Arquivo da categoria: Fotos Históricas

Foto rara: Operário Futebol Clube – Campo Grande – MT-MS – campeão mato-grossense de 1974

Fonte: Placar

OBS: Na época, a cidade de Campo Grande pertencia ao Estado de Mato Grosso. Entretanto, no dia 11 de outubro de 1977, uma lei complementar criou o Estado de Mato Grosso do Sul, dividindo Mato Grosso em dois estados, tornando a cidade de  Campo Grande a capital do novo estado.

Barroso Football Club, da Saúde – Rio de Janeiro (RJ): Fundado em 1922

O Barroso Football Club foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). A sua Sede ficava na Sede: Ladeira do Barroso, nº 104, no Bairro da Gamboa, na Zona Central do Rio (RJ). A sua Praça de Esportes estava situado na Rua Saccadura Cabral, s/n, no Bairro da Saúde, próximo ao Cais do Porto, na Zona Central do Rio (RJ).

O Tricolor da Saúde foi Fundado na segunda-feira, do dia 20 de Novembro de 1922, pelo Sr. Ângelo Trotte, que reuniu um grupo de desportistas na sua residência. Estiveram presentes os seguintes fundadores:

Ângelo Trotte; Américo Trotte; Rodino Trotte; Raphael Garofalo; Paschoal Garofalo; Manoel Vanzelotti; Ernesto Vanzelotti; Romeu Perazzini; Domingos Borneo; José Nogueira Penido; Walter de Carvalho; Raphael Porfírio Martins; Eurides M. da Silva; Manoel da Rocha; entre outros.

Apesar de não ter sido especificado os respectivos cargos, a 1ª Diretoria do Barroso Football Club ficou constituída da seguinte forma: José Pacheco de Almeida; Manoel Vanzelotti;  Emygidio de Queiroz; Américo Trotte; Amaury Jacintho da Costa; Romeu Perazzini; Walter de Carvalho; Raphael Garofalo; Eurides M. da Silva; Manoel Nunes.

Campeão do Torneio Início da Liga Leopoldina e 1926

Depois se filiou à Liga Leopoldinense, na qual faturou o título do Torneio Início de 1926. O time formou assim: Américo; Uruguay e Vieira; Nabor, Cardoso e Pedro; Walter, Hugo, Álvaro, Albino e Urbano.

 

Números do clube entre 1922 a 1932

Em uma década, o Barroso Football Club apresentou os seguintes números: Foram 263 jogos; 176 vitórias, 46 empates e 41 derrotas. O que dá um aproveitamento dos pontos de 75,7%. Ainda nesse período, o clube acumulou 111 taças e quatro bronzes.

 

No domingo, do dia 15 de setembro de 1935, o Barroso enfrentou os juvenis do Flamengo. No Torneio Aberto de 1937, organizado L.C.F., o Barroso chegou a ser confundido com o homônimo de Niterói. Na partida em que o Alviverde Niteroiense perdeu para o Atlético Mineiro por 3 a 1, alguns jornais confundiram e mencionaram como se o Tricolor da Saúde tivesse sido o adversário.

Algumas Formações

Time de 1926: Américo; Uruguay e Vieira; Nabor, Cardoso e Pedro; Walter, Hugo, Álvaro, Albino e Urbano.

Time de 1929: Asterio; Zeca e Medina; Tupy, Euclydes e Namor; Orlando, Babá, Edgard, Álvaro e Albino. Suplentes: Miguel, Peru, João e Alfredo.

Time de 1932: Zeca; Tupy e Netto; Victrola, Noé e Adalberto; Babá, Álvaro, Edgard, Allemão e Walter.

Time de 1934: Venâncio; Ernesto e Zezinho; Victrola, Noé e Valentim; Walter, Claudemiro, Edgard, Samuel e Urbano.

Time de 1938: Venâncio; Antonio e Tupy; Gato, Leandro e Emiliano; Xavier, Merola, Victorio, Alvinho e Guido.

Time de 1939: Venâncio; Zezinho e Reno; Gato, Leandro e Emiliano; Periquito, Samuel, Edgard, Adalberto e Figueira (Doca).

FONTES: A Noite – Gazeta de Notícias – Jornal dos Sports – O Jornal – Correio da Manhã

Inédito!!! Japohema Football Club, do Méier – Rio de Janeiro (RJ)

Uma das histórias mais ricas que me deparei. Um clube simpático, com uma visão de transformar o clube num ambiente familiar, estimulando o estudo (como saúde mental) e o desporto (como saúde para o corpo). As explicações dos porquês do nome e da alcunha, por si só, já é um capítulo à parte! Sem mais delongas vamos viajar nessa história! Vale a pena! Boa leitura!

O Japohema Football Club foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). Nas cores azul e branco, foi Fundado o “Clube Universitário” na terça-feira, do dia 05 de Maio de 1931, por um grupo de sete desportistas da extinta equipe Cruzeiro do Sul Athletico Club: José Araripe, Antenor Passos, Pedro Passos, Orlando Castro (Orlandinho), Elisiário Netto, Mario Braga, Amarildo Galvão (Batata) e Helio Ballard.

Depois, convidaram outros jogadores do Cruzeiro do Sul A.C.: Adilson, Bio (único negro do time. O significado do nome vem do grego, que quer dizer: vida), Dudu, Dedé, Toninho, Nonô e, entre outros. A Sede provisória ficava na Rua Dias da Cruz, nº 391, no Bairro do Méier, na Zona Norte do Rio.

 

Por que a escolha do nome Japohema?

A escolha do nome é, no mínimo, curioso. Afinal, é um neologismo criado pelos sete fundadores por uma justaposição das iniciais de cada um:

José Araripe,

Antenor Passos,

Pedro Passos,

Orlando Castro (Orlandinho),

Helio Ballard,

Elisiário Netto,

Mario Braga e

Amarildo Galvão.

Dessa forma, original, juntando as letras em negrito é formado o nome da agremiação: Japohema . Uma inspiração no estilo poético de um acróstico. Obviamente, quem está lendo essa história deve estar se perguntando: “Ué? Mas cadê o oitavo fundador: Helio Ballard”? Por que a letra ‘H’ do Helio não está no nome do clube? Os sete rapazes tentaram, mas não encontraram jeito de encaixar a letra ‘H’. Para amenizar esse pequeno “incidente” ficou decido que o nome da Sede Social seria uma homenagem ao Helio Ballard, fundador e o goleiro da equipe.

O ‘Batata’ alcunha de Amarildo Galvão, não concordou com isso, dizendo que a letra ‘H’, em português, tem som mudo em grande número de palavras. Dessa maneira, o ‘H’ poderia ser perfeitamente incluído no nome, desde que grafasse JAPOHEMA, onde o ‘H’ teria o valor mudo. Assim estaria o Helio Ballard, incluído entre os seus pares sem sacrifício do timbre, que permaneceria o mesmo.

 

A formação da 1ª Diretoria do clube foi composta da seguinte forma:

Presidente – Octavio Lobo Vianna;

Vice-Presidente – Aldenor Alencar Benevides;

1º Secretário – Adolpho Rodrigues;

2º Secretário – Josué Rodrigues Loureiro;

Tesoureiro – Pedro Souza Passos;

Diretor Esportivo – Carlos Pereira da Silva Filho;

Diretor Geral de Sports – Othelo Dario Neves;

Procurador – José Araripe;

Conselho Fiscal – Mario Braga; Eugenio de Castro; Eurico Ribeiro; Antonio Araujo; Lauro de Alencar Araripe; Josué Rodrigues Loureiro e Dr. Cunha Neves.

 

Na sexta-feira, do dia 28 de Outubro de 1932, foi eleita e empossada a 2ª Diretoria:

Presidente – Octavio Lobo Vianna (Reeleito);

Vice-Presidente – Eugenio de Castro;

Secretário Geral – Rodolpho Rodrigues;

1º Secretário – Homero Santos;

2º Secretário – Carlos Pereira da Silva Filho;

1º Tesoureiro – Pedro Souza Passos;

2º Tesoureiro – Josué Rodrigues Loureiro;

Procurador – Olavo Guimarães;

Diretor de Esporte – Octavio Fernandes de Carvalho;

Diretor de Campo – Anthero Benevides;

Conselho Fiscal – Jaime Figueiras Lima; Ayrton Rocha; José Luiz Bittencourt Filho; Ayrton Araujo; João Fonseca Chagas; Carlos Pimenta da Silva Filho e Alberto Moreira.

Comissão de Sindicância – Homero Braga; Oswaldo de Castro e Jorge Robson das Chagas.

 

Foto de 1932

O porquê da alcunha de o “Clube Universitário“?

Numa época, onde o estudo não era algo prioritário, boa parte dos jogadores japoemenses eram “um ponto fora da curva“.  Além de serem rapazes finos e educados, sete deles eram estudantes do Colégio MIlitar, do Gymnasio Arte e Instrucção, da Faculdade de Medicina.

Do Colégio Militar pertenciam o keeper Helio e o centerforward Careca. Da Academia de Medicina eram o center-helf Dedé e o meia direita Araujo. Os estudantes eram Nonô e Orlandinho, componentes da ala esquerda e Arthur, da extrema direita. Assim, o clube ganhou o apelido de “Clube Universitário“.

 

Um clube esportivo e familiar

A sua Praça de Esportes, inaugurada no domingo, do dia 06 de setembro de 1931, ficava localizado na Rua Magalhães Couto, nº 84. Enquanto, a sua Sede estava instalada na Rua Dias da Cruz, nº 255, ambos no Bairro do Méier, na Zona Norte do Rio. No entanto, o clube não se limitava apenas a prática do futebol. O Japohema  também oferecia outras atividades, como Sala para Leitura, o Salão de Jogos, como o Ping-Pong (atual Tênis de Mesa), Dominó, Xadrez, entre outros.

Além disso, o clube promovia Bailes de Carnaval, festivais, músicas dançantes, atraindo o interesse de boa parte dos moradores do Bairro. Com isso, em pouco tempo, o número de sócios cresceu vertiginosamente. Demonstrando que o Japohema  Football Club caminhava a passos largos rumo a prosperidade.

 

Celeiro de Grandes Craques

O começo do futebol, o Japohema  foi uma fonte de grandes jogadores. De cara, na sua primeira formação alguns jogadores ganharam, rapidamente, projeção, como os casos de Orlandinho, que se transferiu para o Fluminense; Cícero, que foi para o Vasco da Gama; o ponta Adilson (Adilson Ferreira Arantes, natural da cidade do Rio de Janeiro, em 12/12/1916), que foi contratado pelo Madureira A.C., entre outras feras.

Filiações

Em setembro de 1931, o ajudou a fundar a Associação Suburbana de Esportes Athleticos (ASEA).

Quarta, do dia 19 de Abril de 1933, ocorreu uma reunião para decidir  que o clube iria se filiar a AMEA.

Quinta, 11 de abril de 1935 se filiou a Federação Metropolitana de Desportos, a fim de disputar o Campeonato da Divisão Intermediária.

Sexta-feira, do dia 28 de Agosto de 1936, se filiou a Sub-Liga Carioca de Football (Fundado em 18 de junho de 1933).

Na quarta-feira, do dia 25 de Maio de 1938, ingressou na Federação Atlética Suburbana (FAS).

 

Japohema Campeão Invicto do Torneio Extra da Sub-Liga de 1934

Após eliminar o Aracaju Football Club, nas semifinais, o Japohema  decidiu o título diante do Deodoro A.C., que passou pelo São Paulo Football Club. No domino, do dia 05 de Agosto de 1934, o Japohema  conquistou o título Invicto do Torneio Extra da Sub-Liga Carioca de Football. No Campo do Central (Rua Adriano, nº 107, no Bairro de Todos Os Santos), o “Clube Universitário” venceu o Deodoro Athletico Club pelo placar de 1 a 0. O gol foi assinalado pelo half-back Antoninho. Japohema: Hélio; Bio e Betinho; Guerra, Zé Maria, Dodô e Antoninho; Adilson, Nonô, Chagas, Jaburu e Carvalhinho.

 

Japohema e Andarahy fizeram um jogão de 10 gols

Era apenas um amistoso, mas terminou com uma dezena de gols. No Domingo, do dia 20 de Outubro de 1935, a partida aconteceu no Estádio da Rua São Francisco Filho. No final, melhor para os donos da casa. A equipe alviverde goleou por 10 a 3.

Competições profissionais

O Japohema Football Club participou do Torneio Aberto, nos anos de 1936 e 1937. Também participou do Campeonato Carioca da Segunda Divisão, em 1935 ( pela FMD) e do ano de 1936 (pela LCF).

 

Outros

Em agosto de 1931, excursionou a Nova Iguaçu; Em setembro de 1934 foi para Barra do Piraí; Em Março de 1935 foi a Mendes. O Japohema enfrentou os principais clubes medianos da época: River, A.A. Portuguesa Carioca, Modesto, Metropolitano, Engenho de Dentro, Andarahy, Germânia, Hellênico, Cocotá, entre outros.

No domingo, do dia 30 de setembro de 1934, o Japohema venceu o quadro de amadores do Bangu por 2 a 0, na preliminar do jogo de profissionais do Flamengo x Bangu. Em 1935, enfrentou o time misto do Vasco e os amadores do América.

 

Nova Sede

No dia 20 de abril de 1938, o clube adquiriu uma Sede nova, localizado na Rua 24 de Maio, nº 1.363 / Sobrado, Bairro do Méier, na Zona Norte do Rio.

Várias Formações                                   

Time-Base de 1931: Hélio; Bio e Dudu (Olavo); Carlinhos Silva, Dedé (Nestor) e Toninho (Araripe); Mario (Biberi), Araujo (Cyro), Lauro (Lalau), Nonô (Careca) e Orlandinho (Arnaldo). Técnico: Anthero Benevides

Time-Base de 1932: Hélio (Euro); Betinho e Bio; Arthur (Antoninho), Dedé e Guerra; Colombo (Léo), Fernando, Darcy, Léo (Nonô) e Orlandinho. Técnico: Anthero Benevides

Time-Base de 1933: Hélio; Bio e Betinho; Othelo (Guerra), Dedé e Toninho; Arthur (Araujo), Jaburu (Colombo), Careca (Cícero), Nonô e Orlandinho (Sant’Anna). Técnico: Anthero Benevides

Time-Base de 1934: Hélio; Bio e Betinho; Guerra, Zé Maria (Léo), Dedé e Antoninho (Othelo); Adilson, Nonô (Nairo), Chagas (Garcia), Jaburu e Carvalhinho. Técnico: Amarylio Galvão

Time-Base de 1935: Hélio; Bio (Américo) e Alfredo (Betinho); Toninho, Armando (Edmundo) e Quino; Carvalhinho, Dedé, Gallego (Miro), Zezinho (Othelo) e Luso (Jaburu). Técnico: Lourival Carneiro

Time-Base de 1936: Hélio; Alfredo (Norival) e Betinho (Ary); Jacy (Badu), Rainha (Arantes) e Quino (Lino); Benedicto, Gallego, Cícero, Nonô (Russo) e Osvaldinho (Carvalhinho). Técnico: Homero Santos

Time-Base de 1937: Hélio; Bio e Alfredo (Betinho); Jacy, Edmundo (Rainha) e Quino (Valentim); Tarcísio (Chagas), Arthur (Polaco), Nonô (Quimba), Cesário (Jaburu) e Carvalhinho. Técnico: Austrochynio Pereira.

Time-Base de 1938: Hélio; Bio e Alfredo; Olavo, Edmundo e Valentim (Anesio); Francisco (Tarcísio), Chagas, Gallego, Flodaldo e Faustino (Jorginho). Técnico: Austrochynio Pereira.

 

FONTES: Diário da Noite – Diário Carioca – O Radical – Gazeta de Notícias – Jornal do Brasil – A Offensiva – O Tico-Tico – A Noite – O Jornal – Jornal dos Sports – A Esquerda – Beira-Mar : Copacabana, Ipanema, Leme (RJ) – A Nação – A Batalha – Diário de Notícias – A Manhã – O Imparcial – O Paiz – Jornal do Commercio – Correio da Manhã – O Globo Sportivo (RJ)

Inédito!! Centro Portuguez de Desportos – Rio de Janeiro (RJ): Fundado em 1913

O Centro Portuguez de Desportos foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). A sua Sede ficava na Rua São Pedro, nº 120 / Sobrado, Centro do Rio. Vale informar que a Rua São Pedro e Rua do Sabão, deixaram de existir. Ambas, paralelas, foram unidas para a construção da Avenida Presidente Vargas (inaugurada no dia 7 de setembro de 1944), com a demolição dos quarteirões.

O “clube Luso” foi Fundado no domingo, do dia 14 de Setembro de 1913, por um grupo de desportistas portugueses, radicados no Rio. E, de cara, um ponto polêmico, uma vez que o clube só permitia que portugueses que viviam no Rio tivessem o direito de se tornar sócio.

A 1ª Diretoria lusitana ficou formada da seguinte forma:

Presidente – Joaquim Alfredo de Avellar;

Vice-Presidente – Affonso Henriques de Campos;

1º Secretário – Alberto Chamery;

2º Secretário – Manoel Marques Mano;

Tesoureiro – Annibal Jalles;

Conselho Fiscal – Francisco de Oliveira Marques Junior e Jorge Guimarães Daupiás; Vogaes e João de Souza; Antonio Ramoa e Sergio dos Anjos Lamego.

A Sede provisória ficava na Rua do Rosário, nº 133, no Centro do Rio. O clube oferecia atividade de Ginástica, Curso preparatório de educação física, Luta Greco-Romana, Pesos e Alteres, Atletismo, Natação, Tênis e o futebol.

Clube estreia na ABSA

Em 1915, o Centro Portuguez  ajudou a fundar a Associação Brasileira de Sports Athleticos (ABSA). Naquele mesmo ano, o clube disputou pela primeira e última vez o Campeonato da ABSA.

 

Denuncia faz Centro Portuguez desistir do futebol  

A campanha foi modesta, mas o que chamou atenção foi a grave denuncia do jogador José Antonio da Costa Junior. Segundo o denunciante os diretores do Centro Portuguez de Desportos com a dificuldade de formar um bom time para disputar os jogos, do seio dos associados do clube aliciavam jogadores de outros clubes, como por exemplo, o Alliança Football Club com promessas financeiras (o que naquela época constituía profissionalismo, algo proibido).

Outra ironia é que, como foi citado lá em cima, o Estatuto do Centro Portuguez de Desportos determinava que apenas os portugueses poderiam defender o time. E, os jogadores que estavam sendo seduzidos para jogar na equipe eram brasileiros.

Para tentar maquiar e/ou burlar, os brasileiros  recrutados recebiam um falso título de naturalização do clube. O fato é que esse episódio causou um enorme constrangimento, acarretando no final do campeonato a saída do Centro Portuguez de Desportos que nunca mais retornou a disputar alguma competição na esfera futebolística.       

Time-base de 1915: Augusto (Moreira); Jacintho e Oswaldo (Cabral); Carlos José da Silva (Cap.), Lourenço (França) e Francisco II; Francisco I, Firmino (Marques III), Antonio, Doutor e Rocha (Marques I).

FONTES: O Imparcial – O Correio da Noite – Jornal do Brasil – Revista da Semana – A Época – A Noite

Inédito!! Associação Brasileira de Sports Athleticos (ABSA) – Rio de Janeiro (RJ): Fundado em 1915

A Associação Brasileira de Sports Athleticos (ABSA) foi uma entidade futebolística do Rio de Janeiro (RJ). Fundado no sábado, do dia 20 de Março de 1915. A sua 1ª Sede ficava situado na Rua Rufino de Almeida, nº 48, na Aldeia Campista (Vila Isabel), na Zona Norte do Rio. Depois se mudou para a Rua 24 de Maio, nº 218, Bairro do Rocha, na Zona Norte do Rio.

A assim Revista O Tico-Tico noticiou o surgimento da ABSA:

“Logrou o necessário interesse a iniciativa do Mayrink Football Club, convidando vários clubes esportivos desta capital para constituírem uma nova federação de esportes.

A reunião efetuou-se na Sede do Club dos Bohemios, na Rua 24 de Maio, nº 218, Bairro do Rocha, na Zona Norte do Rio. Num total de 11 agremiações, estiveram presentes seguintes representantes dos clubes:

Tiburcio de Bivar e Lindolpho Ribeiro (Mayrink Football Club);

Edgar Vieira e Raul Castro (Americano Football Club);

Edagar Antunes Leite e Frederico Moncken (Sport Club Rio de Janeiro);

Vicente Antonio Apollazio e Martins Tatu (River Football Club);

Zeferino Pinto Teixeira e Seraphim Moreira de Andrade (Sport Club Mexicano);

Homero Meirelles e Manoel Braga Júnior (Machine Cottons Football Club);

João Almeida Serra e Pedro Lemos (Riachuelense Football Club);

Americo Soares Ornellas (Pereira Passos Football Club);

Alberto de Chamery e A. Pinto Vieira (Centro Portuguez de Desportos);

O São Bento Football Club e o Sport Brasiliense fizeram-se representar por ofício.

A 1ª Diretoria da Associação Brasileira de Sports Athleticos (ABSA) ficou constituída da seguinte forma:

Presidente – Tiburcio Cid Niemeyer de Bivar (Mayrink Football Club);

Vice-Presidente – João Almeida Serra (Riachuelense Football Club);

1º Secretário – Alberto de Chamery (Centro Portuguez de Desportos);

2º Secretário – Edgar Vieira (Americano Football Club);

1º Tesoureiro – Pedro Lemos (Riachuelense Football Club)”.

 

Clubes que disputaram o certame de 1915:

Americano Football Club (do Sampaio-Riachuelo);

Athletique Football Club (do Engenho Velho-Tijuca);

Machine Cotton Football Club (do Sampaio);

Mayrink Football Club (do Rocha);

Sport Club Mexicano (de São Cristóvão);

Centro Portuguez de Desportos (do Centro);

Riachuelense Football Club (do Centro);

Sport Club Rio de Janeiro (do Maracanã);

River Football Club (do Centro);

Sporting Club Rio de Janeiro (de São Cristóvão).

 

FONTES: A Rua : Semanario Illustrado (RJ) – Revista O Tico-Tico: Jornal das crianças (RJ) – O Paiz

Escudo e uniforme raros, de 1979: Bayer Esporte Clube – Belford Roxo (RJ)

O Bayer Esporte Clube é uma agremiação da cidade de Belford Roxo (RJ). Fundado no dia 1º de Junho de 1962. A sua Sede e o Campo ficam localizados na Rua Boa Esperança, nº 650, no Bairro Andrade Araujo, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense do Estado do Rio de Janeiro. As suas cores: verde, branca e azul.

Como era de praxe, o clube nasceu por funcionários da filial da empresa Bayer, como uma forma de entretenimento e lazer para os empregados. E, durante, quase três décadas de existência, o clube participou do Campeonato Citadino de Nova Iguaçu e da Copa Arizona (nos anos 70).

Curiosamente, essa história mudou no dia 03 de Abril de 1990, quando Belford Roxo deixou de ser um distrito de Nova Iguaçu, passando a ganhar status de cidade. Naquele momento, o Bayer Esporte Clube era a agremiação melhor estruturada e com os apoios da empresa e da nova prefeitura, o clube decidiu ingressar na esfera profissional.

 

Estreia na Terceirona de 1991

Dessa forma, o clube debutou no Campeonato Carioca da 3ª Divisão de 1991, organizado pela Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ). Ao fim de dois turnos, numa única fase, a equipe terminou em 3º lugar, atrás do campeão Esporte Clube Barreira (Saquarema) e do vice Porto Real Country Club (Porto Real), ficando à frente de Everest Atlético Clube (Bairro carioca de Inhaúma), Opção Futebol Clube (Bairro carioca de Realengo), Grêmio Olímpico Mangaratiba (Mangaratiba), Portela Atlético Clube (Miguel Pereira), Nilópolis Futebol Clube (Nilópolis), Bela Vista Futebol Clube (São Gonçalo) e Associação Atlética Colúmbia (Duque de Caxias).
Debuta no Estadual da Série B de 1992

Em 1992, é convidado a integrar o Campeonato Carioca da 2ª Divisão, não a verdadeira Segunda, que virara Intermediária da Primeira, mas o módulo logo abaixo. Na sua chave se classifica na 2ª colocação, atrás do Serrano Foot Ball Club e à frente de Pavunense Futebol Clube, Heliópolis Atlético Clube, Céres Futebol Clube, Tomazinho Futebol Clube e Esporte Clube Nova Cidade.

Na segunda fase, fica em 4º lugar, atrás de Heliópolis Atlético Clube, Pavunense Futebol Clube e Serrano Foot Ball Club, ficando à frente de Tamoio Futebol Clube e Colégio Futebol Clube. Na decisão da sexta vaga, perde para o Serrano por 1 a 0 e fica eliminado da competição.

Em 1993, fica em 2º lugar na sua chave, ao fim do primeiro turno, atrás somente do Barra Mansa Futebol Clube. No segundo turno é o líder do grupo, se classificando para o quadrangular final que reuniu União Macaé Esporte Clube, Duque de Caxias Futebol Clube e Barra Mansa Futebol Clube. O clube de Belford Roxo foi o campeão, ficando na 2ª colocação o Barra Mansa Futebol Clube.

 

Clube alterou o nome em 1994

Em 1994, muda de denominação para Futebol Clube Bayer de Belford Roxo. Disputa a Divisão Intermediária, a que estava abaixo da elite. Ao término da primeira fase, termina em terceiro em sua chave, abaixo de Friburguense Atlético Clube e Saquarema Futebol Clube, e à frente de São Cristóvão de Futebol e Regatas, Olympico Futebol Clube e Serrano Foot Ball Club.

Na segunda fase fica em quarto, abaixo de Friburguense Atlético Clube, São Cristóvão de Futebol e Regatas e Saquarema Futebol Clube, ficando alijado da final que foi disputada entre Entrerriense Futebol Clube e Friburguense Atlético Clube, sendo o clube de Três Rios o campeão daquele ano.

Em 1995, disputa novamente o Módulo Intermediário. Ao fim de dois turnos em fase única jogada em pontos corridos, o clube se sagra vice-campeão do certame, perdendo o título para o Barra Mansa Futebol Clube. O curioso é que havia ainda um outro grupo jogado separadamente no mesmo módulo, que teve Barra Futebol Clube e América Futebol Clube de Três Rios como seus vencedores, mas ninguém obteve acesso à Primeira Divisão do ano seguinte, com exceção do Barra, que ainda jogou uma partida de repescagem contra o Entrerriense Futebol Clube, mas a perdeu.

Tal fato levou a diretoria do Bayer a resignar das disputas profissionais regidas pela FERJ, retirando o seu time das competições. No mesmo ano ainda disputou o Campeonato Brasileiro da Série C, ficando na 61ª colocação.
2006, o clube volta a adotar a antiga nomenclatura

Em 2006, houve uma tentativa de volta da agremiação à Terceira Divisão, mas que não foi concretizada. Desde então, o Bayer só disputa as competições de categorias de base regidas pela  LDNI (Liga de Desportos de Nova Iguaçu). Posteriormente a antiga denominação de Bayer Esporte Clube é retornada.

Foto rara de 1979: escudo e uniforme inéditos

A foto encontrada no Jornal dos Sports, no dia 26 de Abril de 1979, me chamou atenção. Afinal, antes desse achado, os escudos do Bayer eram todos vinculados a logomarca da empresa.

No entanto, essas imagens são todas pós 1991. E a pergunta que ficava era: “Antes da era profissional, o escudo seria esse (da logo da empresa)?” Essa foto mostra que a resposta é, não! Um escudo bonito e sem vínculos com a empresa, no quesito similaridade com a logomarca.

Portanto, essa foto possibilitou dar “vida” ao escudo e uniforme do Bayer Esporte Clube mostrando um pouco da era amadora desta simpática agremiação belford-roxense.

 

FONTES: Wikipédia – Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ) – Rsssf Brasil – Jornal dos Sports