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Goytacaz briga nos bastidores na luta por uma vaga no Brasileiro de 1977

Goytacaz F.C.

Mal foi postada a trajetória do Americano, recebi uma enxurrada de e-mails dos amigos campistas torcedores do Goytacaz cobrando o mesmo espaço do Azulão, que atualmente possui a 5ª maior torcida do Rio. Contando mais uma vez com os conhecimentos de Paulo Ourives, falaremos agora da entrada o Goyta, no Campeonato Brasileiro.

 A projeção alcançada pelo Americano, com a sua inclusão no Campeonato Brasileiro de 1975, não apenas contrariou a torcida do Alvianil, que jamais admitiu o eterno rival em plano superior, como pôs a cúpula do Goytacaz em estado de alerta, já que uma guerra de repercussão nacional havia sido iniciada, com o adversário levando vantagem.

Era preciso, portanto, fazer alguma coisa, justamente num ano em que o Americano, movido por um desejo de cada vez mais dominar o noticiário, se popularizar e ganhar foros de único clube de fato do lugar, pouco deixando para o seu adversário.

Mesmo assim, numa demonstração de força fora do comum, de muito amor, Conselho e Diretoria arregaçaram as mangas e partiram para uma luta sem tréguas, aproveitando todas as suas reservas e a paixão incontida de uma torcida que só esperava por uma chance para mostrar até onde poderia chegar o Goytacaz.

“O Americano entrou no Brasileiro de 1975 por causa da fusão. Ano que vem a vez será do Goytacaz e aí eles vão ver a diferença”, comentou Zé Gordo, estudante de Filosofia que, em 1976, viria a se tornar o primeiro grande líder da torcida Alvianil quando da inclusão desse clube no então Campeonato Carioca.

Desse desejo de atingir horizontes maiores ninguém escapou na Rua do Gás, conforme anunciava o Domingo Esportivo, edição de 10 de agosto 1975, ao publicar matéria na qual se lia que “em reunião realizada ontem à tarde, na sede social do clube, o Conselho Deliberativo do Goytacaz atendeu pedido formulado pelo Presidente Roberto Krunfly, autorizando a emissão de mil títulos de sócios-proprietários com valor individual a ser conhecido dia 25 deste mês, ocasião em que também a comissão nomeada ontem completará a primeira parte do seu trabalho, que é o de arranjar meios para que o Alvianil parta para a ampliação de suas arquibancadas, construção de outros dois vestiários, banheiros populares e até lojas comerciais em torno do Estádio Ari de Oliveira e Souza. Ficou decidido entre outras coisas que os associados passarão a pagar (os que puderem) 20 cruzeiros por mês e que uma comissão constituída dos Srs. Roberto Krunfly, José Carlos Maciel, Hervê Salgado Rodrigues, Fued Koury, Nílson Cardoso de Souza, José Gabriel, Ramiro Alves Pessanha Filho e Augusto Tinoco Faria se reunirá nesta terça-feira. Também a Diretoria do Alvianil, a partir de agora, estará reunida nas noites de segundas e quintas-feiras“.
No dia 14 de setembro de 1975, o Momento Esportivo publicava que “o Goytacaz está com um pé no Campeonato Estadual do ano que vem, juntamente com o Americano, segundo deixou entender ontem o Presidente Otávio Pinto Guimarães, da Federação Carioca de Futebol. Ele chegou, foi ao gabinete do Prefeito José Carlos Vieira Barbosa, diplomou os novos juízes da LCD e foi homenageado com um banquete no Automóvel Clube Fluminense. Foi lá que falou a Jacinto Simões, José Gabriel, Benedito Chagas e Augusto Machado Viana Faria, todos do Alvianil, que esse clube e o Americano entrarão no Estadual de 76. Hoje, Otávio Pinto Guimarães, que se fez acompanhar de Murilo Portugal e Eduardo Augusto Viana da Silva, visita os campos do Goytacaz, Rio Branco e Campos, vai a São João da Barra, almoça na usina Sapucaia, assiste ao jogo Americano x Santa Cruz e depois será recebido pelo empresário Antônio Carlos Chebabe.

No meio da semana, os Srs. Augusto Tinoco Faria, Jacinto Simões e Benedito Chagas, acompanhados dos Srs. Alair Ferreira e Danilo Knifis, estiveram no oitavo andar da CBD. Lá conversaram com o Presidente Heleno Nunes e com o Comandante Jovino Pavan.

De volta a Campos, os três dirigentes disseram que tiveram uma boa impressão e que sentiam que o Goytacaz poderia esperar algum benefício da CBD, pois o próprio Presidente Heleno Nunes passou uma borracha nos mal-entendidos.
Os três dirigentes também ouviram o Comandante Jovino Pavan, que falou que a CBD tem o maior interesse em atender as necessidades dos seus filiados, bastando, para serem atendidos, que todos trabalhem e peçam
“.
Dia 5 de outubro de 1975, o mesmo semanário escrevia que “a Diretoria e a comissão criada pelo Conselho do Goytacaz vão se reunir hoje, a partir das 9 horas, na sede social do clube, no Estádio Ari de Oliveira e Souza, para traçarem os novos rumos do Alvianil em relação ao seu crescimento patrimonial.
O encontro deverá ser dos mais concorridos, dele podendo fazer parte todos os conselheiros, conforme anunciou ontem o Presidente Roberto Krunfly. É possível que amanhã mesmo sejam iniciadas as obras na praça de esportes do Goytacaz, na Rua do Gás
“.

 

No meio da semana, membros da comissão criada pelo Conselho estiveram com o Prefeito José Carlos Vieira Barbosa, ocasião em que essa autoridade conheceu o plano de obras elaborado pelo pessoal técnico da Fundenor para o Estádio Ari de Oliveira e Souza.

Durante o encontro, que foi dos mais proveitosos para o clube da Rua do Gás, o Chefe do Executivo se prontificou a colaborar com máquinas e homens para as obras pretendidas pelo clube e ainda declarou que as obras deveriam começar o quanto antes.

Da mesma matéria faziam parte outros parágrafos, nos quais se liam que, “paralelamente, figuras respeitáveis do Goytacaz começaram a tratar dos detalhes sobre a realização das obras, para as quais o clube necessitará da ajuda de todos em Campos. Uma campanha popular será feita, possivelmente a partir do meio da semana.

O importante é que a cúpula do Goytacaz, sabedora de que o clube participará do Estadual do ano que vem, juntamente com o Americano e um clube de Volta Redonda, além dos 12 do Rio de Janeiro, não está querendo perder tempo e disso está dando provas.

A ampliação das acomodações no Estádio Ari de Oliveira e Souza é uma necessidade, como deixaram entender os Srs. Heleno Nunes, Presidente da CBD, e Otávio Pinto Guimarães, Presidente da FCF. E essa ampliação terá que estar concluída em março de 76.

Pelo comissão criada pelo Conselho estarão presentes à reunião os Srs. Hélson de Souza, Nílson Cardoso de Souza, Hervê Salgado Rodrigues, José Carlos Maciel, Benedito Chagas e Ramiro Alves Pessanha Filho“.
No dia 12 de outubro de 1975, o Domingo Esportivo relatava outro episódio alvi-anil com esta matéria: “O Sr. Roberto Krunfly, Presidente do Goytacaz, disse ontem que as obras para ampliação do Estádio Ari de Oliveira e Souza não se encontram em compasso de espera e sim sendo trabalhadas por fora para que, uma vez iniciadas, possam de fato ir adiante, como é desejo de toda a enorme torcida da Rua do Gás.

Falou também que o Goytacaz não vai ficar apenas nas obras que pretende realizar, mas também aumentar o poderio técnico do time, contratando os jogadores que de fato possuem qualidades. Um deles e que poderá ter a sua situação definida é o zagueiro Marcolino, que está se desligando do Rio Branco, da Avenida 7.

O Sr. Roberto Krunfly anunciou que os Srs. Jacinto Simões e José Gabriel são os coordenadores de uma campanha financeira popular que já está sendo movimentada através dos conselheiros do clube e que deverá render o suficiente para que o Alvianil inicie as obras pretendidas.
Com relação à aquisição de bois para o leilão durante a Semana do Cavalo, disse que esta parte está mais com o conselheiro Floriano Pessanha, que já declarou para quem quisesse ouvir que a receita será para melhorar o sistema de iluminação elétrica do estádio
“.
É bom lembrar – e desse fato a imprensa campista não se deu conta que no dia 15 de setembro de 1975, por iniciativa do Almirante Heleno Nunes, realizou-se uma reunião no gabinete do presidente da Companhia Siderúrgica Nacional, Plínio Catanhede, da qual participaram, além do presidente mencionado, os Prefeitos de Campos e Volta Redonda (José Carlos Vieira Barbosa e Nélson Santos Gonçalves), Hildo Nejar, Almir de Almeida, Murilo Portugal, Otávio Pinto Guimarães, Eduardo Augusto Viana da Silva, Agathirno da Silva Gomes, Hélio Maurício, Wilson Carvalhal, André Richer e Guanair de Souza, para resolver sobre a participação, por convite, do Americano e de um clube de Volta Redonda, no Campeonato Carioca de 1976.

No meio das discussões foi aventada a possibilidade da participação do Sapucaia, na época campeão estadual. Nesse momento, fazendo-se valer de todo um conhecimento de causa. Eduardo Augusto Viana da Silva levantou a hipótese da participação do Goytacaz, alegando ser um clube tão tradicional quanto o Americano, com o mesmo peso social e desportivo, que “não poderia ficar de fora de um campeonato do qual estivesse, por exemplo, São Cristóvão, Madureira, etc., de muito menos expressão que o próprio Goytacaz“. Heleno Nunes fitou demoradamente Eduardo Augusto Viana da Silva e, em meio ao silêncio que se verificou no gabinete de Plínio Catanhede, acabou aceitando a idéia. Depois, sorridente, virou-se para o grupo e declarou, textualmente:

A melhor idéia é a do Eduardo Viana“.
No dia 16 de setembro de 1975, portanto, um dia após a tal reunião no gabinete de Plínio Catanhede, a coluna Câmera, do Jornal dos Sports, publicava esta nota:

Dirigentes do Goytacaz revelaram ontem ter recebido promessa do presidente Otávio Pinto Guimarães, de que o clube será incluído no próximo Campeonato do Estado do Rio de Janeiro, em 1976. Diante disso, marcaram uma reunião do Conselho Deliberativo para a noite de quinta-feira, quando será discutido o plano de obras, visando a dar ao Estádio Ari de Oliveira e Souza a capacidade mínima de 25 mil espectadores. Em princípio a obra está orçada em 4 milhões de cruzeiros. Segundo o presidente Roberto Krunfly, o plano para ampliação do estádio foi elaborado pelo corpo técnico da Fundenor e prevê a construção de um pavilhão social com o comprimento do campo, de frente para a Rua do Gás, onde serão construídas 12 lojas para serem alugadas. As arquibancadas crescerão por trás das duas metas, sendo que a do lado da Rua Formosa terá também em sua face externa lojas para serem alugadas. A remodelação do sistema de iluminação e outros melhoramentos fazem parte do plano que deverá ser colocado em execução o mais rapidamente possível. Alguns conselheiros defendem, no entanto, a compra de uma outra área, onde seria erguido um novo estádio, em local mais distante do centro da cidade. Ao mesmo tempo, o Prefeito José Carlos Vieira Barbosa afirmou que a Prefeitura auxiliará o Goytacaz em tudo que for possível, para que o clube possa entrar no campeonato do Estado, juntamente com o Americano“.
No dia 10 de outubro de 1975, o Jornal dos Sports citava que “o Goytacaz, por causa do pedido feito pelo Presidente Heleno Nunes, da CBD, e Otávio Pinto Guimarães, da FCF, para que amplie as acomodações do Estádio Ari de Oliveira e Souza, vive momentos de intensa agitação. Todos, conselheiros, diretores, associados e torcedores, trabalham em várias campanhas, objetivando conseguir recursos para que as obras possam ser iniciadas o quanto antes“.
Toda essa atividade da gente Alvianil, foi acompanhada de perto pelo Jornal dos Sports que, na edição de 19 de novembro de 1975, anunciava a chegada de técnicos de uma firma em construção metálica para esse dia. Segundo a matéria, os tais técnicos fariam o levantamento da área disponível para construir as arquibancadas do Estádio Ari de Oliveira e Souza. Roberto Krunfly dizia, então, que a firma completaria sua tarefa em 60 dias. Os tais técnicos acabaram não aparecendo, o tempo foi ficando curto e o Goytacaz, dono de ambições que não tinham mais tamanho, mas sem condições de realizar aquilo que mais desejava, passou a cuidar da política interna.

 

E o mesmo Jornal dos Sports de 12 de dezembro de 1975 publicava o seguinte: “O Sr. Jorge Fernandes de Sousa declarou ontem que não retira sua candidatura à presidência do Goytacaz, embora saiba que alguns conselheiros estejam procurando outro nome para concorrer com ele no pleito da próxima segunda-feira, dia 15. A eleição presidencial no Goytacaz é assunto tão importante para o setor esportivo da cidade que até em estabelecimentos bancários ou casas comerciais, ela vem sendo ventilada a todo o instante. Para Jorge Fernandes de Sousa, que concorre pela segunda vez, isto é sinal de grandeza do seu clube”.

 

Depois os jornais campistas boa parte de suas páginas esportivas ao pleito dedicaram nas suas semanas seguintes. Fonte oficial do Conselho dizia ontem, no Bulevar Francisco de Paula Carneiro, que a eleição do Sr. Jorge Fernandes de Sousa é praticamente certa, mesmo porque os demais nomes cogitados por aquele órgão não aceitaram.

Minha candidatura é para valer e não a retirarei. Que apareçam outros candidatos, mas que concorram comigo. Eu, só em ser candidato, sinto-me honrado, porque a presidência do Goytacaz não é cargo para qualquer um. Agora, que façam o jogo aberto e franco e não o que fizeram ano passado”, disse Jorge Fernandes de Sousa.
Jorge Fernandes de Sousa foi eleito o novo presidente do Goytacaz e, segundo os jornais locais e até o Jornal dos Sports do dia 18 de dezembro de 1975, ele assumiria o cargo, que estava sendo ocupada por Roberto Krunfly, no dia 29, ocasião em que o Conselho Deliberativo se reuniria solenemente. A chapa perdedora tinha Amaro Escovedo como candidato, que acabou ficando vice na vencedora.
Jornal dos Sports de 7 de janeiro de 1976: “na presença de dezenas de figuras ligadas ao esporte local e associados e conselheiros do clube, o Sr. Jorge Fernandes de Sousa foi empossado na presidência do Goytacaz. Da programação constaram a sessão solene do Conselho, durante a qual tomou posse toda a nova Diretoria, e um coquetel dos mais concorridos. O novo presidente declarou que o clube conseguirá nas próximas horas empréstimo bancário para iniciar as obras do Estádio Ari de Oliveira e Souza, enquanto os diretores que saíram homenagearam o ex-presidente Roberto Krunfly, inaugurando um pôster na galeria dos presidentes, além de presenteá-lo com uma placa de prata“.
No dia 14 de janeiro de 1976, o Jornal dos Sports publicava matéria que é, de novo, aqui transcrita, porque, mais uma vez, faz parte da história do futebol do lugar: “Surpreendentemente, o Goytacaz, através do Presidente Jorge Fernandes de Sousa e do Diretor de Futebol Ronaldo Simões, contratou, ontem, durante um almoço, o treinador Paulo Henrique, que havia pedido licença de 20 dias ao Campos, clube com o qual possuía contrato verbal.
Desde a véspera, à noite, quando da reunião normal da Diretoria, a contratação do novo treinador estava prevista. O assunto chegou a gerar alguma discussão, com determinados diretores achando que não era a hora de mudar a direção técnica do elenco, em poder de Ualdo Pessanha
“.
No dia 20 de janeiro de 1976, o Jornal dos Sports publicava o seguinte texto:
Depois de uma reunião de quase cinco horas, na qual a grande dificuldade foi vencer a resistência do Presidente Francisco Horta, firme na disposição de vetar a presença dos clubes do interior, os clubes cariocas aceitaram, finalmente, a fórmula de disputa do Campeonato Carioca de 1976. O convite ao Americano e Goytacaz, de Campos, e ao Volta Redonda, foi ratificado, estabelecendo-se, apenas, duas exigências (formuladas pelo presidente do Fluminense) para a sua participação. O campeonato será disputado em três turnos: o primeiro com 15 clubes e os outros dois com 8. O turno decisivo terá os três campeões dos turnos anteriores, além do vencedor do turno de reclassificação“.
No dia 22 de janeiro de 1976, a coluna Câmera, do mesmo Jornal dos Sports, publicava que “o Americano e Goytacaz, de Campos, além do Volta Redonda, da cidade do mesmo nome, serão oficialmente convidados para disputar o Campeonato Carioca. O encontro entre o presidente da Federação Carioca de Futebol e os dirigentes daqueles clubes será na próxima quarta-feira, na sede da entidade. Na oportunidade, serão também inteirados das exigências que os seus clubes terão de cumprir para que possam participar do certame. Nos primeiros dias de fevereiro, Americano, Goytacaz e Volta Redonda receberão a visita dos presidentes dos clubes cariocas. Será, antes de tudo, uma autêntica vistoria, em que os dirigentes verificarão as condições dos novos filiados em termos de estádio e organização. Pelo que se sabe, o Americano possui um estádio razoável, que permitiu que disputasse o Campeonato Brasileiro. Sobre o Goytacaz, não existe nenhuma informação concreta. Já o Volta Redonda, que disputará o campeonato no estádio da Siderúrgica, está ampliando a sua capacidade graças ao apoio do prefeito da cidade“.

no dia 13 de fevereiro de 1976 foi que o campista, particularmente o torcedor Alvianil, teve certeza da inclusão do Goytacaz no Campeonato Carioca. É que, nesse dia, o Jornal dos Sports, em sua última página, publicava, a tabela aprovada na véspera e na qual se via, como novos integrantes da competição, Goytacaz, Americano e Volta Redonda, que se juntaram aos 12 clubes do Rio de Janeiro.

 

Fonte: Domingo Esportivo / Momento Esportivo / Jornal dos Sports

Itapeva Clube – Itapeva (SP)

O Itapeva Clube é uma agremiação da cidade de Itapeva (SP). O clube foi Fundado no dia 26 de Outubro de 1975, após trocar a sua nomeclatura anterior (Gabinete de Leitura Itapevense).  A sua Sede Esportiva fica na Rua José Pinheiro de Carvalho, 204; enquanto a Sede Social fica localizada na Praça Padre Anchieta, 159 – no Centro de Itapeva.

Guaribinha Futebol Clube – Guariba (SP)

Guariba Clube

 
 
O Guaribinha Futebol Clube (atual Guariba Clube) é uma agremiação do município de Guariba (SP). Fundado no dia 1° de maio de 1947, a sua Sede fica localizada na Rua Dona Constância, s/n – no Centro de Guariba.
 

Guaribinha F.C.

 
História do Guaribinha
 Por volta de 1920, alguns jovens Guaribenses aderindo à pratica do futebol amador, formaram um “time” (como era chamado naquela época), e o denominaram: Guaribinha Futebol Clube. O diminutivo, talvez deva ter sido à idade de seu componentes na época ou porque não havia time da categoria superior (o que chamamos hoje, titulares ou equipe principal).
 
Nos primeiros anos de atividade, período “extra-oficial” não havia diretoria e sim apaixonados e abnegados homens, onde podemos destacar os Senhores José Fontes, Alípio de Andrade, Ítalo Politi, João Capovilla entre outros, que comandavam e organizavam as competições esportivas.
 
Sob o comando do competente treinador Bráulio Silva, gerente da Cia Paulista de Força e Luz, o time de maior expressão e conquistas foi o do fim da década de trinta, onde destacaram-se jogadores como: Irineu de Oliveira, Domingos Grieco, Antonio Ragazzi (Toninho), Cabinho, Robertinho Grieco este último ficando para a história do Guaribinha Futebol Clube, pois alçou vôo mais alto, na posição de goleiro chegou ao ápice da carreira profissional ao defender o glorioso Fluminense F.C. onde em 1946 sagrou-se Super Campeão Carioca.
 
Neste mesmo ano Neygmar Carvalho Silva, encabeçando novo punhado de moços tratou de organizar, ou melhor dar vida ao Guaribinha. Em 1º de maio de 1947 era fundado oficialmente, adquirindo personalidade jurídica, registrando-se e filiando-se às entidades competentes.
 
Daí começa a historia deste Guaribinha. Seu 1º presidente oficial foi o incansável Alípio de Andrade, que tinham a seu lado companheiros como Bráulio Silva, Alexandre José de Moura e os saudosos Domingos Baldan e Francisco Marinelli.
 
Nessa mesma época, por iniciativa destes mesmos diretores, o Guaribinha adquiriu terreno e construiu seu próprio campo de futebol. Estava plantada a semente que graças a Deus germinou. Foi o inicio da formação de seu patrimônio.
 
Em 1950, nova diretoria era empossada, com esse desprendido Luiz Garavello na sua presidência. Novo passo na ampliação patrimonial, adquirindo-se o prédio para sede própria. Mais alguns anos e veio o que pode se chamar de obsessão pela construção do salão de festas.
 
Adquiriu-se então o terreno que esta sob nossos pés. Numa bela manhã de domingo de Páscoa do ano de 1958 era lançada a pedra fundamental deste gigante. Mais esforços seriam necessários como de fato foram, e aqui está, pronta concluída e entregue àsociedade Guaribense. Viu-se muitas vezes o Guaribinha de braços com uma delicada situação financeira.
 
Oportunamente a diretoria lançou mão da colocação de apólices que se resume em um empréstimos sem juros. A idéia foi bem aceita, e colaboração espontânea. Apesar de não ter sido suficiente, ela nos foi bastante útil, além do mais contamos com a boa vontade de muita gente.
 
Tudo o que aqui está, foi feito a base de sacrifícios. Os frutos enfim são colhidos, visto os bailes, carnavais, reveillons sempre bem sucedidos e contando com a satisfação dos associados e visitantes em noitadas de muita alegria, folia e divertimento.
 
Mas o ponto alto onde a sociedade Guaribense participou de noites inesquecíveis, foram os bailes das debutantes, realizados por mais de uma década desfilando as mais radiantes, bonitas e simpáticas jovens quando atingiam com ansiedade seu 15 anos.
 
A beleza, o requinte, as ornamentações artísticas do salão, as grandes orquestras, os paraninfos, os astros da televisão, apresentando as lindas garotas, serão lembrados sempre por todos os que assistiram e participaram dos maiores bailes realizados em nosso clube.
 
Em 1969 sob a presidência do Sr. Gercino Grieco, e seu fiel escudeiro o inesquecível Ernesto de Angelis, na ânsia de oferecer mais opções de lazer e recreação para seus associados, a diretoria do Guaribinha F.C. com o dinheiro obtido na desapropriação do estádio “Domingos Baldan”, deu inicio ao mais arrojado empreendimento.
 
Com esses recursos foi feita a aquisição de uma chácara bem localizada no centro da cidade, de propriedade do Sr. Arminto Frujuello. A essa altura o Guaribinha deixou de ser clube de futebol, para se tornar um clube social-recreativo.
 
Se o estádio foi difícil, a sede social idem, a idéia de um conjunto poli-esportivo assustava. Para surpresa geral com a colaboração de seus associados e arrojo de sua diretoria, o Guaribinha no dia 14 de setembro de 1969, lançava a pedra fundamental no local adquirido, dando início a construção de três piscinas:
Infantil, Média e Grande.
 
Para alegria de todos, em menos de um ano e meio estava sendo inaugurado em 31 de janeiro de 1971, o mais rico e valioso melhoramento, considerado o maior empreendimento de lazer e recreação do nosso Clube. Daí para frente o que se viu foi um clube em contínuo processo de ascensão, modernizando-se e crescendo em todos os aspectos até os dias de hoje.
 
 “Ser Guaribinha”
“Ser Guaribinha é deixar a mente percorrer caminhos já palmilhados, que nos levam a encontrar fatos e figuras marcantes de nossa querida Guariba. É lembrar com saudades os embates para se construir um sonho, que não era de uma pessoa ou família em particular, mas de toda comunidade”
 
 
Fonte: “Resumo da Revista comemorativa do cinqüentenário”

Ramos Football Club – Capital (RJ) – Fundado em 1913

 

Amigos, mais um escudo raro foi desvendado! O Ramos Football Club foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). Fundado em 1913 e reorganizado em 14 de junho de 1917, o time participou do Campeonato Carioca de 1924, organizado pela Liga Metropolitana de Desportes Terrestres (LMDT).

O seu estádio ficava na Rua Leopoldina Rego, Estação de Ramos (Subúrbio do Rio), de 1913 a 1922. A partir de 22 de abril de 1923, adquiriu o campo da Rua Jockey Club, nº 42, atual Licínio Cardoso, em São Francisco Xavier (Zona Norte do Rio).

Sua sede continuava em Ramos, na Rua Magdalena, atual Professor Lacê. A equipe alviverde tinha o seu Uniforme: camisa e short brancos com meião e escudo verde.

A sua única participação aconteceu no Campeonato Carioca de 1924. O Ramos F.C. ficou no Série C, no qual realizou 12 jogos, com três vitórias e nove derrotas; marcando 10 e sofreu 49. Terminando na penúltima colocação com seis pontos (num total de sete clubes).

22 de maio (domingo) –            Everest (Inhaúma)         5          X          0          Ramos F.C.

1º de junho (domingo) –           Modesto                     5          X          0          Ramos F.C.

08 de junho (domingo) –           Ramos F.C.                  0          X          4          Engenho de Dentro

29 de junho (domingo) –           Campo Grande             1          X          2          Ramos F.C.

06 de julho (domingo) –            Ramos F.C.              1        X         0     Independência

27 de julho (domingo) –            Ramos F.C.                  2          X          1          Olaria A.C.

03 de agosto (domingo) –        Independência             4          X          2          Ramos F.C.

10 de agosto (domingo) –        Ramos F.C.                  0          X          7          Modesto

17 de agosto (domingo) –        Olaria A.C.                   4          X          2          Ramos F.C.

07 de setembro (domingo) –     Ramos F.C.                  0          X          2          Campo Grande

14 de setembro (domingo) –     Ramos F.C.                  0          X          2          Everest

19 de outubro (domingo) –       Eng. Dentro                  14        X          1          Ramos F.C.

 

Fonte: História dos Campeonatos Cariocas de futebol 1906/2010 – de Roberto Assaf e Clóvis Martins

Campeonato Brasileiro de 1975 – Americano de Campos vence Santos na estreia e o carnaval chega mais cedo em Campos

Por: Paulo Ourives e Sérgio Mello

Após tanta expectativa, enfim, chegou o dia da estreia. No dia 24 de agosto, o Americano enfrentaria o Santos, no seu Estádio. E o resultado fez Campos explodir de felicidade, com a vitória por 2 a 1, em cima do time da Vila. Tornar-se-ia cansativa, embora histórica, a transcrição de todos os jornais de 24, dia do jogo, e 25 de agosto de 1975, falando da vitória do Americano sobre o Santos.

O entusiasmo entre os radialistas e jornalistas do lugar, na divulgação das notícias que antecederam e sucederam o jogo de estreia, contagiou por completo a população campista, tão apegada às glórias esportivas que outros centros, os mais adiantados, teimavam em não aceitar, e tão certa ainda da reputação de sua gente culta e rica, da sua garra ao trabalho e tão enamorada das belezas naturais, adoçadas pela leva quase continental de plantação da cana-de-açúcar, bem como da sua certeza de polo, entre 14 municípios, no Norte do Estado.

O campista se orgulha, também, de haver sido a sua terra a primeira a ganhar luz elétrica na América Latina, e de ouvir de Getúlio Vargas, quando Presidente da República, esta frase: “Campos, espelho do Brasil“.

Estádio Godofredo Cruz

O Jornal dos Sports de 25 de agosto de 1975 estampava este título: “Campos vibra com Americano: 2 x 1 no Santos“. Da matéria faziam parte algumas apreciações como as que se seguem: “O time mostrou que está no Campeonato pra valer. Jogou com entusiasmo, venceu e provou que nem só dos cariocas vive o futebol do novo Estado“.

É bom recordar, também, que quando Rangel fez o gol da vitória, a cidade se tomou de tal emoção pelo seu futebol, que foi improvisado um carnaval sem precedentes na vida do lugar.

Os ricos, em seus carros, levaram suas famílias às ruas centrais onde já se encontravam centenas de torcedores comuns agitando bandeiras e batendo tambores. Os mais apaixonados, soltando foguetes, fizeram questão de passar pela Rua do Gás, onde se situa o Estádio Ari de Oliveira e Souza, do Goytacaz (arquirrival do Americano).

E diante do próprio do eterno rival, se abraçaram, riram e choraram de alegria pela vitória sobre o Santos e, mais do que isso, pelo desespero do Alvianil, preterido na escolha governamental em favor do Americano. A ficha técnica desse jogo, o da estreia no Campeonato Brasileiro:

AMERICANO F.C. (RJ)     2          X         1       SANTOS F.C. (SP)

 LOCAL: Estádio Godofredo Cruz, em Campos (RJ)

RENDA: Cr$ 191.000,00

PÚBLICO: 14.307 pagantes

ÁRBITRO: Luís Carlos Félix

AUXILIARES: Paulo Antunes e Célio Couto.

AMERICANO: Dorival, Nei Dias, Mundinho (Luisinho), Luís Alberto e Capetinha; Ico e Didinho; Luís Carlos, Rangel, Messias e Paulo Roberto.

SANTOS: Joel, Tuca, Oberdan, Bianchi e Zé Carlos; Clodoaldo e Didi (Alceu); Mazinho, Cláudio Adão, Toinzinho e Edu.

GOLS: Paulo Roberto aos 10 minutos (Americano); Mazinho aos 43 minutos do 1º tempo; Rangel aos 42 minutos do 2º tempo (Americano).

FONTE: Jornal dos Sports (RJ)

A confirmação da CBD dando conta que o Americano de Campos disputaria o Nacional parou a cidade em 1975

Alguém tem ideia do que é acordar e saber que o seu time disputaria o Campeonato Brasileiro? E se o clube em questão fosse pequeno? Sem dúvida a emoção e a surpresa seriam enormes, certo? Pois a confirmação dando conta de que o Americano fora convidado mexeu e fez a Cidade de Campos do Goytacazes ficar durante dias só falando desse assunto.

Com a colaboração do amigo jornalista de Campos Paulo Ourives, descreveremos como foi o dia a dia, após a notícia, que literalmente, foi bombástica sobre o primeiro clube campista a disputar o Nacional de 1975.    

Naquele 4 de março de 1975, o campista, ao acordar, foi sacudido por uma notícia tão importante quanto aquela de 22 de novembro de 1974, que deu conta da descoberta do petróleo nas águas fronteiras à praia do Farol de São Tomé: “Americano de Campos convidado para o Brasileiro“, foi a manchete, por exemplo, de O Globo, cuja edição se esgotou logo, na cidade campista.

“E nem poderia ser de outra maneira”, declarou, na oportunidade, o jornaleiro Manoel, com banca de jornal muito concorrida junto ao prédio dos Correios.
O Bulevar Francisco de Paula Carneiro, onde se acotovelam industriais, fazendeiros, comerciantes, políticos, agiotas e toda uma imensidão de homens com tempo para discutir os mais diferentes assuntos, entrou em ebulição.

É que na confluência da 7 de Setembro com Santos Dumont e o próprio Bulevar, também fazem ponto dirigentes de todos os clubes da cidade e até torcedores dos clubes do Rio. Ali, no prédio da antiga Confeitaria Império, o Americano possuía a sua sede-administrativa e, naquela manhã o secretário do clube, Valter Carneiro, de terno e gravata, riso largo em rosto magro, apareceu antes das 8 horas e hasteou a bandeira do Americano. Azulmar Rodrigues, então cobrador, soltou foguetes, enquanto que, na porta da Camisaria Cordeiro, que hoje não existe mais, Francisco das Chagas Siqueira, José Paes, Rômulo Barros, José Nolasco Filho, Ciro Braga, abnegados dirigentes alvinegros, conversavam em voz alta, abraçavam-se e cumprimentavam, sorridentes, os amigos que chegavam, entre os quais Benedito Chagas e José Gabriel, estes ligados ao Goytacaz.

Contar todos os detalhes dos acontecimentos que se verificaram naquela parte da cidade, inclusive na firma de Antônio Carlos Chebabe e Hamilton Paes, ou no Sindicato da Indústria e da Refinação do Açúcar, onde o maior número de funcionários torcia pelo Americano, é humanamente impossível. Até o Né, roupeiro com 40 anos de clube, deixou o Estádio Godofredo Cruz, em Parque Tamandaré, para correr ao centro e saber direitinho das novidades.

De mão em mão, os exemplares de O Globo eram lidos várias vezes pelos mesmos leitores, alguns ainda duvidando do que liam. Também pudera, o texto que se seguia à manchete dizia, entre outras coisas, que “o Americano de Campos será convidado para participar do Campeonato Brasileiro de Clubes deste ano, em homenagem à fusão entre os Estados da Guanabara e do Rio de Janeiro. É a primeira vez que um clube fluminense participará da competição, que deverá contar com 42 times, em vez de 40 como no ano passado“.
Um pouco antes, a 26 de janeiro de 1975, José Cândido de Carvalho, campista e membro da Academia Brasileira de Letras, foi entrevistado pelo Jornal do Brasil, este, interessado em mostrar a todos os brasileiros um pouco de Campos, após a descoberta do petróleo em seu litoral.

O romancista, ainda preso ao bucolismo, à tranquilidade da terra, demonstrou, na tal entrevista, o receio que o dominava, ao dizer que a descoberta do petróleo e a corrida industrial que o mesmo provocaria, poderiam ameaçar uma obra muito valiosa, muito especial de Deus, num dia de inspiração, que se estende dos campos de açúcar até às águas do Paraíba.

Esse seu apego à terra campista havia sido demonstrado, anteriormente, quando paraninfou a turma de formandos da Faculdade de Filosofia de Campos.
Aí reside, muito mais do que o bairrismo, o amor do campista à sua terra. Bairrismo e amor que têm suas origens orgulhosas na imensidão do lugar, quatro vezes maior do que o Rio de Janeiro, na riqueza dos canaviais, que se deitam na planície que nem lençóis sem tamanho na cor verde, na cultura de alguns dos seus ilustres filhos, no petróleo que jorra a 80 quilômetros no seu litoral, ou simplesmente na poética mansidão do lendário Paraíba, que, depois de muito andar, chega à foz em Atafona para se entregar, soberbamente, ao oceano Atlântico.

Mas esse orgulho se reflete também em outras atividades, entre as quais o futebol, que, desde a fase embrionária já contava com uma representação de grandes valores, a ponto de encantarem a plateia exigente do Rio de Janeiro, ou ainda do predomínio político, que teve o seu ponto mais importante em Nilo Peçanha, Benta Pereira, o símbolo do estoicismo feminino, e José do Patrocínio.
Em tudo o que é visto pelos olhos apaixonados de José Cândido de Carvalho, em relação a Campos, se percebe aquele sentido de preservação das tradições, muito típico da cultura da cana-de-açúcar, os velhos e belos casarões, alguns contando, ainda, com placas indicativas do que foram no passado, o respeito à religião, a viagem à Europa, o verão nas praias e a mulher, desde os tempos das melindrosas, participando dos grandes eventos esportivos, principalmente depois que o Americano ampliou sua praça de esportes para participar do Campeonato Brasileiro.

Na edição de 5 de março de 1975, O Globo lembrava, em matéria de duas colunas: “Campos vibra com o convite ao Americano”, como título e, no texto, se lia: “A notícia publicada ontem por O Globo, anunciando a inclusão do Americano de Campos no Campeonato Brasileiro de Clubes deste ano, foi uma surpresa para a própria Diretoria do clube.

O Presidente Oswalnir Barcelos disse que, para os torcedores, é o fato mais importante dos últimos anos. “Até para a cidade a notícia é importante porque vai projetar o nome de Campos em todo o Brasil. Nós, do Americano, vamos fazer o impossível para defender com dignidade o futebol fluminense“, disse.

O Globo, na edição do dia 5, lembrava, ainda, que “A notícia causou grande movimentação na cidade: as emissoras de rádio interromperam seguidamente a programação de ontem para transmitir informações e entrevistas sobre o assunto”. Mais adiante se lia que no Rio, a assessoria de imprensa da CBD (Confederação Brasileira de Desportos), informou que o Comandante Jovino Pavan, futuro superintendente geral de esportes no governo da fusão, transmitira ao Almirante Heleno Nunes um pedido especial do Almirante Faria Lima para a inclusão do Americano de Campos no Campeonato Brasileiro de Clubes“.

O que poucos sabem é que, anteriormente e sem qualquer promoção pessoal, foi feito um trabalho de sondagem junto a Heleno Nunes pelo seu amigo Danilo Knifis que, mais tarde, acabou sendo eleito presidente da Liga Campista de Desportos, por iniciativa dos clubes locais.

No dia 23 de abril de 1975, o Monitor Campista abria manchete em sua página de esportes: “CBD aprova o Godofredo Cruz para o Nacional“. E, numa matéria distribuída em três colunas e ilustrada com uma foto na qual apareciam Danilo Kniffis, Heleno Nunes, Roberto d’Affonseca Monteiro, Rockfeler de Lima e José Carlos Barbosa, descrevia um novo capítulo histórico do futebol campista:
O Estádio Godofredo Cruz, do Americano, foi aprovado para o Campeonato Nacional, pelos assessores técnicos da CBD, Almir de Almeida e Cláudio Coutinho, que acompanharam o Almirante Heleno Nunes, Presidente da CBD, a Campos, no dia de ontem”.

A princípio fizeram algumas restrições, embora pequenas, mas salientaram que se tratavam de orientações para que o clube fizesse correções até o Nacional. Os dados por ele colhidos serão entregues agora a Armando Marques, que não acompanhou a comitiva.

Oficialmente, eles não prestaram esclarecimentos quanto à aprovação do Estádio. Mas isso foi comprovado quando da entrevista coletiva na LCD (Liga Campista de Desportos), pelas palavras do Almirante Heleno Nunes, que confirmou a presença do Americano no Nacional, representando o antigo Estado do Rio e em homenagem à fusão, por solicitação do Governador Faria Lima, que dará total apoio à iniciativa.

Na mesma matéria, o Monitor Campista informava que o Sr. Heleno Nunes chegara a Campos pouco antes das 13 horas, vindo em seguida seus assessores Almir de Almeida e Cláudio Coutinho. “Eles foram recepcionados no Hotel Planície, juntamente com o Comandante Jovino Pavan, que representava o Governador e, a seguir, participaram de um churrasco no Haras Dom Rodrigo, de propriedade de Amaro Gimenes”.

A comitiva carioca foi acompanhada por Murilo Portugal e Eduardo Augusto Viana da Silva, Presidente e Vice da FFD, pelo Prefeito José Carlos Vieira Barbosa e pela Diretoria do Americano. Por volta das 15 horas, o Presidente da CBD foi recebido pelo Prefeito no Palácio de Mármore, ocasião em que o Sr. José Carlos Vieira Barbosa se limitou a falar do município. Depois, em carro oficial, os dois, mais o Superintendente de Esportes do Estado, visitaram o Estádio Godofredo Cruz, onde já se encontravam Almir de Almeida e Cláudio Coutinho. Após percorrerem o gramado, que consideraram excelente, embora precisando de mais alguns metros no comprimento e dois, no mínimo, de largura, reuniram-se a portas fechadas no próprio Estádio, com o Prefeito e a Diretoria do Americano.

O Monitor Campista lembrava, também, que na entrevista coletiva que concedeu na LCD, às 18 horas, um repórter perguntou se o Americano estava mesmo no Nacional. O Presidente da CBD respondeu com uma pergunta: Vocês ainda duvidam? Heleno Nunes disse da satisfação de visitar Campos – “Sou amigo de Campos” – e confirmou a presença do Americano no Nacional, independentemente de problemas que existam no Estádio, isso porque tem garantias de que a capacidade do Godofredo Cruz será de 20 mil espectadores até agosto e que a Prefeitura colaborará no restante das obras.

O Prefeito fez questão de salientar que não existem problemas para o Americano participar do Nacional e que até mesmo o Aeroporto Bartolomeu Lizandro estará em condições, segundo garantias que já tem do Governo Federal.
Na tal matéria, o mesmo jornal citava que “as arquibancadas populares terão capacidade para 10 mil pessoas e que o Governo do Estado forneceria arquibancadas metálicas, enquanto à Prefeitura caberia a tarefa de melhorar as vias de acesso ao Estádio, que seria interditado e só reaberto, por proposição do Presidente Heleno Nunes, em agosto, quando a Seleção de Amadores viria a Campos jogar com o Americano, antes de viajar para o Pan-Americano“.

O jornal A Notícia, no mesmo dia, apresentava outras novidades para o torcedor, como a contratação, por indicação do Presidente da CBD, do Tenente Geraldo Cunha para supervisor e de Roberto Pinto para treinar o elenco principal do Americano. Na oportunidade o Almirante Heleno Nunes dava outra ideia: “O Americano deve valer-se dos jogadores do lugar, que são muito bons, não fosse Campos um celeiro inesgotável“. Informava, também, que a cota mínima de um grande clube, quando jogasse em Campos, seria de 36 mil cruzeiros, o que não abalou a Diretoria do Americano, que, a partir daquele momento, tratou de solucionar todos os problemas existentes, criando várias comissões e dando autonomia ao setor de obras para que o mesmo, com base num plano carinhosamente estudado, pudesse levar adiante a tarefa que lhe cabia. O Americano, a bem da verdade, e os jornais do lugar são testemunhas, não parou mais.

Depois de permanecer fechado por 927 dias – cerca de 31 meses -, finalmente o Estádio Godofredo Cruz será reaberto ao grande público hoje à tarde, e com um jogo de expressão, reunindo o Americano – já com sua equipe que participará do Campeonato Nacional – e a Seleção Brasileira de Amadores – que intervirá no Pan-Americano, com idade limite até 18 anos“.
A transcrição é do jornal A Notícia, de 13 de julho de 1975, cuja matéria se completava assim:

Tudo está pronto no estádio alvinegro para o festão de reabertura. Do vestiário dos visitantes às arquibancadas e bilheterias. E tudo isso motivará, certamente, muito mais a torcida, que deverá comparecer em massa ao Godofredo Cruz”.
A programação do Americano, no entanto, não está restrita ao jogo contra a Seleção Amadora. Muito pelo contrário. Tanto é que vai começar às 10 horas, com um coquetel na beira da piscina do Saldanha à delegação brasileira, ao Presidente da CBD, Heleno Nunes, ao supervisor Almir de Almeida e ao chefe da delegação, Capitão Cláudio Coutinho – que por sinal fez uma bela palestra aos treinadores campistas, ontem à noite, no Salão Nobre da Receita Federal.
Às 12 horas, ainda no Saldanha, haverá o banquete aos visitantes e vários desportistas especialmente convidados, sendo que dali todos sairão para o Parque, onde o festão atingirá os seus maiores momentos.

Às 13h30min, o time B alvinegro – formado por jogadores que até bem pouco tempo eram titulares – jogará contra um combinado de São João da Barra. Em seguida, haverá a entrega de faixas aos octacampeões e aos campeões da categoria dente-de-leite, começando então, às 15h30min, o aguardado Americano – com o que é considerado atualmente time A x Seleção Amadora Brasileira”.
Num espaço mais abaixo, o mesmo jornal contava, sob o título “Um Estádio Com Uma Longa História“, o seguinte: “Inaugurado em 1953, numa tarde de sol alegre e com muita festa, e com dois jogos de grande vulto: Bangu 4 x Goytacaz 1, Vasco 3 x Americano 2, o Estádio Godofredo Cruz atinge, em 1975, 22 anos de vida. 22 anos em que muita alegria e muita tristeza foram vividas pela torcida, que hoje, depois de quase 31 meses, retornará ao totalmente reformado estádio alvinegro.

Dois dias depois, isto é, a 15 de julho de 1975, o jornal A Notícia publicava duas fotos do empate de 1 x 1 entre o Americano e Seleção Amadora e escrevia: “Se igualando tanto no primeiro como no segundo tempo, Americano e Seleção Brasileira de Amadores acabaram empatando anteontem, à tarde, no amistoso realizado para marcar a reabertura do Godofredo Cruz.
O gol da Seleção aconteceu logo aos 14 minutos. Brida recebeu excelente lançamento de Toninho Vanusa, fez ótima jogada sobre Luís Alberto e Paulo César e tocou para a rede, ante a saída de Paulão. O empate veio quatro minutos depois, através de Paulo Roberto. Luís Carlos cruzou da direita e o ponteiro, após uma confusão na área, bateu com categoria de perna esquerda, no canto direito de Carlos.

Paulo Antunes Filho, com boa atuação, foi o juiz da partida, bem auxiliado nas bandeiras por Manoel Agnelo e Iaraí Silva.

Cr$ 38.610,00 foi à arrecadação do encontro, sendo que as duas equipes formaram assim: Americano – Paulão (Bodoque); Nei Dias, Paulo César, Luís Alberto e Capetinha; Jairo, Didinho (Mundinho) e João Francisco; Luís Carlos, Chico e Paulo Roberto (Wallace); Seleção Amadora – Carlos; Carlos Alberto, Dick, Xará e Betinho; Celso, Aguillar (Éder) e Toninho Vanusa; Brida, Tião Marçal (Jarbas) e Da Silva.

Na preliminar, a outra formação do Americano empatou, também de 1 x 1, com o combinado de São João da Barra, dentro de uma programação festiva que contou com a presença do Almirante Heleno Nunes, instantes antes homenageado com um banquete no Saldanha.

“Roberto Pinto caiu. E a transa agora é em torno de Tim”, foi a manchete da página esportiva de A Notícia, a 5 de agosto de 1975, uma terça-feira. Dois dias antes o Americano havia perdido de 1 x 0 para o Cambaíba, no Estádio Ari de Oliveira e Souza, em jogo pelo Campeonato Campista. Da matéria, em duas colunas, constava, entre outras coisas, este parágrafo: “Dizendo não sentir um clima propício para desenvolver o seu trabalho, o que poderia redundar numa campanha negativa do time no Campeonato Nacional, Roberto Pinto colocou, ontem, o seu cargo à disposição da Diretoria do Americano, que resolveu, afinal, chegar a um acordo com o técnico para a sua saída, passando logo em seguida a pensar no nome do novo treinador, que, em princípio, deve ser Tim“.
Na sequencia dos acontecimentos que envolveram o Americano à véspera da sua estreia no Campeonato Brasileiro, de 1975, o Jornal dos Sports, no dia 7 de agosto, dizia que Paulo Henrique podia ser a solução para o clube alvinegro, que se mostrava disposto a quebrar todas as lanças para armar um grande elenco e provar o seu poderio técnico, de octacampeão campista de futebol, título que orgulhava sua grande torcida.

Um dia antes, o time do Campos, treinado pelo ex-lateral do Flamengo, derrotou o Americano por 4 x 2, num amistoso realizado com portões abertos e como parte dos festejos em louvor ao padroeiro da cidade. Nessa mesma tarde, ainda em Godofredo Cruz, a cúpula do Americano conversou com Paulo Henrique, acertando as bases para um contrato entre as duas partes. Ao Campos, clube onde o treinador havia iniciado a nova carreira, saberia liberar Paulo Henrique, o que aconteceu no dia 8. Na véspera, o Americano dispensou os jogadores Paulão e Cacá.

O Jornal dos Sports do dia 8 de agosto escrevia que, ao assumir, ontem, a direção técnica do Americano, Paulo Henrique disse que não pediria reforço algum até que tomasse conhecimento da situação do elenco. Correu A notícia, no entanto, que o substituto de Roberto Pinto, no final da semana, conversaria com o atacante Dionísio, vinculado ao Flamengo, e que, no Americano, seria o homem-gol.
Quando da apresentação do novo técnico, muitos foram os dirigentes que estiveram em Godofredo Cruz. Nas arquibancadas de cimento e metálicas, se colocaram pelo menos duas centenas de torcedores e associados do clube, fato que, até então, não se verificara. O Presidente Oswalnir Barcelos, ouvido pelos jornalistas, declarava que as coisas iriam melhorar e a torcida disso logo tomaria conhecimento.

Um dia antes, na parte da tarde, antecedendo a reunião na qual Paulo Henrique assinaria contrato com o Americano, o treinador percorreu todas as dependências do Estádio Godofredo Cruz. A todo instante era obrigado a dar atenção a associados, que faziam questão de cumprimentá-lo e até de lhe perguntar se também jogaria. Paulo Henrique, sorridente, respondia que no Americano seria apenas o técnico.

“Aos dirigentes José Paes, Antônio Carlos Chebabe, Francisco das Chagas Siqueira e Ciro Braga, Paulo Henrique fez um pedido: que os mesmos conseguissem a liberação, para treinos, dos jogadores Adalberto e Messias, nos estabelecimentos bancários em que trabalhavam”.

No dia 11 de agosto o Jornal dos Sports anunciava a vitória do Americano sobre o Rio Branco, por 2 x 1, na estreia de Paulo Henrique. Foi na abertura do quadrangular do qual participaram, também, Campos e Madureira, este do Rio de Janeiro. A decisão do torneio ocorreu no dia 14 e o Americano perdeu para o Campos por 2 x 1.

O mesmo jornal, edição de 18 de agosto, escrevia que, “embora realizasse uma apresentação melhor do que de outras vezes, o Americano foi derrotado pela seleção campista por 1 x 0, gol de Paulo César, aos 43 minutos do primeiro tempo. Carlos Costa foi o juiz, auxiliado por Silvestre Campos Filho e Aldemir Muniz Barreto“.

Esse amistoso foi disputado na tarde anterior, no Godofredo Cruz, e a renda somou Cr$ 12.043,00 (1.843 pagantes). Nesse jogo, incluído no teste 248 da Loteria Esportiva, o Americano jogou com Bodoque; Paulo César II, Mundinho, Luís Alberto e Capetinha; Wilson Pereira (Russo) e Ico; Luís Carlos, Messias, Rangel (Armando) e Paulo Roberto, e a seleção com Gato Félix; Guinho, Edalmo, Zé Rios e Paulinho; Aílson (Careca) e Índio; Lauro, Dódi (Tita), Paulo César e Zezé.

Na mesma edição, o Jornal dos Sports escrevia: “Depois do jogo, a Diretoria do Americano esteve reunida para tratar da aquisição de reforços para o time que disputará o Campeonato Brasileiro. Fontes geralmente bem informadas deixaram filtrar que o representante campista deva contratar Wilton Pereira e Russo, ambos do Rio Branco, de Vitória; Rangel, do América Mineiro, e Armando, do São Paulo, pois todos agradaram no teste a que se submeteram no jogo de ontem”.

O que é certo, e faz parte do dia-a-dia da história alvinegra, é que, enquanto a parte patrimonial cuidava das obras de ampliação do Godofredo Cruz, já com pinta de futuro estádio de verdade, e a Diretoria arregimentava forças e constituía comissões às quais se agregavam grandes figuras do clube, o Departamento de Futebol não se descuidava. Tanto isso é verdade que, no Jornal dos Sports do dia 19 de agosto de 1975, se lia: “O Americano conseguiu, ontem, por empréstimo, os jogadores Gato Félix e Lauro, do Campos, e Índio, do Cambaíba. Hoje mesmo o clube de Parque Tamandaré dará entrada na LCD da documentação dos três.”

Em prosseguimento aos preparativos do time para a estreia no Campeonato Brasileiro, Paulo Henrique dirigia dois treinos por dia. De manhã, tático para a defesa e, à tarde, coletivo. Desses movimentos o Jornal dos Sports sempre dava conta, como no dia 21 de agosto, ao anunciar a presença do goleiro Dorival, cedido, por empréstimo, pelo Madureira, do Rio de Janeiro. Gato Félix e Lauro, na véspera, assinaram contratos com o Americano.

Mais um dia e o Sr. José Paes, Vice-Presidente de Futebol, contratou o gaúcho Russo, que havia jogado ao lado de Bráulio, no Internacional. Na época, o médio morava em Vitória, onde concluía o curso de Educação Física e jogava pelo Rio Branco. Nas horas que se seguiram, Índio e Zé Rios, também emprestados pelo Cambaíba, assinaram contrato com o Americano, que só aguardava a chegada de Rangel, do América mineiro, para encerrar, segundo José Paes, o ciclo de contratações.

É bom recordar o que o Jornal dos Sports escrevia em suas várias edições até a estreia do Americano no Campeonato Brasileiro. No dia 22, por exemplo, se lia: “No Parque Tamandaré, o ambiente é de trabalho, até mesmo fora das quatro linhas. É que estão sendo concluídas as novas cabines para as emissoras de rádio, e dados os retoques nas bilheterias e entradas para o público. Também o sistema de iluminação, que é muito bom para o interior, está sendo reparado. Na rua, por conta da Prefeitura Municipal, continua a ser colocado o asfalto na Cardoso de Melo e na Dom Bosco”.

Na sede, dirigentes do Americano tratavam da venda de cinco mil carnês, cada um ao preço de Cr$ 105,00. Os carnês trazem sete ingressos, número de jogos do clube em Campos, pelo Campeonato Brasileiro. O comprador, ao chegar ao Estádio Godofredo Cruz, nos dias de jogos, terá um guichê e um portão para troca do ingresso e seu acesso. Com isso, o Americano espera conseguir a renda média de Cr$ 50.000,00.

Quanto ao time para a estreia, ele só será conhecido amanhã à tarde, após o treino recreativo dirigido por Paulo Henrique, que se mostra muito esperançoso de uma boa presença do Americano na competição da CBD. Ele não diz nada sobre a responsabilidade que lhe pesa sobre os ombros, mas alguns associados que acompanharam o trabalho de Roberto Pinto e que assistem agora ao de Paulo Henrique, são de opinião que o clube perdeu muito tempo até adotar uma posição definitiva sobre o técnico.
No dia 23 de agosto de 1975 o Jornal dos Sports escrevia que Albéris, que pertencia ao Goytacaz, havia comprado seu passe por Cr$ 10.000,00 e negociado com o Americano. O técnico Paulo Henrique, comentando essa aquisição, declarava que havia pedido Dionísio. Paralelamente, o Secretário de Vigilância Municipal, Gil Ferreira Azevedo, assinava portaria, liberando todas as linhas de ônibus para que transferissem seus terminais para as proximidades do Estádio Godofredo Cruz no dia do jogo com o Santos, o primeiro do Americano no Campeonato Brasileiro.

Americano dá partida. Santos que se cuide“, foi o título da matéria sobre o jogo, do Jornal dos Sports, no dia 24 de agosto de 1975. Nessa matéria se lia, entre outras coisas: “De uma forma geral, ninguém fala outra coisa a não ser no jogo de hoje, o primeiro de uma série de sete do Americano a ser realizado em Campos. O interesse é tão grande que a Liga Campista de Desportos fez horário extra para atender as crianças, menores de 12 anos, que compareceram à sua sede para conseguir carteirinhas que permitirão suas entradas no estádio, sem despesa alguma. Quanto aos ingressos, serão colocados à venda às 10 horas de hoje, em todas as bilheterias do estádio“.

O Domingo Esportivo, semanário criado pela Editora Alvorada, do jornalista Vivaldo Belido de Almeida, dedicava grande parte da edição de 24 de agosto de 1975 ao Americano. Numa das muitas matérias, dava a relação dos jogadores inscritos pelo Americano no Campeonato Brasileiro, e que foi esta:
Adalberto Silva Laurindo, Albéris Batista, Alexandre José do Rosário,
Antônio Carlos Miranda Lírio, Carlos Alberto de Souza Padilha, Dorival Jonas dos Santos, Enísio Augusto Matta Vieira, Francisco Carlos Ribeiro Gomes, Francisco da Conceição, Guaraci de Oliveira Albuquerque, Jairo Pinto de Mendonça, João Francisco dos Santos Carvalho, Jorge Carlos de Souza, Jorge Luís Nascimento da Silva, Jorge Sebastião, José Edilson de Souza, José Henrique Bernardes, José Marcelo Balbi de Faria, José Maria Delfino, José Messias Porto, José Rios de Matos Franco, Lauro Pinto de Jesus, Luís Alberto Alves Severino, Luís Carlos do Amparo, Luís Fernandes de Oliveira, Marco Antônio de Souza Oliveira, Maurício dos Santos Sardinha, Nei Severino Dias, Orioval da Conceição Ribeiro, Paulo César Lourenço Porto, Paulo César Portela Nascimento, Paulo Roberto Borges da Silva, Raimundo do Amaral Dias Filho, Rangel Campi de Lamarque, Sebastião Campos de Moraes Filho, Sílvio Monteiro da Silva, Wallace Alexandre Blanc e Dionísio, o consagrado jogador que durante tantos anos defendeu o Flamengo, Fluminense e outros clubes de centros mais adiantados, só passou a integrar o elenco do Americano mais tarde, estreando justamente contra o rubro-negro carioca, no dia 3 de setembro, no Maracanã.

 

Fontes: O Globo / Monitor Campista / A Notícia / Jornal dos Sports / Domingo Esportivo