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Barroso Football Club, da Saúde – Rio de Janeiro (RJ): Fundado em 1922

O Barroso Football Club foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). A sua Sede ficava na Sede: Ladeira do Barroso, nº 104, no Bairro da Gamboa, na Zona Central do Rio (RJ). A sua Praça de Esportes estava situado na Rua Saccadura Cabral, s/n, no Bairro da Saúde, próximo ao Cais do Porto, na Zona Central do Rio (RJ).

O Tricolor da Saúde foi Fundado na segunda-feira, do dia 20 de Novembro de 1922, pelo Sr. Ângelo Trotte, que reuniu um grupo de desportistas na sua residência. Estiveram presentes os seguintes fundadores:

Ângelo Trotte; Américo Trotte; Rodino Trotte; Raphael Garofalo; Paschoal Garofalo; Manoel Vanzelotti; Ernesto Vanzelotti; Romeu Perazzini; Domingos Borneo; José Nogueira Penido; Walter de Carvalho; Raphael Porfírio Martins; Eurides M. da Silva; Manoel da Rocha; entre outros.

Apesar de não ter sido especificado os respectivos cargos, a 1ª Diretoria do Barroso Football Club ficou constituída da seguinte forma: José Pacheco de Almeida; Manoel Vanzelotti;  Emygidio de Queiroz; Américo Trotte; Amaury Jacintho da Costa; Romeu Perazzini; Walter de Carvalho; Raphael Garofalo; Eurides M. da Silva; Manoel Nunes.

Campeão do Torneio Início da Liga Leopoldina e 1926

Depois se filiou à Liga Leopoldinense, na qual faturou o título do Torneio Início de 1926. O time formou assim: Américo; Uruguay e Vieira; Nabor, Cardoso e Pedro; Walter, Hugo, Álvaro, Albino e Urbano.

 

Números do clube entre 1922 a 1932

Em uma década, o Barroso Football Club apresentou os seguintes números: Foram 263 jogos; 176 vitórias, 46 empates e 41 derrotas. O que dá um aproveitamento dos pontos de 75,7%. Ainda nesse período, o clube acumulou 111 taças e quatro bronzes.

 

No domingo, do dia 15 de setembro de 1935, o Barroso enfrentou os juvenis do Flamengo. No Torneio Aberto de 1937, organizado L.C.F., o Barroso chegou a ser confundido com o homônimo de Niterói. Na partida em que o Alviverde Niteroiense perdeu para o Atlético Mineiro por 3 a 1, alguns jornais confundiram e mencionaram como se o Tricolor da Saúde tivesse sido o adversário.

Algumas Formações

Time de 1926: Américo; Uruguay e Vieira; Nabor, Cardoso e Pedro; Walter, Hugo, Álvaro, Albino e Urbano.

Time de 1929: Asterio; Zeca e Medina; Tupy, Euclydes e Namor; Orlando, Babá, Edgard, Álvaro e Albino. Suplentes: Miguel, Peru, João e Alfredo.

Time de 1932: Zeca; Tupy e Netto; Victrola, Noé e Adalberto; Babá, Álvaro, Edgard, Allemão e Walter.

Time de 1934: Venâncio; Ernesto e Zezinho; Victrola, Noé e Valentim; Walter, Claudemiro, Edgard, Samuel e Urbano.

Time de 1938: Venâncio; Antonio e Tupy; Gato, Leandro e Emiliano; Xavier, Merola, Victorio, Alvinho e Guido.

Time de 1939: Venâncio; Zezinho e Reno; Gato, Leandro e Emiliano; Periquito, Samuel, Edgard, Adalberto e Figueira (Doca).

FONTES: A Noite – Gazeta de Notícias – Jornal dos Sports – O Jornal – Correio da Manhã

Inédito!!! Japohema Football Club, do Méier – Rio de Janeiro (RJ)

Uma das histórias mais ricas que me deparei. Um clube simpático, com uma visão de transformar o clube num ambiente familiar, estimulando o estudo (como saúde mental) e o desporto (como saúde para o corpo). As explicações dos porquês do nome e da alcunha, por si só, já é um capítulo à parte! Sem mais delongas vamos viajar nessa história! Vale a pena! Boa leitura!

O Japohema Football Club foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). Nas cores azul e branco, foi Fundado o “Clube Universitário” na terça-feira, do dia 05 de Maio de 1931, por um grupo de sete desportistas da extinta equipe Cruzeiro do Sul Athletico Club: José Araripe, Antenor Passos, Pedro Passos, Orlando Castro (Orlandinho), Elisiário Netto, Mario Braga, Amarildo Galvão (Batata) e Helio Ballard.

Depois, convidaram outros jogadores do Cruzeiro do Sul A.C.: Adilson, Bio (único negro do time. O significado do nome vem do grego, que quer dizer: vida), Dudu, Dedé, Toninho, Nonô e, entre outros. A Sede provisória ficava na Rua Dias da Cruz, nº 391, no Bairro do Méier, na Zona Norte do Rio.

 

Por que a escolha do nome Japohema?

A escolha do nome é, no mínimo, curioso. Afinal, é um neologismo criado pelos sete fundadores por uma justaposição das iniciais de cada um:

José Araripe,

Antenor Passos,

Pedro Passos,

Orlando Castro (Orlandinho),

Helio Ballard,

Elisiário Netto,

Mario Braga e

Amarildo Galvão.

Dessa forma, original, juntando as letras em negrito é formado o nome da agremiação: Japohema . Uma inspiração no estilo poético de um acróstico. Obviamente, quem está lendo essa história deve estar se perguntando: “Ué? Mas cadê o oitavo fundador: Helio Ballard”? Por que a letra ‘H’ do Helio não está no nome do clube? Os sete rapazes tentaram, mas não encontraram jeito de encaixar a letra ‘H’. Para amenizar esse pequeno “incidente” ficou decido que o nome da Sede Social seria uma homenagem ao Helio Ballard, fundador e o goleiro da equipe.

O ‘Batata’ alcunha de Amarildo Galvão, não concordou com isso, dizendo que a letra ‘H’, em português, tem som mudo em grande número de palavras. Dessa maneira, o ‘H’ poderia ser perfeitamente incluído no nome, desde que grafasse JAPOHEMA, onde o ‘H’ teria o valor mudo. Assim estaria o Helio Ballard, incluído entre os seus pares sem sacrifício do timbre, que permaneceria o mesmo.

 

A formação da 1ª Diretoria do clube foi composta da seguinte forma:

Presidente – Octavio Lobo Vianna;

Vice-Presidente – Aldenor Alencar Benevides;

1º Secretário – Adolpho Rodrigues;

2º Secretário – Josué Rodrigues Loureiro;

Tesoureiro – Pedro Souza Passos;

Diretor Esportivo – Carlos Pereira da Silva Filho;

Diretor Geral de Sports – Othelo Dario Neves;

Procurador – José Araripe;

Conselho Fiscal – Mario Braga; Eugenio de Castro; Eurico Ribeiro; Antonio Araujo; Lauro de Alencar Araripe; Josué Rodrigues Loureiro e Dr. Cunha Neves.

 

Na sexta-feira, do dia 28 de Outubro de 1932, foi eleita e empossada a 2ª Diretoria:

Presidente – Octavio Lobo Vianna (Reeleito);

Vice-Presidente – Eugenio de Castro;

Secretário Geral – Rodolpho Rodrigues;

1º Secretário – Homero Santos;

2º Secretário – Carlos Pereira da Silva Filho;

1º Tesoureiro – Pedro Souza Passos;

2º Tesoureiro – Josué Rodrigues Loureiro;

Procurador – Olavo Guimarães;

Diretor de Esporte – Octavio Fernandes de Carvalho;

Diretor de Campo – Anthero Benevides;

Conselho Fiscal – Jaime Figueiras Lima; Ayrton Rocha; José Luiz Bittencourt Filho; Ayrton Araujo; João Fonseca Chagas; Carlos Pimenta da Silva Filho e Alberto Moreira.

Comissão de Sindicância – Homero Braga; Oswaldo de Castro e Jorge Robson das Chagas.

 

Foto de 1932

O porquê da alcunha de o “Clube Universitário“?

Numa época, onde o estudo não era algo prioritário, boa parte dos jogadores japoemenses eram “um ponto fora da curva“.  Além de serem rapazes finos e educados, sete deles eram estudantes do Colégio MIlitar, do Gymnasio Arte e Instrucção, da Faculdade de Medicina.

Do Colégio Militar pertenciam o keeper Helio e o centerforward Careca. Da Academia de Medicina eram o center-helf Dedé e o meia direita Araujo. Os estudantes eram Nonô e Orlandinho, componentes da ala esquerda e Arthur, da extrema direita. Assim, o clube ganhou o apelido de “Clube Universitário“.

 

Um clube esportivo e familiar

A sua Praça de Esportes, inaugurada no domingo, do dia 06 de setembro de 1931, ficava localizado na Rua Magalhães Couto, nº 84. Enquanto, a sua Sede estava instalada na Rua Dias da Cruz, nº 255, ambos no Bairro do Méier, na Zona Norte do Rio. No entanto, o clube não se limitava apenas a prática do futebol. O Japohema  também oferecia outras atividades, como Sala para Leitura, o Salão de Jogos, como o Ping-Pong (atual Tênis de Mesa), Dominó, Xadrez, entre outros.

Além disso, o clube promovia Bailes de Carnaval, festivais, músicas dançantes, atraindo o interesse de boa parte dos moradores do Bairro. Com isso, em pouco tempo, o número de sócios cresceu vertiginosamente. Demonstrando que o Japohema  Football Club caminhava a passos largos rumo a prosperidade.

 

Celeiro de Grandes Craques

O começo do futebol, o Japohema  foi uma fonte de grandes jogadores. De cara, na sua primeira formação alguns jogadores ganharam, rapidamente, projeção, como os casos de Orlandinho, que se transferiu para o Fluminense; Cícero, que foi para o Vasco da Gama; o ponta Adilson (Adilson Ferreira Arantes, natural da cidade do Rio de Janeiro, em 12/12/1916), que foi contratado pelo Madureira A.C., entre outras feras.

Filiações

Em setembro de 1931, o ajudou a fundar a Associação Suburbana de Esportes Athleticos (ASEA).

Quarta, do dia 19 de Abril de 1933, ocorreu uma reunião para decidir  que o clube iria se filiar a AMEA.

Quinta, 11 de abril de 1935 se filiou a Federação Metropolitana de Desportos, a fim de disputar o Campeonato da Divisão Intermediária.

Sexta-feira, do dia 28 de Agosto de 1936, se filiou a Sub-Liga Carioca de Football (Fundado em 18 de junho de 1933).

Na quarta-feira, do dia 25 de Maio de 1938, ingressou na Federação Atlética Suburbana (FAS).

 

Japohema Campeão Invicto do Torneio Extra da Sub-Liga de 1934

Após eliminar o Aracaju Football Club, nas semifinais, o Japohema  decidiu o título diante do Deodoro A.C., que passou pelo São Paulo Football Club. No domino, do dia 05 de Agosto de 1934, o Japohema  conquistou o título Invicto do Torneio Extra da Sub-Liga Carioca de Football. No Campo do Central (Rua Adriano, nº 107, no Bairro de Todos Os Santos), o “Clube Universitário” venceu o Deodoro Athletico Club pelo placar de 1 a 0. O gol foi assinalado pelo half-back Antoninho. Japohema: Hélio; Bio e Betinho; Guerra, Zé Maria, Dodô e Antoninho; Adilson, Nonô, Chagas, Jaburu e Carvalhinho.

 

Japohema e Andarahy fizeram um jogão de 10 gols

Era apenas um amistoso, mas terminou com uma dezena de gols. No Domingo, do dia 20 de Outubro de 1935, a partida aconteceu no Estádio da Rua São Francisco Filho. No final, melhor para os donos da casa. A equipe alviverde goleou por 10 a 3.

Competições profissionais

O Japohema Football Club participou do Torneio Aberto, nos anos de 1936 e 1937. Também participou do Campeonato Carioca da Segunda Divisão, em 1935 ( pela FMD) e do ano de 1936 (pela LCF).

 

Outros

Em agosto de 1931, excursionou a Nova Iguaçu; Em setembro de 1934 foi para Barra do Piraí; Em Março de 1935 foi a Mendes. O Japohema enfrentou os principais clubes medianos da época: River, A.A. Portuguesa Carioca, Modesto, Metropolitano, Engenho de Dentro, Andarahy, Germânia, Hellênico, Cocotá, entre outros.

No domingo, do dia 30 de setembro de 1934, o Japohema venceu o quadro de amadores do Bangu por 2 a 0, na preliminar do jogo de profissionais do Flamengo x Bangu. Em 1935, enfrentou o time misto do Vasco e os amadores do América.

 

Nova Sede

No dia 20 de abril de 1938, o clube adquiriu uma Sede nova, localizado na Rua 24 de Maio, nº 1.363 / Sobrado, Bairro do Méier, na Zona Norte do Rio.

Várias Formações                                   

Time-Base de 1931: Hélio; Bio e Dudu (Olavo); Carlinhos Silva, Dedé (Nestor) e Toninho (Araripe); Mario (Biberi), Araujo (Cyro), Lauro (Lalau), Nonô (Careca) e Orlandinho (Arnaldo). Técnico: Anthero Benevides

Time-Base de 1932: Hélio (Euro); Betinho e Bio; Arthur (Antoninho), Dedé e Guerra; Colombo (Léo), Fernando, Darcy, Léo (Nonô) e Orlandinho. Técnico: Anthero Benevides

Time-Base de 1933: Hélio; Bio e Betinho; Othelo (Guerra), Dedé e Toninho; Arthur (Araujo), Jaburu (Colombo), Careca (Cícero), Nonô e Orlandinho (Sant’Anna). Técnico: Anthero Benevides

Time-Base de 1934: Hélio; Bio e Betinho; Guerra, Zé Maria (Léo), Dedé e Antoninho (Othelo); Adilson, Nonô (Nairo), Chagas (Garcia), Jaburu e Carvalhinho. Técnico: Amarylio Galvão

Time-Base de 1935: Hélio; Bio (Américo) e Alfredo (Betinho); Toninho, Armando (Edmundo) e Quino; Carvalhinho, Dedé, Gallego (Miro), Zezinho (Othelo) e Luso (Jaburu). Técnico: Lourival Carneiro

Time-Base de 1936: Hélio; Alfredo (Norival) e Betinho (Ary); Jacy (Badu), Rainha (Arantes) e Quino (Lino); Benedicto, Gallego, Cícero, Nonô (Russo) e Osvaldinho (Carvalhinho). Técnico: Homero Santos

Time-Base de 1937: Hélio; Bio e Alfredo (Betinho); Jacy, Edmundo (Rainha) e Quino (Valentim); Tarcísio (Chagas), Arthur (Polaco), Nonô (Quimba), Cesário (Jaburu) e Carvalhinho. Técnico: Austrochynio Pereira.

Time-Base de 1938: Hélio; Bio e Alfredo; Olavo, Edmundo e Valentim (Anesio); Francisco (Tarcísio), Chagas, Gallego, Flodaldo e Faustino (Jorginho). Técnico: Austrochynio Pereira.

 

FONTES: Diário da Noite – Diário Carioca – O Radical – Gazeta de Notícias – Jornal do Brasil – A Offensiva – O Tico-Tico – A Noite – O Jornal – Jornal dos Sports – A Esquerda – Beira-Mar : Copacabana, Ipanema, Leme (RJ) – A Nação – A Batalha – Diário de Notícias – A Manhã – O Imparcial – O Paiz – Jornal do Commercio – Correio da Manhã – O Globo Sportivo (RJ)

Amistoso Municipal de 1935: Andarahy A.C. (RJ) 10 x 3 Japohema F.C. (RJ)

Japohema e Andarahy fizeram um jogão de 10 gols

Era apenas um amistoso, mas terminou com uma dezena de gols. No Domingo, do dia 20 de Outubro de 1935, a partida aconteceu no Estádio da Rua São Francisco Filho. No final, melhor para os donos da casa. A equipe alviverde goleou por 10 a 3.

ANDARAHY A.C.

10

X

3

JAPOHEMA F.C.

LOCAL Estádio da Rua São Francisco Filho, o Bairro do Andaraí, na Zona Norte do Rio (RJ)
CARÁTER Amistoso Municipal de 1935
DATA Domingo, do dia 20 de Outubro de 1935
RENDA Não divulgado
ÁRBITRO Paschoal
ANDARAHY Allem; Bahiano e Gomes; Hermogenes, Adonilo e Bethuel; Chagas, Chiquinho, Romualdo (Villardi), Blanco e Mineiro (Ermelhinho)
JAPOHEMA Hélio; Americo e Betinho (Alfredo); Tourinho, Edmio e Quino; Nonô, Zezinho, Dedé, Jaburu e Delehavagy (Waldyr).
GOLS Dedé, duas vezes, e Waldyr (Japohema); Chagas, três vezes; Mineiro, Romualdo, Villardi e Blanco (Andarahy).

FONTES: Diário da Noite – Diário Carioca 

Torneio Extra da Sub-Liga Carioca de Football de 1934: Japohema vence é o campeão

Após eliminar o Aracaju Football Club, nas semifinais, o Japohema  decidiu o título diante do Deodoro A.C., que passou pelo São Paulo Football Club. No domino, do dia 05 de Agosto de 1934, o Japohema  conquistou o título Invicto do Torneio Extra da Sub-Liga Carioca de Football.

No Campo do Central (Rua Adriano, nº 107, no Bairro de Todos Os Santos), o “Clube Universitário” venceu o Deodoro Athletico Club pelo placar de 1 a 0.

JAPOHEMA F.C.

1

X

0

DEODORO A.C.

LOCAL Praça de Esportes do Central, na Rua Adriano, nº 107, no Bairro de Todos Os Santos, na Zona Norte do Rio (RJ)
CARÁTER Final do Torneio Extra da Sub-Liga de 1934
DATA Domingo, do dia 05 de Agosto de 1934
RENDA Não divulgado
ÁRBITRO Pedro Gomes de Carvalho
JAPOHEMA Hélio; Bio e Betinho; Guerra, Zé Maria, Dodô e Antoninho; Adilson, Nonô, Chagas, Jaburu e Carvalhinho.
DEODORO Humberto; Léo e Arlindo; João, Anysio e Azumar; Eloy, Aberlino, Barreiros, Joel e Campista.
GOL gol foi assinalado pelo half-back Antoninho.

FONTES: Diário da Noite – Diário Carioca

Santa Maria F.C. – Santa Maria do Pará (PA): É a novidade no Estadual da Segundona de 2018

O Santa Maria Futebol Clube é uma nova agremiação do Município de Santa Maria do Pará que fica a 117 quilômetros da capital Belém (PA). Fundado neste ano de 2018, tem como um dos padrinhos, o ex-jogador de futebol Almir Conceição, que atuou em clubes como Remo, Tuna e Castanhal na década de 90.

O ex prefeito e desportista Lucivandro Melo preside o clube, que tem como vice o também desportista e ex-vereador Walter Araújo, que fizeram a regularização junto a Federação Paraense de Futebol (FPF). Dessa forma, o Santa Maria irá debutar no Campeonato Paraense da Segunda Divisão de 2018, a chamada Segundinha.

 

Clube terá o apoio da Prefeitura

A Prefeitura Municipal vai apoiar o projeto juntamente com empresários locais. A equipe a ser formada, buscará atletas locais para compor a base do plantel. O ex zagueiro Almir Conceição e Márcio Alan, que tem trabalho realizado com atletas de base, são nomes, dentre outros, que estarão no comando técnico da nova equipe. A diretoria do novo clube irá em breve, num coquetel, apresentar o projeto Santa Maria Futebol Clube à sociedade, empresários e imprensa.

 

FONTE: M. Diário Online

Inédito, Raro e Polêmico: Sport Club Rio Branco – Campos dos Goytacazes (RJ): Fundado em 1917

 

Uma polêmica no ar, no esporte de Campos dos Goytacazes (RJ). Pesquisando os jornais de época, me deparei com uma matéria referente a Fundação no Domingo, do dia 1º de Abril de 1917, do Sport Club Rio Branco, nas cores rubro-negras. Estranhei, pelo fato de que há apenas dois registros de agremiações com esse nome: Clube Esportivo Rio Branco (Fundado em 05 de novembro de 1912) e o Clube de Regatas Rio Branco (Fundado em 24 de janeiro de 1919).

Diante dessas informações quebradas, entrei em contato com o Secretário da Liga Campista de Desportos (LCD), Leonardo Silva para saber se nos anos 10, existiu uma terceira equipe com o nome de Rio Branco. Após verificar, Leonardo Silva foi categórico: “Em nossos registros (LCD) só há o Clube Esportivo Rio Branco e o Clube de Regatas Rio Branco. Não há um outro homônimo, além desses dois citados“, revelou.

Apesar das lacunas, algumas pistas foram encontradas. Apesar da Fundação ter sido em 24 de janeiro de 1919, o Clube de Regatas Rio Branco nasceu com o nome de Sport Club Rio Branco, e as suas cores é o vermelho e preto. Mas a diferença das datas (que é de 21 meses e 23 dias) é o ponto que intriga.

Mas a hipótese de que Clube Esportivo Rio Branco tenha sofrido uma reorganização em 1917, não está totalmente descartada.

 

A reportagem é ampla, pois fala do dia, horário, local, a quantidade de pessoas presentes, membros da imprensa, e a descrição de como seriam os uniformes do Remo e do Futebol, além de como seriam a bandeira e o escudo. Então, colocarei na íntegra a matéria que saiu no jornal O Imparcial:

EM CAMPOS FUNDOU-SE O SPORT CLUB RIO BRANCO

 

Lemos no “Rio de Janeiro”, de Campos

 

Está  finalmente Fundado o Sport Club Rio Branco. anteontem, domingo (1º/04/1017), às 13h30min, no Palacete Mattos Pimenta, situado na Praça São Salvador, nº 31, no Centro de Campos. Estiveram presentes 43 moços de nossa melhor sociedade, tendo a frente o nosso companheiro de redação, o capitão Octavio Cesar e mais os Srs. Arminio Bastos da “A Notícia“, Antonio Ferreira, Gladstone Mello e Ayres Campos, deram início aos trabalhos para a Fundação do Sport Club Rio Branco, que se destina a proporcionar aos seus associados o sport do remo e de diversos sports terrestres.

O Sport Club Rio Branco adotará as cores vermelha e preta. O primeiro uniforme para o Remo será vermelho e preto em linhas verticais, tendo ao peito a cruz de malta branca. O segundo uniforme será igual ao primeiro sem a cruz de malta.

O uniforme de Football será vermelho e preto em xadrez. A sua Bandeira será assim disposta: um retângulo vermelho atravessado por uma faixa preta, obliqua, que terá no centro a cruz de malta branca como emblema.

Os fundadores do Sport Club Rio Branco estão promovendo meios de adquirir já, no Rio de Janeiro, uma canoa a dois remos para poderem participar do Campeonato de maio.

A diretoria provisória designou a quarta-feira (11/04/1917) próxima para assembléia geral da primeira diretoria do S.C. Rio Branco. O “Rio de Janeiro” fica sendo o órgão oficial do novel club.

Finalizando essas ligeiras linhas, damos parabéns  aos esforçados moços que se postaram a frente da ideia que saiu agora vencedora, criando uma sociedade sobre todos os pontos útil a nossa mocidade”.

FONTES: Liga Campista de Desportos (LCD) – O Imparcial

Sport Club Mexicano – Rio de Janeiro (RJ): Fundado em 1914

O Sport Club Mexicano foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). A sua Sede provisória ficava localizada na Rua de São Januário, nº 131; e cerca de quatro meses depois se mudou para a Rua Emereciana, nº 7, ambos no Bairro de São Cristóvão, na Zona Norte do Rio. Fundado na sexta-feira, do dia 15 de Maio de 1914, por um grupo de desportistas do bairro imperial.

A 1ª Diretoria foi definida, e teve a seguinte composição:

Presidente – Edgard Medina Coeli;

Vice-Presidente – Eurico dos Santos Rosa;

1º Secretário – Anthony Berger;

2º Secretário – Gustavo Menezes;

1º Tesoureiro – Lucio Ferreira Fontes;

2º Tesoureiro – Seraphim Moreira de Andrade;

Captain Geral – José Henrique Gomes;

Procurador – Francisco Braga;

Comissão de Sindicância – Paulo Ferreira, Amaisvindo Baptista, Antonio C. Ferreira.

O S.C. Mexicano mandava os seus no campo que ficava na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, quando participou do Campeonato, organizado pela A Associação Brasileira de Sports Athleticos (ABSA), em 1915.

 

Time de 1916: Zenobio; Zeferino (Cap.) e Figueiredo; Raphael, João e Carlos; Lyrio, Joaquim, Claudionor, Olympio e Manoel.

 

FONTES: Jornal do Brasil – O Imparcial

Inédito!! Centro Portuguez de Desportos – Rio de Janeiro (RJ): Fundado em 1913

O Centro Portuguez de Desportos foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). A sua Sede ficava na Rua São Pedro, nº 120 / Sobrado, Centro do Rio. Vale informar que a Rua São Pedro e Rua do Sabão, deixaram de existir. Ambas, paralelas, foram unidas para a construção da Avenida Presidente Vargas (inaugurada no dia 7 de setembro de 1944), com a demolição dos quarteirões.

O “clube Luso” foi Fundado no domingo, do dia 14 de Setembro de 1913, por um grupo de desportistas portugueses, radicados no Rio. E, de cara, um ponto polêmico, uma vez que o clube só permitia que portugueses que viviam no Rio tivessem o direito de se tornar sócio.

A 1ª Diretoria lusitana ficou formada da seguinte forma:

Presidente – Joaquim Alfredo de Avellar;

Vice-Presidente – Affonso Henriques de Campos;

1º Secretário – Alberto Chamery;

2º Secretário – Manoel Marques Mano;

Tesoureiro – Annibal Jalles;

Conselho Fiscal – Francisco de Oliveira Marques Junior e Jorge Guimarães Daupiás; Vogaes e João de Souza; Antonio Ramoa e Sergio dos Anjos Lamego.

A Sede provisória ficava na Rua do Rosário, nº 133, no Centro do Rio. O clube oferecia atividade de Ginástica, Curso preparatório de educação física, Luta Greco-Romana, Pesos e Alteres, Atletismo, Natação, Tênis e o futebol.

Clube estreia na ABSA

Em 1915, o Centro Portuguez  ajudou a fundar a Associação Brasileira de Sports Athleticos (ABSA). Naquele mesmo ano, o clube disputou pela primeira e última vez o Campeonato da ABSA.

 

Denuncia faz Centro Portuguez desistir do futebol  

A campanha foi modesta, mas o que chamou atenção foi a grave denuncia do jogador José Antonio da Costa Junior. Segundo o denunciante os diretores do Centro Portuguez de Desportos com a dificuldade de formar um bom time para disputar os jogos, do seio dos associados do clube aliciavam jogadores de outros clubes, como por exemplo, o Alliança Football Club com promessas financeiras (o que naquela época constituía profissionalismo, algo proibido).

Outra ironia é que, como foi citado lá em cima, o Estatuto do Centro Portuguez de Desportos determinava que apenas os portugueses poderiam defender o time. E, os jogadores que estavam sendo seduzidos para jogar na equipe eram brasileiros.

Para tentar maquiar e/ou burlar, os brasileiros  recrutados recebiam um falso título de naturalização do clube. O fato é que esse episódio causou um enorme constrangimento, acarretando no final do campeonato a saída do Centro Portuguez de Desportos que nunca mais retornou a disputar alguma competição na esfera futebolística.       

Time-base de 1915: Augusto (Moreira); Jacintho e Oswaldo (Cabral); Carlos José da Silva (Cap.), Lourenço (França) e Francisco II; Francisco I, Firmino (Marques III), Antonio, Doutor e Rocha (Marques I).

FONTES: O Imparcial – O Correio da Noite – Jornal do Brasil – Revista da Semana – A Época – A Noite