, destituindo seu presidente, Nilson Gomes da Costa, que estava à frente da federação desde 1992. Uma série de irregularidades encontradas durante a sua administração foram a causa da intervenção. O novo presidente interino da FNF, até dezembro de 2005, foi o interventor Paulo Eduardo Pinheiro, advogado. Esta foi a quarta intervenção na história da Federação. As outras três, ocorreram em 1941, 1944 e 1949, sendo que em 1944, a intervenção aconteceu após a renúncia do então presidente tenente Roberto Soares.

Assumiu em 2007 através de eleição o novo presidente, o deputado Alexandre Cavalcante, que após um ano de sucessivos erros de administração renunciou deixando evidente que não entendia do oficio que lhe foi confiado. Assumiu o seu vice, Jose Vanildo Rego.

 

Fontes: Tribuna do Norte – Brito Lopes – Blog Futebol Potiguar – Livro “Da Bola de Pito ao Apito Final”, do autor Everaldo Lopes

Marinho Chagas, o maior lateral da Copa 74

ABC 1970

No ultimo 8 de fevereiro  de 2015, se estivesse vivo completaria sessenta e três anos o ex-atleta Marinho Chagas. Marinho, conhecido com A Bruxa,  morreu em 1/6/14,  a 12 dias do primeiro jogo da Copa do Mundo no Brasil 2014 em Natal. O jogador iniciou a carreira no Riachuelo Atlético Clube de Natal. Após boas apresentações pelo clube da Marinha, foi transferido para o ABC.  Aos 18 anos de idade, conquistou com a equipe alvinegra o título de Campeão de 1970, o único título pelo time que torcia.

Marinho no Nautico PE

Além do ABC, defendeu o Náutico (PE), Botafogo (RJ), Fluminense (RJ), São Paulo (SP), Cosmos(EUA) e América (RN) e Seleção Brasileira. Na seleção disputou a Copa da Alemanha de 1974 e foi escolhido o melhor lateral esquerdo da competição.

 

fonte: Arquivo Ribamar Cavalcante

Estadual Potiguar 2015

Dez equipes vão brigar pelo título do Campeonato Potiguar. Diferentemente do ano passado, os representantes do Rio Grande do Norte na Copa do Nordeste não foram beneficiados e participam do torneio desde a primeira fase. América-RN e ABC, que completam 100 anos em 2015, são os favoritos por terem maior poder de investimento. Em campo, porém, precisam redobrar as atenções para evitar surpresas. Natal ainda conta com mais dois representantes: o Alecrim, que também comemora seu primeiro centenário, e o Força e Luz, de volta à elite após 18 anos, mas vai mandar seus jogos na cidade de Ceará-Mirim. De Mossoró, participam Baraúnas e Potiguar. Além deles, há ainda Palmeira de Goianinha, Santa Cruz da cidade do mesmo nome, Corintians de Caicó e o Globo FC, que é da cidade de Ceará-Mirim.

Em jogo estão três vagas para a Copa do Brasil e duas para a Copa do Nordeste de 2016, além de uma para a Série D de 2015. Por enquanto, a Federação Norte-rio-grandense só divulgou a tabela do primeiro turno.  As datas do segundo turno serão definidas posteriormente, já que o segundo turno só participarão os oito primeirtos colocados. O América é o atual campeão e tenta manter a hegemonia sob o comando do técnico Roberto Fernandes, vencedor da competição em 2012 com o Mecão. O ABC, outra força da capital potiguar, é o maior campeão estadual com 52 títulos, mas não vence a competição desde 2011. O Potiguar de Mossoró foi o último campeão oriundo do interior, em 2013. O Globo FC, que participou pela primeira vez do torneio em 2014, sendo vice-campeão, busca a conquista inédita e aposta em uma pré-temporada que durou mais de dois meses.

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